Distúrbios metabólicos raros e congênitos do ciclo da ureia. Os distúrbios são devidos a mutações que resultam na inatividade completa (início no período neonatal) ou parcial (início na infância ou na vida adulta) de uma enzima envolvida no ciclo da ureia. Os de início no período neonatal resultam em características clínicas que incluem irritabilidade, vômito, letargia, crises, HIPOTONIA NEONATAL, ALCALOSE RESPIRATÓRIA, HIPERAMONEMIA, coma e morte. Quem sobrevive aos distúrbios de início no período neonatal e na infância ou vida adulta compartilha riscos comuns para ENCEFALOPATIAS METABÓLICAS CONGÊNITAS e ALCALOSE RESPIRATÓRIA devido a HIPERAMONEMIA.
Nível elevado de AMÔNIA no sangue. É sinal de defeito no CATABOLISMO de AMINOÁCIDOS ou amônia para UREIA.
Transtorno hereditário do ciclo da ureia, associado com deficiência da enzima ORNITINA CARBAMOILTRANSFERASE, transmitido como herança ligada ao sexo e apresentando elevações de aminoácidos e amônia séricos. Os sinais clínicos, que são mais proeminentes em homens, incluem ataques, alterações comportamentais, vômitos episódicos, letargia e coma. (Tradução livre do original: Menkes, Textbook of Child Neurology, 5th ed, pp49-50)
Transtorno raro autossômico recessivo do ciclo da ureia. É causado por deficiência da enzima hepática ARGINASE. A arginina é elevada no sangue e no líquido cerebrospinal, podendo ocorrer HIPERAMONEMIA periódica. O início da doença normalmente ocorre no período de lactância ou na primeira infância. Entre as manifestações clínicas estão ataques, microcefalia, deficiência mental progressiva, hipotonia, ataxia, diplegia espástica e quadriparesia. (Tradução livre do original: Hum Genet 1993 Mar;91(1):1-5; Menkes, Textbook of Child Neurology, 5th ed, p51)
O sal de sódio do ÁCIDO BENZOICO. É utilizado como antifúngico, para preservar preparações farmacêuticas e alimentos. Pode ser utilizado também para testar a função hepática.
Distúrbio autossômico recessivo raro do ciclo da ureia que leva ao acúmulo de ácido argininossuccínico nos fluidos corporais e HIPERAMONEMIA grave. Características clínicas do distúrbio de início neonatal incluem pouca ingestão de alimentos, vômitos, letargia, crises, taquipneia, coma e morte. Inícios mais tardios resultam em um conjunto de características clínicas mais brandas que incluem vômitos, incapacidade de desenvolvimento, irritabilidade, problemas de comportamento ou retardo psicomotor. Mutações no gene da ARGININOSSUCCINATO LIASE causam este distúrbio.
Fenilbutiratos referem-se a sais e ésteres de ácido fenilbutírico, um agente terapêutico usado no tratamento da hiperamonemia devido ao déficit de N-acetilglutamato sintase.
Composto gerado no fígado a partir da amônia produzida pela desaminação dos aminoácidos. É o principal produto final do catabolismo das proteínas e constitui aproximadamente metade do total de sólidos urinários.
Enzima da matriz mitocondrial que catalisa a síntese de L-glutamato em N-acetil-L-glutamato na presença da ACETIL-COA.
Enzima do ciclo da ureia que quebra o argininosuccinato em fumarato mais arginina. Na espécie humana, sua ausência leva à doença metabólica ACIDÚRIA ARGININOSSUCCÍNICA. EC 4.3.2.1.
Enzima do ciclo da ureia que catalisa a formação de ortofosfato e L-citrulina (CITRULINA) a partir de Carbamil Fosfato e L-Ornitina (ORNITINA). A deficiência desta enzima pode ser transmitida como característica ligada ao cromossomo X. EC 2.1.3.3.
Grupo de doenças relacionadas à deficiência da enzima ARGININOSUCCINATO SINTASE, que causa uma elevação dos níveis séricos de CITRULINA. Em neonatos, as manifestações clínicas incluem letargia, hipotonia e ATAQUES. Formas mais brandas também ocorrem. As formas adulta e infantil podem se apresentar com episódios recorrentes de fraqueza, letargia, ATAXIA, alterações comportamentais e DISARTRIA intermitentes.
Erros nos processos metabólicos resultante de mutações genéticas congênitas que são herdadas ou adquiridas no útero.
Grupo amplo de doenças caracterizadas por baixa prevalência na população. Frequentemente são associadas com problemas no diagnóstico e no tratamento.
Gás alcalino e incolor. É formado pelo corpo durante a decomposição de matéria orgânica ao longo de uma série de importantes reações metabólicas. Note-se que a forma aquosa da amônia é denominada HIDRÓXIDO DE AMÔNIA.
Enzima do ciclo da ureia que catalisa a formação de ácido argininossuccínico a partir de citrulina e ácido aspártico, na presença de ATP. A ausência ou deficiência desta enzima causa a doença metabólica CITRULINEMIA em humanos. EC 6.3.4.5.
Enzima que catalisa a formação de carbamoil-fosfato a partir de ATP, dióxido de carbono e amônia. Esta enzima é específica para a biossíntese de arginina ou o ciclo da ureia. Ausência ou falta desta enzima pode causar a DOENÇA DA DEFICIÊNCIA DA CARBAMOIL-FOSFATO SINTASE I. EC 6.3.4.16.
Aminoácido não essencial abundantemente presente em todo o corpo e envolvido em muitos processos metabólicos. É sintetizada a partir do ÁCIDO GLUTÂMICO e AMÔNIA. É o principal sistema carreador de NITROGÊNIO no corpo e é uma importante fonte de energia para muitas células.
Este aminoácido é formado durante o ciclo da ureia a partir da citrulina, do aspartato e de ATP. A reação é catalisada pela ácido argininossuccínico sintetase.
Ureia-hidrolase que catalisa a hidrólise da arginina ou canavanina, originando a L-ornitina (ORNITINA) e ureia. A deficiência desta enzima causa a HIPERARGININEMIA. EC 3.5.3.1.
Aminoácido produzido no ciclo da ureia por meio da remoção da ureia da arginina.
Série complexa de fenômenos que ocorre entre o fim de uma DIVISÃO CELULAR e o fim da divisão seguinte, através da qual o material celular é duplicado, e então, dividido entre as duas células filhas. O ciclo celular inclui a INTERFASE que inclui a FASE G0, FASE G1, FASE S e FASE G2 e a FASE DE DIVISÃO CELULAR.
Transtorno do ciclo da ureia que se manifesta na infância como letargia, emese, ataques, alterações do tono muscular, movimentos anormais dos olhos e uma elevação da amônia sérica. O transtorno é causado pela redução na atividade da enzima mitocondrial hepática CARBAMOIL-FOSFATO SINTASE (AMÔNIA).

