Células Receptoras Sensoriais
Mecanorreceptores
Papilas Gustativas
Monotremados
Corpos Neuroepiteliais
Células Quimiorreceptoras
Neurônios Receptores Olfatórios
Paladar
Células Ciliadas Auditivas
Receptores Pulmonares de Alongamento
Estimulação Física
Reflexo
Células Fotorreceptoras de Invertebrados
Nervo Vago
Fusos Musculares
Vias Aferentes
Nervo da Corda do Tímpano
Nociceptores
Cóclea
Mucosa Olfatória
Adaptação Fisiológica
Potenciais de Ação
Língua
Necturus
Necturus maculosus
Quimiotaxia
Transdução de Sinal
Limiar Gustativo
Salamandridae
Nervo Glossofaríngeo
Quinina
Modelos Biológicos
Imuno-Histoquímica
Condutos Olfatórios
Estimulação Química
Transducina
Cílios
Órgão Vomeronasal
Fosfolipase C beta
Percepção Gustatória
Rana ridibunda
Dípteros
Eletrofisiologia
Rana catesbeiana
Nephropidae
Ácido Clorídrico
Sacarose
Salamandra
Feniltioureia
Gânglio Geniculado
Órgãos dos Sentidos
Ácido Cítrico
Monoterpenos
Rana esculenta
Canais de Cátion TRPM
Processos Fisiológicos do Sistema Nervoso
Amilorida
Receptores Acoplados a Proteínas-G
Receptores Odorantes
Receptores de Superfície Celular
Distúrbios do Paladar
Bulbo Olfatório
Ambystoma
Cálcio
Sistemas do Segundo Mensageiro
As células receptoras sensoriais são um tipo especializado de células que detectam e respondem a estímulos internos ou externos, convertendo-os em sinais elétricos que podem ser transmitidos ao sistema nervoso central. Eles podem detectar uma variedade de diferentes tipos de estímulos, tais como luz, som, temperatura, dor e substâncias químicas. Essas células geralmente contêm receptores especializados ou canais iônicos que são sensíveis a um determinado tipo de estímulo. Quando o estímulo é aplicado, esses receptores ou canais se abrem, levando a fluxo de íons e alterações no potencial elétrico da célula. Isso gera um sinal elétrico que é transmitido ao longo do axônio da célula receptora sensorial até o sistema nervoso central, onde é processado e interpretado como uma experiência consciente, como ver uma cor ou sentir dor. As células receptoras sensoriais estão presentes em todo o corpo e desempenham um papel fundamental na nossa capacidade de perceber e interagir com o mundo ao nosso redor.
Mecanorreceptores são tipos especiais de receptores sensoriais que detectam e respondem a estímulos mecânicos, como pressão, tensão, vibração, e movimento. Eles convertem esses estímulos físicos em sinais elétricos que podem ser processados e interpretados pelo sistema nervoso central. Existem vários tipos de mecanorreceptores no corpo humano, incluindo os corpúsculos de Pacini e de Meissner, que detectam toque e vibração, e os fuso-neurônios e órgãos tendinosos de Golgi, que detectam alongamento e tensão muscular. Esses receptores desempenham um papel importante na nossa capacidade de perceber e interagir com o mundo ao nosso redor.
Sim, posso fornecer uma definição médica de "Papilas Gustativas". As papilas gustativas são estruturas especializadas localizadas na superfície da língua que desempenham um papel crucial no sentido do gosto. Elas contêm receptores para os diferentes sabores: doce, salgado, amargo, azedo e umamii.
Existem três tipos principais de papilas gustativas: fungiformes, foliadas (também conhecidas como circonvolutas) e caliciformes (também conhecidas como vellosidades circunvalladas). As papilas fungiformes estão espalhadas por toda a superfície da língua, enquanto as foliadas e caliciformes estão localizadas principalmente nas regiões traseira e lateral da língua.
As papilas gustativas contêm células receptoras especializadas que detectam moléculas químicas presentes em alimentos e bebidas, enviando sinais elétricos para o cérebro, que os interpreta como sabores específicos. É importante notar que a percepção do gosto é um processo complexo que envolve não apenas as papilas gustativas, mas também outros fatores, como a textura e a temperatura dos alimentos.
Monotremados são um grupo de mamíferos originários da Australásia (Austrália e Nova Guiné), que incluem as únicas espécies existentes de mamíferos que põem ovos em vez de dar à luz filhotes vivos. Eles são classificados no clado Monotremata, que é um táxon dos mais basais entre os mamíferos vivos. Existem apenas três espécies existentes de monotremados: o ornitorrinco e dois tipos de equidnas.
Os monotremados são animais únicos, pois possuem uma combinação de características reptilianas e mamíferas. Além de pôr ovos, eles também produzem leite para alimentar seus filhotes e possuem um corpo coberto por pelos. Outras características distintivas dos monotremados incluem a presença de uma cloaca (um único orifício que serve para a eliminação de resíduos, acasalamento e parto), uma estrutura óssea no crânio chamada de crista sagital, e um sistema nervoso espinal modificado.
Os monotremados são animais aquáticos ou terrestres, dependendo da espécie. O ornitorrinco é semi-aquático e habita rios e lagos na Austrália e Tasmânia, enquanto as equidnas são predominantemente terrestres e podem ser encontradas em florestas tropicais, savanas e desertos da Austrália e Nova Guiné.
Apesar de sua aparente semelhança com répteis, os monotremados estão mais relacionados a marsupiais e placentários do que a qualquer outro grupo de vertebrados. Eles desempenham um papel importante no ecossistema da Australásia e são objeto de estudos científicos contínuos devido à sua singularidade evolutiva e fisiológica.
Os "Corpos neuroepitelares" são estruturas celulares especiais encontradas no sistema nervoso central, mais precisamente nos ventrículos cerebrais e no canal central da medula espinhal. Eles são remanescentes estruturais dos blastocistos embrionários, que se desenvolveram a partir do tecido neuroepitelial durante o desenvolvimento fetal.
Os corpos neuroepitelares consistem em células especializadas chamadas ependimócitos, que revestem as superfícies internas dos ventrículos cerebrais e do canal central da medula espinhal. Essas células apresentam prolongamentos citoplasmáticos que se interligam entre si, formando uma barreira semipermeável conhecida como "barreira ependimária".
A principal função dos corpos neuroepitelares é a produção de líquido cefalorraquidiano (LCR), um fluido transparente que preenche os ventrículos cerebrais e o canal central da medula espinhal. O LCR atua como um amortecedor protetor para o cérebro e a medula espinhal, além de desempenhar funções importantes no transporte de nutrientes e no sistema imunológico do sistema nervoso central.
Em resumo, os corpos neuroepitelares são estruturas especializadas que desempenham um papel crucial na produção do líquido cefalorraquidiano e na proteção do sistema nervoso central.
As células quimiorreceptoras são um tipo especializado de células sensoriais que detectam substâncias químicas no meio ambiente e convertem essas informações em sinais elétricos que podem ser processados pelo sistema nervoso. Eles desempenham um papel crucial na detecção de estímulos químicos importantes, como gostos, cheiros e variações no pH ou níveis de oxigênio no sangue.
Existem dois tipos principais de células quimiorreceptoras: as células receptoras de sabor (também conhecidas como células gustativas) e as células receptoras olfatórias (ou células sensoriais olfativas). As células receptoras de sabor estão localizadas principalmente na língua, paladar e revestimento da boca, enquanto as células receptoras olfatórias estão no epitélio olfativo nasais.
As células quimiorreceptoras possuem receptores específicos que se ligam a moléculas-alvo, como compostos químicos presentes em alimentos, aromas ou gases. Quando essas moléculas se ligam aos receptores, elas desencadeiam uma resposta elétrica nas células que é transmitida ao cérebro via nervos aferentes. O cérebro interpreta então esses sinais como diferentes sabores, cheiros ou outras informações químicas importantes.
Em resumo, as células quimiorreceptoras são células sensoriais especializadas que detectam e respondem a substâncias químicas no meio ambiente, desempenhando um papel fundamental na percepção de gostos, cheiros e outras informações químicas importantes para nossa sobrevivência e bem-estar.
Os Neurônios Receptores Olfatórios são tipos específicos de neurónios que se encontram no epitélio olfativo, localizado na mucosa da nasofaringe, em humanos e outros animais. Eles desempenham um papel fundamental no sentido do olfacto, ou seja, a capacidade de detectar e identificar diferentes cheiros ou odorantes.
Cada neurônio receptor olfatório expressa apenas um tipo específico de receptor acoplado à proteína G, que é capaz de se ligar a um número limitado de moléculas odorantes. Quando uma molécula odorante se liga ao receptor, isto leva a uma cascata de eventos intracelulares que resultam em uma resposta elétrica no neurônio.
Esses neurónios possuem dendritos curtos cobertos por cílios que aumentam a superfície para a detecção dos odorantes. As suas axônios formam os fascículos do nervo olfactório, que passam através da lâmina cribrosa da órbita e sinapse com as células mitrais no bulbo olfatório.
A activação dos neurónios receptores olfatórios pode levar a diferentes respostas comportamentais, dependendo do odorante detectado. Por exemplo, alguns podem desencadear uma resposta de fuga ou atração, enquanto outros podem ser associados com memórias específicas ou emoções.
Simplexmente, o paladar refere-se à sensação gustativa que resulta da estimulação dos receptores gustativos no interior da boca. No entanto, na anatomia médica, o termo "paladar" refere-se especificamente à membrana mucosa que forma o tecto do cavo bucal ou a região superior da boca.
O paladar é dividido em duas partes: o paladar mole (ou palatino mole) e o paladar duro (ou palatino ósseo). O paladar mole é a parte posterior, flexível e macia do paladar, coberta por uma mucosa rica em vasos sanguíneos. A sua principal função reside na protecção da via respiratória durante a deglutição, ou seja, no ato de engolir.
