Peptídeo orexigênico acilado, com 28 aminoácidos, que é um ligante para os RECEPTORES SECRETAGOGOS DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO. A grelina é amplamente expressada, principalmente no estômago de adultos. Atua centralmente, estimulando a secreção do hormônio de crescimento e a ingestão alimentar, e perifericamente, regulando a homeostase energética. Sua grande proteína precursora, conhecida como hormônio regulador do apetite (ou peptídeo relacionado com a motilina) contém grelina e obestatina.
Proteínas transmembranas que reconhecem e se ligam a GRELINA, um potente estimulante da secreção do HORMÔNIO DO CRESCIMENTO e da ingestão de alimentos em mamíferos. Os receptores de grelina são encontrados na hipófise e HIPOTÁLAMO. Pertencem à família dos RECEPTORES ACOPLADOS A PROTEÍNA-G.
Hormônios sintetizados a partir de aminoácidos. Diferenciam-se de PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS DE SINALIZAÇÃO INTERCELULAR por sua ação sistêmica.
Desejo recorrente natural por comida. Alterações podem ser induzidas por DEPRESSORES DO APETITE ou ESTIMULANTES DO APETITE.
Consumo de substâncias comestíveis.
Hormônio peptídico de 16 kDa secretado por ADIPÓCITOS BRANCOS. A leptina serve como um sinal de retroalimentação de células adiposas ao SISTEMA NERVOSO CENTRAL que regula a ingestão alimentar, equilíbrio energético, e armazenamento de gordura.
Peptídeo de 36 aminoácidos produzido pelas células L do intestino delgado distal e do colo. O peptídeo YY inibe a secreção gástrica e pancreática.
Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
Agentes usados para estimular o apetite. Estas drogas são usadas frequentemente para tratar a anorexia associada com câncer e AIDS.
Hormônio polipeptídico de 191 aminoácidos secretado pela ADENO-HIPÓFISE, também conhecido como GH ou somatotropina. O hormônio do crescimento sintético, denominado somatotropina, tem substituído a forma natural na utilização terapêutica, como para o tratamento de nanismo em crianças com deficiência de hormônio do crescimento.
Polipeptídeo secretado pela ADENO-HIPÓFISE. O hormônio do crescimento, também conhecido como somatotropina, estimula a mitose, diferenciação e o crescimento celular. Hormônios do crescimento espécie-específicos têm sido sintetizados.
Os mecanismos fisiológicos que regulam (ou controlam) o apetite e a ingestão de alimentos.
Abster-se de todo alimento.
A adição de um radical de ácido orgânico numa molécula.
Desejo de ALIMENTOS gerado por uma sensação que se forma pela falta de alimento no ESTÔMAGO.
Evacuação do alimento [contido] no estômago para o duodeno.
Período após uma refeição ou INGESTÃO ALIMENTAR.
Maior família de receptores de superfície celular envolvidos na TRANSDUÇÃO DE SINAL. Compartilham um sinal e uma estrutura comum através das PROTEÍNAS G HETEROTRIMÉRICAS.
Hormônio pancreático de 51 aminoácidos que desempenha um papel fundamental no metabolismo da glucose, suprimindo diretamente a produção endógena de glucose (GLICOGENÓLISE, GLUCONEOGÊNESE) e indiretamente a secreção de GLUCAGON e a LIPÓLISE. A insulina nativa é uma proteína globular composta por um hexâmero coordenado de zinco. Cada monômero de insulina contém duas cadeias, A (21 resíduos) e B (30 resíduos), ligadas entre si por duas pontes dissulfeto. A insulina é usada para controlar o DIABETES MELLITUS TIPO 1.
Peptídeo de 44 aminoácidos na maioria das espécies. Estimula a liberação e síntese do HORMÔNIO DO CRESCIMENTO. O GHRF (ou GRF) é sintetizado por neurônios no NÚCLEO ARQUEADO do HIPOTÁLAMO. Após sua liberação na circulação portal hipofisária, o GHRF estimula a liberação de GH pelos SOMATOTROFOS na HIPÓFISE.
Respostas comportamentais ou sequenciais associadas ao ato de alimentar-se, maneira ou modos de se alimentar, padrões rítmicos da alimentação (intervalos de tempo - hora de comer, duração da alimentação).
Peptídeo de 36 aminoácidos presente em diversos órgãos e neurônios noradrenérgicos simpáticos. Tem atividade vasoconstritora e natridiurética, regula o fluxo sanguíneo local, a secreção glandular e atividade do músculo liso. O peptídeo também estimula o comportamento de ingestão de líquidos e sólidos e influencia a secreção de hormônios pituitários.
Resposta comportamental associada à obtenção de satisfação.

