Edema Encefálico
Aumento do líquido intra ou extracelular em tecidos cerebrais. O edema encefálico citotóxico (inchaço devido ao aumento do líquido intracelular) é indicativo de um distúrbio do metabolismo celular e normalmente associado com lesões isquêmicas ou hipóxicas (ver HIPÓXIA ENCEFÁLICA). Um aumento no líquido extracelular pode ser causado por aumento na permeabilidade capilar encefálica (edema vasogênico), um gradiente osmótico, bloqueio local das vias de líquidos intersticiais, ou por obstrução do fluxo de CSF (ex. HIDROCEFALIA obstrutiva). (Tradução livre do original: Childs Nerv Syst 1992 Sep; 8(6):301-6)
Edema
Barreira Hematoencefálica
CÉLULAS ENDOTELIAIS especializadas (não fenestradas, unidas firmemente por meio de JUNÇÕES ÍNTIMAS), que formam uma barreira à troca de algumas substâncias entre os capilares e o tecido encefálico (ENCÉFALO).
Traumatismos Encefálicos
Lesões agudas e crônicas (ver também LESÃO ENCEFÁLICA) ao encéfalo, incluindo os hemisférios cerebrais, CEREBELO e TRONCO CEREBRAL. As manifestações clínicas dependem da natureza da lesão. O trauma difuso ao encéfalo é frequentemente associado com LESÃO AXONAL DIFUSA ou COMA PÓS-TRAUMÁTICO. As lesões localizadas podem estar associadas com MANIFESTAÇÕES NEUROCOMPORTAMENTAIS; HEMIPARESIA ou outras deficiências neurológicas focais.
Edema Pulmonar
Acúmulo excessivo de fluido extravascular no pulmão, uma indicação de uma doença ou distúrbio básico (subjacente) sério. O edema pulmonar impede a TROCA GASOSA PULMONAR eficiente nos ALVÉOLOS PULMONARES, e pode oferecer risco à vida.
Água Corporal
Líquidos encontrados dentro do corpo, compostos principalmente de água.
Química Encefálica
Isquemia Encefálica
Redução localizada do fluxo sanguíneo em tecidos encefálicos, devido à obstrução arterial ou hipoperfusão sistêmica. Ocorre frequentemente em conjunto com a HIPÓXIA ENCEFÁLICA. A isquemia prolongada está associada com INFARTO ENCEFÁLICO.
Gravidade Específica
Razão entre densidade de um material e a densidade de algum material padrão, tal como água ou ar, em uma temperatura específica.
Encéfalo
A parte do SISTEMA NERVOSO CENTRAL contida no CRÂNIO. O encéfalo embrionário surge do TUBO NEURAL, sendo composto de três partes principais, incluindo o PROSENCÉFALO (cérebro anterior), o MESENCÉFALO (cérebro médio) e o ROMBENCÉFALO (cérebro posterior). O encéfalo desenvolvido consiste em CÉREBRO, CEREBELO e outras estruturas do TRONCO ENCEFÁLICO (MeSH). Conjunto de órgãos do sistema nervoso central que compreende o cérebro, o cerebelo, a protuberância anular (ou ponte de Varólio) e a medula oblonga, estando todos contidos na caixa craniana e protegidos pela meninges e pelo líquido cefalorraquidiano. É a maior massa de tecido nervoso do organismo e contém bilhões de células nervosas. Seu peso médio, em um adulto, é da ordem de 1.360 g, nos homens e 1.250 g nas mulheres. Embriologicamente, corresponde ao conjunto de prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Seu crescimento é rápido entre o quinto ano de vida e os vinte anos. Na velhice diminui de peso. Inglês: encephalon, brain. (Rey, L. 1999. Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde, 2a. ed. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro)
Neoplasias Encefálicas
Neoplasias dos componentes intracranianos do sistema nervoso central, incluindo os hemisférios cerebrais, gânglios da base, hipotálamo, tálamo, tronco encefálico e cerebelo. As neoplasias encefálicas são subdivididas em formas primárias (originárias do tecido encefálico) e secundárias (i. é, metastáticas). As neoplasias primárias são subdivididas em formas benignas e malignas. Em geral, os tumores encefálicos podem ser classificados pela idade de início, tipo histológico ou local de apresentação no cérebro.