Os Distúrbios Congênitos do Ciclo da Ureia são um grupo de condições genéticas raras que afetam a capacidade do corpo em processar e remover amônia, um produto natural do metabolismo. Normalmente, o ciclo da ureia funciona para transformar a amônia em uma forma menos tóxica, chamada ácido úrico, que pode ser excretada pelos rins. No entanto, em pessoas com Distúrbios Congênitos do Ciclo da Ureia, este processo é interrompido devido a deficiências em enzimas específicas necessárias para completar o ciclo.

Existem vários tipos de Distúrbios Congênitos do Ciclo da Ureia, cada um deles causado por uma mutação em um gene diferente que codifica uma das enzimas necessárias no ciclo. Esses distúrbios podem variar em gravidade, desde formas leves que podem ser controladas com alterações na dieta até formas graves que podem causar danos cerebrais e outros problemas de saúde graves se não forem tratados adequadamente.

Os sinais e sintomas dos Distúrbios Congênitos do Ciclo da Ureia geralmente começam a aparecer em poucos dias ou semanas após o nascimento, e podem incluir vômitos, falta de apetite, letargia, irritabilidade, respiração rápida e profunda, e convulsões. O diagnóstico geralmente é feito com base em exames de sangue que mostram níveis elevados de amônia no sangue, juntamente com outros testes genéticos e metabólicos.

O tratamento para Distúrbios Congênitos do Ciclo da Ureia geralmente inclui uma dieta restrita em proteínas, suplementos de arginina e citrulina, e medicamentos que ajudam a remover o excesso de amônia do sangue. Em casos graves, pode ser necessário um transplante de fígado. Com o tratamento adequado, as pessoas com Distúrbios Congênitos do Ciclo da Ureia podem levar uma vida relativamente normal, mas é importante seguir cuidadosamente o plano de tratamento para evitar complicações à longo prazo.

Hiperamonemia é um transtorno metabólico em que ocorre um nível elevado de amônia no sangue (amonema). A amônia é uma substância tóxica que pode causar danos cerebrais se sua concentração no sangue for muito alta. Normalmente, a amônia é produzida no organismo como resultado do processamento de proteínas e é convertida em outras substâncias menos tóxicas pelo fígado. No entanto, em indivíduos com hiperamonemia, este processo de conversão não ocorre adequadamente, resultando em níveis elevados de amônia no sangue.