Grelina é um hormônio peptídio produzido principalmente no estômago, mas também em menores quantidades em outros órgãos, como o pâncreas e o tecido adiposo branco. É conhecido como o "hormônio da fome" porque suas concentrações plasmáticas aumentam durante o jejum e diminuem após as refeições.

A grelina age no sistema nervoso central, principalmente no hipotálamo, onde se liga aos receptores de grelina e estimula a sensação de fome, aumenta a ingestão de alimentos e promove o armazenamento de energia em forma de gordura corporal. Além disso, a grelina desempenha um papel importante na regulação do equilíbrio energético, no controle da secreção de outros hormônios relacionados à alimentação e no crescimento e desenvolvimento do organismo.

Apesar de sua função principal ser a regulação do apetite e do metabolismo energético, a grelina também tem sido associada a diversos outros processos fisiológicos, como a modulação da função cardiovascular, da resposta imune e da cicatrização de feridas.

Os receptores de grelina são um tipo específico de receptor celular encontrado principalmente nas células do trato gastrointestinal, no pâncreas e no sistema nervoso central. Eles se ligam à grelina, um hormônio gutural produzido pelo estômago em resposta ao jejum ou à fome. A ligação da grelina a seus receptores desencadeia uma série de respostas fisiológicas, incluindo a estimulação do apetite e a promoção da secreção de insulina e GH (hormônio do crescimento). Além disso, os receptores de grelina também desempenham um papel importante na regulação da motilidade gastrointestinal e no controle da ingestão de alimentos. Portanto, a compreensão dos receptores de grelina e sua função é crucial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas para o tratamento de distúrbios relacionados à obesidade, diabetes e outras condições endócrinas.

Hormônios peptídicos são hormônios que consistem em cadeias curtas ou longas de aminoácidos. Eles são produzidos e secretados por glândulas endócrinas e outras células do corpo, e desempenham um papel crucial na regulação de diversas funções fisiológicas, como o crescimento e desenvolvimento, metabolismo, resposta imune, reprodução e comportamento.

Ao contrário dos hormônios esteroides, que são derivados do colesterol e têm uma estrutura lipídica, os hormônios peptídicos não são solúveis em lípidos e precisam se ligar a proteínas transportadoras para circular no sangue. Alguns exemplos de hormônios peptídicos incluem insulina, glucagon, oxitocina, vasopressina, gastrina, somatotropina (hormônio do crescimento) e corticotropina (ACTH).

Appetite é o desejo natural ou a tendência de se alimentar ou comer alimentos. É uma sensação fisiológica controlada principalmente pelo sistema nervoso, que nos motiva a procurar e consumir alimentos para fornecer energia e nutrientes necessários ao nosso corpo. O apetite pode ser influenciado por diversos fatores, tais como nossas emoções, hábitos alimentares, estado de saúde geral e níveis hormonais.

Em condições normais, o apetite é regulado por um complexo sistema de sinais químicos e hormonais que enviam mensagens para o cérebro sobre o nível de energia e nutrientes no corpo. Por exemplo, quando o estômago está vazio, as células do revestimento do estômago secretam uma hormona chamada ghrelin, que é transportada pelo sangue até o cérebro e estimula a sensação de fome. Ao mesmo tempo, outras hormonas, como a leptina, são liberadas quando o estômago está cheio, enviando sinais para o cérebro indicando que é hora de parar de comer.

