Macrófagos, carregados de lipídeos, originados a partir de monócitos ou de células do músculo liso.
Classe de lipoproteínas compostas de partículas de pequeno tamanho (18 a 25 nm) e leves (1,019 a 1,063 g/ml) com um centro constituído principalmente de ÉSTERES DE COLESTEROL e pequenas quantidades de TRIGLICERÍDEOS. A monocamada superficial consiste, na sua maioria, de FOSFOLIPÍDEOS, uma única cópia de APOLIPOPROTEÍNA B-100, e de colesterol livre. A função principal do LDL é o transporte de colesterol e ésteres de colesterol aos tecidos extra-hepáticos.
Espessamento e perda de elasticidade nas paredes das ARTÉRIAS de todos os calibres. Há muitas formas classificadas pelos tipos de lesão e artérias envolvidas, como a ATEROSCLEROSE, com lesões gordurosas na íntima arterial das artérias musculares médias e grandes.
Células fagocíticas dos tecidos dos mamíferos, relativamente de vida longa e originadas dos MONÓCITOS. Os principais tipos são os MACRÓFAGOS PERITONEAIS, MACRÓFAGOS ALVEOLARES, HISTIÓCITOS, CÉLULAS DE KUPFFER do fígado e os OSTEOCLASTOS. Os macrófagos, dentro das lesões inflamatórias crônicas, se diferenciam em CÉLULAS EPITELIOIDES ou podem unir-se para formar CÉLULAS GIGANTES DE CORPO ESTRANHO ou CÉLULAS GIGANTES DE LANGHANS. (Tradução livre do original: The Dictionary of Cell Biology, Lackie and Dow, 3rd ed.)
Principal esterol de todos os animais superiores, distribuído nos tecidos do corpo, especialmente no cérebro e na medula espinhal, e nas gorduras e óleos animais.
Espessamento e perda da elasticidade das paredes das ARTÉRIAS que ocorre com a formação de PLACA ATEROSCLERÓTICA dentro da ÍNTIMA ARTERIAL.
Família de receptores depuradores que mediam o influxo de LIPÍDEOS nos MACRÓFAGOS e estão envolvidos na formação de CÉLULAS ESPUMOSAS.
Antígenos de diferenciação de leucócitos e principais glicoproteínas de membrana plaquetária presentes em MONÓCITOS, CÉLULAS ENDOTELIAIS, PLAQUETAS e CÉLULAS EPITELIAIS mamárias. Desempenham importantes papéis na ADESÃO CELULAR, TRANSDUÇÃO DE SINAL e regulação da angiogênese. O CD36 é um receptor para as TROMBOSPONDINAS e pode atuar como um receptor depurador que reconhece, transporta as LIPOPROTEÍNAS e ÁCIDOS GRAXOS oxidados.
Ésteres de ácido graxo do colesterol que constituem cerca de dois-terços do colesterol plasmático. O acúmulo de ésteres do colesterol na íntima arterial é uma característica da aterosclerose.
Grupo grande de receptores de superfície celular estruturalmente diversos que mediam a captação endocítica de LIPOPROTEÍNAS modificadas. Os receptores depuradores são expressos em CÉLULAS MIELOIDES e em algumas CÉLULAS ENDOTELIAIS e foram inicialmente caracterizados baseados em suas capacidades de ligação às LIPOPROTEINAS DE BAIXA DENSIDADE acetiladas. Eles também podem se ligar a vários outros ligantes polianiônicos. Determinados receptores depuradores podem internalizar micro-organismos, bem como células apoptóticas.
Superfamília de proteínas de membrana com cassetes de ligação ao ATP cujo padrão de expressão é consiste com um papel no efluxo de lipídeos (colesterol). Está implicada na DOENÇA DE TANGIER caracterizada pelo acúmulo de éster de colesterol em vários tecidos.
Proteínas de superfície celular que liga lipoproteínas com alta afinidade. Os receptores de lipoproteínas no fígado e tecidos periféricos medeiam a regulação do metabolismo e concentração do colesterol celular e plasmático. Os receptores geralmente reconhecem as apolipoproteínas do complexo lipoproteico, e a ligação frequentemente é o desencadeamento da endocitose.
Enzima que catalisa a formação de ésteres de colesterol pela transferência direta de um grupo de ácido graxo de um derivado de ácido graxo com CoA. Esta enzima foi encontrada nas adrenais, gônadas, fígado, mucosa intestinal e aorta de muitas espécies de mamíferos. EC 2.3.1.26.
Classe de componentes proteicos que podem ser encontrados em várias lipoproteínas, incluindo as LIPOPROTEÍNAS DE ALTA DENSIDADE, as LIPOPROTEÍNAS DE DENSIDADE MUITO BAIXA e os QUILOMICRONS. Sintetizadas na maioria dos órgãos, a Apo E é importante no transporte global de lipídeos e do colesterol no corpo. A Apo E é também um ligante dos RECEPTORES DE LDL, que medeiam a ligação, internalização e catabolismo das partículas lipoproteicas nas células. Há várias isoformas alélicas (como, E2, E3 e E4). Deficiência ou defeitos na Apo E são as causas da HIPERLIPOPROTEINEMIA DO TIPO III.
Família de receptores depuradores, predominantemente localizados nas CAVÉOLAS da MEMBRANA PLASMÁTICA, que se ligam a lipoproteínas de alta densidade.
Fagócitos mononucleares derivados dos precursores da medula óssea, mas que habitam o peritônio.
Colesterol substituído em qualquer posição por um cetogrupo. O isômero 7-ceto inibe a atividade da 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA redutase, e inibe a captação do colesterol nas artérias coronárias e na aorta in vitro.
O principal tronco das artérias sistêmicas.
Grupo de polímeros termoplásticos ou termofixos contendo poli-isocianato. São utilizados como ELASTÔMEROS, revestimentos, fibras e como espumas.
Família de PROTEÍNAS DE MEMBRANA TRANSPORTADORAS que requerem a hidrólise do ATP para transportar os substratos através das membranas. O nome desta família de proteínas deriva do domínio de ligação do ATP presente na proteína.
Dieta que contribui para o desenvolvimento e aceleração da ATEROSCLEROSE.
Processos fisiológicos na biossíntese (anabolismo) e degradação (catabolismo) de LIPÍDEOS.
Agentes químicos injetados em vasos sanguíneos e seios linfáticos para encolher ou causar TROMBOSE localizada, FIBROSE e obliteração dos vasos. Este tratamento é aplicado em várias afecções, tais como VARIZES, HEMORROIDAS, VARIZES ESOFÁGICAS E GÁSTRICAS, ÚLCERA PÉPTICA HEMORRÁGICA.
Células propagadas in vitro em meio especial apropriado ao seu crescimento. Células cultivadas são utilizadas no estudo de processos de desenvolvimento, processos morfológicos, metabólicos, fisiológicos e genéticos, entre outros.
Receptores da membrana plasmática de células não hepáticas que ligam especificamente LDL. Os receptores estão localizados em regiões especializadas chamadas túnicas perfuradas. A hipercolesteremia é causada por um defeito genético alélico de três tipos: 1) receptores que não se ligam a LDL, 2) redução da ligação de LDL e 3) ligação normal a LDL, mas não ocorre a sua internalização. Como consequência, a entrada de ésteres de colesterol na célula é dificultada e não existe a retroalimentação intracelular do colesterol sobre a 3-hidroxi-3-metilglutaril CoA redutase.
Leucócitos mononucleares, grandes e fagocíticos, produzidos na MEDULA ÓSSEA de vertebrados e liberados no SANGUE; contêm um núcleo grande, oval ou levemente denteado envolvido por numerosas organelas e citoplasma volumoso.
Tratamento das veias varicosas, hemorroidas, varizes gástricas e esofágicas, e úlceras pépticas hemorrágicas, por injeção ou infusão de agentes químicos que causam trombose localizada e eventual fibrose e obliteração dos vasos.
Enzima que catalisa a formação de acetoacetil-CoA a partir de duas moléculas de Acetil-CoA. Algumas enzimas denominadas tiolase ou tiolase-I possuem esta atividade ou a atividade da ACETIL-COA C-ACILTRANSFERASE.
Categoria ampla de proteínas semelhantes a receptores que podem ter papel na regulação transcricional no NÚCLEO CELULAR. Muitas destas proteínas são semelhantes em estrutura a RECEPTORES NUCLEARES conhecidos, mas parecem não ter um domínio de ligação funcional, enquanto que em outros casos, os ligantes específicos ainda não foram identificados.
Complexos lipoproteicos envolvidos no transporte e metabolismo dos lipídeos no corpo. São partículas esféricas compostas por um centro hidrofóbico de TRIGLICERÍDEOS e ÉSTERES DE COLESTEROL rodeado por uma camada hidrofílica sem COLESTEROL, com FOSFOLIPÍDEOS e APOLIPOPROTEÍNAS. As lipoproteínas são classificadas de acordo com seus vários tamanhos e densidades flutuantes.
Componente proteico mais abundante das LIPOPROTEÍNAS HDL. Esta proteína atua como aceptor do COLESTEROL liberado das células, promovendo o efluxo do colesterol para o HDL e depois para o FÍGADO, para ser excretado (transporte reverso do colesterol). Atua também como cofator da LECITINA COLESTEROL ACILTRANSFERASE, que forma ÉSTERES DE COLESTEROL nas partículas de HDL. As mutações no gene APOA1 causam deficiência de HDL, como na doença familiar de deficiência da alfa lipoproteína e em alguns pacientes com a DOENÇA DE TANGIER.
Colesterol presente nos alimentos, especialmente em produtos animais.
Espécie Oryctolagus cuniculus (família Leporidae, ordem LAGOMORPHA) nascem nas tocas, sem pelos e com os olhos e orelhas fechados. Em contraste com as LEBRES, os coelhos têm 22 pares de cromossomos.
Enzima que catalisa a hidrólise de ÉSTERES DE COLESTEROL e alguns outros ésteres de esterol, liberando colesterol mais um ânion de ácido graxo.
Linhagens de camundongos nos quais certos GENES dos GENOMAS foram desabilitados (knocked-out). Para produzir "knockouts", usando a tecnologia do DNA RECOMBINANTE, a sequência do DNA normal no gene em estudo é alterada para impedir a síntese de um produto gênico normal. Células clonadas, nas quais esta alteração no DNA foi bem sucedida, são então injetadas em embriões (EMBRIÃO) de camundongo, produzindo camundongos quiméricos. Em seguida, estes camundongos são criados para gerar uma linhagem em que todas as células do camundongo contêm o gene desabilitado. Camundongos knock-out são usados como modelos de animal experimental para [estudar] doenças (MODELOS ANIMAIS DE DOENÇAS) e para elucidar as funções dos genes.
Lesões formadas dentro das paredes das ARTÉRIAS.
Moléculas de superfície celular em células do sistema imunológico que ligam especificamente moléculas de superfície ou moléculas mensageiras e desencadeiam mudanças no comportamento das células. Embora esses receptores tenham sido identificados primariamente no sistema imunológico, muitos deles possuem importantes funções em outras regiões.
Determinadas culturas de células que têm o potencial de se propagarem indefinidamente.
Sequências de RNA que servem como modelo para a síntese proteica. RNAm bacterianos são geralmente transcritos primários pelo fato de não requererem processamento pós-transcricional. O RNAm eucariótico é sintetizado no núcleo e necessita ser transportado para o citoplasma para a tradução. A maior parte dos RNAm eucarióticos têm uma sequência de ácido poliadenílico na extremidade 3', denominada de cauda poli(A). Não se conhece com certeza a função dessa cauda, mas ela pode desempenhar um papel na exportação de RNAm maduro a partir do núcleo, tanto quanto em auxiliar na estabilização de algumas moléculas de RNAm retardando a sua degradação no citoplasma.
Processo de converter um ácido em derivado de alquila ou de arila. Frequentemente o processo consiste na reação de um ácido com um álcool na presença de traços de ácido mineral como catalisador da reação do cloreto de acila com um álcool. A esterificação também pode ser realizada por processos enzimáticos.
Classe de lipoproteínas compostas de partículas de pequeno tamanho (4 a 13 nm) e denso (maior que 1,063 g/ml). As lipoproteínas HDL, sintetizadas no fígado sem um centro lipídico, acumula ésteres de colesterol dos tecidos periféricos e os transporta para o fígado para serem reutilizados ou eliminados do corpo (o transporte inverso de colesterol). Seu principal componente proteico é a APOLIPOPROTEÍNA A-I. A HDL também faz uma ponte de ida e volta entre as APOLIPOPROTEÍNAS C e as APOLIPOPROTEÍNAS E para formar lipoproteínas ricas em triglicerídeos durante seu catabolismo. O nível plasmático de HDL tem sido inversamente correlacionado com o risco de doenças cardiovasculares.
Classe de receptores de LDL oxidada contendo domínios extracelulares semelhantes a LECTINA.
Processo celular de engolfamento de líquidos por meio de invaginação e fechamento da membrana plasmática, que resulta em vacúolos intracelulares cheios de líquido.
Compostos orgânicos que contêm silício como parte integral da molécula.
Processos patológicos envolvendo qualquer parte da AORTA.
Grupo de ribonucleotídeos inosina nos quais os resíduos fosfato de cada ribonucleotídeo inosina atuam como pontes formando ligações diéster entre as moléculas de ribose.
Camundongos Endogâmicos C57BL referem-se a uma linhagem inbred de camundongos de laboratório, altamente consanguíneos, com genoma quase idêntico e propensão a certas características fenotípicas.
Termo genérico para gorduras e lipoides, constituintes do protoplasma, solúveis em álcool e éter, e são insolúveis em água. Compreendem as gorduras, óleos graxos, óleos essenciais, ceras, fosfolipídeos, glicolipídeos, sulfolipídeos, aminolipídeos, cromolipídeos (lipocromos) e ácidos graxos. (Tradução livre do original: Grant & Hackh's Chemical Dictionary, 5th ed)
Excesso de LIPÍDEOS no sangue.
Classe de lipoproteínas de partículas muito leves (0,93 a 1,006 g/ml) e grandes (30 a 80 nm), com um centro composto principalmente por TRIGLICERÍDEOS e uma monocamada superficial de FOSFOLIPÍDEOS e de COLESTEROL, nas quais estão inseridas as apolipoproteínas B, E e C. A VLDL facilita o transporte dos triglicerídeos produzidos endogenamente para os tecidos extra-hepáticos. À medida que seus triglicerídeos e a Apo C são removidos, as VLDL são convertidas em LIPOPROTEÍNAS DE DENSIDADE INTERMEDIÁRIA, e depois para LIPOPROTEÍNAS DE BAIXA DENSIDADE, que são as formas que liberam o colesterol para os tecidos extra-hepáticos.
Afecção com níveis anormalmente elevados de COLESTEROL no sangue. É definida como um valor de colesterol maior que o percentil de 95 para a população.
Reação química em que um elétron é transferido de uma molécula para outra. A molécula doadora do elétron é o agente de redução ou redutor; a molécula aceitadora do elétron é o agente de oxidação ou oxidante. Os agentes redutores e oxidantes funcionam como pares conjugados de oxidação-redução ou pares redox (tradução livre do original: Lehninger, Principles of Biochemistry, 1982, p471).
Compostos Azo são substâncias orgânicas contendo um grupo funcional com a estrutura R-N=N-R', onde R e R' podem ser átomos de hidrogênio ou grupos orgânicos.

