Células achatadas do estroma que forma uma bainha ou teca fora da lâmina basal que reveste o FOLÍCULO OVARIANO maduro. As células intersticiais tecais ou células do estroma são esteroidogênicas e produzem primariamente ANDRÓGENOS que servem como precursores de ESTRÓGENOS nas CÉLULAS GRANULOSAS.
Células de sustentação para o desenvolvimento do gameta feminino no OVÁRIO. Provêm de células epiteliais celômicas na crista gonadal. Estas células formam uma monocamada ao redor do OÓCITO (no folículo ovariano primordial) e avançam até formar um cúmulo oóforo, com várias camadas envolvendo o ÓVULO (no folículo de Graaf). Entre suas principais funções está a produção de esteroides e de RECEPTORES DO LH.
Estrutura (encontrada no córtex do OVÁRIO) que contém um OÓCITO. O oócito é envolvido por uma camada de CÉLULAS DA GRANULOSA que propicia um microambiente nutritivo (LÍQUIDO FOLICULAR). O número e o tamanho dos folículos variam conforme a idade e o estado reprodutor da fêmea. Os folículos em crescimento são divididos em cinco estágios: primário, secundário, terciário, Graafiano e atrésico. O crescimento folicular e a esteroidogênese dependem da presença de GONADOTROPINAS.
Esteroide delta-4 C19, produzido não só no TESTÍCULO, mas também no OVÁRIO e no CÓRTEX SUPRARRENAL. Dependendo do tipo de tecido, a androstenodiona pode servir como precursora para a TESTOSTERONA como também para ESTRONA e ESTRADIOL.
Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais: o FOLÍCULO OVARIANO, para a produção de células germinativas femininas (OOGÊNESE), e as células endócrinas (CÉLULAS GRANULOSAS, CÉLULAS TECAIS e CÉLULAS LÚTEAS) para produção de ESTROGÊNIOS e PROGESTERONA.
Degeneração e reabsorção de um FOLÍCULO OVARIANO antes de alcançar a maturidade e se romper.
Enzima microssomal dependente do citocromo P-450 que catalisa a 17-alfa-hidroxilação da progesterona ou pregnenolona e subsequente clivagem de dois carbonos residuais na posição C17 na presença de oxigênio molecular e NADPH-FERRI-HEMOPROTEÍNA REDUTASE. Esta enzima, codificada pelo gene CYP17, gera precursores para a síntese de glicocorticoides, androgênios e estrogênios. Defeitos no gene CYP17 causam a HIPERPLASIA SUPRARRENAL CONGÊNITA e uma diferenciação sexual anormal.
Maior esteroide progestacional secretado principalmente pelo CORPO LÚTEO e PLACENTA. A progesterona atua no ÚTERO, GLÂNDULAS MAMÁRIAS e ENCÉFALO. É necessário para a IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO, manutenção da GRAVIDEZ e no desenvolvimento do tecido mamário para a produção de LEITE. A progesterona, convertida a partir da PREGNENOLONA, também serve como um intermediário na biossíntese dos HORMÔNIOS ESTEROIDES GONADAIS e dos CORTICOSTEROIDES da suprarrenal.
Formação do CORPO LÚTEO. Este processo inclui a invasão capilar do FOLÍCULO OVARIANO rompido, hipertrofia das CÉLULAS GRANULOSAS e CÉLULAS TECAS e a produção de PROGESTERONA. A luteinização é controlada pelo HORMÔNIO LUTEINIZANTE.
Enzima mitocondrial dependente do citocromo P-450 que catalisa a clivagem da cadeia lateral do colesterol C27 transformando-o em pregnonalona C21 na presença de oxigênio molecular e NADPH-FERRI-HEMOPROTEÍNA REDUTASE. Esta enzima, codificada pelo gene CYP11A1, catalisa a quebra entre o C20 e C22 que é o passo inicial e limitante na biossíntese de vários hormônios esteroidais gonadais e suprarrenais.
Principal gonadotropina secretada pela ADENO-HIPÓFISE. O hormônio luteinizante regula a produção de esteroides pelas células intersticiais do TESTÍCULO e OVÁRIO. O HORMÔNIO LUTEINIZANTE pré-ovulatório aparece em fêmeas induzindo a OVULAÇÃO e subsequente LUTEINIZAÇÃO do folículo. O HORMÔNIO LUTEINIZANTE consiste em duas subunidades ligadas não covalentemente, uma alfa e outra beta. Dentro de uma espécie, a subunidade alfa é comum nos três hormônios glicoproteicos hipofisários (TSH, LH e FSH), porém a subunidade beta é única e confere sua especificidade biológica.
