Intoxicação por MPTP
Afecção causada por neurotoxina MPTP que causa destruição seletiva de neurônios dopaminérgicos nigroestriatais. Entre os sinais clínicos estão sinais parkinsonianos irreversíveis, incluindo rigidez e bradicinesia (DOENÇA DE PARKINSON SECUNDÁRIA). A toxicidade por MTPT também é usada em modelo animal para o estudo da DOENÇA DE PARKINSON. (Tradução livre do original: Adams et al., Principles of Neurology, 6th ed, p1072; Neurology 1986 Feb;36(2):250-8)
1-Metil-4-Fenil-1,2,3,6-Tetra-Hidropiridina
Composto dopaminérgico neurotóxico que produz alterações clínicas, químicas e patológicas irreversíveis, que mimetizam aquelas encontradas na doença de Parkinson.
Transtornos Parkinsonianos
Grupo de transtornos caracterizado por controle motor deficiente, bradicinesia, RIGIDEZ MUSCULAR, TREMOR e instabilidade postural. As doenças parkinsonianas geralmente são divididas em parkinsonismo primário (v. DOENÇA DE PARKINSON), parkinsonismo secundário (v. DOENÇA DE PARKINSON SECUNDÁRIA) e formas hereditárias. Estas afecções estão asssociadas com disfunção das vias dopaminérgicas ou vias neuronais de integração motora intimamente relacionadas nos GÂNGLIOS DA BASE.
Doença de Parkinson Secundária
Afecções caracterizadas por manifestações clínicas semelhantes à doença de Parkinson primária, causadas por um estado suspeito ou conhecido. Exemplos incluem parkinsonismo causado por lesão vascular, drogas, trauma, exposição a toxinas, neoplasias, infecções e afecções hereditárias ou degenerativas. Os sinais clínicos podem incluir bradicinesia, rigidez, marcha parkinsoniana e face de máscara. Em geral, o tremor é menos proeminente no parkinsonismo secundário que na forma primária. (Tradução livre do original: Joynt, Clinical Neurology, 1998, Ch38, pp39-42)
Proteínas de Transporte da Membrana Mitocondrial
Substância Negra
Substância negra no mesencéfalo ventral ou núcleo de células que contém a substância negra. Estas células produzem DOPAMINA, um neurotransmissor importante na regulação do sistema sensório-motor e do estado de humor. A MELANINA, de cor escura, é um subproduto da síntese da dopamina.
Dopaminérgicos
Fármacos usados por seus efeitos sobre os receptores para dopamina, sobre o ciclo de vida da dopamina ou a sobrevida dos neurônios dopaminérgicos.
Neurônios Dopaminérgicos
Neurônios cujo neurotransmissor primário é a DOPAMINA.
Neurotoxinas
Dopamina
Uma das catecolaminas NEUROTRANSMISSORAS do encéfalo. É derivada da TIROSINA e precursora da NOREPINEFRINA e da EPINEFRINA. A dopamina é a principal transmissora no sistema extrapiramidal do encéfalo e importante na regulação dos movimentos. Sua ação é mediada por uma família de receptores (RECEPTORES DOPAMINÉRGICOS).
Corpo Estriado
SUBSTÂNCIA CINZENTA e SUBSTÂNCIA BRANCA estriadas que consistem de NEOSTRIADO e o paleoestriado (GLOBO PÁLIDO). Localiza-se ventral e lateralmente ao TÁLAMO em cada hemisfério cerebral. A substância cinzenta é composta pelo NÚCLEO CAUDADO e núcleo lentiforme (este último compreendendo o GLOBO PÁLIDO e o PUTÂMEN). A SUBSTÂNCIA BRANCA consiste na CÁPSULA INTERNA.
Tirosina 3-Mono-Oxigenase
Ciclofilinas
Degeneração Estriatonigral
Doença neurodegenerativa esporádica com início na meia-idade, caracterizada clinicamente por sinais Parkinsonianos (ex. RIGIDEZ MUSCULAR; HIPOCINESIA; postura estática) e HIPOTENSÃO. Esta afecção é considerada uma variante clínica da ATROFIA DE MÚLTIPLOS SISTEMAS. Os sinais patológicos incluem uma perda proeminente de neurônios na zona compacta da SUBSTÂNCIA NEGRA e PUTÂMEN.
Selegilina
Inibidor seletivo, irreversível da enzima monoamino oxidase do tipo B. É utilizada em paciente com mal de Parkinson recém diagnosticados. Pode retardar a progressão clínica da doença e postergar a necessidade da terapia com levodopa. Pode ser administrada juntamente com levodopa no início da incapacidade. O composto sem a designação do isômero é denominado Deprenil.