Em medicina, "células espumosas" referem-se a células que contêm grandes quantidades de lipoproteínas, especialmente colesterol, dentro de suas vesículas intracitoplasmáticas. Essas células apresentam um aspecto "espumoso" ou "borbulhante" no microscópio óptico. As células espumosas são frequentemente encontradas em lesões associadas à aterosclerose, uma doença vascular crônica que afeta as artérias de médio e grande calibre.

A aterosclerose é caracterizada pela formação de placas na parede arterial, compostas principalmente por lipoproteínas, células inflamatórias, cálcio e tecido fibroso. Durante o processo de desenvolvimento da placa aterosclerótica, as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) penetram na parede arterial e são oxidadas. Essas LDL oxidadas desencadeiam uma resposta inflamatória que leva ao recrutamento e ativação de macrófagos no local. Os macrófagos tentam eliminar as LDL oxidadas por fagocitose, mas acabam se sobrecarregando com grandes quantidades delas, tornando-se células espumosas.

As células espumosas são um marcador importante de atividade inflamatória e progressão da aterosclerose. Além disso, elas também desempenham um papel crucial no processo de ruptura das placas ateroscleróticas, o que pode levar a complicações graves, como trombose e infarto do miocárdio (ataque cardíaco) ou acidente vascular cerebral.

As lipoproteínas de baixa densidade (LDL), às vezes chamadas de "colesterol ruim", são um tipo de lipoproteína que transporta colesterol e outros lípidos dos locais de produção no fígado para as células periféricas em todo o corpo. O LDL é essencial para a manutenção da integridade das membranas celulares e para a síntese de hormônios esteroides e ácidos biliares. No entanto, níveis elevados de colesterol LDL no sangue podem levar ao acúmulo de placa nos vasos sanguíneos, o que pode resultar em doenças cardiovasculares, como doença coronariana e acidente vascular cerebral. Portanto, é importante manter os níveis de colesterol LDL dentro dos limites recomendados para minimizar o risco de doenças cardiovasculares.

Arteriosclerose é a designação geral para o endurecimento e engrossamento das paredes arteriais, que normalmente são elásticas e flexíveis. Este processo ocorre gradualmente ao longo do tempo e pode ser causado por vários fatores, como a acumulação de gordura, colesterol e outras substâncias nos vasos sanguíneos (conhecida como aterosclerose), pressão alta, diabetes, tabagismo, idade avançada e genes.

A arteriosclerose pode levar ao estreitamento ou bloqueio das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo para diferentes partes do corpo. Isso pode causar diversos problemas de saúde, tais como doença cardiovascular, derrame cerebral, insuficiência renal e outras complicações graves. É importante controlar os fatores de risco para prevenir ou retardar a progressão da arteriosclerose e manter a saúde cardiovascular.

