Trombina
Receptores de Trombina
Família de receptores ativados por proteinases específicas para TROMBINA. São principalmente encontrados nas PLAQUETAS e CÉLULAS ENDOTELIAIS. A ativação dos receptores da trombina ocorre através da ação proteolítica da TROMBINA que cliva o peptídeo N-terminal a partir do receptor, revelando um novo peptídeo, um ligante oculto para o receptor. Os receptores sinalizam através de PROTEÍNAS HETERODIMÉRICAS DE LIGAÇÃO A GTP. Pequenos peptídeos sintéticos que contêm a sequência peptídica N-terminal exposta também podem ativar o receptor na ausência de atividade proteolítica.
Tempo de Trombina
Tempo de coagulação do PLASMA misturado com uma solução de TROMBINA. É uma medida da conversão de FIBRINOGÊNIO em FIBRINA, que é prolongada pela AFIBRINOGENEMIA, fibrinogênio anormal ou pela presença de substâncias inibidoras como p.ex., produtos da degradação de fibrina-fibrinogênio ou HEPARINA. A BATROXOBINA, uma enzima como a trombina (não afetada pela presença de heparina) pode ser utilizada no lugar da trombina.
Hirudinas
Polipeptídeos de cadeia simples com aproximadamente 65 aminoácidos (7 kDa) de SANGUESSUGAS e que possuem uma extremidade aminoterminal hidrofóbica neutra, uma extremidade carboxiterminal hidrofílica ácida e uma região central compacta hidrofóbica neutra. As hirudinas recombinantes não são sulfatadas na tirosina-63, e então, são denominadas 'hirudinas-dessulfatadas'. Formam um complexo estável não covalente com a ALFA-TROMBINA, abolindo, assim, sua capacidade de clivar FIBRINOGÊNIO.
Receptor PAR-1
Antitrombinas
Família de fatores e drogas endógenas que inibem diretamente a ação da TROMBINA, geralmente por meio do bloqueio de sua atividade enzimática. São distintos de ANTICOAGULANTES, como a HEPARINA, que agem aumentando os efeitos inibitórios das antitrombinas.
Plaquetas
Células em formato de discos e que não apresentam núcleo. São formadas no megacariócito e são encontradas no sangue de todos os mamíferos. Encontram-se envolvidas principalmente na coagulação sanguínea.
Coagulação Sanguínea
Processo de interação dos FATORES DE COAGULAÇÃO SANGUÍNEA que resulta em um coágulo insolúvel da FIBRINA .
Antitrombina III
Fibrinopeptídeo A
Duas pequenas cadeias peptídicas removidas do terminal amina das cadeias alfa do fibrinogênio pela ação da trombina durante o processo de coagulação sanguínea. Cada cadeia peptídica contém 18 resíduos aminoácidos. In vivo, o fibrinopeptídeo A é utilizado como um marcador para determinar a taxa de conversão do fibrinogênio em fibrina pela trombina.
Protrombina
Proteína plasmática que é o precursor inativo da trombina. É convertida a trombina pelo complexo ativador da protrombina, consistindo de fator Xa, fator V, fosfolipídeo e íons cálcio. A deficiência da protrombina leva à hipoprotrombinemia.
Hemostáticos
Agentes que agem interrompendo o fluxo sanguíneo. Os hemostáticos absorvíveis interrompem o sangramento formando um coágulo artificial ou provendo uma matriz mecânica que facilita a coagulação, quando aplicados diretamente à superfície da hemorragia. Estes agentes funcionam mais em nível capilar, não sendo efetivos para estancar uma hemorragia arterial ou venosa (sob pressão intravascular significante).
Ativação Plaquetária
Série de eventos progressivos sobrepostos, disparados por exposição das PLAQUETAS ao tecido subendotelial. Estes eventos incluem mudança de forma, adesividade, agregação e reações de liberação. Ao fim desse processo, estes eventos levam à formação de um tampão hemostático estável.
Cofator II da Heparina
Proteína plasmática sulfatada com peso molecular de aproximadamente 66 kDa que se assemelha à ANTITROMBINA III. A proteína é um inibidor da trombina no plasma e é ativada pelo sulfato de dermatana ou heparina. É um membro da superfamília serpina.
Fator Xa
Forma ativada do fator X que participa tanto da via intrínseca quanto da via extrínseca da coagulação sanguinea. Catalisa a conversão de protrombina a trombina em conjunto com outros cofatores.
Agregação Plaquetária
União das PLAQUETAS umas às outras. Esta agregação pode ser induzida por vários agentes (p.ex., TROMBINA, COLÁGENO) sendo parte do mecanismo que leva à formação de um TROMBO.
Fibrina
Proteína derivada do FIBRINOGÊNIO na presença de TROMBINA, que forma parte do coágulo sanguíneo.