Azul Evans
Pressão Intracraniana
Infarto da Artéria Cerebral Média
NECROSE que ocorre no sistema de distribuição da ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA trazendo sangue a todos os aspectos laterais de cada HEMISFÉRIO CEREBRAL. Entre os sinais clínicos estão cognição debilitada, AFASIA, AGRAFIA, fraqueza e dormência contralateral e bilateralmente na face e braços, dependendo do infarto.
Circulação Cerebrovascular
Circulação do sangue através dos VASOS SANGUÍNEOS do ENCÉFALO.
Hemorragia Cerebral
Sangramento em um ou ambos os HEMISFÉRIOS CEREBRAIS, inclusive GÂNGLIOS DA BASE e o CÓRTEX CEREBRAL. Está frequentemente associada com HIPERTENSÃO e TRAUMA CRANIOCEREBRAL.
Infarto Encefálico
Necrose de tecido em qualquer área do encéfalo, inclusive os HEMISFÉRIOS CEREBRAIS, CEREBELO e TRONCO ENCEFÁLICO. O infarto encefálico é o resultado de uma cascata de eventos iniciada por fluxo sanguíneo inadequado através do encéfalo que é seguido por HIPOXIA e HIPOGLICEMIA no tecido encefálico. O dano pode ser temporário, permanente, seletivo ou necrose total.
Gerbillinae
Imagem por Ressonância Magnética
Método não invasivo de demonstração da anatomia interna baseado no princípio de que os núcleos atômicos em um campo magnético forte absorvem pulsos de energia de radiofrequência e as emitem como ondas de rádio que podem ser reconstruídas nas imagens computadorizadas. O conceito inclui técnicas tomográficas do spin do próton.
Mapeamento Encefálico
Técnicas de imagem usadas para colocalizar os sítios das funções ou atividades fisiológicas do encéfalo com suas respectivas estruturas.
Modelos Animais de Doenças
Ratos Sprague-Dawley
Permeabilidade Capilar
Propriedade dos capilares sanguíneos do ENDOTÉLIO que permite a troca seletiva de substâncias entre o sangue e os tecidos circunscritos e através de barreiras membranosas, como as BARREIRA SANGUE-AR, BARREIRA HEMATOAQUOSA, BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA, BARREIRA HEMATONEURAL, BARREIRA HEMATO-RETINIANA e BARREIRA HEMATOTESTICULAR. Moléculas lipossolúveis pequenas, como o dióxido de carbono e oxigênio deslocam-se livremente por difusão. A água e as moléculas hidrossolúveis não podem passar através das paredes do endotélio e dependem de poros microscópicos. Estes poros mostram áreas estreitas (JUNÇÕES ESTREITAS) que podem limitar o movimento de moléculas grandes.
Fármacos Neuroprotetores
Fármacos usados com a intenção de impedir lesões encefálicas ou medulares devidas a isquemia, acidente vascular cerebral, convulsões, ou traumatismos. Alguns devem ser administrados antes que o evento ocorra, mas outros podem ser eficazes durante algum tempo depois. Agindo por meio de diversos mecanismos, de modo direto ou indireto, eles frequentemente minimizam a lesão produzida pelos aminoácidos excitatórios endógenos.
Hipertensão Intracraniana
Pressão elevada dentro da abóbada craniana. Pode resultar de várias afecções, incluindo HIDROCEFALIA, EDEMA CEREBRAL, massas intracranianas, HIPERTENSÃO sistêmica grave, PSEUDOTUMOR CEREBRAL e outros transtornos.