Macrófagos são células do sistema imune inato que desempenham um papel crucial na defesa do corpo contra infecções e no processamento de tecidos e detritos celulares. Eles derivam de monócitos que se diferenciam e ativam em resposta a sinais inflamatórios ou patogênicos. Macrófagos têm uma variedade de funções, incluindo a fagocitose (ingestão e destruição) de microrganismos e partículas estranhas, a produção de citocinas pro-inflamatórias e a apresentação de antígenos a células T do sistema imune adaptativo. Eles também desempenham um papel importante na remodelação e reparo tecidual após lesões ou infecções. Macrófagos variam em sua morfologia e função dependendo do tecido em que reside, com diferentes populações especializadas em diferentes tarefas. Por exemplo, os macrófagos alveolares nos pulmões são especializados na fagocitose de partículas inaladas, enquanto os macrófagos sinusoidais no fígado desempenham um papel importante no processamento e eliminação de detritos celulares e patógenos sanguíneos.

O colesterol é um tipo de lípido (gordura) que é encontrado nas membranas celulares de todos os animais. É produzido naturalmente pelo fígado, mas também pode ser obtido através da dieta, especialmente em alimentos de origem animal.

Existem dois tipos principais de colesterol no sangue: LDL (low-density lipoprotein) ou "colesterol ruim" e HDL (high-density lipoprotein) ou "colesterol bom". O LDL é responsável por levar o colesterol para as células que precisam dele, mas quando os níveis de LDL são altos, ele pode se acumular nas paredes arteriais e formar plaquetas, levando a doenças cardiovasculares. O HDL, por outro lado, ajuda a remover o excesso de colesterol das células e transportá-lo de volta para o fígado, onde é processado e eliminado do corpo.

É importante manter níveis saudáveis de colesterol no sangue, através de uma dieta equilibrada, exercício regular e, se necessário, tratamento medicamentoso prescrito por um médico.

Aterosclerose é a doença vascular crônica caracterizada pela formação progressiva e acumulação de placas na parede das artérias, resultando em espessamento e endurecimento da parede arterial. Essas placas são compostas por lipoproteínas de baixa densidade (LDL ou "colesterol ruim"), células inflamatórias, tecido cicatricial e calcificações. A aterosclerose pode levar ao estreitamento (estenose) das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo, e à formação de coágulos que podem obstruir completamente as artérias, levando a complicações graves como enfarte do miocárdio (ataque cardíaco), acidente vascular cerebral (AVC) ou isquemia em outros órgãos. A doença geralmente é associada a fatores de risco, como tabagismo, diabetes, hipertensão arterial e dislipidemias (níveis elevados de colesterol no sangue).

Os Receptores Depuradores Classe A (RDCAs) são um tipo específico de proteínas transmembranares encontradas principalmente em bactérias. Eles desempenham um papel crucial na resistência bacteriana a antibióticos, especialmente às betalactâmicas, como penicilinas e cefalosporinas.

A função principal dos RDCAs é hidrolisar o anel beta-lactâmico das betalactâmicas, inativando assim seu poder antibiótico. Isso é possível porque os RDCAs têm um sítio ativo capaz de se ligar e quebrar essa estrutura química específica.

Existem três subclasses principais de RDCAs (A, B e C), cada uma com suas próprias características distintivas. A subclasse A é a mais prevalente e diversificada entre as bactérias gram-negativas. Ela inclui enzimas como TEM, SHV e GES, que são frequentemente encontradas em cepas clínicas de bactéria resistentes a antibióticos.

A atividade dos RDCAs pode ser bloqueada por inibidores específicos, como clavulanato e sulbactam, que se ligam irreversivelmente ao sítio ativo da enzima, impedindo assim a sua capacidade de inativar os antibióticos. Essa combinação é frequentemente usada em terapias desinfectantes para superar a resistência bacteriana aos antibióticos.

CD36 é uma proteína integrante da membrana plasmática que atua como um receptor de lipoproteínas e é expressa em vários tipos de células, incluindo plaquetas, leucócitos, células musculares lisas e adipócitos. Como antígeno, CD36 é clinicamente relevante na transplantação de órgãos e no diagnóstico de doenças autoimunes. Além disso, variações genéticas em CD36 têm sido associadas a diferentes condições clínicas, como resistência à insulina, aterosclerose e doença cardiovascular.

Em termos de imunologia, os antígenos CD36 são um alvo potencial para o desenvolvimento de terapias imunossupressoras no contexto de transplante de órgãos, uma vez que a sua expressão em células endoteliais e músculo liso pode desempenhar um papel na rejeição do enxerto. Além disso, o reconhecimento dos antígenos CD36 pelo sistema imune pode também estar envolvido no desenvolvimento de respostas inflamatórias e autoimunes em certas condições clínicas.

Em resumo, os antígenos CD36 são proteínas expressas em vários tipos de células que desempenham um papel importante na regulação da homeostase lipídica, inflamação e imunidade. As variações genéticas e a expressão desses antígenos têm sido associadas a diferentes condições clínicas e podem ser alvo de terapias imunossupressoras no contexto do transplante de órgãos.

Ésteres de colesterol referem-se a compostos formados quando o colesterol, um tipo de lípido (gordura) presente em nossos corpos, se combina com ácidos graxos através de um processo chamado esterificação. Nestes compostos, o grupo funcional do ácido graxo está unido ao colesterol por meio de um éster.

Os ésteres de colesterol desempenham um papel importante em nosso organismo, especialmente no que diz respeito à regulação dos níveis de colesterol no sangue. No entanto, altos níveis de ésteres de colesterol no sangue podem indicar a presença de condições como a doença cardiovascular e o diabetes. Além disso, os ésteres de colesterol são frequentemente encontrados em alimentos processados e rápidos, o que pode contribuir para um aumento dos níveis séricos de colesterol e à consequente acumulação de placa nas artérias.

Os "receptores depuradores" (ou "receptores de limpeza") não são termos reconhecidos na medicina ou fisiologia. No entanto, em bioquímica e farmacologia, os receptores podem ser referidos como "depuradores" se eles estiverem envolvidos no processo de remover ou neutralizar substâncias tóxicas ou xenobióticas (substâncias estranhas ao corpo) do organismo.

Esses receptores desempenham um papel crucial na detoxificação, permitindo que as células reconheçam e se ligam a essas substâncias nocivas, promovendo sua inativação ou eliminação. Um exemplo bem conhecido é o sistema de detoxificação mediado pelo citocromo P450, no qual enzimas específicas desintoxicam drogas e outras substâncias estranhas através da biotransformação oxidativa.

No entanto, é importante notar que o termo "receptores depuradores" não é amplamente utilizado ou formalmente definido na literatura científica ou médica.

O Transportador 1 de Cassete de Ligação de ATP (ATP-binding cassette transporter 1, ou simplesmente ABC transporter 1) é uma proteína transportadora localizada na membrana plasmática das células. Ela faz parte da família de transportadores ABC, que são conhecidos por utilizar energia derivada do ATP (adenosina trifosfato) para transportar diversas moléculas através das membranas celulares.

A função principal do Transportador 1 de Cassete de Ligação de ATP é a exportação de drogas e xenobióticos fora das células, atuando como uma barreira de defesa contra substâncias tóxicas. Além disso, também desempenha um papel importante no metabolismo lipídico e no transporte de esteroides.

Mutações nesta proteína podem levar a doenças genéticas, como a fibrose cística e diversos tipos de deficiência auditiva hereditária.

Receptores de lipoproteínas são proteínas encontradas na membrana celular que desempenham um papel crucial no metabolismo das lipoproteínas. Eles são responsáveis por identificar e se ligarem a certos tipos de lipoproteínas, como a lipoproteína de baixa densidade (LDL) e a lipoproteína de alta densidade (HDL), presentes no sangue. Após a ligação, os complexos receptor-lipoproteína são internalizados pela célula através do processo de endocitose, o que resulta na liberação dos lipídios e esteróis contidos nas lipoproteínas para serem utilizados ou processados dentro da célula.

Existem diferentes tipos de receptores de lipoproteínas, cada um com suas próprias especificidades de ligação a determinadas lipoproteínas. O receptor de LDL, por exemplo, é especializado em se ligar à lipoproteína de baixa densidade (LDL), também conhecida como "colesterol ruim", e desempenha um papel fundamental no controle dos níveis de colesterol no sangue. Mutações nos genes que codificam esses receptores podem levar a distúrbios do metabolismo lipídico, como a hipercolesterolemia familiar, uma condição genética caracterizada por altos níveis de colesterol LDL no sangue e um risco elevado de doenças cardiovasculares.

Esterol O-Aciltransferase (SOAT), também conhecido como acil-CoA:colesterol aciltransferase (ACAT), é uma enzima que desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo do colesterol nos mamíferos. Existem duas isoformas desta enzima, SOAT1 e SOAT2, localizadas em diferentes compartimentos celulares.