Proteína C
Zimógeno dependente de vitamina K, presente no sangue, quando ativado pela trombina e trombomodulina apresenta propriedades anticoagulantes, inativando os fatores Va e VIIIa nos passos limitantes da velocidade de formação da trombina.
Fibrinogênio
Glicoproteína plasmática coagulada pela trombina, composta por um dímero de três pares de cadeias polipeptídicas não idênticas (alfa, beta e gama) mantidas juntas por pontes dissulfeto. A coagulação do fibrinogênio é uma mudança de sol para gel envolvendo arranjos moleculares complexos; enquanto o fibrinogênio é lisado pela trombina para formar polipeptídeos A e B, a ação proteolítica de outras enzimas libera diferentes produtos de degradação do fibrinogênio.
Trombomodulina
Glicoproteína de superfície celular das células endoteliais que se liga à trombina e serve como um cofator na ativação da proteína C e regulação da coagulação sanguínea.
Ácidos Pipecólicos
Ácidos pipecólicos referem-se a um grupo específico de compostos orgânicos, mais precisamente ácidos carboxílicos não proteínicos e não peptídicos, que contêm uma estrutura de anel piperidina e são encontrados em várias espécies vivas, incluindo plantas e animais, desempenhando funções importantes no metabolismo e na resposta imune.
Heparina
Mucopolissacarídeo altamente ácido formado por partes iguais de D-glucosamina sulfatada e ácido D-glucurônico com pontes sulfamínicas. O peso molecular varia entre 6 a 20 mil. A heparina é encontrada e obtida do fígado, pulmões, mastócitos, etc., de vertebrados. Sua função é desconhecida, mas é utilizada para impedir a coagulação do sangue in vivo e in vitro sob a forma de muitos sais diferentes.
Fibrinopeptídeo B
Duas pequenas cadeias peptídicas removidas do terminal amina das cadeias beta do fibrinogênio pela ação da trombina. Cada cadeia peptídica contém 20 resíduos de aminoácidos. A remoção de fibrinopeptídeos B não é necessária para a coagulação.
Tromboplastina
Constituinte composto de proteína e fosfolípide que é largamente distribuído em muitos tecidos. Serve como cofator com o fator VIIa para ativar o fator X na via extrínseca da coagulação sanguínea.
Tempo de Tromboplastina Parcial
Tempo necessário para o aparecimento de fitas de FIBRINA, após a mistura do PLASMA com substitutos de fosfolipídeos plaquetários (ex., cefalinas brutas, fosfatídeos de soja). É um teste da via intrínseca (fatores VIII, IX, XI e XII) e da via normal (fibrinogênio, protrombina, fatores V e X) de COAGULAÇÃO SANGUÍNEA. É usado como teste de triagem e para monitorar a terapia com HEPARINA.
Testes de Coagulação Sanguínea
Fatores de Coagulação Sanguínea
Substâncias endógenas, usualmente proteínas, que estão envolvidas no processo de coagulação sanguínea.
Fator V
Glicoproteína plasmática termolábil e vulnerável ao armazenamento que acelera a conversão de protrombina em trombina na coagulação sanguínea. O fator V propicia isto através da formação de um complexo com o fator Xa, fosfolípide e cálcio (complexo protrombinase). A deficiência do fator V leva à doença de Owren.
Fragmentos de Peptídeos
Proteínas parciais formadas pela hidrólise parcial de proteínas completas ou geradas através de técnicas de ENGENHARIA DE PROTEÍNAS.
Fator VIII
Fator VIII da coagulação sanguínea. Fator anti-hemofílico que é parte do complexo fator VIII/fator de von Willebrand. O fator VIII é produzido no fígado e age na via intrínseca da coagulação sanguínea. Serve como cofator na ativação do fator X e esta ação é marcadamente aumentada por pequenas quantidades de trombina.
Terapia com Hirudina
Hemostasia
Processo que estanca espontaneamente o fluxo de SANGUE de vasos que conduzem sangue sob pressão. É realizado pela contração dos vasos, adesão e agregação dos elementos sanguíneos formados (p. ex., AGREGAÇÃO ERITROCÍTICA) e o processo de COAGULAÇÃO SANGUÍNEA.
Sequência de Aminoácidos
Fator X
Fator de coagulação sanguínea glicoproteico estável ao armazenamento que pode ser ativado em fator Xa tanto pela via intrínseca como extrínseca. Uma deficiência de fator X, algumas vezes chamada de deficiência do fator Stuart-Prower, pode levar a um distúrbio sistêmico da coagulação.
Dados de Sequência Molecular
Descrições de sequências específicas de aminoácidos, carboidratos ou nucleotídeos que apareceram na literatura publicada e/ou são depositadas e mantidas por bancos de dados como o GENBANK, European Molecular Biology Laboratory (EMBL), National Biomedical Research Foundation (NBRF) ou outros repositórios de sequências.