Existem várias causas possíveis de hiperamonemia, incluindo deficiências inatas de enzimas hepáticas envolvidas no processamento da amônia, como a deficiência de ornitina transcarbamilase (OTC) e a deficiência de carbamoil fosfato sintetase I (CPS1). Além disso, certos fatores ambientais, como uma dieta rica em proteínas ou o uso de determinados medicamentos, podem também contribuir para o desenvolvimento de hiperamonemia em indivíduos suscetíveis.

Os sintomas da hiperamonemia podem variar em gravidade e incluir vômitos, letargia, irritabilidade, falta de apetite, alterações no comportamento, convulsões e coma. Em casos graves, a hiperamonemia pode causar danos cerebrais irreversíveis ou mesmo a morte. O tratamento geralmente consiste em uma dieta restritiva de proteínas, suplementação com arginina e citrulina, administração de antibióticos para reduzir a produção bacteriana de amônia no intestino e, em casos graves, hemodiálise para remover a amônia do sangue.

A Doença da Deficiência de Ornitina Carbamoiltransferase (DOCT), também conhecida como Deficit de Ornitina Transcarbamilase, é uma doença metabólica rara que afeta o ciclo da ureia. Essa condição impede que o corpo despeje amônia, um produto natural do metabolismo das proteínas, do organismo de forma segura. A acumulação excessiva de amônia pode lesar tecidos corporais e danificar o cérebro.

A DOCT é causada por uma mutação no gene OTC, que fornece as instruções para a produção da enzima ornitina carbamoiltransferase. Essa enzima desempenha um papel crucial no ciclo da ureia, uma série de reações químicas que ocorrem no fígado e transformam a amônia em ureia, uma substância que pode ser excretada pelos rins. Quando a atividade da enzima é reduzida ou ausente devido à mutação genética, a amônia se acumula no sangue, o que pode levar a sintomas graves, especialmente em períodos de estresse metabólico, como durante doenças ou períodos de jejum.

Os sintomas da DOCT podem variar consideravelmente entre as pessoas afetadas e dependem do grau de deficiência da enzima. Em casos graves, os bebês recém-nascidos podem apresentar vômitos, letargia, irritabilidade, hiperventilação, hipotonia (flacidez muscular), convulsões e, em alguns casos, coma. Se não for tratada, a doença pode causar danos cerebrais graves e, em casos mais sérios, levar à morte.

Em casos menos graves, os sintomas podem manifestar-se mais tarde na infância ou mesmo na idade adulta e incluir episódios de vômitos, letargia, confusão mental, convulsões e problemas neurológicos. Além disso, as pessoas afetadas podem apresentar ritmos cardíacos anormais, pressão arterial baixa e acidose metabólica (um desequilíbrio ácido-base no sangue).

O diagnóstico da DOCT geralmente é confirmado por meio de exames laboratoriais que avaliam os níveis de amônia no sangue e a atividade enzimática. O tratamento geralmente consiste em uma dieta rigorosa, restrita em proteínas e rica em carboidratos, além do uso de suplementos de arginina (um aminoácido) para ajudar no processamento da amônia. Em casos graves, pode ser necessário o uso de hemodiálise ou diálise peritoneal para remover a amônia do sangue. A terapia de reposição enzimática também está disponível em alguns centros especializados e pode ser uma opção de tratamento para pacientes selecionados.

Hiperargininemia é um distúrbio metabólico raro que ocorre devido a níveis elevados de arginina no sangue. A arginina é um aminoácido, uma building block das proteínas, e normalmente é processada adequadamente pelo corpo. No entanto, em indivíduos com hiperargininemia, a atividade da enzima arginase, que descompõe a arginina, está reduzida ou ausente, resultando em níveis elevados de arginina no sangue e outros fluidos corporais.

Existem dois tipos principais de hiperargininemia: tipo I e tipo II. O tipo I é a forma clássica da doença e é causada por mutações no gene ARG1, que fornece instruções para fazer a enzima arginase 1. O tipo II é causado por mutações no gene ARG2, que fornece instruções para fazer a enzima arginase 2.

A hiperargininemia pode causar diversos sintomas, incluindo convulsões, problemas de crescimento, retardo mental, dificuldades de aprendizagem, problemas de coordenação e movimentos anormais. Alguns indivíduos com hiperargininemia também podem desenvolver problemas na pele, olhos e fígado.

O diagnóstico de hiperargininemia geralmente é feito por meio de testes de sangue que medem os níveis de arginina no sangue. O tratamento geralmente consiste em uma dieta restrita em proteínas e suplementação com citrulina, um aminoácido que pode ajudar a reduzir os níveis de arginina no sangue. Em alguns casos, a transplante de fígado também pode ser considerado como uma opção de tratamento.