SOAT1 está presente no retículo endoplasmático rugoso (RER) e é responsável pela síntese de ésteres de colesterol a partir do colesterol livre e acil-CoA. Essa reação é importante para o armazenamento e transporte do colesterol no corpo, uma vez que os ésteres de colesterol são menos solúveis em água e, portanto, podem ser mais facilmente armazenados dentro das células. Além disso, a formação de ésteres de colesterol também desempenha um papel na regulação da homeostase do colesterol, pois reduz a concentração de colesterol livre no RER e, assim, inibe a atividade da enzima HMG-CoA redutase, que é responsável pela síntese do colesterol.

SOAT2, por outro lado, está presente nos glóbulos lipídicos dos enterócitos no intestino delgado e nos hepatócitos no fígado. É responsável pela esterificação do colesterol absorvido na dieta ou sintetizado no fígado, o que é essencial para a formação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e Very Low Density Lipoproteins (VLDL).

A atividade excessiva da SOAT pode levar ao acúmulo de ésteres de colesterol nas células, o que está associado a várias condições patológicas, como aterosclerose e doenças cardiovasculares. Além disso, mutações no gene da SOAT estão associadas à doença de Niemann-Pick tipo C, uma doença genética rara que afeta o metabolismo dos lipídeos.

As apolipoproteínas E (ApoE) são proteínas que desempenham um papel importante na regulação do metabolismo dos lípidos no corpo. Elas estão presentes em lipoproteínas de baixa densidade (LDL), lipoproteínas de alta densidade (HDL) e lipoproteínas de very low density (VLDL). A ApoE é produzida principalmente pelo fígado e pelo cérebro.

A ApoE é uma proteína transportadora que se liga a lipoproteínas e ajuda a regular o metabolismo dos lípidos, incluindo o colesterol. Existem três diferentes alelos do gene da ApoE (ε2, ε3 e ε4), o que resulta em seis diferentes fenótipos de ApoE (E2/E2, E2/E3, E2/E4, E3/E3, E3/E4 e E4/E4). As variações no gene da ApoE podem afetar o risco de doenças cardiovasculares e outras condições de saúde.

A forma mais comum de ApoE é a isoforma ε3, que está presente em cerca de 77% da população. As pessoas com pelo menos uma cópia do alelo ε4 têm um risco aumentado de doença cardiovascular e doença de Alzheimer. Por outro lado, as pessoas com pelo menos uma cópia do alelo ε2 têm um risco reduzido de doença cardiovascular, mas podem ter um risco aumentado de desenvolver doença hepática graxa.

Em resumo, as apolipoproteínas E são proteínas importantes para o metabolismo dos lípidos e podem desempenhar um papel na regulação do risco de doenças cardiovasculares e outras condições de saúde. As variações no gene da ApoE podem afetar a função dessa proteína e o risco de desenvolver várias doenças.

Os Receptores Depuradores Classe B (NRs, do inglês Nucleotide-binding Oligomerization Domain, NOD-like Receptors) são uma classe de receptores citosólicos que desempenham um papel crucial na detecção e resposta imune a patógenos invasores. Eles são capazes de reconhecer padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) e danos inatos ao hospedeiro (DAMPs), desencadeando assim uma cascata de sinalização que leva à ativação da resposta inflamatória e imune.

A subclasse B dos NRs é composta por proteínas que contêm um domínio de ligação a nucleotídeos (NBD) e um domínio de leitura de estruturas repetidas ricas em leucina (LRR). O exemplo mais bem estudado dessa subclasse é o receptor NOD2, que reconhece o peptidoglicano bacteriano como seu ligante específico. A ativação do NOD2 leva à formação de um complexo multiproteico denominado inflamossomo, que desencadeia a ativação da caspase-1 e a liberação dos citocinas interleucina-1β (IL-1β) e IL-18.

A ativação dos Receptores Depuradores Classe B desempenha um papel fundamental na defesa do hospedeiro contra infecções bacterianas, mas também está associada a diversas doenças inflamatórias e autoinflamatórias quando sua atividade é excessiva ou inadequada.

Macrófagos peritoneais referem-se a um tipo específico de macrófago, que são células do sistema imune responsáveis por fagocitar (engolir e destruir) agentes estranhos, como bactérias, vírus, fungos e outras partículas estrangeiras. Os macrófagos peritoneais estão localizados no revestimento do abdômen, chamado de cavidade peritoneal, que contém um fluido chamado líquido peritoneal.

Esses macrófagos desempenham um papel importante na defesa imune contra infecções no abdômen e também auxiliam no processo de reparo tecidual após lesões ou inflamação. Além disso, eles podem participar da resposta imune adptativa, produzindo citocinas e outras moléculas que regulam a atividade de outras células do sistema imune.

Ao contrário de outros macrófagos, os macrófagos peritoneais têm uma origem mista, sendo derivados tanto de monócitos da medula óssea como de células pré-existentes na cavidade peritoneal. Eles também apresentam propriedades distintas em termos de sua capacidade fagocítica e produção de citocinas, dependendo do estímulo que recebem.

Cetocolesteróis referem-se a um tipo específico de colesterol que se encontra na forma sólida a temperaturas corporais normais. Colesterol é uma substância cerosa natural produzida pelo fígado e também encontrada em alguns alimentos, especialmente aqueles de origem animal.

Os cetocolesteróis são um componente importante das membranas celulares e também servem como matéria-prima para a produção de hormônios sexuais, vitamina D e ácidos biliares. No entanto, altos níveis de cetocolesteróis no sangue podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, especialmente quando combinados com altos níveis de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), também conhecidas como "colesterol ruim".

É importante notar que os cetocolesteróis podem ser medidos através de exames laboratoriais, geralmente por meio de um simples teste de sangue. Se seus níveis estiverem altos, seu médico pode recomendar mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável e exercícios regulares, ou mesmo a utilização de medicamentos, como estatinas, para ajudar a controlar seus níveis.

A aorta é a maior artéria do corpo humano, originando-se do ventrículo esquerdo do coração. Ela se estende do coração e se divide em duas principais ramificações: a aorta torácica e a aorta abdominal.

A parte torácica da aorta passa pela cavidade torácica, onde dá origem a várias artérias que suprem o suprimento de sangue para os órgãos torácicos, como os pulmões e a glândula tireoide.

A parte abdominal da aorta desce pela cavidade abdominal e se divide em duas artérias ilíacas comuns, que por sua vez se dividem em duas artérias ilíacas externas e internas, fornecendo sangue para as extremidades inferiores.

A aorta desempenha um papel crucial no sistema circulatório, pois é responsável por transportar o sangue oxigenado rico em nutrientes dos pulmões para todo o corpo. Além disso, a aorta age como uma "câmara de expansão" que amortiza as pulsátiles ondas de pressão geradas pela contração cardíaca.

Os poliuretanos (PURs) são um tipo de polímero sintético produzido por reações de polimerização entre di-isocianatos e poliéteres ou poliésteres. Eles podem ser formulados para apresentar uma variedade de propriedades físicas e químicas, o que os torna versáteis em diversas aplicações clínicas e industriais.

Em medicina, os poliuretanos são utilizados na fabricação de dispositivos médicos, como cateteres, válvulas cardíacas, próteses ósseas e teciduais, e em materiais para a reconstrução e regeneração de tecidos. Suas propriedades únicas, tais como alta resistência mecânica, durabilidade, flexibilidade, biocompatibilidade e baixa permeabilidade à água e microorganismos, tornam-nos materiais ideais para esses fins.

Além disso, os poliuretanos podem ser formulados com propriedades elásticas ou rígidas, dependendo da aplicação desejada. Eles também podem ser modificados com agentes antimicrobianos, anti-inflamatórios e outros fármacos para aprimorar suas propriedades terapêuticas.

No entanto, é importante ressaltar que a exposição prolongada a alguns tipos de poliuretanos pode resultar em reações adversas no organismo, como inflamação e formação de tecido cicatricial. Portanto, é fundamental que os dispositivos médicos feitos com esse material sejam testados rigorosamente para garantir sua segurança e eficácia clínica.

Transportadores de Cassetes de Ligação de ATP (ATP-binding cassette transporters ou ABC transporters) referem-se a uma classe de proteínas de transporte transmembranares que utilizam energia derivada do ATP (adenosina trifosfato) para transportar diversas moléculas, íons e substratos através das membranas celulares.

Esses transportadores são compostos por quatro domínios: dois domínios transmembranares (TMDs) que formam o canal de transporte e dois domínios nucleotídeos de ligação (NBDs) que se ligam e hidrolisam ATP para fornecer energia para a movimentação dos substratos.

Os ABC transporters desempenham um papel crucial em diversos processos fisiológicos, como a resistência a drogas e a detoxificação celular, o transporte de nutrientes e a homeostase iônica. No entanto, também estão associados a várias doenças humanas, incluindo câncer, fibrose cística e doenças neurodegenerativas.

Uma Dieta Aterogênica refere-se a um padrão alimentar que inclui alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, colesterol elevado, baixo teor de fibras e altos níveis de ácidos graxos omega-6. Essa dieta é considerada propícia ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, especialmente aterosclerose, uma vez que pode levar ao aumento dos níveis de colesterol LDL (mau colesterol) e a diminuição dos níveis de colesterol HDL (colesterol bom). Alimentos comuns nessa dieta incluem carnes vermelhas gordas, laticínios altamente processados, óleos parcialmente hidrogenados, doces e alimentos processados. É recomendável evitar essa dieta e seguir um padrão alimentar saudável, rico em frutas, verduras, grãos integrais, proteínas magras e boas fontes de gordura insaturada.