Monoaminoxidase
Enzima que catalisa a desaminação oxidativa de monoaminas naturais. É uma flavoenzima localizada nas membranas mitocondriais, seja nos terminais nervosos, no fígado ou outros órgãos. A monoaminoxidase é importante na regulação da degradação metabólica de catecolaminas e serotonina no tecido nervoso ou nos tecidos alvos. A monoaminoxidase hepática tem um papel defensivo crucial em inativar as monoaminas circulantes ou aquelas, como a tiramina, que se originam no intestino e são absorvidas pela circulação portal. EC 1.4.3.4.
Doença de Parkinson
Doença neurológica degenerativa progressiva caracterizada por TREMOR, que se torna máximo durante o repouso, retropulsão (i. é, tendência em cair para trás), rigidez, postura estática, lentidão dos movimentos voluntários e uma expressão facial semelhante a uma máscara. Entre os sinais patológicos estão a perda de neurônios contendo melanina na substância negra e outros núcleos pigmentados do tronco encefálico. Os CORPOS DE LEWY estão presentes na substância negra e no locus cerúleo, mas também podem ser encontrados em uma doença relacionada (DOENÇA POR CORPOS DE LEWY difusa), caracterizada por demência combinada com graus variados de parkinsonismo. (Tradução livre do original: Adams et al., Principles of Neurology, 6a ed, p1059, pp1067-75)
Ácido 3,4-Di-Hidroxifenilacético
Metabólito desaminado de LEVODOPA.
Ácido Homovanílico
Ácido homovanílico (HVA) é um metabólito urinário que é produzido durante o processamento da dopamina no cérebro, e sua medição pode ser usada como um biomarcador para avaliar a função dopaminérgica em estudos clínicos e de pesquisa.
Camundongos Endogâmicos C57BL
Neostriado
Filogeneticamente a parte mais recente do CORPO ESTRIADO consistindo do NÚCLEO CAUDADO e PUTÂMEN. É frequentemente denominado simplesmente de estriado.
Modelos Animais de Doenças
Antiparkinsonianos
Fármacos usados no tratamento da doença de Parkinson. Os fármacos mais comumente usados agem no sistema dopaminérgico (corpo estriado e gânglios basais) ou são antagonistas muscarínicos de ação central.
Fármacos Neuroprotetores
Fármacos usados com a intenção de impedir lesões encefálicas ou medulares devidas a isquemia, acidente vascular cerebral, convulsões, ou traumatismos. Alguns devem ser administrados antes que o evento ocorra, mas outros podem ser eficazes durante algum tempo depois. Agindo por meio de diversos mecanismos, de modo direto ou indireto, eles frequentemente minimizam a lesão produzida pelos aminoácidos excitatórios endógenos.
Inibidores da Monoaminoxidase
Proteínas da Membrana Plasmática de Transporte de Dopamina
Simportadores de neurotransmissores dependentes de cloreto de sódio, localizados principalmente na MEMBRANA PLASMÁTICA dos neurônios dopaminérgicos. Eles retiram a DOPAMINA do ESPAÇO EXTRACELULAR recaptando-a com alta afinidade para os TERMINAÇÕES PRÉ-SINÁPTICAS e são o alvo dos INIBIDORES DA CAPTAÇÃO DE DOPAMINA.
Neurônios
Degeneração Neural
Perda da atividade funcional e degeneração trófica de axônios nervosos e suas ramificações terminais, seguida à destruição de suas células de origem ou interrupção de sua continuidade com estas células. A patologia é característica de doenças neurodegenerativas. Geralmente, o processo de degeneração nervosa é estudado em pesquisas de localização neuroanatômica e correlação da neurofisiologia das vias neurais.
Ciclosporina
Levodopa
Forma de DI-HIDROXIFENILALANINA de ocorrência natural e precursora imediata da DOPAMINA. Diferente da dopamina, pode ser administrada oralmente e cruza a barreira hematoencefálica. É rapidamente absorvida por neurônios dopaminérgicos e convertida em DOPAMINA. É utilizada no tratamento dos TRANSTORNOS PARKINSONIANOS e geralmente administrada com agentes que inibem sua conversão para dopamina fora do sistema nervoso central.
Mazindol
Agente anorexigênico tricíclico não relacionado à ANFETAMINA e menos tóxico que ela, mas com alguns efeitos colaterais similares. Inibe a captação de catecolaminas e bloqueia a ligação da cocaína ao transportador de captação de dopamina.