Por outro lado, o paladar duro é a parte anterior e rígida do paladar, formada por um osso chamado osso palatino. A sua superfície está coberta por uma mucosa mais delgada e contém poros microscópicos que conduzem ao órgão vomeronasal, o qual detecta feromônios em alguns animais. No entanto, nos seres humanos, o órgão vomeronasal está inativo e não tem função conhecida.
Em resumo, o paladar é uma estrutura anatômica do cavo bucal que desempenha um papel fundamental na protecção das vias respiratórias durante a deglutição e no sentido do gosto, apesar de a sua parte anterior não estar diretamente envolvida neste último.
As células ciliadas auditivas são recetores sensoriais especializados no ouvido interno dos vertebrados que convertem o som em sinais elétricos transmitidos ao cérebro. Existem duas principais categorias de células ciliadas auditivas: as externas e as internas.
As células ciliadas externas, também conhecidas como células ciliadas de Haisha, são mais largas e possuem cerca de 100 a 150 estereocílios (pequenos pelos) em sua superfície apical. Eles estão localizados no órgão de Corti na cóclea e são responsáveis pela detecção de movimentos rápidos e de alta frequência associados a sons de alta frequência.
As células ciliadas internas, por outro lado, são mais pequenas e têm apenas 30 a 50 estereocílios. Eles estão localizados no centro do órgão de Corti e detectam movimentos mais lentos e de baixa frequência associados a sons de baixa frequência.
Ao todo, as células ciliadas auditivas são essenciais para nossa capacidade de ouvir e compreender o mundo ao nosso redor. A perda dessas células pode resultar em deficiências auditivas permanentes.
Os Receptores Pulmonares de Alongamento, também conhecidos como receptores de alongamento do pulmão ou receptores de distensão pulmonar, são mecanorreceptores localizados nas paredes dos brônquios e bronquíolos, no tecido conjuntivo subpleural e nos septos alveolares. Eles são sensíveis a alongamentos e mudanças de volume dos pulmões.
Estes receptores desempenham um papel crucial na regulação da respiração, enviando sinais ao centro respiratório no tronco encefálico quando são ativados por alongamentos excessivos do tecido pulmonar. Em resposta a esses sinais, o centro respiratório gera impulsos para contração dos músculos inspiratórios, aumentando a frequência e/ou a profundidade da respiração (hiperventilação), com o objetivo de normalizar o volume pulmonar.
Além disso, os receptores pulmonares de alongamento também desempenham um papel na proteção contra sobre-distensão pulmonar e possível ruptura dos alvéolos, além de participarem no reflexo de tosse.
Os neurónios aferentes, também conhecidos como neurónios sensoriais ou neurónios afferents, são um tipo de neurónio que transmite sinais para o sistema nervoso central (SNC) a partir dos órgãos dos sentidos e outras partes do corpo. Eles convertem estímulos físicos, como luz, som, temperatura, dor e pressão, em sinais elétricos que podem ser processados pelo cérebro.
Os neurónios aferentes têm suas dendrites e corpos celulares localizados no tecido periférico, enquanto seus axônios transmitem os sinais para o SNC através dos nervos periféricos. Esses neurónios podem ser classificados de acordo com a natureza do estímulo que detectam, como mecânicos (por exemplo, toque, vibração), térmicos (calor ou frio) ou químicos (por exemplo, substâncias irritantes).
A ativação dos neurónios aferentes pode levar a diferentes respostas do organismo, dependendo do tipo de estímulo e da localização do neurônio no corpo. Por exemplo, um sinal doloroso pode resultar em uma resposta de proteção ou evitação do estímulo, enquanto um sinal relacionado ao gosto pode levar a uma resposta alimentar.
Em termos médicos, estimulação física refere-se a um tratamento que utiliza diferentes formas de exercícios físicos e atividades manipulativas para melhorar a função fisiológica, restaurar a amplitude de movimento, aliviar o desconforto ou dor, e promover a saúde geral e o bem-estar. A estimulação física pode ser realizada por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, outros profissionais de saúde treinados, ou mesmo por si próprios, com base nas orientações e exercícios prescritos.
Alguns métodos comuns de estimulação física incluem exercícios terapêuticos (como alongamentos, fortalecimento muscular, equilíbrio e treinamento de coordenação), massagem, termoterapia (como calor ou crioterapia com gelo), estimulação elétrica funcional, e outras técnicas manuais. O objetivo da estimulação física é ajudar os indivíduos a recuperarem a força, a amplitude de movimento, a resistência e a coordenação necessárias para realizar as atividades diárias com segurança e independência, bem como aliviar os sintomas associados a diversas condições médicas ou lesões.
Em medicina e fisiologia, um reflexo é uma resposta involuntária e automática de um tecido ou órgão a um estímulo específico. É mediada por vias nervosas reflexas que unem receptores sensoriais a músculos e glândulas, permitindo uma rápida adaptação à situação imediata. O reflexo é controlado pelo sistema nervoso central, geralmente no midollo espinhal, e não envolve a intervenção consciente do cérebro. Um exemplo clássico de reflexo é o reflexo patelar (também conhecido como reflexo do joelho), que é desencadeado quando o tendão do músculo quadricipital é atingido abaixo da patela, resultando em uma resposta de flexão do pé e extensor do joelho. Reflexos ajudam a proteger o corpo contra danos, mantêm a postura e o equilíbrio, e regulam funções vitais como a frequência cardíaca e a pressão arterial.
As células fotorreceptoras em invertebrados se referem a um tipo especializado de célula que é capaz de detectar luz e converter essa energia luminosa em sinais elétricos. Esses sinais são então transmitidos ao sistema nervoso do animal, onde podem ser processados e utilizados para guiar uma variedade de comportamentos, como a orientação espacial e a resposta a estímulos ambientais.
Em invertebrados, as células fotorreceptoras geralmente ocorrem nos olhos compostos, que são órgãos especializados para a detecção de luz. Cada olho composto é composto por múltiplas unidades chamadas omátidios, cada uma contendo um conjunto de células fotorreceptoras alongadas, chamadas de rhabdomeres. Esses rhabdomeres são preenchidos com proteínas sensíveis à luz, como os opsinas, que absorvem a luz e desencadeiam uma resposta elétrica.
As células fotorreceptoras em invertebrados podem ser classificadas em dois tipos principais: as células de bastonete (ou bastonetes) e as células de cones. As células de bastonete são mais sensíveis à luz fraca e desempenham um papel importante na detecção de movimento e no estabelecimento da direção geral da fonte de luz. Já as células de cones são menos sensíveis à luz fraca, mas fornecem informações mais precisas sobre a cor e a intensidade da luz.
Em resumo, as células fotorreceptoras em invertebrados são células especializadas que detectam luz e convertem essa energia em sinais elétricos, desempenhando um papel crucial na orientação espacial e no comportamento dos animais.
O nervo vago, também conhecido como décimo par craniano (CN X), é um importante nervo misto no corpo humano. Ele origina-se no tronco cerebral e desce através do pescoço para o tórax e abdômen, onde inerva diversos órgãos internos.
A parte motora do nervo vago controla os músculos da laringe e do diafragma, além de outros músculos envolvidos na deglutição e fala. A parte sensorial do nervo vago transmite informações sobre a posição e movimentos dos órgãos internos, como o coração, pulmões e sistema gastrointestinal, para o cérebro.
Além disso, o nervo vago desempenha um papel importante no sistema nervoso autônomo, que regula as funções involuntárias do corpo, como a frequência cardíaca, pressão arterial, digestão e respiração. Distúrbios no nervo vago podem levar a sintomas como dificuldade em engolir, falta de ar, alterações na frequência cardíaca e problemas gastrointestinais.
Os fusos musculares, também conhecidos como fusos neuromusculares, são estruturas especializadas encontradas dentro dos músculos esqueléticos. Eles desempenham um papel crucial no controle do movimento e na manutenção da postura, fornecendo informações sensoriais sobre a posição e comprimento dos músculos ao sistema nervoso central.
Os fusos musculares são formados por fibras intrafusais, que estão enroladas em feixes alongados dentro de cada fuso. Existem dois tipos principais de fibras intrafusais: as fibras nucleares em anel e as fibras bagunçadas. As fibras nucleares em anel são dispostas circularmente ao redor da fita central, enquanto as fibras bagunçadas estão localizadas mais perto das extremidades do fuso.
Os fusos musculares estão inervados por fibras aferentes sensoriais especiais, chamadas fibras musculares espindalares. Essas fibras transmitem informações sobre a atividade dos fusos musculares para o sistema nervoso central, onde são processadas e utilizadas para regular a contração muscular e manter a postura e o equilíbrio.
A ativação dos fusos musculares pode desencadear uma resposta de alongamento do músculo (MLR), que resulta em um aumento da tensão muscular e na contração reflexa do músculo. Isso acontece quando os fusos musculares detectam um alongamento ou estiramento dos músculos, o que pode ser causado por movimentos voluntários ou involuntários.
Em resumo, os fusos musculares são estruturas sensoriais especializadas encontradas nos músculos esqueléticos, que desempenham um papel importante no controle do movimento e na manutenção da postura, fornecendo informações sobre a atividade muscular ao sistema nervoso central.
As vias aferentes referem-se aos neurônios ou fibras nervosas que conduzem impulsos nervosos para o sistema nervoso central (SNC), geralmente do sistema sensorial periférico. Eles transmitem informações sensoriais, como toque, dor, temperatura e propriocepção, dos órgãos sensoriais e receptores localizados no corpo para o cérebro e medula espinal. Esses impulsos aferentes são processados e integrados no SNC, permitindo que o organismo perceba e responda adequadamente a estímulos internos e externos.
O nervo da corda do tímpano, também conhecido como nervo facial ou nervo craniano VII, é um importante nervo craniano responsável pela inervação dos músculos faciais e pela transmissão de sensações gustativas da língua. O nome "nervo da corda do tímpano" deriva da sua proximidade anatômica com a corda do tímpano, uma estrutura do ouvido médio.
