Trofoblastos
Células que revestem a parte externa do BLASTOCISTO. Depois que os trofoblastos se ligam ao ENDOMÉTRIO, desenvolvem duas camadas distintas: uma camada interna (citotrofoblastos mononucleares) e outra externa (citoplasma multinuclear contínuo, os sinciciotrofoblastos) que forma a interface inicial entre o feto e a mãe (PLACENTA).
Placenta
Órgão materno-fetal de mamíferos, altamente vascularizado, sendo o principal local de transporte de oxigênio, nutrientes e resíduos fetais. Na placenta há uma porção fetal (VILOSIDADES CORIÔNICAS, provenientes dos TROFOBLASTOS) e uma porção materna (DECÍDUA, proveniente do ENDOMÉTRIO uterino). A placenta produz uma série de hormônios esteroides, proteicos e peptídicos (HORMÔNIOS PLACENTÁRIOS).
Placentação
Desenvolvimento da PLACENTA, órgão materno-fetal de mamífero, altamente vascularizado e principal local de transporte de oxigênio, nutrientes e produtos residuais fetais entre a mãe e o FETO. O processo começa na FERTILIZAÇÃO, com o desenvolvimento dos CITOTROFOBLASTOS e SINCICIOTROFOBLASTOS, formação das VILOSIDADES CORIÔNICAS ao aumento progressivo dos VASOS SANGUÍNEOS para sustentar o feto em crescimento.
Gravidez
Estado durante o qual os mamíferos fêmeas carregam seus filhotes em desenvolvimento (EMBRIÃO ou FETO) no útero (antes de nascer) começando da FERTILIZAÇÃO ao NASCIMENTO.
Vilosidades Coriônicas
Coriocarcinoma
Forma de tumor trofoblástico maligno e metastático. Diferentemente da MOLA HIDATIFORME, o coriocarcinoma não contém VILOSIDADES CORIÔNICAS, mas uma camada de citotrofoblastos e sinciciotrofoblastos (TROFOBLASTOS) indiferenciados. Caracteriza-se pela secreção de grandes quantidades de GONADOTROPINA CORIÔNICA. A origem do tecido pode ser determinada por análise de DNA: origem placentária (fetal) ou origem não placentária (CORIOCARCINOMA NÃO GESTACIONAL).
Primeiro Trimestre da Gravidez
Primeira terça parte da GRAVIDEZ humana, a partir do primeiro dia do último período menstrual normal (MENSTRUAÇÃO) até completar as 14 semanas (98 dias) de gestação.
Decídua
Camada glandular do ENDOMÉTRIO, que responde aos hormônios e que se desprende a cada fluxo menstrual (decidua menstrualis) ou no final da gravidez. Durante a gravidez, a parte mais espessa da decídua forma a porção materna da PLACENTA (decidua placentalis). A porção delgada da decídua que envolve o resto do embrião é a decidua capsularis.
Implantação do Embrião
Proteínas da Gravidez
Antígenos HLA-G
Antígenos de superfície de HLA classe I codificados por alelos no locus B do complexo HLA. Os antígenos HLA-G são considerados antígenos não clássicos devido à sua distribuição tecidual distinta, que difere dos antígenos HLA-A, HLA-B e HLA-C. Várias isoformas de antígenos HLA-G resultam de PROCESSAMENTO ALTERNATIVO de RNAs mensageiros produzidos pelo alelo HLA-G*01.
Pré-Eclâmpsia
Complicação de GRAVIDEZ, caracterizada por um complexo de sintomas incluindo HIPERTENSÃO materna e PROTEINURIA com ou sem EDEMA patológico. Os sintomas variam de brandos a graves. A pré-eclâmpsia ocorre após a 20a semana de gestação, porém pode se desenvolver antes deste tempo, na presença de doença trofoblástica.
Doenças Placentárias
Processos patológicos ou funções anormais da PLACENTA.
Células Gigantes
Massas multinucleares produzidas pela fusão de muitas células; frequentemente associadas com infecções virais. Na AIDS, há indução destas células quando o envelope glicoproteico do vírus HIV liga-se ao antígeno CD4 de células T4 vizinhas não infectadas. O sincício resultante leva à morte celular explicando então o efeito citopático do vírus.
Blastocisto
Pré-implantação do embrião de mamíferos após a MÓRULA que se desenvolve a partir do estágio de 32 células para uma bola preenchida por líquido com centenas de células. Um blastocisto possui dois tecidos distintos. A camada externa do trofoblasto dá origem aos tecidos extraembrionários. A massa celular interna dá origem ao disco embrionário e ao próprio embrião final.
Córion
Troca Materno-Fetal
Troca de substâncias entre o sangue materno e o fetal na PLACENTA, através da CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA. A barreira placentária exclui a transmissão de micróbios ou vírus.
Lactogênio Placentário
Hormônio polipeptídico de aproximadamente 25 kDa produzido pelos sinciciotrofoblastos da PLACENTA, também conhecido como somatomamotropina coriônica. Apresenta atividades de HORMÔNIO DO CRESCIMENTO e de PROLACTINA no crescimento, lactação e produção de esteroides lúteos. Em mulheres, a secreção do lactogênio placentário começa logo após a implantação, aumentando para 1 g ou mais por dia na gravidez tardia. O lactogênio placentário também é um antagonista da insulina.
Útero
Órgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
Endométrio
Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
Células Cultivadas
Células propagadas in vitro em meio especial apropriado ao seu crescimento. Células cultivadas são utilizadas no estudo de processos de desenvolvimento, processos morfológicos, metabólicos, fisiológicos e genéticos, entre outros.
