Contração involuntária das fibras musculares enervadas por uma unidade motora. As fasciculações geralmente podem ser visualizadas e ter a forma de um puxão ou covinhas musculares abaixo da pele, mas normalmente não geram força suficiente para mover um membro. Podem representar uma afecção benigna ou ocorrer como manifestação da DOENÇA DOS NEURÔNIOS MOTORES ou DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO. (Tradução livre do original: Adams et al., Principles of Neurology, 6th ed, p1294)
Fibras nervosas capazes de conduzir impulsos rapidamente para fora do corpo da célula nervosa.
Relaxante da musculatura esquelética quaternário geralmente utilizado na forma de brometos, cloretos e iodetos. É um relaxante despolarizante, atuando em aproximadamente 30 segundos e com uma duração de seus efeitos de 3 a minutos. Succinilcolina é utilizada em procedimentos cirúrgicos, anestésicos, entre outros, onde um curto período de relaxamento muscular se faz necessário.
Subtipo de contactina que desempenha papel no desenvolvimento e fasciculação do axônio e da migração neuronal.
Ligantes de superfície que mediam a adesão célula-a-célula e atuam na formação e interconexão do sistema nervoso de vertebrados. Estas moléculas promovem a adesão celular via mecanismo homofílico. Não devem ser confundidas com MOLÉCULAS DE ADESÃO DE CÉLULA NEURAL que agora é sabidamente expressa em vários tecidos e tipos celulares além do tecido nervoso.
Moléculas de adesão celular que mediam a adesão neurônio-neurônio e a adesão neurônio-astrócito. São expressas em neurônios e células de Schwann, mas não em astrócitos, e estão envolvidas na migração neuronal, fasciculação de neurites, e crescimento. A Ng-CAM é imunológica e estruturalmente distinta do NCAM.
Protótipo e membro melhor estudado da família das semaforinas. A semaforina 3A é um sinalizador (guidance cue) axônio-repulsivo para migração de neurônios durante o desenvolvimento do sistema nervoso. Tem sido encontrada só em vertebrados (até o momento) e se liga aos receptores do complexo NEUROPILINA-1/plexina em cones de crescimento. Como outras semaforinas da classe 3, é uma proteína secretada.
Membro da família proteína S-100 presente em altas concentração no sangue e líquido intersticial em vários transtornos infecciosos, inflamatórios e malignos, incluindo a artrite reumatoide, doença inflamatória do intestino e fibrose cística. É um complexo de cadeia leve (CALGRANULINA A) e uma cadeia pesada (CALGRANULINA B). L1 se liga ao cálcio através dos motivos EF hand e mostrou-se possuir atividade antimicrobiana.
Membro (da superfamília das imunoglobulinas) das moléculas de adesão de células neuronais necessário para o desenvolvimento correto do sistema nervoso. A molécula L1 de adesão de célula neural consiste em seis domínios de Ig, cinco domínios de fibronectina, uma região transmembrânica e um domínio intracelular. São conhecidos dois processamentos variantes: uma forma neuronal que contém uma sequência de quatro aminoácidos RSLE no domínio citoplasmático e, uma forma não neuronal que perdeu a sequência RSLE. As mutações no gene L1 provocam a doença do L1. A molécula de adesão de célula neuronal L1 é expressa, predominantemente durante o desenvolvimento, em neurônios e nas células de Schwann e estão envolvidas na adesão celular, migração neuronal, crescimento e orientação axonal e mielinização.
Receptor dimérico de superfície celular relacionada com a angiogênese (NEOVASCULARIZAÇÃO FISIOLÓGICA) e com a orientação axonal. A neuropilina-1 é uma proteína transmembrânica de 140 KDa que se liga as SEMAFORINAS classe 3 e a vários outros fatores de crescimento. A neuropilina-1 forma complexos com plexina ou RECEPTORES DE VEGF e a afinidade e especificidade da ligação são determinadas pela composição dos dímeros de neuropilina e pela identidade de outros receptores complexados com esta proteína. A neuropilina-1 é expressa em diferentes padrões durante o desenvolvimento neural, complementarmente àquelas descritas para a NEUROPILINA-2.
Molécula de adesão celular envolvida nas várias faixas de interações mediadas pelo contato entre neurônios, astrócitos, oligodendrócitos e miotubos. É completamente, mas transitoriamente expressa em vários tecidos na fase precoce da embriogênese. Há quatro isoformas principais, abrangendo o CD56 (ANTÍGENOS CD56), mas há muitas outras variantes resultantes do processamento alternativo e das modificações pós-traducionais. (Tradução livre do original: Pigott & Power, The Adhesion Molecule FactsBook, 1993, pp115-119)
Contração sustentada espasmódica das fibras musculares, normalmente dolorida. Isso pode ocorrer como fenômeno isolado ou como manifestação de um processo patológico subjacente (ex., UREMIA, HIPOTIREOIDISMO, DOENÇA DOS NEURÔNIOS MOTORES, etc.). (Tradução livre do original: Adams et al., Principles of Neurology, 6a ed, p1398)
Sintomas e sinais clínicos causados por disfunção ou lesão do sistema nervoso.
