As doenças de origem viral, caracterizadas por períodos de incubação de meses a anos, de início insidioso das manifestações clínicas e curso clínico protraído. Embora o processo doentio seja protraído, a multiplicação viral pode não ser anormalmente lenta. Vírus convencionais produzem doenças por vírus lento tais como PANENCEFALITE ESCLEROSANTE SUBAGUDA, LEUCOENCEFALOPATIA MULTIFOCAL PROGRESSIVA e AIDS. As doenças produzidas por agentes que não são convencionais foram consideradas originalmente parte deste grupo. Agora elas são chamadas de DOENÇAS DO PRION.
Vírus cujas relações taxonômicas não foram estabelecidas.
Doença pulmonar, contagiosa e neoplásica de ovinos, caracterizada por hiperplasia e hipertrofia de pneumócitos e células epiteliais do pulmão. É causada por RETROVIRUS JAAGSIEKTE DE OVINOS.
A infecção por um vírus RNA que ocorre em macacos rhesus, verde e esquilo e que é transmissível ao homem.
Termo genérico para as doenças produzidas por vírus.
Espécie de bactéria Gram-positiva (em forma de bastão) utilizada em PROBIÓTICOS.
Grupo de doenças virais de diversas etiologias, mas que têm várias características clínicas em comum: permeabilidade capilar aumentada, leucopenia e trombocitopenia são comuns a todas. As febres hemorrágicas são caracterizadas por início repentino, febre, cefaleia, mialgia generalizada, dor lombar, conjuntivite e prostração severa, seguidos de vários sintomas hemorrágicos. A febre hemorrágica com acometimento do rim é a FEBRE HEMORRÁGICA COM SÍNDROME RENAL.
As doenças virais causadas por membros do gênero ALPHAVIRUS da família TOGAVIRIDAE.
Infecções por pneumovirus causadas por VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO. Humanos e bovinos são os mais afetados, mas infecções em cabras e carneiros também têm sido relatadas.

As doenças por vírus lentos, também conhecidas como doenças causadas por retrovírus não- HIV e vírus oncovirais, são um grupo de condições médicas causadas por infecções por vírus que se replicam e se integram no genoma hospedeiro a um ritmo muito lento. Esses vírus podem levar anos ou décadas para causar sintomas clínicos, tornando-os difíceis de diagnosticar e gerenciar.

Exemplos de doenças por vírus lentos incluem:

1. Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ): É uma doença neurodegenerativa rara e fatal causada pela infecção com príons, proteínas anormais que se acumulam no cérebro. A DCJ é caracterizada por sintomas como demência progressiva, tremores, rigidez muscular e alterações na personalidade e comportamento.

2. Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA): Embora o HIV seja um retrovírus que cause a AIDS, existem outros retrovírus que podem causar uma forma mais lenta de imunodeficiência adquirida. Esses vírus incluem o Vírus da Imunodeficiência em Primatas (SVP) e o Vírus da Imunodeficiência em Simios (SIV).

3. Doença de Kaposi: É um câncer raro causado pelo herpesvirus humano 8 (HHV-8). A doença afeta predominantemente os sistemas imunológico e circulatório, resultando em lesões cutâneas e tumores.

4. Hepatite C: É uma infecção viral que afeta o fígado e pode levar a cirrose, câncer de fígado e outras complicações graves. O vírus da hepatite C (VHC) é um flavivírus que se transmite por contato com sangue infectado.

5. Doença de Paget: É uma doença degenerativa das articulações causada pelo parvovírus B19. A doença afeta predominantemente as articulações dos indivíduos mais velhos e pode resultar em dor, rigidez e inflamação nas articulações afetadas.

6. Doenças neurológicas: Alguns vírus podem causar doenças neurológicas graves, como a encefalite herpética, causada pelo vírus da varicela-zoster (VZV), e a meningite viral, causada por vários vírus, incluindo o enterovírus e o herpesvírus.

7. Doenças respiratórias: Alguns vírus podem causar doenças respiratórias graves, como a pneumonia viral, causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), e a gripe, causada pelo vírus da influenza.

8. Doenças gastrointestinais: Alguns vírus podem causar doenças gastrointestinais graves, como a gastroenterite viral, causada pelo rotavírus e norovírus, e a hepatite viral, causada pelos vírus da hepatite A, B, C, D e E.

9. Doenças cardiovasculares: Alguns vírus podem causar doenças cardiovasculares graves, como a miocardite viral, causada pelo enterovírus e o adenovírus, e a pericardite viral, causada pelo vírus da rubéola.