No entanto, em algumas condições médicas, como anorexia nervosa, bulimia nervosa e outras doenças mentais, o apetite pode ser desregulado, levando a alterações no peso corporal e na saúde geral. Além disso, certos medicamentos, doenças crônicas e tratamentos médicos também podem afetar o apetite. Portanto, é importante manter um equilíbrio saudável em nossos hábitos alimentares e procurar atendimento médico se houver preocupações com a regulação do apetite ou com outros sinais de problemas de saúde.

Na medicina, a ingestão de alimentos refere-se ao ato de consumir ou engolir alimentos e bebidas pela boca. É um processo fisiológico normal que envolve vários órgãos e sistemas corporais, incluindo a boca, o esôfago, o estômago e os intestinos. A ingestão de alimentos é essencial para fornecer energia e nutrientes necessários ao corpo para manter as funções corporais saudáveis e promover o crescimento e a recuperação. Além disso, a ingestão adequada de alimentos pode também desempenhar um papel importante na prevenção e no tratamento de doenças. No entanto, a ingestão excessiva ou inadequada de certos tipos de alimentos e bebidas pode levar a problemas de saúde, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

A leptina é um hormônio produzido principalmente pelas células adiposas (tecido adiposo) que desempenha um papel importante na regulação do apetite e dos gastos energéticos. Ele age no hipotálamo, no cérebro, enviando sinais de saciedade para o corpo, o que resulta em uma redução da ingestão de alimentos e um aumento do gasto calórico. A leptina também está envolvida em outras funções corporais, como a regulação do sistema imunológico, a reprodução e a neuroproteção. Os níveis anormais de leptina podem contribuir para o desenvolvimento de obesidade e outros distúrbios metabólicos.

Peptídeo YY (PYY) é um peptídio intestinal liberado pelas células L no intestino delgado e grosso em resposta à ingestão de alimentos. Ele pertence à família dos neuropeptide Y (NPY) e atua como um hormônio que regula o apetite e a saciedade, reduzindo a motilidade gastrointestinal e aumentando a absorção de nutrientes. O PYY é produzido principalmente na sua forma truncada, PYY3-36, que se liga aos receptores Y2 no hipotálamo, inibindo a liberação do neuropeptide Y e diminuindo o apetite. A libertação de PYY está relacionada com a quantidade e qualidade dos nutrientes ingeridos, sendo maior em resposta a uma dieta rica em gorduras e proteínas do que a uma dieta rica em carboidratos. Além disso, o PYY também desempenha um papel na regulação da pressão arterial, da função imune e da sensibilidade à insulina.

O estômago é um órgão muscular localizado na parte superior do abdômen, entre o esôfago e o intestino delgado. Ele desempenha um papel fundamental no processamento dos alimentos. Após deixar a garganta e passar pelo esôfago, o alimento entra no estômago através do músculo esfíncter inferior do esôfago.

No estômago, os alimentos são misturados com sucos gastricos, que contém ácido clorídrico e enzimas digestivas, como a pepsina, para desdobrar as proteínas. O revestimento do estômago é protegido da acidez pelo mucus produzido pelas células do epitélio.

O estômago age como um reservatório temporário para o alimento, permitindo que o corpo libere nutrientes gradualmente no intestino delgado durante a digestão. A musculatura lisa do estômago se contrai em movimentos ondulatórios chamados peristaltismos, misturando e esvaziando o conteúdo gastrico no duodeno (a primeira parte do intestino delgado) através do píloro, outro músculo esfíncter.

Em resumo, o estômago é um órgão importante para a digestão e preparação dos alimentos para a absorção de nutrientes no intestino delgado.

Estimulantes do apetite são medicamentos prescritos que aumentam o apetite e induzem a sensação de fome. Eles geralmente atuam no sistema nervoso central, alterando as vias neuroquímicas relacionadas à regulação do apetite. Os estimulantes do apetite são frequentemente usados em indivíduos que sofrem de perda de apetite significativa e desnutrição, como resultado de condições médicas subjacentes, como câncer, HIV/AIDS, síndrome do intestino irritável, depressão clínica e outras perturbações alimentares.

Existem vários estimulantes do apetite disponíveis no mercado, sendo os mais comuns: megestrol acetato e dronabinol. O megestrol acetato é um progestágeno sintético que atua no hipotálamo, aumentando a liberação de neurotransmissores relacionados ao apetite. Já o dronabinol é um derivado sintético do THC (tetrahidrocanabinol), o principal componente psicoativo da cannabis, que também estimula o apetite aumentando a liberação de neurotransmissores relacionados à regulação do humor e prazer.