O metabolismo de lipídios refere-se ao conjunto complexo de reações bioquímicas que ocorrem no corpo humano envolvendo a gordura. Isso inclui a digestão, absorção, síntese, armazenamento e oxidação de lipídios, particularmente triglicérides, colesterol e foslipídios.

* Digestão e Absorção: Os lipídios presentes na dieta são digeridos no intestino delgado por enzimas como lipase, liberadas pelo pâncreas. Isto resulta em glicerol e ácidos graxos de cadeia longa, que são absorvidos pelas células do intestino delgado (enterócitos) e re-esterificados para formar triglicérides.
* Síntese e Armazenamento: O fígado e o tecido adiposo desempenham um papel importante na síntese de lipídios. Ocorre a conversão do glicose em ácidos graxos no fígado, que são então transportados para o tecido adiposo e convertidos em triglicérides. Estes triglicérides são armazenados nos adipócitos sob forma de gotículas lipídicas.
* Oxidação: Quando o corpo necessita de energia, os ácidos graxos armazenados no tecido adiposo são mobilizados e libertados na circulação sanguínea sob a forma de glicerol e ácidos graxos livres. Estes ácidos graxos livres podem ser oxidados em diversos tecidos, particularmente no músculo esquelético e cardíaco, para produzir energia na forma de ATP (adenosina trifosfato).
* Colesterol: O colesterol é um lipídio importante que desempenha um papel crucial na estrutura das membranas celulares e também serve como precursor de diversas hormonas esteroides. O colesterol pode ser sintetizado no fígado ou obtido através da dieta. Existem dois tipos principais de lipoproteínas que transportam o colesterol: as LDL (lipoproteínas de baixa densidade) e as HDL (lipoproteínas de alta densidade). As LDL são frequentemente referidas como "colesterol ruim", enquanto as HDL são consideradas "colesterol bom". Um excesso de colesterol LDL pode levar à formação de placas ateroscleróticas nas artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

Em resumo, os lipídios são uma classe importante de biomoléculas que desempenham diversas funções no organismo humano. São essenciais para a estrutura das membranas celulares, servem como fonte de energia e também atuam como precursores de hormonas esteroides. O colesterol é um lipídio particularmente importante, mas um excesso pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

Em termos médicos, soluções esclerosantes referem-se a um tipo específico de líquido ou gel injetado intencionalmente em veias ou outos tecidos moles com o objetivo de provocar uma reação inflamatória local que leve à formação de tecido cicatricial fibroso. Essa cicatrização, por sua vez, causa a contração e fechamento da veia ou do espaço vazio no tecido mole, o que pode ser útil em uma variedade de situações clínicas.

Por exemplo, as soluções esclerosantes são frequentemente usadas no tratamento de varizes (veias dilatadas e tortuosas) em membros inferiores, pois podem fechar essas veias anormais, reduzindo assim a sintomatologia relacionada, como coceira, dor, inchaço e sensação de peso. Além disso, soluções esclerosantes também são empregadas no tratamento de outros problemas vasculares, como hemorroides e malformações venosas congênitas.

As soluções esclerosantes mais comumente usadas contêm substâncias irritantes, como sódio tetradecilsulfato (são dextran), polidocanol, glicerina e etanol. A escolha da solução específica depende do tipo de lesão a ser tratada, localização anatômica, história clínica do paciente e preferência do médico tratante.

Embora o uso de soluções esclerosantes seja geralmente seguro e eficaz quando realizado por um profissional de saúde qualificado, podem existir riscos e complicações associadas ao procedimento, como dor, inflamação, trombose venosa, pigmentação na pele, úlceras cutâneas e reações alérgicas. Portanto, é essencial que o tratamento seja individualizado e acompanhado por um profissional de saúde habilitado para minimizar os riscos associados ao procedimento.

As células cultivadas, em termos médicos, referem-se a células que são obtidas a partir de um tecido ou órgão e cultiva-se em laboratório para se multiplicarem e formarem uma população homogênea de células. Esse processo permite que os cientistas estudem as características e funções das células de forma controlada e sistemática, além de fornecer um meio para a produção em massa de células para fins terapêuticos ou de pesquisa.

A cultivação de células pode ser realizada por meio de técnicas que envolvem a adesão das células a uma superfície sólida, como couros de teflon ou vidro, ou por meio da flutuação livre em suspensiones líquidas. O meio de cultura, que consiste em nutrientes e fatores de crescimento específicos, é usado para sustentar o crescimento e a sobrevivência das células cultivadas.

As células cultivadas têm uma ampla gama de aplicações na medicina e na pesquisa biomédica, incluindo o estudo da patogênese de doenças, o desenvolvimento de terapias celulares e genéticas, a toxicologia e a farmacologia. Além disso, as células cultivadas também são usadas em testes de rotina para a detecção de microrganismos patogênicos e para a análise de drogas e produtos químicos.

Os Receptores de Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL), ou simplesmente Receptores de LDL, são proteínas integrais de membrana encontradas na superfície de células que desempenham um papel crucial na regulação do colesterol no organismo. Eles são responsáveis por se ligarem e internalizarem as partículas de LDL, também conhecidas como "colesterol ruim", para que o colesterol possa ser transportado até as células e utilizado em diversos processos metabólicos.

A deficiência ou disfunção dos receptores de LDL pode levar a um acúmulo excessivo de colesterol no sangue, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como aterosclerose e doença coronariana. A mutação em genes que codificam os receptores de LDL pode causar hipercolesterolemia familiar, uma condição genética caracterizada por níveis altos de colesterol sérico e um risco elevado de doenças cardiovasculares.

Medicamentos como as estatinas atuam, em parte, aumentando a expressão dos receptores de LDL na superfície das células hepáticas, o que resulta em uma redução nos níveis séricos de colesterol LDL e, consequentemente, um menor risco de doenças cardiovasculares.

Monócitos são um tipo de glóbulo branco (leucócito) que desempenha um papel importante no sistema imunológico. Eles são formados a partir de células-tronco hematopoiéticas na medula óssea e, em seguida, circulam no sangue. Monócitos são as maiores células brancas do sangue, com um diâmetro de aproximadamente 14 a 20 micrômetros.

Monócitos têm uma vida média relativamente curta no sangue e geralmente sobrevivem por cerca de 1 a 3 dias. No entanto, eles podem migrar para tecidos periféricos, onde se diferenciam em macrófagos ou células dendríticas, que são células especializadas no sistema imunológico responsáveis pela fagocitose (ingestão e destruição) de patógenos, como bactérias, fungos e vírus.

Além disso, monócitos também desempenham um papel importante na inflamação crônica, secreção de citocinas e anticorpos, e na apresentação de antígenos a linfócitos T, auxiliando na ativação do sistema imunológico adaptativo.

Em resumo, monócitos são células importantes no sistema imunológico que desempenham um papel crucial na defesa do corpo contra patógenos e na regulação da inflamação.

Escleroterapia é um procedimento médico minimamente invasivo utilizado para tratar vasos sanguíneos dilatados, como varizes e teleangectasias (capilares dilatados), geralmente localizados nas pernas. Neste procedimento, uma solução esclerosante é injectada em levemente o interior dos vasos afetados, causando uma irritação que leva à inflamação, à formação de tecido cicatricial e, finalmente, ao colapso e à absorção do vaso sanguíneo por parte do organismo.

A solução esclerosante pode conter vários agentes, como a soda de fosfato ou o ácido glicólico, entre outros. A escolha do agente esclerosante e da técnica de injeção dependem do tipo e do tamanho dos vasos a serem tratados, assim como da preferência e experiência do médico tratante.

A escleroterapia geralmente é realizada em consultórios médicos e pode requerer várias sessões, dependendo da extensão e da gravidade das varizes ou teleangectasias. Após o procedimento, é comum a utilização de medidas compressivas, como meias elásticas, para ajudar a minimizar os efeitos adversos e promover uma melhor cicatrização.

Embora a escleroterapia seja um procedimento seguro quando realizado por profissionais qualificados, existem riscos potenciais associados ao tratamento, como reações alérgicas à solução esclerosante, trombose (formação de coágulos sanguíneos), hiperpigmentação (escurecimento da pele), necrose (morte de tecido) e maturação da cicatriz (formação de tecido cicatricial elevado). É importante discutir esses riscos com o médico antes do procedimento.

Acetyl-CoA C-acetyltransferase, também conhecida como acetoacetil-CoA tiolase ou simplesmente tiolase, é uma enzima que catalisa a reação de condensação entre dois moléculas de Acetil-CoA para formar acetoacetil-CoA. Esta enzima desempenha um papel importante no metabolismo dos ácidos graxos e na biossíntese de colesterol em células vivas.

A reação catalisada pela Acetyl-CoA C-acetyltransferase pode ser representada da seguinte forma:

Acetil-CoA + Acetil-CoA Acetoacetil-CoA + CoA-SH

Nesta reação, duas moléculas de Acetil-CoA são unidas para formar acetoacetil-CoA e CoA-SH (coenzima A desoxiadenosina trifosfato). A formação de acetoacetil-CoA é um passo importante no processo de degradação dos ácidos graxos, que fornece energia às células. Além disso, a enzima também participa da biossíntese de colesterol, desempenhando um papel na formação de mevalonato, um precursor importante no caminho biosintético do colesterol.