O benzoato de sódio é um composto químico utilizado como conservante em alimentos e cosméticos. Sua fórmula química é NaC6H5CO2 e é derivado do ácido benzóico. É solúvel em água e é usado para inibir o crescimento de fungos e bactérias indesejáveis em produtos alimentícios e cosméticos.

Na medicina, o benzoato de sódio pode ser utilizado como um agente terapêutico para tratar a intoxicação por salicilatos, uma vez que é capaz de desintoxicar o corpo ao combinar-se com os sais de salicilato e torná-los mais solúveis na urina, facilitando assim sua excreção.

É importante ressaltar que o uso excessivo de benzoato de sódio pode causar efeitos colaterais indesejáveis, como irritação gastrointestinal, náuseas, vômitos e diarréia. Portanto, seu consumo deve ser controlado e dentro dos limites recomendados.

Argininosuccinic aciduria (ASA) é uma doença metabólica hereditária rara causada pela deficiência da enzima argininosuccinato sintetase, que desempenha um papel crucial no ciclo da ureia. A ureia é uma substância produzida pelo fígado durante o processo de decomposição das proteínas, e a sua função principal é ajudar a eliminar o excesso de amônia do organismo.

Quando a enzima argininosuccinato sintetase está ausente ou não funciona adequadamente, ocorre um acúmulo de argininosuccina acid em sangue e urina, levando a uma série de sintomas graves, como letargia, vômitos, irritabilidade, hiperamônia (níveis elevados de amônia no sangue), convulsões, problemas de crescimento, hipotonia (baixa tonicidade muscular) e outros sintomas neurológicos.

A ASA é geralmente herdada como um traço autossômico recessivo, o que significa que os indivíduos afetados recebem uma cópia defeituosa do gene responsável pela produção da enzima de cada pai. Se ambos os pais forem portadores saudáveis do gene defeituoso, existe uma chance de 25% em cada gravidez de ter um filho afetado.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado da ASA são fundamentais para prevenir complicações graves e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento geralmente inclui uma dieta restritiva em proteínas, suplementação com arginina e citrulina, e, em alguns casos, transplante de fígado.

Os fenilbutiratos referem-se a um grupo de compostos químicos relacionados que contêm um radical fenil e um grupo butirato. Na medicina, o termo "fenilbutiratos" geralmente se refere ao ácido fenilbutírico e seus sais, que são usados como medicamentos.

O ácido fenilbutírico é um agente terapêutico usado no tratamento da hiperamonemia, uma condição metabólica rara em que ocorre uma acumulação excessiva de amônia no sangue. Ele funciona reduzindo a produção de amônia no fígado e aumentando sua excreção nos rins.

O ácido fenilbutírico é convertido em um composto chamado fenila cetona na corrente sanguínea, que então é excretada pelos rins. Isso ajuda a reduzir os níveis de amônia no sangue e a aliviar os sintomas da hiperamonemia.

Os fenilbutiratos também têm sido estudados em relação ao tratamento de outras condições, como doenças mitocondriais, epilepsia e câncer, mas seus efeitos terapêuticos nessas áreas ainda estão sendo investigados.

Uréia (também conhecida como urea ou carbamida) é um composto orgânico que é o produto final do metabolismo proteico em mamíferos e outros animais. É o principal componente do líquido excretado pelos rins, formando parte da urina. A ureia é produzida no fígado a partir do ciclo da ureia, um processo que envolve a transformação do amônia tóxica em uma forma menos tóxica e solúvel em água para excreção. Em condições normais, aproximadamente 90% da ureia produzida é eliminada pelos rins, enquanto o restante pode ser excretado pelo trato gastrointestinal. A medição dos níveis de ureia no sangue (uremia) pode fornecer informações importantes sobre a função renal e o estado geral de saúde.

Na medicina e bioquímica, a "N-Aciltransferase de Aminoácidos" é uma enzima (EC 2.3.1) que transfere um grupo acetilo de um doador, como o acetil-CoA, para um grupo amino de um aminoácido específico, formando um N-acetilaminoácido. Existem vários tipos diferentes de N-acetiltransferases que são específicas para diferentes aminoácidos.

Essas enzimas desempenham funções importantes em diversos processos biológicos, incluindo a modificação pós-traducional de proteínas e a detoxificação de xenobióticos. Por exemplo, a N-acetiltransferase ArdA é responsável pela acetilação do amino terminal da proteína ArdA em bactérias, o que desempenha um papel na resistência à antibioticos.

Além disso, as N-acetiltransferases também estão envolvidas no metabolismo de drogas e xenobióticos, como a N-acetiltransferase 2 (NAT2), que é responsável pela acetilação de diversos fármacos e produtos químicos presentes em alimentos. As variantes genéticas nessa enzima podem influenciar a velocidade de metabolismo dessas substâncias, o que pode ter implicações clínicas importantes na resposta individual às drogas.