Receptores de Superfície Celular
Células Cultivadas
Células propagadas in vitro em meio especial apropriado ao seu crescimento. Células cultivadas são utilizadas no estudo de processos de desenvolvimento, processos morfológicos, metabólicos, fisiológicos e genéticos, entre outros.
Complexo Glicoproteico GPIb-IX de Plaquetas
Complexo glicoproteico de plaqueta essencial para a adesão normal de plaqueta e formação de coágulos em locais de lesão vascular. É composto por três polipeptídeos, o GPIb alfa, GPIb beta e GPIX. A glicoproteína Ib atua como um receptor para o fator von Willebrand e para a trombina. A deficiência congênita do complexo GPIb-IX resulta na síndrome de Bernard-Soulier. A glicoproteína de plaqueta GPV associa-se com a GPIb-IX e também encontra-se ausente na síndrome de Bernard-Soulier.
Fibrinólise
Natural dissolução enzimática da FIBRINA.
Receptores Ativados por Proteinase
Sítios de Ligação
Carboxipeptidase U
Metalocarboxipeptidase que remove a lisina e a arginina C-terminais das proteínas e dos peptídeos biologicamente ativos regulando, desta maneira, suas atividades. É uma enzima relacionada ao zinco e que não demonstra nenhuma preferência por lisina em relação a arginina. A pró-carboxipeptidase U é ativada, no plasma humano, pela trombina ou plasmina durante a coagulação para formar a carboxipeptidase U instável.
Fator XI
Fator de coagulação estável envolvido na via intrínseca. A forma ativada XIa ativa o fator IX em IXa. A deficiência do fator XI é frequentemente chamada de hemofilia C.
Cálcio
Elemento fundamental encontrado em todos os tecidos organizados. É um membro da família dos metais alcalinoterrosos cujo símbolo atômico é Ca, número atômico 20 e peso atômico 40. O cálcio é o mineral mais abundante no corpo e se combina com o fósforo para formar os fosfatos de cálcio presentes nos ossos e dentes. É essencial para o funcionamento normal dos nervos e músculos além de desempenhar um papel importante na coagulação do sangue (como o fator IV) e em muitos processos enzimáticos.
Fibrinolisina
Produto da lise do plasminogênio (pró-fibrinolisina) pelos ativadores de PLASMINOGÊNIO. É composto por duas cadeias polipeptídicas, leve (B) e pesada (A), com peso molecular de 75.000. É a principal enzima proteolítica envolvida na retração do coágulo sanguíneo ou na lise da fibrina e rapidamente inativada pelas antiplasminas.
Fator Va
Forma ativada do fator V. É um cofator essencial para a ativação da protrombina catalisada pelo fator Xa.
Receptor PAR-2
Receptor ativado por proteinase, acoplado a uma proteína G expresso em vários tecidos, abrangendo o ENDOTÉLIO, LEUCÓCITOS e TRATO GASTROINTESTINAL. O receptor é ativado pela TRIPSINA que cliva o peptídeo N-terminal do receptor. O novo peptídeo N-terminal é um ligante oculto para o receptor. O receptor não clivado também pode ser ativado pelo peptídeo N-terminal presente nos RECEPTORES DA TROMBINA ativado, e por pequenos peptídeos sintéticos que contêm a sequência N-terminal exposta.
Endotélio Vascular
Glicoproteínas da Membrana de Plaquetas
Glicoproteínas de superfície de plaquetas que possuem um papel chave na hemostasia e trombose tais como adesão e agregação plaquetária. Muitas delas são receptores.
Batroxobina
Enzima proteolítica obtida do veneno de ferro-de-lança (Bothrops atrox). É usada como agente de coagulação plasmática para o fibrinogênio e para a detecção dos produtos de degradação do fibrinogênio. A presença de heparina não interfere com o teste de coagulação. A henocoagulase é uma mistura contendo batroxobina e o ativador do fator X. EC 3.4.21.-.
Tempo de Protrombina
Tempo de coagulação do PLASMA recalcificado na presença de excesso de TROMBOPLASTINA TECIDUAL. Os fatores medidos são FIBRINOGÊNIO, PROTROMBINA, FATOR V, FATOR VII e FATOR X. É utilizado para monitorar terapia anticoagulante com CUMARÍNICOS.
Nexinas de Proteases
Ativação Enzimática
Ancrod
Fração enzimática do veneno da fossa da víbora da Malásia, Agkistrodon rhodostoma. Catalisa a hidrólise de vários ésteres de aminoácidos e uma proteólise limitada de fibrinogênio. É usada clinicamente para produzir a desfibrinação controlada em pacientes que necessitam de terapia anticoagulante. EC 3.4.21.-.