Embora o nervo da corda do tímpano não seja diretamente relacionado à audição, ele desempenha um papel importante no sistema auditivo. Ele contém fibras que inervam o músculo estapédio, o mais pequeno dos músculos esqueléticos do corpo humano, localizado no ouvido médio. A contração desse músculo ajuda a proteger o ouvido interno contra danos causados por ruídos altos e outros estímulos sonoros intensos.
Além disso, o nervo da corda do tímpano é responsável pela inervação dos músculos faciais, permitindo a expressão facial e a movimentação da face. Ele também transmite sinais gustativos da parte anterior da língua, onde estão localizados os receptores gustativos para os sabores doce, salgado e amargo.
Em resumo, o nervo da corda do tímpano é um nervo craniano complexo que desempenha funções importantes na proteção auditiva, expressão facial e percepção gustativa.
Nociceptores são receptores sensoriais especializados no sistema nervoso periférico que detectam danos ou ameaças potenciais de danos a tecidos vivos e enviam sinais para o cérebro, resultando em percepção consciente de dor. Eles são encontrados na pele, mucosa, órgãos internos e outros tecidos do corpo. Nociceptores podem ser estimulados por uma variedade de estímulos nocivos, como calor excessivo, frio intenso, pressão, tensão, vibração, radiação ionizante e substâncias químicas irritantes ou tóxicas. A ativação dos nociceptores desencadeia uma cascata de eventos que resultam na transmissão de sinais dolorosos ao longo do sistema nervoso central, onde são processados e percebidos como dor consciente.
A cóclea é uma estrutura em forma de espiral localizada no interior do labirinto auditivo, parte do sistema auditivo responsável pela percepção sonora. É o órgão sensorial da audição nos mamíferos e se encontra no osso temporal do crânio.
A cóclea contém células ciliadas, que são estimuladas mecanicamente quando as ondas sonoras chegam a elas através da membrana timpânica, ossículos e fluido endóctono. Essa estimulação é convertida em sinais elétricos, que são enviados ao cérebro via nervo auditivo, permitindo assim a percepção do som.
A cóclea é composta por três partes principais: o ducto coclear (também conhecido como conduto endolinfático), o ducto vestibular e a membrana basilar. O ducto coclear está cheio de um fluido chamado endolinfa, enquanto o ducto vestibular contém outro fluido denominado perilinfa. A membrana basilar divide esses dois dutos e é onde as células ciliadas estão localizadas.
A forma espiral da cóclea permite que diferentes frequências de som sejam processadas em diferentes partes ao longo da membrana basilar, com frequências mais altas sendo processadas nas regiões mais externas e frequências mais baixas nas regiões internas. Isso é conhecido como o princípio de place coding e é crucial para a nossa capacidade de compreender a fala e outros sons complexos.
A mucosa olfatória é a membrana mucosa que reveste a cavidade nasal e está especializada na detecção de odorantes. Ela contém receptores olfativos, neurónios bipolares com cilios sensoriais recobertos por uma fina camada de muco, que captam as moléculas odorantes presentes no ar inspirado. Essas informações são então transmitidas ao sistema nervoso central, onde são processadas e interpretadas como diferentes odores e perfumes. A mucosa olfatória é uma parte importante do sistema olfativo humano, responsável por nos permitir experimentar e interagir com nossos aromas e fragrâncias diárias.
A capsaicina é um composto químico encontrado naturalmente em pimentas, particularmente nas variedades mais picantes. É responsável pela sensação de queimação ou ardência que as pessoas experimentam quando entram em contato com ou consomem essas pimentas.
Em termos médicos, a capsaicina é frequentemente usada como um ingrediente ativo em cremes e sprays para aliviar dores musculares e articulares, bem como para tratar neuropatias periféricas e outras condições dolorosas. A capsaicina age no corpo reduzindo a substância P, um neurotransmissor que transmite sinais de dor ao cérebro. Quando a capsaicina se liga aos receptores da substância P nos nervos sensoriais, ela inibe temporariamente a liberação de mais substância P, o que pode resultar em alívio da dor.
No entanto, é importante notar que a capsaicina pode causar irritação e desconforto em alguns indivíduos, especialmente se usada em concentrações muito altas ou por longos períodos de tempo. Portanto, é recomendável seguir as instruções do fabricante cuidadosamente ao usar qualquer produto contendo capsaicina.
"A adaptação fisiológica é o processo em que o corpo humano se ajusta a alterações internas ou externas, tais como exercício físico, exposição ao calor ou frio, altitude elevada ou stress emocional, a fim de manter a homeostase e as funções corporais normais. Este processo envolve uma variedade de mecanismos, incluindo alterações no sistema cardiovascular, respiratório, endócrino e nervoso, que permitem que o corpo se adapte às novas condições e continue a funcionar de maneira eficiente. A adaptação fisiológica pode ser reversível e desaparecer quando as condições que a desencadearam voltarem ao normal."
Em fisiologia, Potenciais de Ação (PA) referem-se a sinais elétricos que viajam ao longo da membrana celular de um neurônio ou outra célula excitável, como as células musculares e cardíacas. Eles são geralmente desencadeados por alterações no potencial de repouso da membrana celular, levando a uma rápida despolarização seguida de repolarização e hiperpolarização da membrana.
PA's são essenciais para a comunicação entre células e desempenham um papel crucial no processamento e transmissão de sinais nervosos em organismos vivos. Eles são geralmente iniciados por estímulos que abrem canais iônicos na membrana celular, permitindo a entrada ou saída de íons, como sódio (Na+) e potássio (K+), alterando assim o potencial elétrico da célula.
A fase de despolarização do PA é caracterizada por uma rápida influxo de Na+ na célula, levando a um potencial positivo em relação ao exterior da célula. Em seguida, a célula rapidamente repolariza, expulsando o excesso de Na+ e permitindo a entrada de K+, restaurando assim o potencial de repouso da membrana. A fase final de hiperpolarização é causada por uma maior permeabilidade à K+, resultando em um potencial negativo mais pronunciado do que o normal.
PA's geralmente viajam ao longo da membrana celular em ondas, permitindo a propagação de sinais elétricos através de tecidos e órgãos. Eles desempenham um papel crucial no controle de diversas funções corporais, incluindo a contração muscular, a regulação do ritmo cardíaco e a transmissão de sinais nervosos entre neurônios.
De acordo com a medicina, a língua é um órgão muscular móvel localizado no assoalho da boca, responsável por nossos sentidos do gosto e do tacto na boca. Ela nos permite falar, engolir e sentir as diferentes texturas e temperaturas dos alimentos. A língua é coberta por papilas gustativas, que são responsáveis pelo nosso sentido do gosto, e possui glândulas salivares que ajudam na digestão dos alimentos. Além disso, a língua desempenha um papel importante no processo de articulação da fala, pois movem-se e modificam a forma dos órgãos vocais para produzir diferentes sons e palavras.
"Necturus" é um gênero de anfíbios caudados da família Proteidae. Esses animais são comumente conhecidos como "tritões-da-mato" ou "salamandras-de-lama". Eles são encontrados principalmente no leste da América do Norte e são caracterizados por sua pele lisa, corpo alongado e cauda longa. Alguns membros desse gênero, como o *Necturus maculosus*, são frequentemente usados em pesquisas científicas devido à sua capacidade de regenerar tecidos danificados. No entanto, é importante notar que "Necturus" não é um termo médico geralmente utilizado na prática clínica ou nos estudos médicos, mas sim um termo taxonômico usado em biologia e zoologia.
"Necturus maculosus", comummente conhecido como Proteu-de-Spotted, é um tipo de anfíbio cego que pertence à família Proteidae. É nativo da América do Norte e é frequentemente encontrado em águas doces e limpas, como riachos e rios com fundos rochosos ou arenosos. O Proteu-de-Spotted tem um corpo alongado e achatado dorsoventralmente, com membros pequenos e escamas na superfície da sua pele. Sua coloração varia do marrom ao preto, com manchas irregulares em todo o corpo. Alcança um comprimento total de aproximadamente 25 cm e tem uma esperança de vida média de 12 a 15 anos. É notável por sua capacidade de regenerar tecidos e órgãos, como membros e rins, após a lesão.
Chimiotaxia é um termo utilizado em biologia e medicina que se refere ao movimento orientado e direcionado de células, especialmente células vivas como células cancerosas ou leucócitos (glóbulos brancos), em resposta a um gradiente de concentração de substâncias químicas no meio ambiente circundante. Esse processo desempenha um papel crucial em diversos fenômenos biológicos, como o desenvolvimento embrionário, a cicatrização de feridas e a resposta imune.
No contexto médico, particularmente no tratamento do câncer, a quimiotaxia refere-se à mobilização e direcionamento de fármacos antineoplásicos (citotóxicos) ou drogas citotóxicas específicas para atingirem e destruírem células cancerosas, aproveitando o gradiente de concentração química existente entre as áreas saudáveis e as lesões tumorais. Essa técnica é empregada em terapias como a quimioterapia intraperitoneal hipertermica (HIPEC), na qual os medicamentos são administrados diretamente no líquido peritoneal, onde o câncer se disseminou, aumentando assim sua concentração local e efetividade contra as células cancerosas.
Em medicina e biologia, a transdução de sinal é o processo pelo qual uma célula converte um sinal químico ou físico em um sinal bioquímico que pode ser utilizado para desencadear uma resposta celular específica. Isto geralmente envolve a detecção do sinal por um receptor na membrana celular, que desencadeia uma cascata de eventos bioquímicos dentro da célula, levando finalmente a uma resposta adaptativa ou homeostática.
A transdução de sinal é fundamental para a comunicação entre células e entre sistemas corporais, e está envolvida em processos biológicos complexos como a percepção sensorial, o controle do ciclo celular, a resposta imune e a regulação hormonal.