Embora os estimulantes do apetite possam ser úteis no tratamento da perda de apetite e desnutrição, eles podem ter efeitos colaterais indesejáveis, como aumento de peso, sonolência, fadiga, alterações de humor e, em alguns casos, reações alérgicas. Portanto, é essencial que seja realizada uma avaliação cuidadosa dos benefícios e riscos antes da prescrição desses medicamentos e que sejam monitorados regularmente os pacientes para acompanhar sua resposta terapêutica e detectar quaisquer efeitos adversos.

O hormônio do crescimento humano (HGH), também conhecido como somatotropina, é um hormônio peptídio que é produzido e secretado pela glândula pituitária anterior no corpo humano. Ele desempenha um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento dos tecidos corporais, especialmente nos ossos e músculos.

A HGH é responsável por regular o metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios, além de influenciar a formação e crescimento dos ossos, a massa muscular, a força física e a composição corporal. Além disso, ela também desempenha um papel importante na regulação da função imune, no equilíbrio hidroeletrolítico e no bem-estar em geral.

A produção de HGH segue um ritmo diário, com picos de secreção ocorrendo durante a infância, adolescência e no início da idade adulta. A sua secreção é estimulada por fatores como exercício físico, sono profundo, jejum e estresse, enquanto é inibida por fatores como obesidade, idade avançada e certas doenças.

Distúrbios na produção ou ação da HGH podem resultar em condições clínicas, como o déficit de HGH, que pode causar nanismo e outros sintomas relacionados ao crescimento e desenvolvimento, e o acromegalia, uma doença rara caracterizada por um excesso crônico de HGH após a maturação óssea, o que leva ao crescimento exagerado dos tecidos moles e órgãos internos.

O hormônio do crescimento (GH ou somatotropina) é um hormônio peptídico produzido e secretado pela glândula pituitária anterior, uma estrutura endócrina localizada na base do cérebro. O GH desempenha um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento dos indivíduos ao longo da infância e adolescência, influenciando a proliferação e diferenciação celular, além de regular o metabolismo de proteínas, lipídios e carboidratos.

As principais ações do hormônio do crescimento são mediadas por outros hormônios, como o fator de crescimento insulino-like 1 (IGF-1), que é produzido principalmente no fígado em resposta à secreção de GH. O IGF-1 age na maioria dos tecidos alvo do hormônio do crescimento, promovendo o crescimento e desenvolvimento ósseo e tecidual, assim como a manutenção da massa magra e a regulação do metabolismo energético.

A secreção de GH é controlada por um complexo sistema de retroalimentação negativa envolvendo outros hormônios, neurotransmissores e fatores de libertação hipotalâmicos. A grelina, produzida no estômago, estimula a secreção de GH, enquanto a somatostatina, sintetizada no hipotálamo, a inibe. Além disso, fatores como o sono, exercícios físicos, jejum e stress também influenciam a liberação desse hormônio.

Desequilíbrios na secreção de GH podem resultar em condições clínicas, como o déficit de hormônio do crescimento (GHD) e o acromegalia, quando os níveis circulantes de GH estão elevados devido a um tumor hipofisário. Ambas as condições podem ser tratadas com terapia de reposição hormonal ou cirurgia, dependendo da causa subjacente e da gravidade dos sintomas.

Em termos médicos, a regulação do apetite refere-se ao mecanismo complexo e controlado hormonalmente que regula o equilíbrio entre a ingestão de alimentos e o gasto energético no corpo. Este processo envolve a interação de vários sinais hormonais e neuronais que actuam no cérebro para influenciar o desejo de comer e parar de comer.

Os hormonas como a grelina, produzida pelo estômago, estimulam o apetite enquanto outras hormonas, como a leptina, produzida pelos tecidos adiposos, suprimem-no. O hipotálamo, uma região do cérebro que controla a fome e a saciedade, integra esses sinais hormonais com outras informações, como as relacionadas ao estado nutricional e às necessidades energéticas do corpo, para regular o apetite e manter o equilíbrio energético.