A Acetyl-CoA C-acetyltransferase é encontrada em vários tecidos e organismos, incluindo humanos, e é essencial para a manutenção da homeostase metabólica normal.

Receptores nucleares órfãos (RNO) são proteínas que pertencem à superfamília dos receptores nucleares e possuem domínios estruturais típicos desta família, como o domínio de ligação ao DNA e o domínio de ligação ao ligante. No entanto, os RNO não possuem um ligante endógeno conhecido, diferentemente dos receptores nucleares clássicos que se ligam a hormônios ou vitaminas.

A função dos RNO ainda é objeto de estudo e debate, mas acredita-se que eles desempenhem um papel importante na regulação da expressão gênica e no controle de diversos processos celulares, como proliferação, diferenciação e apoptose. Alguns RNO podem se ligar a ligantes sintéticos ou endógenos de baixa afinidade, enquanto outros podem ser ativados por interações proteína-proteína ou modificações pós-traducionais, como fosforilação ou ubiquitinação.

Devido à sua associação com diversos processos fisiológicos e patológicos, os RNO têm sido alvo de estudos como possíveis dianas terapêuticas em doenças como câncer, diabetes, doenças neurodegenerativas e inflamação.

Lipoproteínas são complexos macromoleculares que transportam lipídios, tais como colesterol e triglicérides, no sangue. Eles estão compostos por uma camada externa de fosfolipídios, proteínas (conhecidas como apoproteínas) e carboidratos, e uma camada interna de lipídios. Existem diferentes tipos de lipoproteínas, incluindo:

1. Lipoproteína de baixa densidade (LDL), também conhecida como "colesterol ruim", que transporta colesterol dos tecidos periféricos para o fígado;
2. Lipoproteína de alta densidade (HDL), também conhecida como "colesterol bom", que transporta colesterol do fígado para os tecidos periféricos;
3. Lipoproteínas de very low density (VLDL), que transportam triglicérides dos tecidos adiposos para o músculo e outros tecidos;
4. Lipoproteínas de densidade intermediária (IDL), que são precursoras de LDL e HDL.

Os níveis anormais de lipoproteínas no sangue estão relacionados a um risco aumentado de doenças cardiovasculares.

Apolipoproteína A-I (apoA-I) é a principal proteína componentes da lipoproteínas de alta densidade (HDL), também conhecidas como "colesterol bom". Ela desempenha um papel importante na reverse cholesterol transport, o processo pelo qual o colesterol é retirado das células e levado de volta ao fígado para ser excretado do corpo. ApoA-I também tem atividades anti-inflamatórias e antioxidantes, que podem ajudar a proteger contra aterosclerose e outras doenças cardiovasculares.

Em termos médicos, "colesterol na dieta" refere-se à quantidade e tipo de colesterol presente em diferentes alimentos que, quando consumidos, podem afetar os níveis totais de colesterol no sangue. O colesterol é uma substância cera-like encontrada nas membranas celulares de todos os animais e nos fluidos corporais. É produzido naturalmente pelo fígado, mas também pode ser obtido através da dieta, especialmente em alimentos de origem animal como carnes vermelhas, ovos, laticínios integrais e mariscos.

Existem dois tipos principais de colesterol na dieta: o colesterol dietético (CD) e os esteróis vegetais (SV). O CD é encontrado exclusivamente em alimentos de origem animal, enquanto os SV são encontrados principalmente em alimentos de origem vegetal. Embora ambos possam aumentar ligeiramente o nível de colesterol no sangue, os SV geralmente têm um efeito menor do que o CD.

Um alto nível de colesterol no sangue pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, especialmente quando associado a outros fatores de risco como tabagismo, pressão arterial alta e obesidade. Portanto, é recomendável limitar a ingestão de alimentos ricos em CD, particularmente para aqueles com níveis elevados de colesterol sanguíneo ou histórico familiar de doenças cardiovasculares.

Desculpe por qualquer confusão, mas "coelhos" não é um termo médico. Coelhos são animais da família Leporidae, que também inclui coelhos e duas espécies de lebres verdadeiras. Eles são mais intimamente relacionados aos parentes lagomorfos do que aos roedores.

No entanto, em um contexto médico ou veterinário, o termo "coelho" geralmente se refere a um coelho doméstico mantido como animal de estimação ou usado em pesquisas biomédicas. Se você tiver alguma preocupação ou pergunta específica sobre os cuidados com coelhos ou sua saúde, eu poderia tentar ajudá-lo melhor com essa informação adicional.

Esterol esterase é um tipo de enzima que catalisa a hidrólise dos ésteres do colesterol, produzindo colesterol livre e ácidos graxos. Essa reação desempenha um papel importante na regulação dos níveis de colesterol no corpo, bem como no metabolismo lipídico em geral. A atividade dessa enzima pode ser medida em diferentes tecidos e fluidos corporais, como o soro sanguíneo, e é frequentemente usada como um biomarcador clínico para avaliar o risco de doenças cardiovasculares.

"Knockout mice" é um termo usado em biologia e genética para se referir a camundongos nos quais um ou mais genes foram desativados, ou "knockout", por meio de técnicas de engenharia genética. Isso permite que os cientistas estudem os efeitos desses genes específicos na função do organismo e no desenvolvimento de doenças. A definição médica de "knockout mice" refere-se a esses camundongos geneticamente modificados usados em pesquisas biomédicas para entender melhor as funções dos genes e seus papéis na doença e no desenvolvimento.

A placa aterosclerótica é um depósito anormal de substâncias, como colesterol, gordura, calcio e tecido cicatricial, que se formam na parede interna das artérias. Essas placas podem causar engrossamento e endurecimento da parede arterial, o que é conhecido como aterosclerose. A formação de placa aterosclerótica pode levar a complicações graves, como doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca, dependendo da localização e extensão das lesões arteriais.

As placas ateroscleróticas geralmente se desenvolvem ao longo de um período prolongado, começando na infância ou adolescência e podem continuar a progredir à medida que as pessoas envelhecem. Os fatores de risco para o desenvolvimento de placa aterosclerótica incluem tabagismo, diabetes, pressão arterial alta, colesterol alto, obesidade e história familiar de doença cardiovascular.

O tratamento da placa aterosclerótica geralmente inclui medidas para controlar os fatores de risco, como mudanças no estilo de vida, controle da pressão arterial, manejo do colesterol e uso de medicamentos. Em alguns casos, procedimentos cirúrgicos, como angioplastia ou bypass coronariano, podem ser necessários para tratar lesões graves ou complicações relacionadas à placa aterosclerótica.

Receptores imunológicos são proteínas encontradas nas membranas celulares ou no interior das células que desempenham um papel crucial na resposta do sistema imune a patógenos, substâncias estranhas e moléculas próprias alteradas. Eles são capazes de reconhecer e se ligar a uma variedade de ligantes, incluindo antígenos, citocinas, quimiocinas e outras moléculas envolvidas na regulação da resposta imune.

Existem diferentes tipos de receptores imunológicos, cada um com funções específicas:

1. Receptores de antígenos: São encontrados principalmente em células do sistema imune adaptativo, como linfócitos T e B. Eles reconhecem e se ligam a peptídeos ou proteínas estranhas apresentadas por moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) nas células infectadas ou tumorais, desencadeando uma resposta imune adaptativa.

2. Receptores de citocinas: São encontrados em diversos tipos de células e participam da regulação da resposta imune. Eles se ligam a citocinas, moléculas solúveis que atuam como sinais comunicativos entre as células do sistema imune. A ligação dos receptores de citocinas às suas respectivas citocinas desencadeia uma cascata de eventos intracelulares que resultam em mudanças no comportamento e na função celular.

3. Receptores de quimiocinas: São encontrados principalmente em células do sistema imune innato, como neutrófilos, monócitos e linfócitos. Eles se ligam a quimiocinas, pequenas moléculas que desempenham um papel crucial na orientação do tráfego celular durante a resposta imune. A ligação dos receptores de quimiocinas às suas respectivas quimiocinas induz a mobilização e migração das células imunes para os locais de inflamação ou infecção.

4. Receptores de reconhecimento de padrões (PRRs): São encontrados principalmente em células do sistema imune innato, como macrófagos e neutrófilos. Eles se ligam a padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) presentes em microrganismos invasores, desencadeando uma resposta imune inflamatória. Exemplos de PRRs incluem receptores toll-like (TLRs), receptores NOD-like (NLRs) e receptores RIG-I-como (RLRs).

5. Receptores Fc: São encontrados em células do sistema imune innato e adaptativo, como macrófagos, neutrófilos, basófilos, eosinófilos, mastócitos e linfócitos B. Eles se ligam a anticorpos unidos a patógenos ou células infectadas, induzindo a fagocitose, citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpos (ADCC) ou liberação de mediadores químicos inflamatórios.