Córtex Cerebral
Camada delgada de SUBSTÂNCIA CINZENTA localizada na superfície dos hemisférios cerebrais (ver CÉREBRO) que se desenvolve a partir do TELENCÉFALO e se molda em giros e sulcos. Alcança seu maior desenvolvimento no ser humano, sendo responsável pelas faculdades intelectuais e funções mentais superiores.
Falência Hepática Aguda
Forma de FALÊNCIA HEPÁTICA de início rápido, também conhecida como falência hepática fulminante, causada por uma lesão hepática grave ou perda massiva de HEPATÓCITOS. Caracteriza-se por desenvolvimento súbito de disfunção hepática e ICTERÍCIA. A falência hepática aguda pode progredir para uma disfunção cerebral e até para o coma hepático dependendo da etiologia que inclui ISQUEMIA hepática, toxicidade aos medicamentos, infiltração maligna e hepatite viral, como HEPATITE B e HEPATITE C pós-transfusão.
Edema da Córnea
Edema Cardíaco
Retenção de líquido anormal pelo corpo devido a deficiência da função cardíaca ou insuficiência cardíaca. Geralmente é caracterizada por aumento de pressão venosa e capilar e pernas inchadas quando em pé. É diferente de edema generalizado causado por disfunção renal (SÍNDROME NEFRÓTICA).
Infarto Cerebral
Formação de uma área de NECROSE no CÉREBRO causada por uma insuficiência de fluxo sanguíneo venoso ou arterial. Os infartos do cérebro geralmente são classificados por hemisfério (i. é, esquerdo vs direito), lobo (ex. infarto do lobo frontal), distribuição arterial (ex. INFARTO DA ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR) e etiologia (ex. infarto embólico).
Diuréticos Osmóticos
Compostos que aumentam o volume da urina ao aumentar a quantidade de soluto osmoticamente ativo na urina. Os diuréticos osmóticos também aumentam a osmolaridade do plasma.
Meningioma
Neoplasia relativamente comum do SISTEMA NERVOSO CENTRAL, que surge de células da aracnoide. A maioria é de tumores vasculares bem diferenciados, de crescimento lento e baixo potencial de invasão, embora ocorram subtipos malignos. Meningiomas surgem com maior frequência na região parassagital, convexidade cerebral, borda esfenoidal, sulco olfatório e CANAL VERTEBRAL (Tradução livre do original: DeVita et al., Cancer: Principles and Practice of Oncology, 5th ed, pp 2056-7).
Água
Encefalopatia Hepática
Síndrome caracterizada por disfunção do sistema nervoso central em associação com FALÊNCIA HEPÁTICA, incluindo derivações portossistêmicas. Entre as características clínicas estão letargia e CONFUSÃO (progredindo frequentemente para o COMA), Asterixe, NISTAGMO PATOLÓGICO, reflexos oculovestibulares bruscos, postura de descerebração e descorticação, ESPASTICIDADE MUSCULAR e reflexo plantar extensor bilateral (v. REFLEXO DE BABINSKI). A ELETROENCEFALOGRAFIA pode demonstrar ondas trifásicas. (Tradução livre do original: Adams et al., Principles of Neurology, 6th ed, pp1117-20; Plum & Posner, Diagnosis of Stupor and Coma, 3rd ed, p222-5)
Fatores de Tempo
Aquaporinas
Classe de porinas que permite a passagem de ÁGUA e outras moléculas pequenas através das MEMBRANAS CELULARES.
Astrócitos
Classe de grandes células da neuroglia (macrogliais) no sistema nervoso central (as maiores e mais numerosas células da neuroglia localizadas no cérebro e na medula espinhal). Os astrócitos (células "estrela") têm forma irregular, com vários processos longos, incluindo aqueles com "pés terminais"; estes formam a membrana glial (limitante) e, direta ou indiretamente, contribuem para a BARREIRA HEMATO-ENCEFÁLICA. Regulam o meio extracelular químico e iônico e os "astrócitos reativos" (junto com a MICROGLIA) respondem a lesão.