Existem vários tipos de transdução de sinal, dependendo do tipo de sinal que está sendo detectado e da cascata de eventos bioquímicos desencadeada. Alguns exemplos incluem a transdução de sinal mediada por proteínas G, a transdução de sinal mediada por tirosina quinase e a transdução de sinal mediada por canais iónicos.
O limiar gustativo, também conhecido como "limiar de sabor", refere-se à menor quantidade de um determinado sabor (doce, salgado, azedo ou amargo) que uma pessoa pode detectar ou distinguir. Em outras palavras, é o nível mínimo de intensidade do estímulo gustativo necessário para desencadear a percepção consciente do sabor. O limiar gustativo varia entre indivíduos e pode ser influenciado por vários fatores, como idade, sexo, tabagismo, exposição ao fumo do tabaco e outras condições de saúde. É frequentemente avaliado em estudos científicos e ensaios clínicos para avaliar a função gustativa e detectar possíveis distúrbios do sabor.
Salamandridae é uma família de anfíbios urodelos (caudados), popularmente conhecidos como tritões e salamandras verdadeiras. Esses anfíbios são geralmente caracterizados por sua pele úmida, sem escamas, e a presença de membros bem desenvolvidos. Alguns grupos dentro dessa família apresentam uma fase terrestre e aquática em seu ciclo de vida, com indivíduos juvenis, conhecidos como girinos aquáticos, que se transformam em adultos terrestres.
A família Salamandridae inclui cerca de 150 espécies distribuídas por regiões temperadas e montanhosas da Eurásia e norte da África. Algumas espécies notáveis incluem a salamandra-comum (Salamandra salamandra), a salamandra-de-fogo (Salamandra salamandra), o tritão-alpino (Mesotriton alpestris) e o tritão-de-ventre-de-fogo (Notophthalmus viridescens).
As salamandras e tritões desse grupo exibem uma grande diversidade de adaptações e estratégias reprodutivas, incluindo oviparidade (postura de ovos), ovoviviparidade (desenvolvimento embrionário dentro dos óvulos na fêmea) e viviparidade (nascituros live-born). Alguns membros da família Salamandridae são conhecidos por sua toxicidade, como a salamandra-de-fogo, que possui glândulas de veneno nas suas peles.
Em termos médicos, "olores" se referem à percepção dos humanos e outros animais de substâncias químicas voláteis presentes no ar ambiente. Essas moléculas odorantes são detectadas pelo sistema olfativo, que inclui as células receptoras olfativas localizadas na mucosa do nariz.
Os odores podem ser descritos de diferentes maneiras, dependendo das suas características e fontes. Podem ser agradáveis ou desagradáveis, naturais ou sintéticos, fortes ou fracos. Alguns exemplos comuns de odores incluem o aroma de flores, o cheiro de alimentos cozinhando, o odor de gás ou fumaça, e o cheiro característico de substâncias químicas específicas, como a gasolina ou o cloro.
Em alguns casos, odes podem ser sinais de doenças ou condições médicas subjacentes. Por exemplo, um odor corporal incomum pode indicar uma infecção, problemas hepáticos ou renais, diabetes descontrolada ou outras condições de saúde. Assim, a avaliação cuidadosa dos odores pode ajudar no diagnóstico e tratamento de doenças.
O nervo glossofaríngeo é um nervo craniano par (IX) que desempenha funções tanto sensoriais como motoras. Sua origem está no bulbo raquidiano e ele se estende até a língua e a faringe.
As suas principais funções incluem:
1. Inervação parasimpática da glândula parótida, responsável pela produção de saliva;
2. Inervação sensorial da parte posterior da língua, palato mole, e a faringe, sendo responsável pela percepção do gosto amargo e das sensações gerais dessas regiões;
3. Inervação motoria dos músculos da faringe (estilofaríngeo, salpingofaríngeo e palatofaríngeo), que desempenham um papel importante na deglutição e fala.
Além disso, o nervo glossofaríngeo também contribui para a inervação simpática da cabeça e pescoço por meio do gânglio cervical superior. Lesões no nervo glossofaríngeo podem causar sintomas como perda de sensibilidade na parte posterior da língua, dificuldade em engolir e falar, e alterações no gosto.
Quinina é um alcaloide natural encontrado principalmente na casca da árvore cinchona. Foi historicamente importante no tratamento da malária, uma doença causada pelo parasita Plasmodium, que é transmitido ao ser humano pela picada de mosquitos infectados. A quinina interfere na fase sanguínea da malária, matando o parasita presente nos glóbulos vermelhos.
Atualmente, a forma sintética da quinina, a hidroxicloroquina, é mais comumente usada no tratamento da malária, pois tem menos efeitos colaterais do que a quinina natural. A quinina também foi usada no passado para tratar outras condições, como artrite reumatoide e febre reumática, mas atualmente seu uso é limitado devido aos seus efeitos adversos potencialmente graves, incluindo problemas cardiovasculares, audição e visuais, entre outros.
Em suma, a quinina é um alcaloide natural usado historicamente no tratamento da malária, mas seu uso atual é limitado devido aos seus efeitos colaterais potencialmente graves.
Biological models, em um contexto médico ou científico, referem-se a sistemas ou organismos vivos utilizados para entender, demonstrar ou predizer respostas biológicas ou fenômenos. Eles podem ser usados para estudar doenças, testar novos tratamentos ou investigar processos fisiológicos. Existem diferentes tipos de modelos biológicos, incluindo:
1. Modelos in vitro: experimentos realizados em ambientes controlados fora de um organismo vivo, geralmente em células cultivadas em placa ou tubo de petri.
2. Modelos animais: utilizam animais como ratos, camundongos, coelhos, porcos e primatas para estudar doenças e respostas a tratamentos. Esses modelos permitem o estudo de processos fisiológicos complexos em um organismo inteiro.
3. Modelos celulares: utilizam células humanas ou animais cultivadas para investigar processos biológicos, como proliferação celular, morte celular programada (apoptose) e sinalização celular.
4. Modelos computacionais/matemáticos: simulam sistemas biológicos ou processos usando algoritmos e equações matemáticas para predizer resultados e comportamentos. Eles podem ser baseados em dados experimentais ou teóricos.
5. Modelos humanos: incluem estudos clínicos em pacientes humanos, bancos de dados médicos e técnicas de imagem como ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC).
Modelos biológicos ajudam os cientistas a testar hipóteses, desenvolver novas terapias e entender melhor os processos biológicos que ocorrem em nossos corpos. No entanto, é importante lembrar que nem todos os resultados obtidos em modelos animais ou in vitro podem ser diretamente aplicáveis ao ser humano devido às diferenças entre espécies e contextos fisiológicos.
A imunohistoquímica (IHC) é uma técnica de laboratório usada em patologia para detectar e localizar proteínas específicas em tecidos corporais. Ela combina a imunologia, que estuda o sistema imune, com a histoquímica, que estuda as reações químicas dos tecidos.
Nesta técnica, um anticorpo marcado é usado para se ligar a uma proteína-alvo específica no tecido. O anticorpo pode ser marcado com um rastreador, como um fluoróforo ou um metal pesado, que permite sua detecção. Quando o anticorpo se liga à proteína-alvo, a localização da proteína pode ser visualizada usando um microscópio especializado.
A imunohistoquímica é amplamente utilizada em pesquisas biomédicas e em diagnósticos clínicos para identificar diferentes tipos de células, detectar marcadores tumorais e investigar a expressão gênica em tecidos. Ela pode fornecer informações importantes sobre a estrutura e função dos tecidos, bem como ajudar a diagnosticar doenças, incluindo diferentes tipos de câncer e outras condições patológicas.
Olfato é o sentido que permite a percepção e discriminação de odores, processado pelo sistema nervoso central. Ele é mediado por receptores olfatórios localizados na mucosa da cavidade nasal, que detectam e respondem a diferentes moléculas orgânicas presentes no ar inspirado. A informação sensorial é então transmitida ao cérebro, onde é processada e interpretada como diferentes cheiros ou aromas. A perda do olfato pode ser um sintoma de várias condições médicas, incluindo resfriados, alergias, sinusites, lesões nasais ou neurológicas, e doenças neurodegenerativas como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer.
Os conductos olfatórios referem-se a um par de finas passagens nasais que se estendem desde a superfície superior da mucosa nasal até a cavidade craniana. Eles desempenham um papel crucial no sentido do cheiro, permitindo que as moléculas odorantes viajem do nariz até o bulbo olfatório no cérebro, onde são processadas e identificadas como diferentes cheiros.
A mucosa nasal contém receptores olfativos especializados que detectam diferentes moléculas odorantes presentes no ar inalado. Quando uma pessoa respira profundamente ou inspira fortemente, como ao cheirar algo, as moléculas odorantes são transportadas através dos conductos olfatórios até o bulbo olfativo.
Os conductos olfatórios estão localizados na parte superior da cavidade nasal e são revestidos por uma fina camada de tecido epitelial contendo receptores olfativos. Cada conduíto é composto por cerca de 5 a 20 mil fibras nervosas que se projetam do bulbo olfatório até o cérebro, formando um feixe chamado trato olfativo.
É importante notar que os conductos olfatórios também podem servir como uma via de entrada para patógenos, como bactérias e vírus, diretamente ao sistema nervoso central. Isso pode resultar em infecções graves, como a meningite bacteriana ou a doença de Creutzfeldt-Jakob, uma forma rara e fatal de demência associada à exposição a príons anormais.
Em termos médicos, estimulação química refere-se ao processo de utilizar substâncias químicas ou medicamentos específicos para influenciar ou alterar a atividade elétrica e a função dos tecidos nervosos, especialmente no cérebro. Isto é frequentemente alcançado através da administração de fármacos que afetam os neurotransmissores, as moléculas que transmitem sinais químicos entre as células nervosas.
A estimulação química pode ser usada terapeuticamente no tratamento de várias condições médicas e psiquiátricas, como a doença de Parkinson, a dor crónica, a depressão resistente ao tratamento e outras perturbações de humor. Nesses casos, os medicamentos são administrados com o objetivo de modular ou corrigir as anormalidades químicas no cérebro que contribuem para essas condições.