6. Receptores de citocinas: São encontrados em células do sistema imune innato e adaptativo, como macrófagos, linfócitos T e linfócitos B. Eles se ligam a citocinas secretadas por outras células imunes, modulando a resposta imune e a diferenciação celular. Exemplos de receptores de citocinas incluem receptores do fator de necrose tumoral (TNF), receptores interleucina-1 (IL-1) e receptores interferon (IFN).

7. Receptores de morte: São encontrados em células do sistema imune innato e adaptativo, como macrófagos, linfócitos T e linfócitos B. Eles se ligam a ligandos de morte expressos por células infectadas ou tumorais, induzindo a apoptose (morte celular programada) e limitando a disseminação da infecção ou do câncer. Exemplos de receptores de morte incluem Fas (CD95), TRAIL-R1/2 (DR4/5) e receptor de necrose tumoral (TNFR).

8. Receptores complementares: São encontrados em células do sistema imune innato e adaptativo, como neutrófilos, monócitos e linfócitos. Eles se ligam a fragmentos do complemento (C3b, C4b) depositados sobre patógenos ou células infectadas, promovendo a fagocitose e a destruição dos alvos imunológicos. Exemplos de receptores complementares incluem CR1 (CD35), CR2 (CD21) e CR3 (CD11b/CD18).

9. Receptores quiméricos: São encontrados em células do sistema imune adaptativo, como linfócitos T e B. Eles são constituídos por uma região extracelular que reconhece antígenos específicos e uma região intracelular que transmite sinais de ativação ou tolerância imunológica. Exemplos de receptores quiméricos incluem TCR (receptor de células T) e BCMA (receptor de células B).

10. Receptores reguladores: São encontrados em células do sistema imune adaptativo, como linfócitos T e B. Eles modulam a atividade dos receptores quiméricos, promovendo ou inibindo a resposta imunológica. Exemplos de receptores reguladores incluem CTLA-4 (coinibidor do receptor de células T) e PD-1 (inibidor da proliferação de células T).

Em resumo, os receptores imunológicos são moléculas que desempenham um papel fundamental na detecção e resposta a estímulos internos ou externos ao organismo. Eles podem ser classificados em diferentes categorias, conforme sua localização celular, função e mecanismo de ativação. A compreensão dos receptores imunológicos é essencial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas e diagnósticas em diversas áreas da medicina, como a imunologia, a infeciologia, a oncologia e a transplantação.

Em medicina e biologia celular, uma linhagem celular refere-se a uma população homogênea de células que descendem de uma única célula ancestral original e, por isso, têm um antepassado comum e um conjunto comum de características genéticas e fenotípicas. Essas células mantêm-se geneticamente idênticas ao longo de várias gerações devido à mitose celular, processo em que uma célula mother se divide em duas células filhas geneticamente idênticas.

Linhagens celulares são amplamente utilizadas em pesquisas científicas, especialmente no campo da biologia molecular e da medicina regenerativa. Elas podem ser derivadas de diferentes fontes, como tecidos animais ou humanos, embriões, tumores ou células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs). Ao isolar e cultivar essas células em laboratório, os cientistas podem estudá-las para entender melhor seus comportamentos, funções e interações com outras células e moléculas.

Algumas linhagens celulares possuem propriedades especiais que as tornam úteis em determinados contextos de pesquisa. Por exemplo, a linhagem celular HeLa é originária de um câncer de colo de útero e é altamente proliferativa, o que a torna popular no estudo da divisão e crescimento celulares, além de ser utilizada em testes de drogas e vacinas. Outras linhagens celulares, como as células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs), podem se diferenciar em vários tipos de células especializadas, o que permite aos pesquisadores estudar doenças e desenvolver terapias para uma ampla gama de condições médicas.

Em resumo, linhagem celular é um termo usado em biologia e medicina para descrever um grupo homogêneo de células que descendem de uma única célula ancestral e possuem propriedades e comportamentos similares. Estas células são amplamente utilizadas em pesquisas científicas, desenvolvimento de medicamentos e terapias celulares, fornecendo informações valiosas sobre a biologia das células e doenças humanas.

RNA mensageiro (mRNA) é um tipo de RNA que transporta a informação genética codificada no DNA para o citoplasma das células, onde essa informação é usada como modelo para sintetizar proteínas. Esse processo é chamado de transcrição e tradução. O mRNA é produzido a partir do DNA através da atuação de enzimas específicas, como a RNA polimerase, que "transcreve" o código genético presente no DNA em uma molécula de mRNA complementar. O mRNA é então traduzido em proteínas por ribossomos e outros fatores envolvidos na síntese de proteínas, como os tRNAs (transportadores de RNA). A sequência de nucleotídeos no mRNA determina a sequência de aminoácidos nas proteínas sintetizadas. Portanto, o mRNA é um intermediário essencial na expressão gênica e no controle da síntese de proteínas em células vivas.

Esterificação é um processo químico na qual um ácido carboxílico reage com um alcool, resultando em um éster e água. É uma forma de reação de substituição nucleofila, no qual o grupo hidroxilo (-OH) do álcool é substituído pelo grupo funcional do ácido carboxílico. A equação geral para a esterificação é:

Ácido Carboxílico + Álcool = Éster + Água

Este processo é uma reação reversível e, em condições adequadas de temperatura e concentração, pode alcançar um equilíbrio. A forma de deslocar o equilíbrio para a formação do éster é remover a água formada durante a reação, geralmente por meio da adição de um agente desidratante, como sulfato de cálcio ou ácido sulfúrico.

A esterificação tem importância em diversas áreas da química, incluindo a síntese de polímeros, perfumes e fármacos. No entanto, é importante ressaltar que a definição acima é uma descrição simplificada do processo e que existem outras formas mais complexas de esterificação, como a reação de ácidos sulfônicos com álcoois ou fenóis.

High-density lipoproteins (HDL) são tipos de lipoproteínas que desempenham um papel importante no metabolismo dos lípidos no corpo humano. Eles são frequentemente referidos como "lipoproteínas boas" porque estão envolvidos na remoção do excesso de colesterol das células e transportam para o fígado, onde pode ser processado e excretado do corpo.

HDLs são compostos por aproximadamente 50% de proteínas e 50% de lípidos, incluindo colesterol e triglicérides. Eles variam em tamanho, com um diâmetro médio de aproximadamente 8 a 10 nanômetros. A concentração de HDL no sangue é frequentemente usada como um marcador para avaliar o risco de doenças cardiovasculares, uma vez que níveis mais altos de HDL estão associados a um menor risco de doença cardiovascular. No entanto, é importante notar que o papel exato dos HDLs no desenvolvimento de doenças cardiovasculares ainda não está completamente esclarecido e é objeto de investigação em andamento.

Os Receptores Depuradores Classe E (também conhecidos como Receptores Nucleares E) são um tipo de receptor nuclear que desempenha um papel importante na regulação da resposta celular a estressores ambientais e danos ao DNA. Eles são activados por ligantes endógenos, tais como lipídeos derivados do ácido araquidónico, e exógenos, incluindo alguns cannabinoides sintéticos.

A ativação dos Receptores Depuradores Classe E leva à modulação de diversas vias de sinalização celular, incluindo a regulação negativa da resposta inflamatória e do estresse oxidativo, a indução de autofagia e apoptose, e o controlo do ciclo celular e da proliferação celular.

Devido à sua capacidade de modular uma variedade de processos celulares, os Receptores Depuradores Classe E têm sido alvo de investigação como potenciais alvos terapêuticos para doenças associadas ao estresse oxidativo e inflamação crónica, como a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson, a esclerose múltipla e o câncer.

Pinocitose é um processo em células vivas na qual as moléculas dissolvidas no líquido extracelular são internalizadas dentro da célula por meio do envelopamento e formação de vesículas a partir da membrana plasmática. Em outras palavras, é uma forma de endocitose em que as substâncias líquidas ou solúveis na fase aquosa são transportadas para dentro da célula por meio da formação de invaginações na membrana celular, seguida do fechamento e formando uma vesícula. Essa vesícula então se funde com outras vesículas ou compartimentos intracelulares, como lisossomas, para processar ou digerir o conteúdo interno. Pinocitose é um mecanismo importante de absorção e transporte de macromoléculas e partículas que não podem ser internalizadas por difusão simples ou transporte ativo. Também desempenha um papel na resposta imune, regeneração tecidual e desenvolvimento embrionário.

Los compuestos de organosilicio son aquellos que contienen un enlace covalente entre carbono (de un origen orgánico) y silicio. Estos compuestos han ganado importancia en diversas áreas, como la industria química, farmacéutica, y de los polímeros. Algunos ejemplos comunes de compuestos de organosilicio incluyen el silicón, los siliconas, e incluso el aceite de silicona. Estos compuestos se utilizan en una variedad de aplicaciones, que van desde productos domésticos hasta dispositivos médicos y tecnologías de alta tecnología. Aunque el silicio es un elemento relativamente no reactivo, cuando se combina con átomos de carbono en compuestos de organosilicio, puede formar estructuras moleculares complejas y útiles.