Além disso, fatores psicológicos, ambientais e sociais também podem influenciar a regulação do apetite, tornando-o um processo complexo e multifatorial. A desregulação da regulação do apetite pode contribuir para distúrbios alimentares, obesidade e outras condições de saúde.

Jejum é um termo médico que se refere ao estado em que ocorre a ausência de ingestão de alimentos ou líquidos por um determinado período de tempo. É comumente prescrito antes de exames laboratoriais ou procedimentos diagnósticos para limpar o trato gastrointestinal e fornecer resultados mais precisos. Além disso, o jejum também é um estado fisiológico natural que ocorre durante o sono noturno. Em condições clínicas, o jejum pode ser usado terapeuticamente no tratamento de certas condições médicas, como a síndrome do intestino irritável ou a preparação para cirurgias abdominais. Contudo, é importante ressaltar que o jejum prolongado pode levar a desnutrição, desidratação e outras complicações, especialmente em indivíduos debilitados ou com doenças crônicas.

Acilação é um tipo de reação química em que um grupo acilo (composto orgânico formado por um carbono unido a um hidrogênio e um óxido de carbono, também conhecido como um grupo funcional carbonila) é adicionado a outra molécula. Essa reação geralmente ocorre em condições ácidas ou básicas e pode ser catalisada por enzimas em sistemas biológicos.

Existem diferentes tipos de acilação, dependendo do grupo acilo que está sendo adicionado e da molécula que está recebendo o grupo acilo. Alguns exemplos comuns incluem a acilação de álcoois, aminas e ácidos carboxílicos.

Em geral, a acilação é uma reação importante na síntese orgânica, pois permite a formação de ligações carbono-carbono e a modificação de grupos funcionais em moléculas orgânicas. Além disso, a acilação desempenha um papel fundamental em diversos processos biológicos, como na biossíntese de lipídios e na regulação da expressão gênica.

A fome é um estado fisiológico que ocorre quando a ingestão de calorias está insuficiente para suprir as necessidades energéticas do corpo. Isso geralmente leva a uma série de alterações metabólicas, hormonais e adaptativas, com o objetivo de preservar a integridade e a função dos órgãos vitais enquanto se aguarda por novas fontes de nutrientes. A fome prolongada pode resultar em grave perda de peso, desnutrição e diversas complicações de saúde graves, incluindo danos permanentes aos órgãos e, em casos extremos, morte.

Em um contexto clínico, a fome é geralmente definida como uma perda de peso involuntária de 5% ou mais do peso corporal normal em um prazo de um mês ou menos, ou uma ingestão calórica insuficiente para manter o peso corporal e suprir as necessidades energéticas mínimas do corpo. Além disso, a fome pode ser classificada como aguda (duração inferior a 2 semanas) ou crônica (duração superior a 2 semanas), dependendo da sua duração.

É importante notar que a fome não deve ser confundida com o jejum, um estado em que a ingestão de calorias é intencionalmente interrompida por um determinado período de tempo para fins terapêuticos ou religiosos. O jejum geralmente é bem tolerado pelo corpo e não leva a complicações graves, desde que seja realizado com cuidado e sob orientação médica adequada.

O esvaziamento gástrico é um termo médico que se refere à evacuação do conteúdo do estômago, geralmente referindo-se ao processo em que o estômago se esvazia no duodeno (a primeira parte do intestino delgado) após a ingestão de alimentos. Em um contexto clínico, especialmente em estudos de imagem ou durante procedimentos como uma gastroscopia, o termo "esvaziamento gástrico" pode se referir ao tempo que leva para que o conteúdo do estômago seja completamente esvaziado após a administração de um líquido ou comida. A taxa de esvaziamento gástrico pode ser afetada por vários fatores, incluindo a composição da refeição, a velocidade à qual a refeição é consumida e condições médicas subjacentes, como disfunção motora gástrica ou diabetes.