No entanto, é importante notar que a estimulação química também pode ter efeitos adversos e indesejáveis, especialmente quando os medicamentos são administrados em doses inadequadas ou para períodos de tempo prolongados. Por isso, o seu uso deve ser cuidadosamente monitorizado e ajustado por profissionais de saúde treinados, levando em consideração os benefícios terapêuticos potenciais e os riscos associados.
Transducina é um tipo de proteína G heterotrimérica (composta por subunidades alfa, beta e gama) que desempenha um papel fundamental na transdução de sinal no sistema visual. Ela está envolvida no processo de amplificação e conversão da resposta fotorreceptora à luz em sinais elétricos que podem ser processados pelo cérebro.
Na retina, a transducina se associa à rodopsina, uma proteína presente nos bastonetes (um tipo de célula fotorreceptora), e quando ativada por luz, desencadeia uma cascata de reações que levam à diminuição da concentração de cGMP (guanosina monofosfato cíclico) intracelular. Isso resulta em fechamento dos canais iônicos dependentes de cGMP e hiperpolarização da membrana do bastonete, gerando assim o sinal elétrico que será transmitido ao cérebro.
Em resumo, a transducina é uma proteína-chave no processo de visão, responsável por converter a energia luminosa em sinais elétricos, permitindo assim que percebamos imagens e realizar tarefas visuais.
Em química orgânica, pentanóis referem-se a um grupo de compostos que contêm um grupo funcional cetona e cinco átomos de carbono. A fórmula geral para pentanóis é C5H10O. Existem vários isômeros de pentanóis, dependendo da posição do grupo carbonila (-C=O) no esqueleto de carbono. Eles são derivados do pentano, adicionando um grupo funcional cetona. Pentanóis podem ser encontrados em algumas fontes naturais, como óleos essenciais e fermentações, mas eles também podem ser sintetizados em laboratórios ou indústrias.
Cílios, também conhecidos como "pestanas do olho," referem-se aos pelos finos e grossuleiros que crescem ao longo da margem do pálpebra. Eles desempenham um papel importante na proteção dos olhos contra poeira, sujeira e outros irritantes externos. Cada cílio é produzido por uma estrutura chamada folículo ciliar, que contém células especializadas que produzem o cabelo do cílio.
Além de sua função protetora, os cílios também desempenham um papel na comunicação não verbal e em atuar como uma barreira contra a humidade excessiva nos olhos. Eles podem ser naturalmente longos e densos ou curtos e escassos, dependendo da genética individual.
É importante manter os cílios limpos e saudáveis para evitar infecções oculares e outros problemas relacionados à saúde dos olhos. Isso pode ser feito através da limpeza regular com água morna e um pano suave, bem como pela remoção cuidadosa de maquiagem e cosméticos do olho. Em casos raros, algumas pessoas podem experimentar condições anormais dos cílios, como tricotilomania (arrancar os próprios cílios) ou distiquia (crescimento anormal de cílios).
O órgão vomeronasal, também conhecido como órgão de Jacobson, é um órgão sensorial especializado encontrado em alguns animais e em humanos, embora sua função exata na espécie humana ainda seja objeto de debate. Em animais, este órgão desempenha um papel importante na percepção de feromônios, moléculas químicas que transmitem informações sobre outros indivíduos da mesma espécie, auxiliando no comportamento reprodutivo, hierárquico e de alerta.
A estrutura do órgão vomeronasal é composta por duas cavidades alongadas, as fossas vomeronasais, localizadas na parte inferior da parede nasal e conectadas ao interior da boca através do ducto nasopalatino. Nos animais que possuem este órgão funcional, os feromônios são capturados por meio de secreções nasais ou salivares e dirigidos até as fossas vomeronasais, onde interagem com receptores específicos, enviando sinais elétricos ao cérebro que processa e interpreta essas informações.
Em humanos, o órgão vomeronasal é presente durante o desenvolvimento fetal, mas sua função é menos clara e geralmente considerada vestigial. Alguns estudos sugerem que ele pode desempenhar um papel na detecção de substâncias químicas, como feromônios, mas essa afirmação ainda é objeto de debate e pesquisa adicional é necessária para confirmar e entender plenamente sua função em nossa espécie.
Fosfolipase C beta (PLCβ) é um tipo específico de enzima pertencente à classe das fosfolipases C, que desempenham um papel crucial no processo de sinalização celular. A PLCβ está diretamente envolvida na transdução de sinais mediada por proteínas G, mais especificamente aqueles ativados por receptores acoplados à proteína G (RAPGs).
A função principal da fosfolipase C beta consiste em hidrolisar um segundo mensageiro intracelular chamado fosfatidilinositol 4,5-bisfosfato (PIP2) em dois novos segundos mensageiros: diacilglicerol (DAG) e inositol trifosfato (IP3). Esses dois produtos desencadeiam uma série de eventos que levam à ativação de diversas vias de sinalização celular, incluindo a ativação de proteínas kinase C (PKC) e o aumento dos níveis de cálcio intracelular.
A ativação da PLCβ é regulada por vários fatores, como a ligação de ligantes aos RAPGs, a interação com outras proteínas adaptadoras e a fosforilação por diversas cinases. Dessa forma, a fosfolipase C beta desempenha um papel fundamental na regulação de diversos processos celulares, como a proliferação, diferenciação, sobrevivência e morte celular, além da motilidade e das respostas imunes.
Em resumo, a fosfolipase C beta é uma enzima importante na sinalização celular que atua hidrolisando o PIP2 em DAG e IP3, desencadeando assim diversas vias de sinalização intracelulares e regulando vários processos fisiológicos.
A percepção gustativa, também conhecida como paladar, refere-se à capacidade do sistema nervoso de detectar, identificar e avaliar os sabores dos alimentos e bebidas. Isso é mediado por receptores específicos chamados células gustativas, que estão localizadas na superfície da língua e também em outras áreas do sistema digestivo, como a região posterior do paladar (palato mole) e faringe. Existem cinco sabores básicos que podem ser detectados pelos receptores gustativos: doce, salgado, azedo, amargo e umamu (um sabor adicional identificado principalmente em alimentos ricos em glutamato monossódico, como carne e queijos). A percepção gustativa é um processo complexo envolvendo a interação entre os receptores gustativos, o sistema nervoso periférico e o cérebro central.
"Rana ridibunda" é o nome científico da rã-europeia-comum, também conhecida como rã-louca ou rã-risoadora. Ela pertence à família Ranidae e é nativa de partes da Europa e Ásia. A rã-europeia-comum é conhecida por sua aparência distinta, com uma pele verde-oliva ou marrom e manchas escuras irregulares. Ela também é notável por seu comportamento de "riso", que é um som que ela faz quando está ameaçada ou excitada. Embora seja frequentemente encontrada em água doce, a rã-europeia-comum pode sobreviver em uma variedade de habitats úmidos e húmidos.
Os dípteros são um grupo de insetos que pertencem à ordem Diptera. Eles são chamados de insetos de dois asas porque apenas possuem dois pares de asas funcionais, com o segundo par modificado em halteres usados para equilíbrio durante o voo.
Existem cerca de 120 mil espécies conhecidas de dípteros, incluindo moscas, mosquitos, tábanos e midge flies. Alguns dípteros são conhecidos por serem vectores de doenças importantes para os humanos e outros animais, como a malária, febre amarela, dengue e encefalite equina.
No entanto, muitos dípteros também são benéficos, como as moscas da fruta que ajudam na polinização de plantas e os dípteros predadores que se alimentam de outros insetos nocivos.
Glutamato de sódio, também conhecido como monossodium glutamate (MSG) em inglês, é um tipo de aminoácido que é usado como um saborizante e agente aromatizante em alimentos. É a forma salina do ácido glutâmico, um aminoácido que ocorre naturalmente no corpo humano e em muitos alimentos, como carne, frutas, vegetais e produtos lácteos.
O glutamato de sódio é largamente utilizado na indústria alimentícia como um potenciador de sabor, pois pode dar um sabor saboroso e umchentoso aos alimentos, especialmente em sopas, molhos, temperos e alimentos processados. Embora o glutamato de sódio seja considerado geralmente seguro pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e outras organizações reguladoras de saúde, algumas pessoas podem experimentar reações adversas após consumi-lo, conhecidas como "síndrome do restaurante chinês". No entanto, é importante notar que a maioria das pesquisas científicas não encontrou evidências conclusivas de que o glutamato de sódio cause esses efeitos adversos em pessoas saudáveis.
Eletrofisiologia é uma subspecialidade da cardiologia que se concentra no estudo das propriedades elétricas do coração e do sistema de condução cardíaca. Ele envolve o registro, análise e interpretação dos sinais elétricos do coração usando técnicas invasivas e não invasivas. A eletrofisiologia clínica geralmente se concentra no diagnóstico e tratamento de arritmias cardíacas, que são perturbações do ritmo cardíaco. Isso pode incluir a ablação por cateter, um procedimento em que se usa calor ou frio para destruir tecido cardíaco anormal que está causando uma arritmia, e o implante de dispositivos como marcapassos e desfibriladores cardioversores implantáveis. A eletrofisiologia também pode envolver pesquisa básica em fisiologia elétrica cardíaca e desenvolvimento de novas terapias para doenças cardiovasculares.
A "Rana catesbeiana" é o nome científico da rã-touro-americana, um anfíbio da família Ranidae nativo da América do Norte. Essa espécie de rã é conhecida por sua tamanho grande, com adultos geralmente medindo entre 10 a 15 centímetros de comprimento e podendo pesar até 1 quilogramas. A rã-touro-americana tem uma coloração variada, mas normalmente é verde oliva ou marrom com manchas escuras.
Essa espécie é encontrada em uma variedade de habitats aquáticos e semi-aquáticos, incluindo pântanos, lagos, riachos e rios. Elas são predadoras e se alimentam de uma grande variedade de presas, como insetos, pequenos peixes, anfíbios e répteis.