Argininosuccinato liase é uma enzima que desempenha um papel crucial no ciclo da ureia, um processo metabólico importante na eliminação de excesso de amônia do organismo. A argininosuccinato liase catalisa a reação final no ciclo da ureia, dividindo o argininosuccinato em arginina e fumarato.

A reação catalisada pela argininosuccinato liase é a seguinte:

Argininosuccinato → Arginina + Fumarato

Esta enzima desempenha um papel fundamental na detoxificação do organismo, pois ajuda a converter a amônia tóxica em uma forma menos tóxica, a ureia, que pode ser excretada pelos rins. A deficiência da argininosuccinato liase pode resultar em um distúrbio metabólico conhecido como síndrome de argininosuccinato acidentada, que é caracterizada por acúmulo de argininosuccinato e amônia no sangue.

Ornithine carbamoyltransferase (OCT ou OAT) é uma enzima importante envolvida no ciclo da ureia, um processo metabólico que ocorre principalmente no fígado e desempenha um papel crucial na eliminação de resíduos de nitrogênio, derivados do aminoácidos, sob a forma de ureia.

A ornitina carbamoiltransferase catalisa a reação que transfere o grupo funcional carbamoilo da carbamil fosfato para a ornitina, formando citrulina e fosfato. A citrulina é então processada no ciclo da ureia, levando à formação de arginina e, finalmente, ureia.

A deficiência em ornitina carbamoiltransferase pode resultar em uma condição genética rara conhecida como hiperamonemia devido a deficiência de ornitina transcarbamilase (OTC), que é caracterizada por um aumento no nível de amônia no sangue, acidose metabólica, letargia, vômitos e, em casos graves, pode levar a coma ou mesmo à morte.

Citrulinemia é uma doença genética rara que afeta o metabolismo dos aminoácidos. Ela é causada por uma deficiência da enzima argininosuccinato sintetase, que desempenha um papel importante no ciclo de ureia, um processo pelo qual o corpo remove o amônia (um subproduto do metabolismo das proteínas) do sangue.

Existem três tipos de citrulinemia, classificados com base na gravidade dos sintomas e no momento em que eles começam a aparecer:

1. Citrulinemia tipo I (clássica): é a forma mais grave da doença, geralmente manifesta-se nos primeiros dias de vida com vômitos, letargia, irritabilidade, hiperamonemia (elevados níveis de amônia no sangue), hipoglicemia (baixos níveis de açúcar no sangue), acidose metabólica e convulsões. Se não for tratada, pode causar danos cerebrais graves e morte.
2. Citrulinemia tipo II (atípica): é menos grave do que o tipo I e geralmente se manifesta na infância ou adolescência com sintomas menos graves, como atraso no desenvolvimento, convulsões, hiperamonemia e acidose metabólica.
3. Citrulinemia tipo III: é a forma mais leve da doença, geralmente se manifesta na idade adulta com sintomas variáveis, como letargia, confusão mental, convulsões e hiperamonemia.

O diagnóstico de citrulinemia geralmente é feito por meio de um exame de sangue que detecta níveis elevados de citrulina no plasma sanguíneo. O tratamento geralmente inclui uma dieta restritiva em proteínas, suplementação com arginina e outros aminoácidos essenciais, e, em alguns casos, hemodiálise ou transplante de fígado.

Os Erros Inatos do Metabolismo (EIMs) referem-se a um grupo heterogêneo de doenças genéticas causadas por alterações em genes que codificam enzimas ou proteínas responsáveis por processos metabólicos específicos no organismo. Essas anormalidades resultam em acúmulo de substratos tóxicos ou deficiência de produtos finais essenciais, o que pode levar a diversos sinais e sintomas clínicos, dependendo do órgão ou tecido afetado.

Existem centenas de EIMs conhecidos, sendo classificados em diferentes categorias metabólicas, como carboidratos, lipídios, aminoácidos e outros. Alguns exemplos incluem fenilcetonúria (PCU), deficiência de glucose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), mucopolissacaridoses (MPS) e doença de Huntington, entre outros.

A maioria dos EIMs é herdada de forma autossômica recessiva, o que significa que um indivíduo precisa receber uma cópia alterada do gene de cada pai para desenvolver a doença. No entanto, existem também formas dominantes e ligadas ao cromossomo X.

O diagnóstico dos EIMs geralmente é confirmado por meio de exames laboratoriais específicos, como análises de urina e plasma, testes genéticos ou estudos enzimáticos. O tratamento pode incluir restrição dietética, suplementação nutricional, terapia de reposição enzimática, medicações específicas ou transplante de células-tronco hematopoiéticas, dependendo do tipo e da gravidade da doença.