O Período Pós-Prandial, também conhecido como período pós-alimentar, refere-se ao intervalo de tempo que se inicia após a ingestão de uma refeição e termina quando ocorre a digestão completa dos nutrientes ingeridos. Durante este período, ocorrem diversas respostas fisiológicas e metabólicas, como a secreção de insulina para regular os níveis de glicose no sangue, a motilidade intestinal para promover o trânsito dos nutrientes e a ativação do sistema nervoso autônomo para regular a digestão e outras funções corporais. Além disso, estudos têm demonstrado que o período pós-prandial pode influenciar o risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, especialmente se as refeições são ricas em gorduras e açúcares.

Receptores acoplados à proteína G (RAPG ou GPCRs, do inglês G protein-coupled receptors) são um tipo muito grande e diversificado de receptores transmembranares encontrados em células eucarióticas. Eles desempenham funções importantes na comunicação celular e transmissão de sinais, sendo responsáveis por detectar uma variedade de estímulos externos, como neurotransmissores, hormônios, luz, odorantes e gustos.

Os RAPG são constituídos por sete domínios transmembranares helicoidais, formando um corpo proteico em forma de bastão que atravessa a membrana celular. A extremidade N-terminal do receptor fica voltada para o exterior da célula e é frequentemente responsável pela ligação do ligante (o estímulo que ativa o receptor). A extremidade C-terminal está localizada no citoplasma e interage com as proteínas G, das quais recebem seu nome.

Quando um ligante se liga a um RAPG, isto promove uma mudança conformacional no receptor que permite a dissociação da subunidade alfa da proteína G (Gα) em duas partes: o fragmento GTP-ativo e o fragmento GDP-inativo. O fragmento GTP-ativo se associa então a uma variedade de enzimas, como a adenilato ciclase ou a fosfolipase C, desencadeando uma cascata de reações que resultam em sinalizações intracelulares e respostas celulares específicas.

Os RAPG são alvos terapêuticos importantes para muitos fármacos, pois sua ativação ou inibição pode modular a atividade de diversos processos biológicos, como a resposta inflamatória, o sistema nervoso central e a regulação do metabolismo.

Insulina é uma hormona peptídica produzida e secretada pelas células beta dos ilhéus de Langerhans no pâncreas. Ela desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, promovendo a absorção e o uso de glicose por células em todo o corpo.

A insulina age ligando-se a receptores específicos nas membranas celulares, desencadeando uma cascata de eventos que resultam na entrada de glicose nas células. Isso é particularmente importante em tecidos como o fígado, músculo esquelético e tecido adiposo, onde a glicose é armazenada ou utilizada para produzir energia.

Além disso, a insulina também desempenha um papel no crescimento e desenvolvimento dos tecidos, inibindo a degradação de proteínas e promovendo a síntese de novas proteínas.

Em indivíduos com diabetes, a produção ou a ação da insulina pode estar comprometida, levando a níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia) e possíveis complicações à longo prazo, como doenças cardiovasculares, doenças renais e danos aos nervos. Nesses casos, a terapia com insulina pode ser necessária para controlar a hiperglicemia e prevenir complicações.

O hormônio liberador de hormônio do crescimento, também conhecido como GHRH (do inglês: Growth Hormone-Releasing Hormone), é um hormônio peptídico formado por 44 aminoácidos. Ele é produzido e secretado pelos neurônios do hipotálamo, uma região do cérebro responsável pelo controle de diversas funções homeostáticas do organismo.

A função principal do GHRH é atuar no hipófise anterior (adenoipófise), estimulando a produção e liberação do hormônio do crescimento (GH ou Growth Hormone). O GH, por sua vez, desencadeia uma cascata de eventos fisiológicos que resultam no crescimento e desenvolvimento dos tecidos corporais, além de outras ações metabólicas importantes.

Em resumo, o hormônio liberador de hormônio do crescimento (GHRH) é um peptídeo hipotalâmico que regula a secreção do hormônio do crescimento (GH), desempenhando um papel crucial no controle do crescimento e desenvolvimento do organismo.