10. Doenças renais: Alguns vírus podem causar doenças renais graves, como a nefropatia viral, causada pelo adenovírus e o parvovírus B19, e a glomerulonefrite viral, causada pelo enterovírus e o vírus da hepatite B.

Em resumo, os vírus são agentes infecciosos que podem causar uma ampla variedade de doenças em humanos e outros animais. A compreensão dos mecanismos de infecção e patogênese dos vírus é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento das doenças virais.

'Vírus Não Classificados' (VNC) se referem a vírus que não podem ser classificados em nenhum grupo ou família existente de vírus, devido à sua natureza única e distinta. Esses vírus possuem características genéticas e/ou estruturais que os diferenciam dos outros vírus conhecidos, tornando-os difíceis de ser categorizados usando os critérios atuais de classificação. Em alguns casos, esses vírus podem representar novas espécies ou até mesmo novos gêneros de vírus. A identificação e o estudo dos VNC são importantes para a compreensão da diversidade viral e da evolução dos vírus.

A adenomatose pulmonar ovina é uma doença rara e não contagiosa que afeta os pulmões dos ovinos. Essa condição é caracterizada pela overgrowth benigna (crescimento benigno excessivo) de tecido epitelial em glândulas no pulmão, levando à formação de nódulos e massas nodulares em ambos os lados do tórax. Esses nódulos podem crescer e comprimir o tecido pulmonar saudável, resultando em dificuldade para respirar e outros sintomas relacionados à respiração. A adenomatose pulmonar ovina é geralmente detectada em ovinos mais velhos e raramente é vista em outros animais ou humanos. Atualmente, não há cura conhecida para essa doença, e o tratamento geralmente se concentra em aliviar os sintomas e manter a qualidade de vida dos animais afetados.

A Doença do Vírus de Marburg (MVD, do inglês Marburg Virus Disease) é uma febre hemorrágica viral grave causada pelo vírus de Marburg. O vírus pertence à família Filoviridae, do mesmo gênero do vírus Ébola. A MVD é uma zoonose, ou seja, uma doença transmitida dos animais para os seres humanos. Os morcegos frugívoros da espécie Rousettus aegyptiacus são considerados o reservatório natural do vírus.

Os sintomas iniciais da MVD incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, falta de ar e cansaço. Posteriormente, podem ocorrer vômitos, diarreia, erupções cutâneas, sinais neurológicos e sangramentos internos e externos. A doença pode evoluir rapidamente para um quadro de choque e insuficiência múltipla de órgãos, levando à morte em até 90% dos casos não tratados.

A transmissão da MVD ocorre por contato direto com sangue, secreções ou tecidos de pessoas ou animais infectados, principalmente através de exposição a fluidos corporais ou superfícies contaminadas. A doença não é transmitida pelo ar e requer contato próximo com o indivíduo infectado.

Atualmente, não existe tratamento específico para a MVD, mas os cuidados de suporte podem ser benéficos, incluindo reposição de líquidos e eletrólitos, manejo da pressão arterial e controle dos sintomas. A prevenção é essencial e inclui medidas de isolamento e proteção para os profissionais de saúde que cuidam de pacientes infectados, além do controle da exposição a morcegos hospedeiros e à carne de animais selvagens.

A virose é uma infecção causada por um vírus, que são agentes infecciosos submicroscópicos, compostos por material genético (RNA ou DNA) coberto por uma capa proteica. Os vírus se replicam dentro das células hospedeiras, frequentemente causando danos às mesmas e podendo levar a doenças em humanos, animais, plantas e outros organismos.

Existem diferentes tipos de viroses que afetam diferentes partes do corpo e sistemas, como gripe (influenza), resfriado comum, hepatite viral, HIV/AIDS, herpes, sarampo, rubéola, varicela (catapora) e COVID-19 (causada pelo SARS-CoV-2). Cada tipo de virose pode apresentar sintomas específicos e requer tratamentos diferenciados. Alguns vírus podem ser prevenidos por vacinas, enquanto outros ainda não possuem uma opção de imunização disponível.

O vírus do Rio Ross, também conhecido como vírus Junín, é um tipo de hantavírus que causa a febre hemorrágica argentina (FHA), uma doença grave e potencialmente fatal. Essa doença afeta predominantemente os trabalhadores agrícolas que entram em contato com ratos da espécie Calomys musculinus, o reservatório natural do vírus. A infecção é geralmente transmitida pelo contato com urina, fezes ou saliva de ratos infectados, especialmente através de inalação de partículas contaminadas em ambientes fechados.