Doenças raras, também conhecidas como doenças pouco comuns ou orphan diseases em inglês, são condições médicas que afetam um pequeno número de indivíduos em comparação à população geral. Embora cada doença rara por si só possa afetar relativamente poucas pessoas, quando consideradas coletivamente, elas impactam a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo.

A definição de doença rara varia entre diferentes países e organizações. Nos Estados Unidos, uma doença é considerada rara se afetar menos de 200.000 pessoas no país, ou aproximadamente 1 em 1.500 pessoas. Na União Europeia, uma doença é classificada como rara se afeta menos de 1 em 2.000 cidadãos europeus.

As doenças raras geralmente apresentam sintomas e progressão clínica únicos, o que pode dificultar o diagnóstico e tratamento adequados. Muitas delas são geneticamente determinadas e podem ser presentes desde o nascimento ou se desenvolver durante a infância ou adolescência. No entanto, algumas doenças raras podem manifestar-se mais tarde na vida.

Devido à baixa prevalência das doenças raras, pesquisas e desenvolvimento de tratamentos específicos geralmente recebem menos atenção e financiamento em comparação com as doenças mais comuns. Isso pode resultar em um acesso limitado a opções terapêuticas eficazes, bem como desafios na gestão da doença para os pacientes e seus cuidadores. Nos últimos anos, no entanto, houve um crescente interesse e esforço colaborativo entre governos, indústria farmacêutica, academia e organizações de pacientes para abordar as necessidades dos indivíduos afetados por doenças raras.

Amônia é um gás altamente tóxico e reativo com a fórmula química NH3. É produzido naturalmente em processos biológicos, como o metabolismo de proteínas em animais e humanos. A amônia tem um cheiro característico e pungente que pode ser irritante para os olhos, nariz e garganta, especialmente em altas concentrações.

Em termos médicos, a exposição à amônia pode causar sintomas como tosse, dificuldade em respirar, náusea, vômito e irritação nos olhos, nariz e garganta. Em casos graves, a exposição à alta concentração de amônia pode levar a edema pulmonar, convulsões, coma e até mesmo a morte.

Além disso, a amônia também desempenha um papel importante na regulação do pH no corpo humano. É produzida pelo fígado como parte do ciclo da ureia, que é o processo pelo qual o corpo remove o excesso de nitrogênio dos aminoácidos e outras substâncias químicas. A amônia é convertida em ureia, que é então excretada pelos rins na urina.

Em resumo, a amônia é um gás tóxico com uma forte olor, produzido naturalmente no corpo humano e desempenha um papel importante na regulação do pH corporal. No entanto, a exposição à alta concentração de amônia pode causar sintomas graves e até mesmo ser fatal.

Argininosuccinato sintase é uma enzima metabólica importante que desempenha um papel crucial no ciclo da ureia, um processo pelo qual o organismo remove excesso de amônia. A argininosuccinato sintase catalisa a reação entre citrulina e aspartato para formar argininosuccinato, que é subsequentemente convertido em arginina e fumarato no ciclo da ureia.

A deficiência congênita desta enzima pode resultar em uma doença genética rara chamada de deficiência de argininosuccinato sintase, que é caracterizada por um acúmulo de amônia no sangue e pode causar danos cerebrais graves se não for tratada adequadamente. A deficiência desta enzima pode ser detectada através de testes genéticos ou metabólicos, e o tratamento geralmente inclui uma dieta restritiva em proteínas e a administração de suplementos de arginina.

Glutamina é o aminoácido mais abundante no corpo humano e desempenha um papel importante na síntese de proteínas, neurotransmissão e funções metabólicas. É considerada uma "aminoácido condicionalmente essencial", o que significa que, em certas situações de estresse fisiológico ou patológico, como durante doenças graves, lesões traumáticas ou exercícios físicos intensos, a demanda por glutamina pode exceder a capacidade do corpo de sintetizá-la e, nesses casos, suplementar a dieta com glutamina pode ser benéfico.

A glutamina é um combustível importante para as células do sistema imunológico e intestinal, auxiliando na manutenção da integridade da mucosa intestinal e no reforço das defesas imunológicas. Além disso, a glutamina desempenha um papel crucial no equilíbrio ácido-base e no metabolismo de energia dos músculos esqueléticos.

Em resumo, a glutamina é um aminoácido fundamental para diversas funções fisiológicas, especialmente durante situações de estresse ou doença, quando sua demanda pode ser aumentada.