Gonadotropina Coriônica
Hormônio glicoproteico gonadotrópico produzido principalmente pela PLACENTA. Semelhante ao HORMÔNIO LUTEINIZANTE da hipófise em estrutura e função, a gonadotropina coriônica está envolvida em manter o CORPO LÚTEO durante a gravidez. A GC é composta por duas subunidades não covalentes alfa e beta. Dentro de uma espécie, a subunidade alfa é virtualmente idêntica às subunidades alfa dos três hormônios glicoproteicos da hipófise (TSH, LH e FSH), mas a subunidade beta é única e confere especificidade biológica (GONADOTROPINA CORIÔNICA HUMANA SUBUNIDADE BETA).
Diferenciação Celular
Prenhez
Processo de carregar um ser em desenvolvimento (EMBRIÃO ou FETO) no útero de mamíferos não humanos começando da FERTILIZAÇÃO ao NASCIMENTO.
Neoplasias Uterinas
Tumores ou câncer do ÚTERO.
Imuno-Histoquímica
Idade Gestacional
A duração da gestação é medida a partir do primeiro dia do último período menstrual normal. A idade gestacional é expressa em dias ou semanas completas (por ex.: eventos que ocorrem de 280 a 286 dias após o início do último período menstrual normal são considerados como ocorridos na marca de 40 semanas de gestação). A idade gestacional é frequentemente uma fonte de confusão quando os cálculos são baseados em datas menstruais. Para os propósitos de cálculos da idade gestacional a partir da data do primeiro dia do último período menstrual normal e a data do parto, deve-se ter em mente que o primeiro dia é zero e não o dia um; os dias 0-6 correspondem então à "semana zero completa", os dias 7-13 à "semana completa um", e a quadragésima semana da gravidez atual é sinônimo de "semana completa 39". Quando a data do último período menstrual normal não é disponível, a idade gestacional deve ser baseada na melhor estimativa clínica. Para evitar confusão, as tabulações devem indicar tanto semanas quanto dias. (CID-10, vol.2, 8a ed., rev. e ampl. 2008)
Circulação Placentária
Circulação de SANGUE, tanto da mãe como do FETO, através da PLACENTA.
Terceiro Trimestre da Gravidez
Último terço da GRAVIDEZ humana [que vai] do início da 29a até a 42a semana completa (197 a 294 dias) de gestação.
Fator 4 de Crescimento de Fibroblastos
Mola Hidatiforme
Hiperplasia trofoblástica associada com gestação normal ou gravidez molar. Caracteriza-se pela dilatação das VILOSIDADES CORIÔNICAS e elevada GONADOTROPINA CORIÔNICA humana. A mola hidatiforme ou gravidez molar pode ser classificada como completa ou parcial, baseada em sua morfologia geral, histopatologia e cariótipo.
RNA Mensageiro
Sequências de RNA que servem como modelo para a síntese proteica. RNAm bacterianos são geralmente transcritos primários pelo fato de não requererem processamento pós-transcricional. O RNAm eucariótico é sintetizado no núcleo e necessita ser transportado para o citoplasma para a tradução. A maior parte dos RNAm eucarióticos têm uma sequência de ácido poliadenílico na extremidade 3', denominada de cauda poli(A). Não se conhece com certeza a função dessa cauda, mas ela pode desempenhar um papel na exportação de RNAm maduro a partir do núcleo, tanto quanto em auxiliar na estabilização de algumas moléculas de RNAm retardando a sua degradação no citoplasma.
Linhagem Celular
Regulação da Expressão Gênica no Desenvolvimento
Queratina-7
Neoplasias Trofoblásticas
O crescimento trofoblástico que pode ser gestacional ou não gestacional na sua origem. A neoplasia trofoblástica que resulta da gravidez é frequentemente descrita como doença trofoblástica da gestação que é distinta do tumor de células germinativas que frequentemente têm elementos trofoblásticos e da diferenciação trofoblástica que às vezes ocorre em uma variedade ampla de cânceres epiteliais. O crescimento trofoblástico gestacional tem várias formas, incluindo a MOLA HIDATIFORME e o CORIOCARCINOMA.
Movimento Celular
Retardo do Crescimento Fetal
Incapacidade do FETO para atingir o crescimento esperado em qualquer IDADE GESTACIONAL.
Embrião de Mamíferos
Reação em Cadeia da Polimerase Via Transcriptase Reversa
Gravidez Tubária
Tipo mais comum (mais de 96 por cento) de gravidez ectópica na qual a IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO extrauterina ocorre nas TUBAS UTERINAS, normalmente na região ampular onde ocorre a FERTILIZAÇÃO.
Membranas Extraembrionárias
Camadas finas de tecido que envolvem o embrião em desenvolvimento. Há quatro membranas extraembrionárias, geralmente encontradas em VERTEBRADOS, como RÉPTEIS, AVES e MAMÍFEROS. São: SACO VITELINO, ALANTOIDE, ÂMNIO e CÓRION. Estas membranas oferecem proteção e meios para o transporte de nutrientes e resíduos.
Tumor Trofoblástico de Localização Placentária
Variante incomum de CORIOCARCINOMA. É composto quase que inteiramente por citotrofoblastos mononucleares (TROFOBLASTOS). Devido a sua baixa secreção de GCh (GONADOTROPINA CORIÔNICA), um grande tumor pode se desenvolver antes que o GCh possa ser detectado.
Perda do Embrião
Perda precoce de uma gravidez durante o estágio de desenvolvimento do EMBRIÃO DE MAMÍFEROS. Em humanos, este período compreende entre a segunda e oitava semanas após fertilização.