A rã-touro-americana é conhecida por seu bramido característico, que pode ser ouvido a grandes distâncias e é usado para atrair parceiros durante a época de reprodução. As fêmeas depositam milhares de ovos em ninhos flutuantes, e as larvas se desenvolvem em água antes de se transformarem em rãs adultas.
Embora a rã-touro-americana seja nativa da América do Norte, ela tem sido introduzida acidentalmente ou intencionalmente em outras partes do mundo, onde pode causar impactos negativos no ecossistema local. Por exemplo, elas podem competir com espécies locais de anfíbios por recursos e habitat, e também podem transmitir doenças a outras espécies.
Desculpe por qualquer confusão, mas "Nephropidae" não é uma definição médica ou um termo médico. É, na verdade, uma família taxonômica que inclui crustáceos decápodes marinhos, como lagostas e lagostins verdadeiros. Esses organismos pertencem ao reino Animalia, filo Arthropoda, classe Malacostraca, ordem Decapoda e família Nephropidae.
O ácido clorídrico é uma solução aquosa de gás cloridreto (HCl) com uma forte acidez. É um líquido transparente, incolor e corrosivo com um cheiro pungente e irritante. Ele é altamente solúvel em água e sua solubilidade aumenta com a temperatura. O ácido clorídrico concentrado tem uma força ionizante quase completa e sua principal composição iônica é de ions hidrogênio (H+) e cloreto (Cl-).
Ele é amplamente utilizado na indústria, incluindo a produção de produtos químicos, tratamento de águas residuais, extração de minérios metálicos, fabricação de papel e têxteis, entre outros. No entanto, é também uma substância perigosa que pode causar graves queimaduras e danos aos tecidos em contato com a pele ou os olhos, e inalação prolongada pode levar à irritação das vias respiratórias e danos ao sistema respiratório.
Em medicina, o ácido clorídrico é usado como um agente antiespumante em alguns tipos de equipamentos médicos, como ventiladores mecânicos, e também pode ser usado em pequenas quantidades como um reagente em análises químicas. No entanto, seu uso clínico é limitado devido a seus efeitos corrosivos e irritantes.
Menthol é um composto orgânico natural que é encontrado em óleos essenciais extraídos da menta (Mentha piperita) e outras espécies do gênero Mentha. Ele tem uma forte fragrância e sabor refrescante e frio, devido à sua capacidade de ativar receptores sensoriais específicos (conhecidos como receptores TRPM8) no sistema nervoso periférico, causando uma sensação de resfriamento na pele e mucosas.
Em termos médicos, menthol é frequentemente usado em produtos farmacêuticos e de cuidados pessoais como analgésico tópico para aliviar dor e prurido, descongestionante nasal, e como um agente aromatizante e paliativo em medicamentos e dispositivos inalatórios. Também é usado em cremes solares e protetores labiais devido à sua capacidade de fornecer alívio sintomático para queimaduras leves do sol e pele seca.
Embora geralmente considerado seguro quando usado em concentrações adequadas, menthol pode causar irritação e reações adversas na pele e mucosas sensíveis, especialmente em crianças e pessoas com doenças respiratórias pré-existentes. Portanto, é importante seguir as instruções de dosagem e uso recomendadas para qualquer produto que contenha menthol.
Sacarose, também conhecida como açúcar de mesa ou açúcar de cana-de-açúcar, é um disacárido formado por monossacáros glucose e fructose. É amplamente encontrada na natureza em plantas, especialmente em cana-de-açúcar e beterraba açucareira. A estrutura química da sacarose é C12H22O11.
Após a ingestão, a enzima sucrase, produzida pelo pâncreas e encontrada na membrana das células do intestino delgado, quebra a sacarose em glucose e fructose, os quais são então absorvidos no sangue e utilizados como fontes de energia.
A sacarose é frequentemente usada como um edulcorante natural em alimentos e bebidas devido ao seu sabor adocicado. No entanto, um consumo excessivo pode contribuir para problemas de saúde, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.
De acordo com a medicina, o termo "Salamandra" geralmente não é usado para descrever quaisquer condições médicas ou patologias específicas. No entanto, historicamente, o termo foi às vezes associado a um suposto e incomum fenômeno fisiológico conhecido como "pirognomonismo" ou "autômia vital", que se acreditava ser a capacidade de algumas espécies de salamandras sobreviverem ao fogo e até mesmo se alimentarem de suas chamas.
No entanto, essa crença é um mito popular desacreditado. A confusão pode ter surgido porque algumas espécies de salamandras são capazes de secretar substâncias irritantes e até tóxicas da pele quando ameaçadas, o que poderia potencialmente oferecer alguma proteção contra predadores. Além disso, alguns indivíduos podem sobreviver a curtos períodos de exposição ao fogo, mas isso é devido à sua pele úmida e resistente ao calor, não à capacidade de "resistir" ou "se alimentar" ativamente do fogo.
Em resumo, o termo "Salamandra" não tem uma definição médica específica e qualquer referência a ele em um contexto médico provavelmente se refere a esses mitos populares sobreviventes ou à própria vida animal.
Feniltioureia é um composto químico com a fórmula C6H5NCS. É um sólido incolor que é levemente solúvel em água e muito solúvel em etanol. Feniltioureia é às vezes usada como um agente de fluoração em síntese orgânica.
No contexto médico, feniltioureia é mais conhecida por sua relação com a fenilcetonúria (PKU), uma doença genética rara que afeta o metabolismo dos aminoácidos. Em indivíduos sadios, a enzima fenilalanina hidroxilase converte o aminoácido fenilalanina em tirosina. No entanto, em pessoas com PKU, essa enzima está ausente ou não funcional, resultando em níveis elevados de fenilalanina no sangue.
Quando as pessoas com PKU consomem proteínas contendo fenilalanina, o excesso de aminoácido é convertido em feniltioureia, um composto que pode ser prejudicial ao cérebro e causar danos mentais irreversíveis se não for tratado. Por esta razão, as pessoas com PKU precisam seguir uma dieta restrita em fenilalanina para controlar os níveis desse aminoácido no sangue e prevenir complicações de saúde.
O gânglio geniculado é uma estrutura no sistema nervoso central que atua como uma importante estação relé na via auditiva. Ele está localizado no tectum mesencefálico, mais especificamente no colículo inferior, e recebe informações do ouvido interno via nervo auditivo (ou nervo vestibulocochleár).
Existem duas divisões principais no gânglio geniculado: a divisão medial, que processa informações relacionadas à localização e intensidade do som, e a divisão lateral, que processa informações relacionadas à frequência e complexidade do som. Após o processamento no gânglio geniculado, as informações são encaminhadas ao córtex auditivo primário no lobo temporal do cérebro para a percepção consciente do som.
Em resumo, o gânglio geniculado é uma estrutura crucial no processamento da informação auditiva no cérebro, responsável por receber, processar e encaminhar as informações dos sons para a análise superior no córtex cerebral.
Os órgãos dos sentidos são estruturas especiaizadas em nosso corpo que recebem diferentes tipos de estimulações do ambiente externo e as convertem em sinais eletricos, que são então processados pelo sistema nervoso central para gerar percepções conscientes. Existem cinco órgãos dos sentidos principais em humanos:
1. Olho (visão): É responsável por detectar a luz e converter em sinais elétricos que são enviados ao cérebro, onde são interpretados como imagens visuais. O olho é composto por diferentes partes, incluindo a córnea, iris, cristalino e retina.
2. Ouvido (audição): É responsável por detectar as ondas sonoras e converter em sinais elétricos que são enviados ao cérebro, onde são interpretados como som. O ouvido é composto por três partes: o ouvido externo, médio e interno.
3. Nariz (olfato): É responsável por detectar diferentes cheiros no ar e convertê-los em sinais elétricos que são enviados ao cérebro, onde são interpretados como perfumes ou odores desagradáveis. O olfato é realizado pela mucosa olfatória localizada na cavidade nasal.
4. Língua (gosto): É responsável por detectar diferentes sabores dos alimentos e bebidas e convertê-los em sinais elétricos que são enviados ao cérebro, onde são interpretados como gostos agradáveis ou desagradáveis. A língua é coberta por papilas gustativas que contêm receptores de sabor.
5. Pele (tato): É responsável por detectar diferentes tipos de toque, pressão, temperatura e dor na pele e convertê-los em sinais elétricos que são enviados ao cérebro, onde são interpretados como sensações agradáveis ou desagradáveis. A pele é coberta por receptores sensoriais especializados.
Ácido Cítrico é uma substância química naturalmente presente em vários frutos cítricos, como limões e laranjas. É um ácido orgânico tricarboxílico que desempenha um papel importante em diversos processos metabólicos no corpo humano.
Na medicina, o ácido cítrico é por vezes usado como um agente tampão ou neutralizador de pH, particularmente para tratar a intoxicação por metais pesados, como o chumbo e o mercúrio. Também pode ser usado em soluções para irrigação urinária no tratamento de doenças renais.
Além disso, o ácido cítrico é um componente importante da vitamina C (ácido ascórbico) e desempenha um papel na produção de colágeno e outras proteínas importantes no corpo humano. No entanto, é raro que o ácido cítrico seja usado como suplemento ou medicamento por si só, uma vez que a maioria das pessoas obtém quantidades adequadas através de sua dieta.
Monoterpenos são compostos orgânicos naturalmente encontrados em óleos essenciais e resinas de plantas. Eles constituem a classe majoritária de terpenos e estão presentes em grande variedade de vegetais, como cítricos, menta, eucalipto e pinheiros.
Monoterpenos são hidrocarbonetos formados por duas unidades de isopreno (C5H8) e possuem a fórmula molecular geral C10H16. Eles podem ser classificados em monocíclicos, bicíclicos e tricíclicos, dependendo da estrutura do carbono.