O Ácido Argininosuccínico (AAS) é um composto orgânico que desempenha um papel importante no ciclo da ureia, um processo metabólico que ocorre no fígado e tem como função principal a eliminação do amônia do organismo. A amônia é um subproduto do metabolismo de proteínas e outros compostos nitrogenados e, devido à sua alta toxicidade, precisa ser convertida em uma forma menos tóxica antes de ser excretada pelos rins.

No ciclo da ureia, o AAS age como um intermediário entre a citrulina e a arginina, duas outras moléculas envolvidas no processo. Ele é sintetizado a partir da citrulina e ácido aspártico, com a ajuda de enzimas específicas, e posteriormente convertido em arginina, que por sua vez é usada para produzir ureia.

Uma doença genética rara, chamada de acidemia argininosuccínica, pode ocorrer quando há deficiência na enzima responsável pela conversão do AAS em arginina, levando à acumulação de AAS no sangue e tecidos corporais. Essa condição pode causar sintomas graves, como vômitos, letargia, convulsões e atraso no desenvolvimento, e requer tratamento especializado para gerir os sintomas e prevenir complicações à longo prazo.

Arginase é uma enzima que catalisa a reação final na via do ciclo da ureia, um processo metabólico importante no fígado para se livrar do excesso de amônia no organismo. A arginase converte a arginina em ureia e ornitina. Existem duas isoformas principais da enzima arginase em humanos, a arginase I e a arginase II, que são expressas principalmente no fígado e nos tecidos extra-hepáticos, respectivamente. A disfunção ou deficiência dessa enzima pode resultar em distúrbios metabólicos, como hiperamônia e acumulação de arginina, o que pode levar a diversas complicações clínicas, incluindo problemas neurológicos e hepáticos.

Ornithina é um composto orgânico natural, mais especificamente um aminoácido. Ele não é considerado um aminoácido essencial, pois o corpo humano pode produzi-lo a partir de outros aminoácidos, como a arginina e a cetoglutarato.

Ornithina atua em diversas funções no organismo, incluindo no ciclo da ureia, um processo metabólico que ocorre no fígado e tem como finalidade eliminar o amoníaco do corpo. Além disso, ela também desempenha um papel importante na síntese de proteínas e outros aminoácidos, como a citrulina e a arginina.

Em condições normais, a ornithina é produzida e eliminada em quantidades equilibradas no organismo. No entanto, em certas situações patológicas, como na deficiência de enzimas envolvidas no ciclo da ureia, sua concentração pode ficar alterada, podendo levar a acúmulo de amônia no sangue e, consequentemente, a sintomas neurológicos graves.

Em suma, ornithina é um aminoácido importante para diversas funções metabólicas no corpo humano, especialmente no ciclo da ureia e na síntese de outros aminoácidos.

O ciclo celular é o processo ordenado e controlado de crescimento, replicação do DNA e divisão celular que ocorre nas células eucarióticas. Ele pode ser dividido em quatro fases distintas:

1. Fase G1: Nesta fase, a célula cresce em tamanho, sintetiza proteínas e outros macromoléculas, e se prepara para a replicação do DNA.
2. Fase S: Durante a fase S, ocorre a replicação do DNA, ou seja, as duas cópias do genoma da célula são syntetizadas.
3. Fase G2: Após a replicação do DNA, a célula entra na fase G2, onde continua a crescer em tamanho e se prepara para a divisão celular. Nesta fase, as estruturas que irão permitir a divisão celular, como o fuso mitótico, são sintetizadas.
4. Fase M: A fase M é a dividida em duas subfases, a profase e a citocinese. Na profase, o núcleo se desorganiza e as cromatides irmãs (as duas cópias do DNA replicado) se condensam e alinham no centro da célula. Em seguida, o fuso mitótico é formado e as cromatides irmãs são separadas e distribuídas igualmente entre as duas células filhas durante a citocinese.

O ciclo celular é controlado por uma complexa rede de sinais e mecanismos regulatórios que garantem que as células se dividam apenas quando estiverem prontas e em condições adequadas. Esses mecanismos de controle são essenciais para a manutenção da integridade do genoma e para o crescimento e desenvolvimento normal dos organismos.

A Doença da Deficiência da Carbamoil-Fosfato Sintase I (CPS1) é uma condição genética rara que afeta o metabolismo dos aminoácidos. Ela é causada por mutações no gene CPS1, que fornece instruções para fazer a enzima carbamoil-fosfato sintase I. Essa enzima desempenha um papel crucial no ciclo da ureia, um processo metabólico que ocorre no fígado e é responsável por remover o amônia do sangue.