A FHA se manifesta clinicamente com sintomas iniciais como febre alta, dor de cabeça, dores musculares e náuseas. Em estágios mais avançados, a doença pode causar problemas renais graves, hemorragias internas e choque, o que pode levar à morte se não for tratada adequadamente. O tratamento específico para a FHA consiste em um antiviral, a ribavirina, administrado nas primeiras etapas da doença, juntamente com cuidados de suporte intensivo. A prevenção é essencial e inclui medidas como o controle de roedores e a educação sobre os riscos associados à exposição ao vírus do Rio Ross.

Febre hemorrágica viral (FHV) é um termo geral usado para descrever graves infecções virais que afetam muitos órgãos e causam sangramento anormal. Esses vírus infectam as células endoteliais, que revestem o interior dos vasos sanguíneos, levando a disfunção endotelial e aumento da permeabilidade vascular, resultando em coagulopatia (desregulação da coagulação sanguínea) e hemorragia.

Existem vários tipos de FHVs, incluindo febre de Lassa, febre amarela, vírus Ebola, vírus Marburg, hantavirose e febre maculosa das Montanhas Rochosas, cada um causado por diferentes vírus. Os sintomas geralmente começam com febre alta, dor de cabeça severa, dores musculares e articulares, falta de ar e irritação na garganta. Em estágios posteriores, podem ocorrer sinais de insuficiência orgânica múltipla, como delírio, convulsões, coma e sangramento em pele, olhos e outros órgãos.

A transmissão desses vírus pode ocorrer através do contato direto com animais infectados ou seus fluidos corporais, ingestão de alimentos ou água contaminada, inalação de partículas virais em ar poluído ou por meio de contato próximo com pessoas infectadas. O tratamento geralmente se concentra no alívio dos sintomas e suporte às funções vitais, pois não existem medicamentos específicos para a maioria desses vírus. A prevenção inclui medidas de controle de infecção, como isolamento de pacientes, uso de equipamento de proteção individual (EPI) e vacinação, quando disponível.

Alphaviruses são um género de vírus ARN simples, envolvidos em várias doenças em humanos e animais. As infecções por Alphavirus podem resultar em uma variedade de sintomas clínicos, dependendo do tipo específico de alphavirus e da susceptibilidade do hospedeiro infectado.

Dois exemplos bem conhecidos de doenças humanas causadas por alphavírus incluem a febre chikungunya e a encefalite equina oriental (EEE). A febre chikungunya é geralmente caracterizada por uma fase aguda de febre alta, dor articular e erupções cutâneas. Embora a maioria das pessoas se recupere completamente, alguns podem desenvolver sintomas persistentes de dor articular. A EEE é uma infecção do sistema nervoso central que pode causar inflamação cerebral e resultar em sintomas neurológicos graves, como convulsões, coma e morte em alguns casos.

As infecções por alphavirus geralmente ocorrem através da picada de mosquitos infectados. Não existe tratamento específico para as infecções por alphavirus, e o tratamento geralmente se concentra em aliviar os sintomas e fornecer suporte às funções vitais. A prevenção é crucial e inclui medidas para controlar a população de mosquitos e reduzir a exposição a picadas de mosquitos, especialmente em áreas onde as doenças são endêmicas.

A Infecção por Virus Respiratório Sincicial (VRS) é uma infecção respiratória aguda causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Este vírus é extremamente comum e causa infeções em pessoas de todas as idades, sendo mais frequente e grave em bebês e crianças pequenas, especialmente aqueles com menos de 6 meses de idade.

A infecção por VRS geralmente afeta os pulmões e as vias respiratórias superiores, como nariz e garganta. Os sintomas mais comuns incluem congestão nasal, tosse, corrimento nos olhos, falta de ar e febre. Em casos graves, especialmente em bebês prematuros ou imunossuprimidos, a infecção pode causar pneumonia ou bronquiolite, uma inflamação dos pequenos brônquios nos pulmões.

A transmissão do VRS ocorre principalmente por contato direto com secreções respiratórias infectadas, como saliva e muco, além de tocar em superfícies contaminadas e depois se tocar na boca ou nos olhos. O vírus pode sobreviver por alguns dias em superfícies e tecidos, tornando-se uma causa comum de infecções em creches e outros ambientes com aglomeração de crianças.

Atualmente, não existe um tratamento específico para a infecção por VRS, sendo recomendado o repouso, hidratação e cuidados de suporte, como oxigênio suplementar em casos graves. O isolamento dos pacientes infectados pode ajudar a prevenir a propagação do vírus. Além disso, existem medidas preventivas, como lavagem frequente das mãos e limpeza de superfícies, que podem ajudar a reduzir o risco de infecção.

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