Em termos médicos, monoterpenos têm importância como componentes de aromaterapia, sendo usados para promover a relaxação, aliviar o estresse e tratar diversas condições de saúde, como infecções respiratórias, dor muscular e problemas digestivos. Além disso, alguns monoterpenos têm propriedades anti-inflamatória, antioxidante, antibacteriana e antifúngica, o que os torna interessantes para pesquisas farmacológicas e cosméticas.
No entanto, é importante ressaltar que monoterpenos podem ser tóxicos em altas concentrações ou com exposição prolongada, especialmente por inalação. Portanto, seu uso deve ser feito com cautela e sob orientação médica ou profissional qualificada.
Desculpe, há algum mal-entendido. "Rana esculenta" não é um termo médico. É o nome científico de uma espécie de rã que era anteriormente encontrada na Europa. Essa espécie era conhecida por sua capacidade de se reproduzir tanto assexuadamente quanto sexualmente, e era objeto de estudos em genética e biologia evolutiva. No entanto, devido a mudanças ambientais e outros fatores, essa espécie está agora extinta na natureza e é mantida apenas em cativeiro. Portanto, não há uma definição médica relevante para esse termo.
Os canais de cátions TRPM (Transient Receptor Potential Melastatin) são uma subfamília de canais iônicos dependentes de calcio que desempenham um papel importante na regulação da excitabilidade celular e homeostase dos íons. Eles são permeáveis a vários cátions, incluindo o cálcio, magnésio, sódio e potássio.
Existem vários tipos de canais TRPM, cada um com diferentes propriedades funcionais e expressão tecidual específica. Alguns dos mais bem estudados são:
* TRPM1: Desempenha um papel na regulação da pressão intraocular e no desenvolvimento da retina.
* TRPM2: Ativado por altos níveis de cálcio intracelular, oxidantes e ácido lipídico, desempenha um papel em processos inflamatórios e imunes.
* TRPM3: Desempenha um papel na termossensação e no controle da libertação de insulina.
* TRPM4/5: São canais não-seletivos para cátions, ativados por altos níveis de cálcio intracelular, desempenham um papel na regulação do volume celular e pressão arterial.
As mutações em genes TRPM podem estar associadas a várias condições clínicas, como neuropatia óptica hereditária de Leber, canalopatias e doenças cardiovasculares.
Os Processos Fisiológicos do Sistema Nervoso referem-se às funções e atividades normais e regulares desempenhadas pelos diferentes componentes e órgãos do sistema nervoso. O sistema nervoso é responsável por controlar e coordenar as diversas funções do corpo, tais como a recepção e processamento de estímulos, o controle da atividade muscular e dos órgãos internos, a manutenção da homeostase, o processamento de informações e a regulação das respostas emocionais e comportamentais.
Os processos fisiológicos do sistema nervoso podem ser divididos em duas categorias principais: os processos sensoriais e os processos motores. Os processos sensoriais referem-se à capacidade do sistema nervoso de receber, transmitir e processar informações dos órgãos sensoriais, como a visão, o ouvido, o tacto, o gosto e o olfato. Isto é alcançado através da comunicação entre as células nervosas, ou neurónios, que transmitem sinais eléctricos e químicos entre si.
Os processos motores referem-se à capacidade do sistema nervoso de controlar a atividade muscular e dos órgãos internos. Isto é alcançado através da comunicação entre os neurónios e as células musculares e das glândulas, que são estimuladas para contrair-se ou secretar substâncias em resposta a sinais eléctricos e químicos.
Além disso, o sistema nervoso também desempenha um papel fundamental na regulação da atividade dos sistemas endócrino e imunitário, através de mecanismos complexos que envolvem a comunicação entre os neurónios e as células destes sistemas.
Em resumo, os processos fisiológicos do sistema nervoso incluem a transmissão de sinais eléctricos e químicos entre as células nervosas, o controle da atividade muscular e dos órgãos internos, e a regulação da atividade dos sistemas endócrino e imunitário. Estes processos são essenciais para a manutenção da homeostase do organismo e para a sua interação com o ambiente externo.
Amiloride é um diurético sulfonado, um tipo de medicação usada no tratamento da hipertensão arterial e edema, incluindo o edema causado por insuficiência cardíaca congestiva ou doença renal. Ele funciona aumentando a excreção de sódio e água na urina, reduzindo assim a volume de fluidos corporais e diminuindo a pressão arterial.
A amilorida também pode ser usada no tratamento da acidoses tubulares renais distais, uma condição em que os rins não conseguem regular adequadamente o equilíbrio ácido-base do corpo. Ela age bloqueando a reabsorção de sódio e potássio no túbulo contornado distal do néfron, aumentando assim a excreção de sódio na urina e reduzindo a perda de potássio.
Como qualquer medicação, a amiloride pode causar efeitos colaterais, como boca seca, cansaço, dores musculares, dor de cabeça, náuseas e aumento da frequência urinária. Em casos mais graves, ela pode causar alterações no equilíbrio eletrólito, especialmente no potássio, o que pode levar a arritmias cardíacas e outros problemas graves de saúde. Portanto, é importante que a amiloride seja usada sob a supervisão de um médico e que os níveis de eletrólitos sejam monitorados regularmente durante o tratamento.
Receptores acoplados à proteína G (RAPG ou GPCRs, do inglês G protein-coupled receptors) são um tipo muito grande e diversificado de receptores transmembranares encontrados em células eucarióticas. Eles desempenham funções importantes na comunicação celular e transmissão de sinais, sendo responsáveis por detectar uma variedade de estímulos externos, como neurotransmissores, hormônios, luz, odorantes e gustos.
Os RAPG são constituídos por sete domínios transmembranares helicoidais, formando um corpo proteico em forma de bastão que atravessa a membrana celular. A extremidade N-terminal do receptor fica voltada para o exterior da célula e é frequentemente responsável pela ligação do ligante (o estímulo que ativa o receptor). A extremidade C-terminal está localizada no citoplasma e interage com as proteínas G, das quais recebem seu nome.
Quando um ligante se liga a um RAPG, isto promove uma mudança conformacional no receptor que permite a dissociação da subunidade alfa da proteína G (Gα) em duas partes: o fragmento GTP-ativo e o fragmento GDP-inativo. O fragmento GTP-ativo se associa então a uma variedade de enzimas, como a adenilato ciclase ou a fosfolipase C, desencadeando uma cascata de reações que resultam em sinalizações intracelulares e respostas celulares específicas.
Os RAPG são alvos terapêuticos importantes para muitos fármacos, pois sua ativação ou inibição pode modular a atividade de diversos processos biológicos, como a resposta inflamatória, o sistema nervoso central e a regulação do metabolismo.
Receptores odorantes referem-se a um tipo específico de proteínas receptoras encontradas na membrana das células sensoriais olfativas localizadas nas fossas nasais humanas. Esses receptores desempenham um papel crucial no processo do sentido do olfato, onde moleculas odorantes (como as que se encontram em perfumes, comida ou outras fontes) são convertidas em sinais elétricos que podem ser interpretados pelo cérebro.
Existem centenas de tipos diferentes de receptores odorantes no nariz humano, cada um dos quais é capaz de se ligar a um determinado tipo ou gama de moléculas odorantes. Quando uma molécula odorante entra em contato com um receptor odorante adequado, isto desencadeia uma cascata de eventos que levam à ativação da célula sensorial olfativa e, finalmente, ao sinal elétrico enviado para o cérebro.
A pesquisa sobre receptores odorantes tem sido fundamental para a nossa compreensão do sentido do olfato e continua a ser um campo ativo de estudo na neurobiologia e na química dos odores.
Receptores de superfície celular são proteínas integrales transmembranares que se encontram na membrana plasmática das células e são capazes de detectar moléculas especificas no ambiente exterior da célula. Eles desempenham um papel fundamental na comunicação celular e no processo de sinalização celular, permitindo que as células respondam a estímulos químicos, mecânicos ou fotoquímicos do seu microambiente.
Os receptores de superfície celular podem ser classificados em diferentes tipos, dependendo da natureza do ligante (a molécula que se liga ao receptor) e do mecanismo de sinalização intracelular desencadeado. Alguns dos principais tipos de receptores de superfície celular incluem:
1. Receptores acoplados a proteínas G (GPCRs): Estes receptores possuem um domínio extracelular que se liga a uma variedade de ligantes, como neurotransmissores, hormonas, e odorantes. A ligação do ligante desencadeia uma cascata de sinalização intracelular envolvendo proteínas G e enzimas secundárias, levando a alterações na atividade celular.
2. Receptores tirosina quinases (RTKs): Estes receptores possuem um domínio extracelular que se liga a ligantes como fatores de crescimento e citocinas, e um domínio intracelular com atividade tirosina quinase. A ligação do ligante induz a dimerização dos receptores e a autofosforilação das tirosinas, o que permite a recrutamento e ativação de outras proteínas intracelulares e a desencadeio de respostas celulares, como proliferação e diferenciação celular.
3. Receptores semelhantes à tirosina quinase (RSTKs): Estes receptores não possuem atividade intrínseca de tirosina quinase, mas recrutam e ativam quinasas associadas à membrana quando ligados aos seus ligantes. Eles desempenham um papel importante na regulação da atividade celular, especialmente no sistema imunológico.
4. Receptores de citocinas e fatores de crescimento: Estes receptores se ligam a uma variedade de citocinas e fatores de crescimento e desencadeiam respostas intracelulares através de diferentes mecanismos, como a ativação de quinasas associadas à membrana ou a recrutamento de adaptadores de sinalização.
5. Receptores nucleares: Estes receptores são transcrições fatores que se ligam a DNA e regulam a expressão gênica em resposta a ligantes como hormonas esteroides e vitaminas. Eles desempenham um papel importante na regulação do desenvolvimento, da diferenciação celular e da homeostase.