Hiperamonemia
Ratos Wistar
Ataque Isquêmico Transitório
Breves episódios reversíveis de disfunção isquêmica focal, não convulsiva do cérebro, tendo uma duração de menos de 24 horas, e normalmente menos de uma hora, causados por oclusão ou estenose de vasos sanguíneos embólicos ou trombóticos transitórios. Os eventos podem ser classificados pela distribuição arterial, padrão temporal ou etiologia (ex. embólica versus trombótica).
Edematose Suína
Doença aguda de porcos jovens, normalmente associada com desarmamento. É caracterizada clinicamente por paresia e edema subcutâneo.
Tronco Encefálico
Parte do encéfalo que conecta os hemisférios cerebrais (ver CÉREBRO) à MEDULA ESPINAL. É formado por MESENCÉFALO, PONTE e BULBO.
Neoplasias Meníngeas
Claudina-5
Subtipo de claudina encontrada nas JUNÇÕES ÍNTIMAS das CÉLULAS ENDOTELIAIS VASCULARES. A proteína foi inicialmente identificada como uma das várias proteínas que são deletadas na síndrome velocardiofacial (ver SÍNDROME DE DIGEORGE) e pode desempenhar papel importante na manutenção da integridade da BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA.
Ratos Endogâmicos
Neurônios
Embolia e Trombose Intracraniana
Polivinil
Reperfusão
Restauração de suprimento sanguíneo ao tecido que está isquêmico devido à diminuição normal do suprimento sanguíneo. A diminuição pode ser resultante de qualquer origem, incluindo uma obstrução aterosclerótica, estreitamento da artéria ou pinçamento cirúrgico. É principalmente um procedimento para tratamento de infarto ou outras isquemias, por tornar viável a recuperação do tecido isquêmico, limitando deste modo o aparecimento de necrose. Contudo, tem-se pensado que a reperfusão possa, além disso, danificar o tecido isquêmico, causando LESÃO POR REPERFUSÃO.
Abscesso Encefálico
Coleção circunscrita de exudato purulento no cérebro, devido à infecção bacteriana (ou outra). A maioria é causada por disseminação de material infectado a partir de um foco de supuração em algum lugar do corpo, especialmente SEIOS PARANASAIS, ORELHA MÉDIA, CORAÇÃO (ver também ENDOCARDITE BACTERIANA) e PULMÃO. TRAUMA CRANIOCEREBRAL penetrante e PROCEDIMENTOS NEUROCIRÚRGICOS também podem estar associados com este estado. Entre as manifestações clínicas estão CEFALEIA, CONVULSÕES, déficit neurológico focal e alterações de consciência.
Cavidades Cranianas
Grandes canais venosos revestidos por endotélio, situados entre as duas camadas da DURA-MATER, as camadas endóstea e meníngea. Não têm válvulas e são parte do sistema venoso da dura-máter. Entre os principais seios cranianos estão o grupo póstero-superior (como sagital superior, sagital inferior, plano, transverso e occipital) e um grupo ântero-inferior (como cavernoso, petroso e plexo basilar).
Edema Laríngeo
Camundongos Endogâmicos C57BL
Tomografia Computadorizada por Raios X
Hipotermia Induzida
Antipirina
Analgésico e antipirético que tem sido dado por boca e como gotas na orelha. A antipirina é frequentemente usada para se testar os efeitos de outras drogas ou doenças sobre as enzimas do metabolismo de drogas no fígado.
Exame Neurológico
Manitol
Diurético e adjuvante no diagnóstico renal relacionado ao sorbitol. Possui pouco valor calórico e é eliminado do corpo antes que aconteça qualquer metabolismo. Pode ser usado para tratar oligúria associado com insuficiência renal ou outras manifestações anormais do funcionamento renal e tem sido usado para determinar a taxa de filtração glomerular. Geralmente, o Manitol também é utilizado como ferramenta de pesquisa em estudos de biologia celular, normalmente para controlar a osmolaridade.