Liberação de um ÓVULO a partir da ruptura do folículo no OVÁRIO.
Principal gonadotropina secretada pela ADENO-HIPÓFISE. O hormônio folículo estimulante ativa a GAMETOGÊNESE e as células de sustentação, como as CÉLULAS GRANULOSAS ovarianas, as CÉLULAS DE SERTOLI testiculares e as CÉLULAS DE LEYDIG. O FSH consiste em duas subunidades (uma alfa e outra beta) ligadas não covalentemente. Dentro de uma espécie, a subunidade alfa é comum nos três hormônios glicoproteicos hipofisários (TSH, LH e FSH), porém a subunidade beta é única e confere sua especificidade biológica.
Neoplasia estromal gonadal composta somente de CÉLULAS TECAIS que ocorrem, em sua maioria, nos OVÁRIOS pós-menopausados. É preenchido com células em formato de fuso contendo lipídeos e produzindo ESTRÓGENOS que podem levar à HIPERPLASIA ENDOMETRIAL, HEMORRAGIA UTERINA ou outras malignidades em mulheres pós-menopausa e precocidade sexual em garotas. Quando os tumores que contêm células tecais também contiverem FIBROBLASTOS, são identificados como tumores tecoma-fibroma com menor produção de hormônios ativos.
Hormônio glicoproteico gonadotrópico produzido principalmente pela PLACENTA. Semelhante ao HORMÔNIO LUTEINIZANTE da hipófise em estrutura e função, a gonadotropina coriônica está envolvida em manter o CORPO LÚTEO durante a gravidez. A GC é composta por duas subunidades não covalentes alfa e beta. Dentro de uma espécie, a subunidade alfa é virtualmente idêntica às subunidades alfa dos três hormônios glicoproteicos da hipófise (TSH, LH e FSH), mas a subunidade beta é única e confere especificidade biológica (GONADOTROPINA CORIÔNICA HUMANA SUBUNIDADE BETA).
Líquido que envolve o ÓVULO e as CÉLULAS GRANULOSAS no folículo de Graaf (FOLÍCULO OVARIANO). O líquido folicular contém hormônios esteroidais sexuais e glicoproteicos, proteínas plasmáticas, mucopolissacarídeos e enzimas.
Isômero 17-beta do estradiol, um esteroide C18 aromatizado com grupo hidroxila na posição 3-beta e 17-beta. O estradiol-17-beta é a forma mais potente de esteroide estrogênico de mamíferos.
Período do CICLO MENSTRUAL que representa o crescimento folicular, aumento da produção de ESTROGÊNIO nos ovários e a proliferação epitelial do ENDOMÉTRIO. A fase folicular começa com o início da MENSTRUAÇÃO e termina com a OVULAÇÃO.
Animais bovinos domesticados (do gênero Bos) geralmente são mantidos em fazendas ou ranchos e utilizados para produção de carne, derivados do leite ou para trabalho pesado.
Corpo amarelo proveniente do rompimento do FOLÍCULO OVARIANO após a OVULAÇÃO. O processo da formação do corpo lúteo, a LUTEINIZAÇÃO, é regulada pelo HORMÔNIO LUTEINIZANTE.
Enzima que catalisa a desnaturação (aromatização) do anel A dos androgênios C19 e os converte a estrogênios C18. Neste processo, o metil 19 é removido. Esta enzima é ligada a membrana, localizada no retículo endoplasmático das células produtoras de estrógeno dos ovários, placenta, testículos e tecidos adiposo e encefálico. A aromatase é codificada pelo gene CYP19 e atua na formação do complexo NADPH-FERRI-HEMOPROTEÍNA REDUTASE no sistema do citocromo P-450.
Gonadotropinas secretadas pela hipófise ou placenta de éguas. Em geral, o termo refere-se às gonadotropinas do soro de égua prenha, uma fonte rica de GONADOTROPINA CORIÔNICA equina, HORMÔNIO LUTEINIZANTE e HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE. Diferentemente dos humanos, o HORMÔNIO LUTEINIZANTE SUBUNIDADE BETA é idêntico à gonadotrofina coriônica equina beta. As gonadotropinas equinas preparadas do soro de égua prenha são utilizadas em estudos reprodutivos.
Proteína morfogenética óssea que desempenha papel essencial na regulação da foliculogênese ovariana.
Grupo de compostos policíclicos bastante relacionados bioquimicamente com os TERPENOS. Incluem o colesterol, numerosos hormônios, precursores de certas vitaminas, ácidos biliares, álcoois (ESTERÓIS), e certas drogas e venenos naturais. Os esteroides têm um núcleo comum, um sistema fundido reduzido de anel com 17 átomos de carbono, o ciclopentanoperidrofenantreno. A maioria dos esteroides também tem dois grupos metilas e uma cadeia lateral alifática ligada ao núcleo.