As doenças da aorta referem-se a um grupo de condições que afetam a maior artéria do corpo, chamada aorta. Essas doenças podem resultar em debilitação e dilatação da parede da aorta, o que pode levar a aneurismas (dilatações perigosas), dissecações (separação das camadas da parede da aorta) ou rupturas. Algumas doenças da aorta comuns incluem:

1. Aneurisma da aorta abdominal: um aneurisma que ocorre na parte inferior da aorta, geralmente abaixo do nível do rim.
2. Aneurisma torácico: um aneurisma que se desenvolve na parte superior da aorta, no tórax.
3. Dissecção aórtica: uma separação das camadas internas e médias da parede da aorta, geralmente associada a um déficit de suprimento de sangue à camada mais externa da aorta.
4. Coarctação aórtica: um estreitamento na aorta, geralmente localizado perto do ponto em que a artéria subclávia esquerda se ramifica da aorta.
5. Trauma da aorta: lesões na aorta causadas por acidentes de carro ou outras formas de trauma físico.
6. Doença inflamatória da aorta (doença de Takayasu e doença de Giant-Cell Arterite): condições que causam inflamação na parede da aorta, levando a estenose (estreitamento) ou aneurismas.

Os sintomas das doenças da aorta variam dependendo do tipo e localização da doença. Em alguns casos, as pessoas podem não apresentar sintomas até que a condição se agrave. O tratamento pode incluir medicamentos, cirurgia ou procedimentos endovasculares para corrigir o problema.

Desculpe por qualquer confusão, mas "Poli I" não é um termo médico amplamente reconhecido ou utilizado. É possível que haja algum mal-entendido ou erro na grafia da palavra ou frase que deseja buscar.

Se está à procura de informação sobre a Polyneuropatia Inflamatória Demultiplexada (Polyneuritis Inflammatory Demyelinating, em inglês), trata-se de uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso periférico. Nesta condição, o próprio sistema imunológico ataca os revestimentos protetores (mielina) das fibras nervosas, causando inflamação e danos nestes nervos.

Os sintomas podem incluir fraqueza muscular, formigamento, dormência, dor e perda de reflexos, geralmente começando nos pés e tornozelos e se propagando gradualmente para as mãos e braços. O diagnóstico geralmente é feito com exames neurológicos, estudos de condução nervosa e, por vezes, biópsia de nervo. O tratamento pode envolver medicamentos imunossupressores, plasmaferese ou terapia intravenosa de imunoglobulina para controlar a resposta autoimune e reduzir os sintomas.

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C57BL/6J, ou simplesmente C57BL, é uma linhagem genética inbred de camundongos de laboratório. A designação "endogâmico" refere-se ao fato de que esta linhagem foi gerada por cruzamentos entre parentes próximos durante gerações sucessivas, resultando em um genoma altamente uniforme e consistente. Isso é útil em pesquisas experimentais, pois minimiza a variabilidade genética entre indivíduos da mesma linhagem.

A linhagem C57BL é uma das mais amplamente utilizadas em pesquisas biomédicas, incluindo estudos de genética, imunologia, neurobiologia e oncologia, entre outros. Alguns dos principais organismos responsáveis pela manutenção e distribuição desta linhagem incluem o The Jackson Laboratory (EUA) e o Medical Research Council Harwell (Reino Unido).

Os lipídios são um grupo diversificado de moléculas orgânicas que são insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos. Eles desempenham várias funções importantes no organismo, incluindo a reserva e o armazenamento de energia, a formação de membranas celulares e a atuação como hormônios e mensageiros intracelulares.

Existem diferentes tipos de lipídios, entre os quais se destacam:

1. Ácidos graxos: é o principal componente dos lipídios, podendo ser saturados (sem ligações duplas) ou insaturados (com uma ou mais ligações duplas).
2. Triglicérides: são ésteres formados pela reação de um glicerol com três moléculas de ácidos graxos, sendo a forma principal de armazenamento de energia no corpo humano.
3. Fosfolipídios: possuem uma estrutura formada por um glicerol unido a dois ácidos graxos e a um grupo fosfato, que por sua vez é ligado a outra molécula, como a colina ou a serina. São os principais componentes das membranas celulares.
4. Esteroides: são lipídios com uma estrutura formada por quatro anéis carbocíclicos, entre os quais se encontram o colesterol, as hormonas sexuais e as vitaminas D.
5. Ceride: é um lipídio simples formado por um ácido graxo unido a uma molécula de esfingosina, sendo um componente importante das membranas celulares.

Os lipídios desempenham um papel fundamental na nutrição humana, sendo necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável, além de estar relacionados ao equilíbrio hormonal e à manutenção da integridade das membranas celulares.

Hiperlipidemias são condições em que os níveis de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), lipoproteínas de alta densidade (HDL) ou triglicérides no sangue estão anormalmente altos. Esses lípidos, especialmente o colesterol LDL, podem se acumular nas paredes arteriais, levando ao endurecimento e narrowing das artérias (aterosclerose), o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como doença coronariana, acidente vascular cerebral e doença vascular periférica. Hiperlipidemias podem ser hereditárias (familiars) ou adquiridas, geralmente em consequência de fatores de estilo de vida, como dieta inadequada, falta de exercício físico, tabagismo e obesidade. Também pode ocorrer em conjunto com outras condições médicas, como diabetes e hipotiroidismo. O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames de sangue que medem os níveis de colesterol total, LDL, HDL e triglicérides. O tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios regulares, perda de peso e abstinência do tabagismo, bem como medicamentos, como estatinas, fibratos, sequestrantes de ácidos biliares e inhibidores de PCSK9.

VLDL, ou lipoproteínas de baixa densidade, são complexos de lipídios e proteínas sintetizados no fígado que desempenham um papel crucial na transporte de lipídios nos corpos humanos. Eles estão envolvidos no processo de transportar triglicérides para diferentes tecidos corporais a partir do fígado.

As VLDL são secretadas pelo fígado em forma de partículas esféricas densamente packed com lipídios, principalmente triglicérides. Através do processo de lipólise, as enzimas lipoproteínas lipase (LPL) hidrolisam os triglicérides em glicerol e ácidos graxos, que são então absorvidos pelos tecidos periféricos.

Após a perda de grande parte dos seus triglicérides, as partículas VLDL se tornam menores, mais densas e ricamente em colesterol, adquirindo assim as características das lipoproteínas de densidade intermediária (IDL). Algumas IDL podem ser convertidas em lipoproteínas de alta densidade (HDL), enquanto outras sofrem uma maior perda de triglicérides e colesterol, tornando-se lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL).

Desequilíbrios nos níveis de VLDL podem estar relacionados a condições médicas como hiperlipidemia e aterosclerose, o que torna importante o monitoramento regular dos níveis séricos dessas lipoproteínas para fins diagnósticos e terapêuticos.

A hipercolesterolemia é um distúrbio do metabolismo dos lipídios caracterizado por níveis elevados de colesterol no sangue. O colesterol é uma substância natural graxa que o corpo necessita para funcionar normalmente, mas níveis altos podem levar ao acúmulo de plaquetas nas paredes arteriais, levando a doenças cardiovasculares, como doença coronária, acidente vascular cerebral e doença arterial periférica. A hipercolesterolemia pode ser primária (familiar ou genética) ou secundária (associada a outras condições de saúde, como diabetes, hipotiroidismo, obesidade e uso de certos medicamentos). O tratamento geralmente inclui mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios regulares e, em alguns casos, medicamentos para reduzir o colesterol.

Oxirredução, em termos bioquímicos e redox, refere-se a um tipo específico de reação química envolvendo o ganho (redutor) ou perda (oxidante) de elétrons por moléculas ou átomos. Neste processo, uma espécie química, o agente oxirredutor, é simultaneamente oxidada e reduzida. A parte que ganha elétrons sofre redução, enquanto a parte que perde elétrons sofre oxidação.

Em um contexto médico, o processo de oxirredução desempenha um papel fundamental em diversas funções corporais, incluindo o metabolismo energético e a resposta imune. Por exemplo, durante a respiração celular, as moléculas de glicose são oxidadas para produzir energia na forma de ATP (adenosina trifosfato), enquanto as moléculas aceitadoras de elétrons, como o oxigênio, são reduzidas.

Além disso, processos redox também estão envolvidos em reações que desintoxicam o corpo, como no caso da neutralização de radicais livres e outras espécies reativas de oxigênio (ROS). Nesses casos, antioxidantes presentes no organismo, tais como vitaminas C e E, doam elétrons para neutralizar esses agentes oxidantes prejudiciais.

Em resumo, a oxirredução é um conceito fundamental em bioquímica e fisiologia, com implicações importantes na compreensão de diversos processos metabólicos e mecanismos de defesa do corpo humano.

Compostos Azo são compostos orgânicos que contêm um grupo funcional com a estrutura R-N=N-R', onde R e R' podem ser átomos de hidrogênio ou grupos orgânicos. Eles são amplamente utilizados na indústria como corantes e tinturas, devido à sua capacidade de produzir cores vibrantes. Além disso, alguns compostos azo também são usados em farmacologia como medicamentos, especialmente como anti-microbianos. No entanto, é importante notar que algumas pesquisas sugerem que certos compostos azo podem ter efeitos tóxicos ou cancerígenos, portanto seu uso em alguns aplicativos tem sido limitado ou regulamentado.

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