Dermatan Sulfato
Glicosaminoglicana que ocorre na natureza mais frequentemente encontrada na pele e tecido conjuntivo. Difere do SULFATO DE CONDROITINA A (veja SULFATOS DE CONDROITINA) por conter ÁCIDO IDURÔNICO no lugar do ácido glucurônico, seu epímero, no átomo de carbono 5. (Tradução livre do original: Merck, 12th ed)
Veias Umbilicais
Fibrinogênios Anormais
Fibrinogênios que possuem um defeito funcional como resultado de uma ou mais substituições de aminoácidos na sequência do fibrinogênio normal. Anormalidades da molécula de fibrinogênio podem afetar quaisquer dos principais passos envolvidos na conversão do fibrinogênio em fibrina estabilizada, tais como clivagem dos fibrinopeptídeos pela trombina, polimerização e cruzamentos de ligações de fibrina. As disfibrinogenemias resultantes podem ser silenciosas do ponto de vista clínico ou podem estar associadas a sangramentos, ou cura imperfeita de úlceras.
Difosfato de Adenosina
Ligação Proteica
Bovinos
Animais bovinos domesticados (do gênero Bos) geralmente são mantidos em fazendas ou ranchos e utilizados para produção de carne, derivados do leite ou para trabalho pesado.
Clorometilcetonas de Aminoácidos
Fosfatidilinositóis
Derivados dos ácidos fosfatídicos, nos quais o ácido fosfórico encontra-se ligado a um hexahidroxi álcool, o mio-inositol, por meio de ligação éster. A hidrólise completa dá origem a 1 mol de glicerol, ácido fosfórico, mio-inositol e 2 moles de ácidos graxos.
Fator XIII
Relação Dose-Resposta a Droga
Aptâmeros de Nucleotídeos
Adesividade Plaquetária
Inibidores da Agregação de Plaquetas
Drogas ou agentes que antagonizam ou prejudicam qualquer mecanismo que conduz à agregação plaquetária, seja durante as fases de ativação e mudança de forma, seja seguindo a reação de liberação de grânulos densos e estimulação do sistema prostaglandina-tromboxana.
Produtos de Degradação da Fibrina e do Fibrinogênio
Fragmentos proteicos solúveis formados pela ação proteolítica da plasmina sobre a fibrina ou o fibrinogênio. FDP e seus complexos prejudicam profundamente o processo hemostático e são uma causa importante de hemorragia na coagulação e fibrinólise intravasculares.
Tempo de Sangramento
Isoflurofato
Proteínas Antitrombina
Família endógena de proteínas que pertencem à superfamília de serpinas que neutraliza a ação da trombina. Foram identificadas seis antitrombinas que ocorrem naturalmente e foram designadas por numerais romanos de I a VI. Destas, a antitrombina I (veja FIBRINA) e a ANTITROMBINA III parecem serem as principais.
Transtornos da Coagulação Sanguínea
Fibrinolíticos
Fibrinolisina ou agentes que convertem o plasminogênio em FIBRINOLISINA.
Endotélio
Camada de epitélio que reveste o coração, vasos sanguíneos (ENDOTÉLIO VASCULAR), vasos linfáticos (ENDOTÉLIO LINFÁTICO) e as cavidades serosas do corpo.
Fator VIIa
Tripsina
Serina endopeptidase formada a partir do TRIPSINOGÊNIO no pâncreas. É convertida na sua forma ativa pela ENTEROPEPTIDASE no intestino delgado. Catalisa a hidrólise do grupo carboxila de ambas, arginina ou lisina. EC 3.4.21.4.
Transdução de Sinal
Transferência intracelular de informação (ativação/inibição biológica) através de uma via de sinalização. Em cada sistema de transdução de sinal, um sinal de ativação/inibição proveniente de uma molécula biologicamente ativa (hormônio, neurotransmissor) é mediado, via acoplamento de um receptor/enzima, a um sistema de segundo mensageiro ou a um canal iônico. A transdução de sinais desempenha um papel importante na ativação de funções celulares, bem como de diferenciação e proliferação das mesmas. São exemplos de sistemas de transdução de sinal: o sistema do receptor pós-sináptico do canal de cálcio ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO, a via de ativação da célula T mediada pelo receptor e a ativação de fosfolipases mediada por receptor. Estes sistemas acoplados à despolarização da membrana ou liberação de cálcio intracelular incluem a ativação mediada pelo receptor das funções citotóxicas dos granulócitos e a potencialização sináptica da ativação da proteína quinase. Algumas vias de transdução de sinal podem ser parte de um sistema de transdução muito maior, como por exemplo, a ativação da proteína quinase faz parte da via de sinalização da ativação plaquetária.