Hormônios que estimulam as funções gonadais, como a GAMETOGÊNESE e a produção de hormônio sexual esteroidal no OVÁRIO e TESTÍCULO. As gonadotropinas mais importantes são as glicoproteínas produzidas principalmente pela adeno-hipófise (GONADOTROPINAS HIPOFISÁRIAS) e a placenta (GONADOTROPINA CORIÔNICA). Em algumas espécies a PROLACTINA hipofisária e o LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO exercem algumas atividades luteotrópicas.
Células produtoras de PROGESTERONA no CORPO LÚTEO. As células lúteas maiores provêm das CÉLULAS GRANULOSAS. As células lúteas menores provêm das CÉLULAS TECAIS.
Sequências de RNA que servem como modelo para a síntese proteica. RNAm bacterianos são geralmente transcritos primários pelo fato de não requererem processamento pós-transcricional. O RNAm eucariótico é sintetizado no núcleo e necessita ser transportado para o citoplasma para a tradução. A maior parte dos RNAm eucarióticos têm uma sequência de ácido poliadenílico na extremidade 3', denominada de cauda poli(A). Não se conhece com certeza a função dessa cauda, mas ela pode desempenhar um papel na exportação de RNAm maduro a partir do núcleo, tanto quanto em auxiliar na estabilização de algumas moléculas de RNAm retardando a sua degradação no citoplasma.
Complexos proteicos ou sítios moleculares da superfície e citoplasma de células gonadais que se ligam aos hormônios luteinizante ou gonadotrópico coriônico que levam as células gonadais a sintetizarem e secretarem seis esteroides. O complexo hormônio-receptor é internalizado e dá início à síntese de esteroide.
Transtorno complexo de sintomas clínicos caracterizado por infertilidade, HIRSUTISMO, OBESIDADE e vários distúrbios menstruais, como OLIGOMENORREIA, AMENORREIA e ANOVULAÇÃO. A síndrome do ovário policístico, geralmente está associada com aumento bilateral dos ovários crivados de folículos atrésicos e não por cistos. A nomenclatura de ovário policístico não é apropriada.
Células propagadas in vitro em meio especial apropriado ao seu crescimento. Células cultivadas são utilizadas no estudo de processos de desenvolvimento, processos morfológicos, metabólicos, fisiológicos e genéticos, entre outros.
Complexos proteicos ou sítios moleculares na superfície de células gonadais e de outras células sensíveis que ligam gonadotropinas e modificam o funcionamento dessas células. As principais gonadotropinas específicas são hCG, LH e o HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE.
Compostos que interagem com RECEPTORES ANDROGÊNICOS nos tecidos alvos para haver efeitos similares àqueles da TESTOSTERONA. Dependendo dos tecidos alvos, os efeitos androgênicos podem ser na DIFERENCIAÇÃO SEXUAL, órgãos reprodutivos masculinos, ESPERMATOGÊNESE, CARACTERES SEXUAIS masculinos secundários, LIBIDO, desenvolvimento de massa muscular, força e potência.
Glicoproteínas que inibem a secreção do HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE da hipófise. As inibinas são secretadas pelas células de Sertoli dos testículos, células granulosas dos folículos ovarianos, placenta e outros tecidos. As inibinas e ATIVINAS são moduladores das secreções do HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE e ambas pertencem à superfamília TGF-beta, como o FATOR TRANSFORMADOR DE CRESCIMENTO BETA. As inibinas consistem em um heterodímero ligado a um dissulfeto com uma única subunidade alfa ligada tanto a uma subunidade beta A ou uma beta B para formar a inibina A ou unibina B, respectivamente.
Localização histoquímica de substâncias imunorreativas utilizando anticorpos marcados como reagentes.
Células germinativas femininas derivadas dos OOGÔNIOS e denominados OÓCITOS quando entram em MEIOSE. Os oócitos primários iniciam a meiose, mas detêm-se durante o estágio diplóteno até a OVULAÇÃO na PUBERDADE para produzir oócitos ou óvulos secundários haploides (ÓVULO).
Nome vulgar dado a espécie Gallus gallus "ave doméstica" (família Phasianidae, ordem GALIFORME). São descendentes das aves selvagens vermelha do SUDESTE DA ÁSIA.
