Estado vegetativo referente à posição neurocognitiva de indivíduos com dano cerebral grave, nos quais as funções fisiológicas (ciclos dormir-despertar, controle autônomo e respiração) persistem, mas o estado de consciência (incluindo todas as funções e emoções cognitivas) é abolido.
Estado profundo de inconsciência associado a depressão da atividade cerebral da qual o indivíduo não pode ser despertado. O coma geralmente ocorre quando há disfunção ou lesão envolvendo ambos os hemisférios cerebrais ou a FORMAÇÃO RETICULAR do tronco cerebral.
Falha em impedir a morte por causas naturais, devido à compaixão, por meio da retirada ou rejeição do tratamento para prolongar a vida.
Suspensão ou retirada de um ou mais tratamentos específicos, frequentemente (mas não necessariamente) tratamentos para prolongar a vida de um paciente (ou de um sujeito da pesquisa como parte de um protocolo de pesquisa). Este conceito é diferente de RECUSA DO MÉDICO A TRATAR, em que a ênfase recai na recusa de profissionais (ou de uma instituição de saúde) que se recusam a tratar um paciente (ou grupo de pacientes) quando este (ou seu representante) solicita tratamento. O termo 'suspensão de tratamento' para prolongamento da vida é geralmente indexado apenas como EUTANÁSIA PASSIVA, a menos que a distinção entre suspensão e retirada de tratamento ou o assunto de suspensão paliativa (ao invés de tratamento curativo) esteja em discussão.
Transtornos mentais orgânicos em que há deficiência da capacidade em manter consciência de si próprio e do ambiente, e em responder a estímulos ambientais. A disfunção dos hemisférios cerebrais ou da FORMAÇÃO RETICULAR do tronco cerebral pode resultar nesta afecção.
Conhecimento de si mesmo e do ambiente.
Afirmação de que uma ação aparentemente inquestionável em si mobilizaria uma sequência de eventos levando finalmente a um desfecho indesejável. (Tradução livre do original: Cambridge Dictionary of Philosophy, 1995)

Estado Vegetativo Persistente (EVP) é um termo usado em medicina para descrever um estado clínico em que uma pessoa sofre grave dano cerebral, resultando em perda completa da consciência e incapacidade de interagir com o ambiente. Neste estado, a pessoa pode apresentar reflexos automáticos, como respiração e batimentos cardíacos, mas não há respostas propositais ou propósito na sua interação com o meio ambiente.

Para ser classificado como persistente, este estado deve durar por um período contínuo de mais de 12 meses em indivíduos com lesão cerebral traumática e mais de 6 meses em outras causas, como falha circulatória ou privação de oxigênio.

Este é geralmente considerado um prognóstico desfavorável, pois a maioria das pessoas em EVP não recupera a consciência e permanece dependente de cuidados intensivos e contínuos por tempo indefinido. No entanto, é importante notar que alguns indivíduos em EVP podem experimentar algum grau de melhora ou recuperação, especialmente com terapias avançadas e cuidados especializados.

Um coma é um estado de inconsciência profunda em que uma pessoa não pode ser despertada, não responde a estímulos externos e não tem atividade motora voluntária. Durante um coma, a pessoa não pode sentir, ver, ouvir ou ter qualquer consciência do ambiente ao seu redor. O coma é geralmente causado por lesões cerebrais graves, como as resultantes de acidentes de trânsito ou falhas circulatórias que privam o cérebro de oxigênio, mas também pode ser o resultado de doenças metabólicas, overdoses de drogas ou intoxicação por venenos. O prognóstico para alguém em coma depende da causa subjacente e da extensão dos danos cerebrais. Algumas pessoas se recuperam completamente, enquanto outras podem ter sintomas persistentes ou permanecer em um estado vegetativo persistente.

Eutanásia passiva, também conhecida como "deixar morrer" ou "permitir que a morte ocorra naturalmente", refere-se à prática de interromper ou não iniciar tratamentos médicos que prolongam a vida de um paciente, em certas circunstâncias específicas. Isso geralmente é feito quando o paciente está gravemente doente, incurável e sofre de grande sofrimento, e os tratamentos disponíveis não oferecem perspectivas reais de cura ou recuperação da qualidade de vida. Nesse contexto, a intenção é permitir que a morte ocorra naturalmente, em vez de causá-la ativamente.

A eutanásia passiva é distinta da eutanásia ativa, na qual um profissional de saúde ou pessoa próxima deliberadamente causa a morte do paciente, geralmente por meio de uma overdose de medicamentos ou outros métodos. A eutanásia passiva é legal em alguns países e jurisdições, enquanto a eutanásia ativa é restrita a um número menor de locais e está sujeita a condições mais rigorosas.

Em resumo, a eutanásia passiva envolve a interrupção ou abstenção de tratamentos que prolongam a vida de um paciente gravemente doente, em situações em que o sofrimento é grande e as perspectivas de cura são poucas. Isso permite que a morte ocorra naturalmente, sem causá-la ativamente.