Em geral, os receptores são proteínas integradas nas membranas celulares ou localizadas no citoplasma que se ligam a moléculas específicas (ligantes) e desencadeiam respostas intracelulares que alteram a atividade da célula. Essas respostas podem incluir a ativação de cascatas de sinalização, a modulação da expressão gênica ou a indução de processos celulares como a proliferação, diferenciação ou apoptose.
Os Distúrbios do Paladar, também conhecidos como Disgeusia ou Parageusia, se referem a condições em que uma pessoa experimenta alterações no sentido do gosto. Essas alterações podem manifestar-se de diferentes maneiras, incluindo:
1. Perda total ou parcial do paladar: A pessoa pode ter dificuldade em distinguir os sabores dos alimentos, como doce, salgado, amargo e azedo, ou perder completamente a capacidade de senti-los.
2. Alterações no gosto: Os alimentos podem saber diferente do normal, com sabores alterados ou desagradáveis. Por exemplo, os alimentos doces podem saber amargos ou metálicos.
3. Sensação de gosto persistente: Algumas pessoas podem experimentar um sabor desagradável constante na boca, independentemente da ingestão de alimentos.
Esses distúrbios do paladar podem ser causados por vários fatores, incluindo doenças, lesões, exposição a certos medicamentos ou produtos químicos, tabagismo e idade avançada. Além disso, algumas condições médicas subjacentes, como diabetes, doença de refluxo gastroesofágica (DRG) e problemas na glândula tireóide, podem também contribuir para esses distúrbios.
O tratamento dos Distúrbios do Paladar depende da causa subjacente. Em alguns casos, a interrupção do uso de determinados medicamentos ou a mudança para outros pode ajudar a resolver o problema. Além disso, tratar as condições médicas subjacentes também pode ajudar a melhorar o sentido do gosto. Em casos graves ou persistentes, consultar um especialista em saúde bucal ou um gustatólogo (um especialista no sistema de sabor) pode ser necessário para obter um diagnóstico e tratamento adequados.
O bulbo olfatório é uma estrutura anatômica do sistema nervoso periférico que desempenha um papel fundamental no sentido do olfato. Ele está localizado na parte superior e posterior da cavidade nasal e é responsável por receber os estímulos odorantes presentes no ar inspirado.
As células receptoras olfativas, que contêm cílios especializados em detectar moléculas odorantes, são localizadas na mucosa do bulbo olfatório. Quando essas moléculas se ligam aos receptores nas células olfativas, um sinal elétrico é gerado e transmitido ao sistema nervoso central através dos neurônios bipolares e das fibras do nervo olfatório.
Esses sinais são processados no cérebro, mais especificamente no lobo temporal medial, onde são interpretados como diferentes odores. Portanto, o bulbo olfatório é a primeira parada dos estímulos odorantes no nosso corpo antes de serem processados e reconhecidos como cheiros concretos.
"Ambystoma" é um gênero de anfíbios caudados da família Ambystomatidae, também conhecidos como salamandras-de-lama ou axolotes. Esses animais são nativos da América do Norte e Central e são caracterizados por sua pele úmida e lisa, corpo alongado e cauda alongada. Alguns membros desse gênero apresentam neotenia, o que significa que eles mantêm as características larvais, como brânquias externas, durante a fase adulta de suas vidas.
A espécie mais conhecida do gênero "Ambystoma" é provavelmente o axolote, um animal popular em pesquisas científicas devido à sua capacidade regenerativa excepcional. O axolote pode regenerar membros perdidos e outros tecidos danificados com relativa facilidade, tornando-o um organismo modelo importante para o estudo da biologia do desenvolvimento e da regeneração.
Outras espécies de "Ambystoma" também são objeto de estudos científicos, especialmente aquelas que apresentam neotenia, pois eles podem fornecer informações valiosas sobre a evolução e o desenvolvimento dos anfíbios. No geral, "Ambystoma" é um gênero importante e fascinante de anfíbios que merecem maior atenção e pesquisa contínua.
Cloreto de sódio, também conhecido como sal de cozinha comum ou sal de mesa, é um composto iônico formado por cátions sódio (Na+) e ânions cloreto (Cl-). Sua fórmula química é NaCl. O cloreto de sódio é essencial para a vida humana e desempenha um papel fundamental na manutenção do equilíbrio hídrico e eletrólito no corpo. É amplamente utilizado como condimento em alimentos devido ao seu sabor adocicado e também pode ser usado como preservante de alimentos.
Embora o cloreto de sódio seja essencial para a vida, um consumo excessivo pode levar a problemas de saúde, como hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Portanto, é recomendável limitar a ingestão diária de sal a não mais de 5 gramas (aproximadamente uma colher de chá) por dia, de acordo com as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O cálcio é um mineral essencial importante para a saúde humana. É o elemento mais abundante no corpo humano, com cerca de 99% do cálcio presente nas estruturas ósseas e dentárias, desempenhando um papel fundamental na manutenção da integridade estrutural dos ossos e dentes. O restante 1% do cálcio no corpo está presente em fluidos corporais, como sangue e líquido intersticial, desempenhando funções vitais em diversos processos fisiológicos, tais como:
1. Transmissão de impulsos nervosos: O cálcio é crucial para a liberação de neurotransmissores nos sinais elétricos entre as células nervosas.
2. Contração muscular: O cálcio desempenha um papel essencial na contração dos músculos esqueléticos, lissos e cardíacos, auxiliando no processo de ativação da troponina C, uma proteína envolvida na regulação da contração muscular.
3. Coagulação sanguínea: O cálcio age como um cofator na cascata de coagulação sanguínea, auxiliando no processo de formação do trombo e prevenindo hemorragias excessivas.
4. Secreção hormonal: O cálcio desempenha um papel importante na secreção de hormônios, como a paratormona (PTH) e o calcitriol (o forma ativa da vitamina D), que regulam os níveis de cálcio no sangue.
A manutenção dos níveis adequados de cálcio no sangue é crucial para a homeostase corporal, sendo regulada principalmente pela interação entre a PTH e o calcitriol. A deficiência de cálcio pode resultar em doenças ósseas, como osteoporose e raquitismo, enquanto excesso de cálcio pode levar a hipercalcemia, com sintomas que incluem náuseas, vômitos, constipação, confusão mental e, em casos graves, insuficiência renal.
Em biologia molecular e medicina, "sistemas do segundo mensageiro" se referem a um mecanismo complexo de comunicação celular envolvendo moléculas intracelulares que desencadeiam respostas fisiológicas em células vivas. Quando uma hormona ou neurotransmissor (conhecido como primeiro mensageiro) se liga a um receptor na membrana celular, isto inicia uma cascata de eventos que levam à ativação de enzimas específicas. Essas enzimas ativadas geram moléculas secundárias, os segundos mensageiros, que transmitem o sinal para dentro da célula e desencadeiam uma resposta adequada.
Existem vários tipos de sistemas do segundo mensageiro, incluindo:
1. Sistema de cAMP (ciclo-adenosina monofosfato): Quando o primeiro mensageiro se liga a um receptor acoplado à proteína G, isto ativa a enzima adenilil ciclase, que converte ATP em cAMP. O cAMP atua como segundo mensageiro e desencadeia diversas respostas celulares, dependendo do tipo de célula e da via de sinalização envolvida.
2. Sistema de IP3/DAG (inositol trisfosfato / diacilglicerol): Neste sistema, o primeiro mensageiro se liga a um receptor acoplado à proteína G e ativa a fosfolipase C, que cliva o fosfoinositido PIP2 em IP3 e DAG. O IP3 libera cálcio de reservas intracelulares, enquanto o DAG ativa a proteína quinase C, desencadeando uma resposta celular específica.
3. Sistema de cGMP (guanosina monofosfato cíclico): Ocorre semelhante ao sistema do cAMP, mas envolve a enzima guanilil ciclase e o segundo mensageiro cGMP. É ativado por alguns primeiros mensageiros, como o óxido nítrico (NO) e a luz.
4. Sistema de Ca2+: O cálcio é um importante segundo mensageiro em diversas vias de sinalização celular. Pode ser liberado de reservas intracelulares por IP3 ou ativar diretamente proteínas efetoras, como a calmodulina e a calcineurina, desencadeando respostas específicas.
5. Sistema de fosfoinositídios: Ocorre quando o primeiro mensageiro ativa uma enzima que modifica os fosfoinositídios da membrana plasmática, alterando sua estrutura e função. Isso pode desencadear a formação de novos domínios de membrana ou a reorganização do citoesqueleto, levando a respostas celulares específicas.
Em resumo, os sistemas de sinalização celular envolvem uma complexa interação entre primeiros e segundos mensageiros, que desencadeiam diversas respostas celulares dependendo do contexto e da célula em questão. Esses sistemas são fundamentais para a regulação de processos fisiológicos importantes, como o crescimento, a diferenciação, a morte celular programada (apoptose) e a resposta imune.
Em termos médicos, a condutividade elétrica é a capacidade de tecidos ou fluidos do corpo humano permitirem o fluxo de corrente elétrica. É uma medida da facilidade com que um eléctrico pode fluir através de um material. A condutividade elétrica dos tecidos corporais varia significativamente e é importante em diversas aplicações médicas, como na eletrofisiologia cardíaca e no monitorização de traumatismos cerebrais.
A condutividade elétrica dos tecidos é influenciada por vários fatores, tais como a composição iônica, a estrutura celular e a umidade. Por exemplo, os tecidos com alto teor de água e elevada concentração iónica, como o sangue e o líquido cefalorraquidiano, tendem a apresentar uma condutividade elétrica maior do que outros tecidos menos aquosos ou com menor concentração iónica.
A medição da condutividade elétrica pode fornecer informações valiosas sobre o estado fisiológico e patológico dos tecidos, sendo utilizada em diversos exames diagnósticos, como a eletromiografia (EMG) para avaliar a atividade muscular e a eletrocardiografia (ECG) para monitorizar a atividade cardíaca. Além disso, alterações na condutividade elétrica podem estar associadas a diversas condições patológicas, como inflamação, lesão ou câncer, tornando-se um potencial biomarcador de doença.