Em termos médicos, o "comportamento alimentar" refere-se ao conjunto de hábitos, padrões e atitudes relacionadas à ingestão de alimentos e bebidas por um indivíduo. Isso inclui a frequência e quantidade de refeições, escolha de alimentos, preferências gustativas, horários de consumo, ritmos alimentares, meio ambiente em que se alimenta, interação social durante as refeições, e outros fatores relacionados à alimentação. O comportamento alimentar pode ser influenciado por diversos fatores, tais como fatores biológicos (como necessidades nutricionais e sinais de fome e saciedade), psicológicos (como estresse, humor, personalidade e experiências passadas), sociais (como costumes culturais, normas familiares e pressão dos pairs) e ambientais (como disponibilidade e acessibilidade de alimentos). Alterações no comportamento alimentar podem estar associadas a diversos problemas de saúde, como obesidade, desnutrição, transtornos alimentares e outras condições médicas.

Neuropeptide Y (NPY) é um peptídeo neuroativador que ocorre naturalmente no corpo humano. É um dos neuropeptídeos mais abundantes no sistema nervoso central e desempenha um papel importante na regulação de diversas funções fisiológicas, como o apetite, o humor, a pressão arterial, a memória e o sono.

NPY é sintetizado a partir de um precursor proteico maior chamado pré-proneuropeptide Y e é armazenado em vesículas sinápticas nos terminais nervosos. Quando estimulados, os neurônios liberam NPY no espaço sináptico, onde se liga a receptores específicos na membrana pós-sináptica e desencadeia uma variedade de respostas celulares.

No cérebro, NPY tem sido implicado em diversos processos fisiológicos e patológicos, incluindo o controle do apetite e da ingestão de alimentos, a regulação do ritmo cardíaco e da pressão arterial, a modulação da ansiedade e do humor, a memória e o aprendizado, e a neuroproteção contra danos cerebrais.

Em condições patológicas, como a obesidade, a depressão e a hipertensão, os níveis de NPY podem estar desregulados, o que pode contribuir para a fisiopatologia dessas doenças. Assim, o Neuropeptide Y é um alvo importante para o desenvolvimento de novas terapias farmacológicas para o tratamento de diversas condições clínicas.

A "resposta de saciedade" é um complexo conjunto de sinais neurofisiológicos e hormonais que ocorrem em resposta ao consumo de alimentos e resultam na sensação de plenitude ou satisfação, o que leva à redução do consumo adicional de comida. Essa resposta desempenha um papel fundamental no controle da ingestão alimentar e no mantimento do equilíbrio energético.

A resposta de saciedade é orquestrada por uma rede complexa de sinais que envolvem o sistema nervoso central e periférico, além dos hormônios relacionados à alimentação. Entre os fatores que contribuem para essa resposta estão:

1. Sinais gastrointestinais: A distensão do estômago e a liberação de hormônios gastrointestinais, como a colecistocinina (CCK) e o peptídeo YY (PYY), após a ingestão alimentar, sinalizam ao cérebro que o estômago está cheio e desencadeiam a resposta de saciedade.
2. Sinais metabólicos: A digestão e o metabolismo dos nutrientes no intestino geram sinais que são detectados pelo sistema nervoso periférico e central, contribuindo para a regulação da ingestão alimentar. Por exemplo, a glicose e outros nutrientes podem influenciar a liberação de hormônios como insulina e leptina, que desempenham um papel na modulação da saciedade.
3. Sinalizações cerebrais: O cérebro processa os sinais periféricos e metabólicos em centros de controle da alimentação, como o hipotálamo, que integra essas informações para regular a ingestão alimentar. A dopamina, a serotonina e outros neurotransmissores também desempenham um papel na regulação da saciedade e do apetite.
4. Fatores psicológicos e ambientais: O estado emocional, as preferências alimentares e o ambiente em que se consome a refeição podem influenciar a sensação de saciedade. Por exemplo, comer em um ambiente relaxante e à vontade pode contribuir para uma maior sensação de saciedade do que comer em um ambiente estressante ou desconfortável.

A resposta de saciedade é um processo complexo envolvendo diversos sinais periféricos e centrais, bem como fatores psicológicos e ambientais. A compreensão dos mecanismos que regulam a saciedade pode contribuir para o desenvolvimento de estratégias eficazes para o tratamento do sobrepeso e da obesidade, além de outras condições relacionadas à alimentação desregulada.

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