A suspensão de tratamento, em termos médicos, refere-se à interrupção temporária ou definitiva da administração de um medicamento ou terapia a um paciente. Essa decisão pode ser tomada por diferentes razões, como:

1. Falta de eficácia do tratamento: Se o medicamento não estiver produzindo os resultados esperados ou não houver melhora no estado clínico do paciente após um período determinado de uso.
2. Efeitos adversos graves: Se o paciente experimentar efeitos colaterais sérios ou intoleráveis que afetem sua qualidade de vida ou piorarem seu quadro clínico.
3. Interações medicamentosas: Quando a combinação de determinados medicamentos leva a reações adversas ou diminui a eficácia do tratamento.
4. Condição clínica melhorada: Se o paciente recuperar-se completamente ou parcialmente da doença ou condição que estava sendo tratada.
5. Gravidez, amamentação ou planejamento familiar: Algumas mulheres podem precisar interromper ou modificar seu tratamento devido aos riscos potenciais para o feto durante a gravidez ou amamentação.
6. Questões financeiras: Quando o custo do tratamento é muito elevado e o paciente ou sistema de saúde não consegue financiá-lo.
7. Prazos de validade dos medicamentos: Em alguns casos, os medicamentos podem ter uma data de validade curta, o que pode exigir a suspensão do tratamento até que novos medicamentos estejam disponíveis.

A suspensão de tratamento deve ser sempre discutida e avaliada cuidadosamente entre o profissional de saúde e o paciente, levando em consideração os benefícios e riscos potenciais associados à interrupção do tratamento. Em alguns casos, uma alternativa de tratamento pode ser encontrada para garantir a continuidade da assistência ao paciente.

Os Transtornos da Consciência são um grupo de condições médicas que afetam a vigília, o nível de consciência e a capacidade de uma pessoa de responder ao ambiente. Esses transtornos podem variar desde perturbações leves na atenção ou alerta até estados com redução profunda da consciência, como o coma.

Eles geralmente resultam de disfunções no cérebro, particularmente nos sistemas que controlam a vigília e o estado de alerta, como o tronco encefálico e os hemisférios cerebrais. Os transtornos da consciência podem ser classificados em diferentes categorias, dependendo do nível de comprometimento:

1. **Coma:** É um estado de inconsciência profunda em que a pessoa não responde à estimulação, nem é capaz de manter a postura ereta ou realizar movimentos voluntários. O coma geralmente é causado por lesões cerebrais graves, como trauma craniano ou falha circulatória cerebral.

2. **Estupor:** Neste estado, a pessoa apresenta respostas reduzidas à estimulação e tem dificuldade em manter a consciência. O estupor pode ser um sintoma de várias condições, como infeções sistêmicas graves, intoxicação por drogas ou disfunção metabólica.

3. **Obnubilação:** Neste nível, a pessoa tem dificuldade em manter a atenção e a consciência, mas pode ser despertada com estímulos intensos. A obnubilação pode ser observada em doenças como meningite, encefalite ou hipoglicemia severa.

4. **Sopor:** É um estado de sonolência excessiva e reduzida consciência, em que a pessoa pode ser despertada com dificuldade, mas rapidamente retorna ao sono. O sopor pode ser causado por condições como insuficiência hepática aguda ou intoxicação por drogas.

5. **Letargia:** Neste nível, a pessoa apresenta sonolência e reduzida reação à estimulação, mas consegue ser despertada facilmente. A letargia pode ser um sintoma de várias condições, como depressão, doenças neurológicas ou intoxicação por drogas.

É importante lembrar que esses estados de consciência podem se sobrepor e variar ao longo do tempo, dependendo da progressão ou resolução da condição subjacente. Além disso, a avaliação clínica completa e o tratamento adequado devem ser realizados por um profissional de saúde qualificado.

O estado de consciência é um termo usado em medicina e psicologia para descrever a condição geral de ser ciente e capaz de perceber sua própria existência e o mundo ao seu redor. É geralmente definido como um estado de alerta, atenção e capacidade de processar informações e interagir com o ambiente.

Existem diferentes níveis e tipos de consciência, incluindo a consciência vigilante (estado em que uma pessoa está acordada e atenta) e a consciência de si (capacidade de se perceber como um indivíduo separado do ambiente). A consciência pode ser afetada por vários fatores, como drogas, álcool, privação de sono, lesões cerebrais e doenças mentais.

Alteracões no estado de consciência podem variar desde um leve desorientamento ou confusão até estados mais graves, como coma ou vegetativo state, nos quais uma pessoa pode estar inconsciente e incapaz de responder a estímulos ou interagir com o ambiente. É importante notar que o estado de consciência é diferente do nível de consciência, que refere-se à profundidade da experiência subjetiva da pessoa em relação ao mundo externo e a si mesma.

Em termos médicos, um "argumento refutável" geralmente se refere a uma declaração ou afirmação sobre um assunto científico ou clínico que pode ser contradito por evidências ou dados empíricos. Em outras palavras, é um ponto de vista ou teoria que pode ser desapoiado ou invalidado com base em estudos e pesquisas rigorosamente conduzidos, análises estatísticas precisas e revisão por pares.

Por exemplo, uma hipótese sobre a causa de uma doença que não é suportada pela evidência empírica pode ser considerada um argumento refutável. Ao longo do tempo, à medida que mais dados e informações se tornam disponíveis, as teorias médicas podem mudar à medida que os argumentos refutáveis são substituídos por evidências mais fortes e consistentes.

Em geral, a medicina valoriza a abordagem científica e o método hipotético-dedutivo, no qual as teorias e hipóteses são formuladas de forma clara e testável, e as evidências são coletadas e analisadas para apoiar ou refutar essas ideias. Isso é parte integrante do processo de pesquisa e desenvolvimento contínuos na medicina, onde a colaboração e o diálogo aberto entre cientistas e clínicos são fundamentais para avançar nossa compreensão dos fenômenos naturais e fornecer os cuidados de saúde mais eficazes e seguros possíveis.

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