Quando a atividade da enzima carbamoil-fosfato sintase I está reduzida ou ausente, como ocorre na Doença da Deficiência da Carbamoil-Fosfato Sintase I, o amônia não é adequadamente processada e acumula no sangue. Essa acumulação pode levar a níveis elevados de amônia no sangue (hiperamônia), que podem ser tóxicos para o cérebro e outros tecidos do corpo.

Os sinais e sintomas da Doença da Deficiência da Carbamoil-Fosfato Sintase I geralmente aparecem nas primeiras horas ou dias de vida e podem incluir vômitos, letargia, irritabilidade, hiperventilação, hipotonia (flacidez muscular), convulsões e coma. Se não for tratada, a doença pode causar danos cerebrais graves ou morte.

O diagnóstico da Doença da Deficiência da Carbamoil-Fosfato Sintase I geralmente é feito por meio de exames de sangue que mostram níveis elevados de amônia e outros indicadores metabólicos anormais. O tratamento geralmente inclui a administração de medicamentos para reduzir os níveis de amônia no sangue, como arginina ou citrulina, e uma dieta restrita em proteínas. Em alguns casos, um transplante de fígado pode ser recomendado.

... ciclo de Krebs) ou por má formação do fígado ou rins. A deficiência enzimática no ciclo da ureia pode ser causada por: defeito ... Defeitos genéticos ou congênitos na formação de enzimas importantes para a respiração celular ( ... Sintomas posteriores: Ataxia intermitente; Déficit cognitivo; Menor crescimento; Alterações da marcha; Distúrbios de ... O nitrogênio é convertido em ureia antes da excreção na urina pelos rins. As vias metabólicas que sintetizam a ureia envolvem ...
... é convertida no fígado em ureia por uma série de reações enzimáticas conhecidas como ciclo da ureia. Amônia aumentada pode ... Genética médica ou genética clínica é a especialidade que lida com o diagnóstico, tratamento e controle dos distúrbios ... Exemplos de condições que integram o escopo da Genética Médica incluem os defeitos congênitos e dismorfologia, síndromes ... é utilizada na avaliação de doenças do metabolismo de aminoácidos como transtornos do ciclo da ureia, doença da urina em xarope ...
... ciclo de Krebs) ou por má formação do fígado ou rins. A deficiência enzimática no ciclo da ureia pode ser causada por: defeito ... Defeitos genéticos ou congênitos na formação de enzimas importantes para a respiração celular ( ... Sintomas posteriores: Ataxia intermitente; Déficit cognitivo; Menor crescimento; Alterações da marcha; Distúrbios de ... O nitrogênio é convertido em ureia antes da excreção na urina pelos rins. As vias metabólicas que sintetizam a ureia envolvem ...
Distúrbios musculoesquelético e do tecido conjuntivo. Miopatia, espasmo muscular, mialgia, fraqueza muscular; dor nos membros ... No estudo SIM SF04, 43% e 52% dos pacientes apresentaram recidiva 2 semanas após a interrupção do primeiro e do segundo ciclo ... As taxas de abortos e defeitos congênitos maiores foram relatadas como sendo comparáveis às taxas observadas na população em ... Como complicação frequente e potencialmente séria, pode ocorrer aumento de creatinina e ureia séricas durante as primeiras ...
As manifestações podem incluir sintomas constitucionais, distúrbios... leia mais , fibrilação atrial Fibrilação atrial ... Além do BNP, os exames de sangue recomendados incluem hemograma completo, creatinina, ureia, eletrólitos (incluindo magnésio e ... Os defeitos cardíacos estruturais (p. ex., congênitos, desordens valvares), anormalidades rítmicas (incluindo alta frequência ... mas o ciclo volta a ocorrer regularmente, durando 30 segundos a 2 minutos. A DPN associa-se à congestão pulmonar e a respiração ...
Distúrbios Congênitos do Ciclo da Ureia Termo(s) alternativo(s). Distúrbio Congênito do Ciclo da Ureia Distúrbios do Ciclo da ... Distúrbio Congênito do Ciclo da Ureia. Distúrbios do Ciclo da Ureia. Erros Inatos do Ciclo da Ureia. ... Distúrbios metabólicos raros e congênitos do ciclo da ureia. Os distúrbios são devidos a mutações que resultam na inatividade ... Distúrbios metabólicos raros e congênitos do ciclo da ureia. Os distúrbios são devidos a mutações que resultam na inatividade ...
  • Son debidos a mutaciones que dan lugar a inactividad completa (comienzo neonatal) o parcial (comienzo en la niñez o en la edad adulta) de una enzima implicada en el ciclo de la urea. (bvsalud.org)
  • Os distúrbios são devidos a mutações que resultam na inatividade completa (início no período neonatal) ou parcial (início na infância ou na vida adulta) de uma enzima envolvida no ciclo da ureia. (bvsalud.org)