Qualquer animal da família Suidae, compreendendo mamíferos onívoros, robustos, de pernas curtas, pele espessa (geralmente coberta com cerdas grossas), focinho longo e móvel, e cauda pequena. Compreendem os gêneros Babyrousa, Phacochoerus (javalis africanos) e o Sus, que abrange o porco doméstico (ver SUS SCROFA)
Potente ativador do sistema da adenilato ciclase e da biossíntese do AMP cíclico. Obtido a partir da planta COLEUS forskohlii. Possui atividades anti-hipertensiva, ionotrópica positiva, inibitória sobre a agregação plaquetária e relaxante da musculatura lisa. Também diminui a pressão intraocular e promove a liberação de hormônios da glândula pituitária.
Proteínas de superfície celular que se ligam com alta afinidade ao HORMÔNIO FOLICULOESTIMULANTE e disparam alterações intracelulares influenciando o comportamento das células.
Polipeptídeo hidrossolúvel (peso molecular de aproximadamente 8.000) extraído do corpo lúteo durante a gravidez. Produz relaxamento da sínfise pública e dilatação do colo uterino em certas espécies animais. Seu papel na mulher grávida é incerto. (Tradução livre do original: Dorland, 28a ed)
Hormônios secretados pela ADENO-HIPÓFISE que estimulam as funções gonadais tanto em machos como em fêmeas. Entre eles estão os HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE que ativa a maturação da célula germinativa (OOGÊNESE, ESPERMATOGÊNESE) e o HORMÔNIO LUTEINIZANTE que estimula a produção de esteroides sexuais (ESTROGÊNIOS, PROGESTERONA, ANDROGÊNIOS).
Sinalização celular, na qual um fator secretado por uma célula afeta outras células no ambiente local. Esta expressão é frequentemente usada para denotar a ação dos PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS DE SINALIZAÇÃO INTERCELULAR sobre as células circundantes.
Período de alterações fisiológicas e comportamentais cíclicas em fêmeas de mamíferos não primatas que apresentam ESTRO. O ciclo estral geralmente consiste em 4 ou 5 períodos distintos correspondentes ao estado endócrino (PROESTRO; ESTRO; METESTRO; DIESTRO e ANESTRO).
Peptídeo básico bem caracterizado supostamente secretado pelo fígado e circula no sangue. Tem atividades reguladora de crescimento (similar à insulina) e mitogênica. Este fator de crescimento possui uma principal (mas não absoluta) dependência do HORMÔNIO DE CRESCIMENTO. Acredita-se ser ativa principalmente em adultos, em contraste com o FATOR DE CRESCIMENTO INSULIN-LIKE II, que é o principal fator de crescimento fetal.
Esteroide com 21 carbonos derivado do COLESTEROL e encontrada nos tecidos produtores de hormônio esteroide. A pregnenolona é a precursora dos HORMÔNIOS ESTEROIDES GONADAIS e dos CORTICOSTEROIDES da suprarrenal.
MEIOS DE CULTURA sem proteínas séricas, mas contendo as substâncias essenciais mínimas necessárias para o crescimento celular. Esse tipo de meio evita a presença de substâncias estranhas que podem afetar a proliferação celular ou ativar desnecessariamente as células.
Hormônios esteroidais produzidos pelas GÔNADAS. Estimulam os órgãos reprodutores, maturação das células germinativas e as características sexuais secundárias em machos e fêmeas. Entre os hormônios esteroidais sexuais mais importantes estão ESTRADIOL, PROGESTERONA e TESTOSTERONA.
Variação da técnica de PCR na qual o cDNA é construído do RNA através de uma transcrição reversa. O cDNA resultante é então amplificado utililizando protocolos padrões de PCR.
Fator de transcrição GATA expresso predominantemente em CÉLULAS DE MÚSCULO LISO e regula a DIFERENCIAÇÃO CELULAR do músculo liso vascular.
Período no CICLO ESTRAL associado com receptividade sexual máxima e fertilidade em fêmeas de mamíferos não primatas.
Técnica de cultivo in vitro de uma mistura de tipos celulares permitindo suas interações sinérgicas ou antagônicas, como na DIFERENCIAÇÃO CELULAR ou APOPTOSE. A cocultura pode ser de diferentes tipos de células, tecidos ou órgãos dos estados normal ou doente.
Qualquer mamífero ruminante com chifres curvados (gênero Ovis, família Bovodae) que possuem sulco lacrimal e glândulas interdigitais (ausentes nas CABRAS).
Meios contendo componentes biologicamente ativos, obtidos de células ou tecidos previamente cultivados, que liberaram no meio substâncias capazes de afetar certas funções celulares (p.ex., crescimento, lise).
Técnica in vitro de manutenção ou crescimento de TECIDO, geralmente por DIFUSÃO, perifusão ou PERFUSÃO. O tecido é cultivado diretamente após remoção do hospedeiro sem ser dispersado da cultura celular.