Em culturas de tecidos são projeções de neurônios, como pelos, estimuladas por fatores de crescimento e outras moléculas. Estas projeções podem continuar-se para formarem uma árvore ramificada de dendritos ou um único axônio ou podem ser reabsorvidas num estágio adiantado de desenvolvimento. 'Neurito' pode se referir a qualquer filamento ou crescimento em formato de ponta apresentado por células neurais em cultura de tecido ou células embrionárias.
Termo geral que engloba DOENÇA DOS NEURÔNIOS MOTORES, DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO e certas DOENÇAS MUSCULARES. Entre as manifestações estão FRAQUEZA MUSCULAR, FASCICULAÇÃO, ATROFIA muscular, ESPASMO, MIOQUIMIA, HIPERTONIA MUSCULAR, mialgias e HIPOTONIA MUSCULAR.
Neurônios que ativam CÉLULAS MUSCULARES.
Registro das alterações no potencial elétrico do músculo por meio de eletrodos de superfície ou agulhas.
Todo o aparelho nervoso, composto de uma parte central, o cérebro e a medula espinhal, e uma parte periférica, os nervos cranianos e espinhais, gânglios autônomos e plexos. (Stedman, 25a ed)
Sexto par de nervos cranianos que se origina no NÚCLEO DO NERVO ABDUCENTE da PONTE e envia fibras motoras para os músculos retos laterais do OLHO. Danos ao nervo ou ao seu núcleo prejudicam o controle do movimento horizontal do olho.
Doenças caracterizadas por uma degeneração seletiva dos neurônios motores da medula espinhal, tronco cerebral ou córtex motor. Os subtipos clínicos são diferenciados pelo maior local de degeneração. Na ESCLEROSE AMIOTRÓFICA LATERAL há envolvimento dos neurônios motores do tronco cerebral, inferiores e superiores. Na atrofia muscular progressiva e síndromes relacionadas (v. ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL) os neurônios motores da medula espinhal são principalmente afetados. Com paralisia bulbar progressiva (PARALISIA BULBAR PROGRESSIVA), a degeneração inicial ocorre no tronco cerebral. Na esclerose lateral primária os neurônios corticais são isoladamente afetados. (Tradução livre do original: Adams et al., Principles of Neurology, 6th ed, p1089)
Família de moléculas de adesão celular relacionadas com imunoglobulinas que estão envolvidas na padronização do SISTEMA NERVOSO.
Proteínas do tecido nervoso referem-se a um conjunto diversificado de proteínas especializadas presentes no sistema nervoso central e periférico, desempenhando funções vitais em processos neurobiológicos como transmissão sináptica, plasticidade sináptica, crescimento axonal, manutenção da estrutura celular e sinalização intracelular.
Órgão acessório quimiorreceptor separado da MUCOSA OLFATÓRIA principal. Está situada na base do septo nasal, próximo ao VÔMER e dos OSSOS NASAIS. Transmite sinais químicos (como FEROMÔNIOS) ao SISTEMA NERVOSO CENTRAL, influenciando, assim, o comportamento reprodutivo e social. Em humanos, a maior parte de suas estruturas regride após o nascimento, com exceção do ducto vomeronasal.
Doze pares de nervos que transportam fibras aferentes gerais, aferentes viscerais, aferentes especiais, eferentes somáticas e eferentes autônomas.
Entidade que se desenvolve de um ovo de galinha fertilizado (ZIGOTO). O processo de desenvolvimento começa cerca de 24 h antes de o ovo ser disposto no BLASTODISCO, uma mancha esbranquiçada, pequena na superfície da GEMA DO OVO. Após 21 dias de incubação, o embrião está completamente desenvolvido antes da eclosão.
Receptor transmembrânico para as SEMAFORINAS classe 3 e muitas outras isoformas de fatores de crescimento vascular endotelial. A neuropilina-2 atua como homodímero tanto como heterodímero com a NEUROPILINA-1. A afinidade de ligação da neuropilina-2 varia para as diferentes isoformas de semaforinas classe 3 e é dependente da composição do dímero. A proteína também forma complexos receptores com as plexinas e com os RECEPTORES VEGF, que altera as características de ligação do receptor.