Omento
Retalhos Cirúrgicos
Autoenxertos
Síndrome de Poland
Hemangiopericitoma
Peritônio
Cavidade Abdominal
Abdome Agudo
Tinta
O omento, também conhecido como epiplônio, refere-se a duas pregas de tecido adiposo localizadas no abdômen dos mamíferos. Existem dois tipos principais de omento: o omento maior (ou grande omento) e o omento menor (ou pequeno omento).
1. Omento Maior: Também chamado de cúpula de omento, é a maior das duas pregas adiposas. Ele se origina na curvatura maior do estômago e se alonga até a região inferior do abdômen, onde se divide em duas porções: o lobo esquerdo e o lobo direito. O omento maior é altamente vascularizado e inervado, e desempenha um papel importante na resposta inflamatória e no metabolismo lipídico.
2. Omento Menor: É uma pequena prega adiposa que se estende da curvatura menor do estômago até a face posterior do fígado. Também é altamente vascularizado e inervado, e ajuda na proteção dos órgãos abdominais circundantes.
Em resumo, o omento é um tecido adiposo localizado no abdômen, que desempenha funções importantes em processos como a resposta inflamatória e o metabolismo lipídico, além de proteger órgãos abdominais.
As doenças peritoneais referem-se a um grupo de condições que afetam o peritônio, a membrana serosa que reveste a parede abdominal e os órgãos pélvicos. O peritônio é composto por duas camadas: a parietal (que reveste a parede abdominal) e a visceral (que envolve os órgãos abdominopélvicos). A cavidade peritoneal, onde estas duas camadas se encontram, contém um líquido seroso que permite o deslizamento suave dos órgãos uns sobre os outros.
As doenças peritoneais podem ser classificadas em:
1. Peritonites: inflamação do peritônio, geralmente causada por infecções bacterianas ou fungos. As infecções podem ocorrer como complicações de apendicite, diverticulite, pancreatite, infecções urinárias ou outras condições que permitem a propagação de microorganismos para a cavidade peritoneal. A peritonite bacteriana espontânea (PBE) é uma complicação observada em indivíduos com doença hepática avançada, cirrose e ascites, geralmente devido à infecção por bactérias presentes na flora intestinal.
2. Doenças neoplásicas: cânceres que se originam no peritônio (primários) ou se espalham para o peritônio a partir de outros órgãos (secundários ou metastáticos). Os tumores primários do peritônio são raros e geralmente malignos, incluindo mesotelioma peritoneal, carcinomatose pseudomixomatosa e outros sarcomas. As neoplasias secundárias mais comuns no peritônio incluem o câncer de ovário, câncer colorretal, câncer de estômago e câncer de pulmão.
3. Doenças inflamatórias: doenças que causam inflamação crônica no peritônio, como a doença de Crohn, sarcomatose benigna, peritonite tuberculosa e outras infecções granulomatosas.
4. Doenças vasculares: trombose da veia cava inferior (TVCI) e síndrome de Budd-Chiari são exemplos de doenças vasculares que podem envolver o peritônio. A TVCI é uma trombose da veia cava inferior, geralmente associada a outras tromboses venosas profundas e causando sintomas como dor abdominal, distensão abdominal e inchaço dos membros inferiores. A síndrome de Budd-Chiari é uma obstrução da veia hepática ou da veia cava inferior que leva à hipertensão portal e insuficiência hepática.
5. Doenças neoplásicas: o peritônio pode ser afetado por vários tipos de tumores, como carcinomatose peritoneal, mesotelioma peritoneal e outros tumores malignos primários ou secundários.
6. Doenças metabólicas: doenças metabólicas como a acumulação de gordura no peritônio (steatose hepática) podem causar sintomas abdominais e outras complicações.
7. Doenças traumáticas: o peritônio pode ser afetado por trauma físico, como lesões por acidentes de trânsito ou cirurgias abdominais anteriores.
8. Doenças idiopáticas: algumas doenças do peritônio ainda não têm causa conhecida e são classificadas como idiopáticas, como a síndrome de Reiter e a doença de Behçet.
As neoplasias peritoneais referem-se a um grupo de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e desregulado de células no revestimento seroso (peritoneal) do abdômen. Esse revestimento cobre as superfícies internas dos órgãos abdominais e forma o saco peritoneal. Neoplasias peritoneais podem ser benignas ou malignas (cânceres).
Existem vários tipos de neoplasias peritoneais, incluindo:
1. Carcinomatose Peritoneal Primária: é um câncer raro que se origina no revestimento peritoneal. Pode ser difícil de diagnosticar e tratarmos, pois os sintomas geralmente não aparecem até as estágios avançados da doença.
2. Carcinomatose Secundária ou Metastática: é o crescimento de células cancerosas em outros órgãos que se espalharam (metástases) para o revestimento peritoneal a partir de um tumor primário em outra parte do corpo, como o câncer de ovário, cólon, estômago ou pâncreas.
3. Mesotelioma Peritoneal: é um tipo raro e agressivo de câncer que afeta o revestimento seroso do abdômen, geralmente associado à exposição ao amianto.
4. Tumores Quísticos Peritoneais: são tumores benignos que contêm líquido ou material semissólido. Podem crescer e causar sintomas, como distensão abdominal e dor. Em alguns casos, esses tumores podem se transformar em malignos.
5. Outros tumores raros: existem outros tipos de neoplasias peritoneais menos comuns, como lipomas, leiomiomas, fibromas e neurofibromas.
Os sintomas das neoplasias peritoneais podem variar dependendo do tipo e extensão da doença. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Distensão abdominal ou aumento do tamanho do abdômen
- Dor abdominal
- Náuseas e vômitos
- Perda de apetite e perda de peso involuntária
- Falta de ar, tosse ou dificuldade para engolir (no caso de mesotelioma peritoneal)
- Febre ou suores noturnos
O diagnóstico geralmente é estabelecido por meio de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. A confirmação do diagnóstico pode exigir uma biópsia do tumor para análise microscópica. O tratamento depende do tipo e estágio da neoplasia peritoneal e pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Em alguns casos, o transplante de células-tronco também pode ser uma opção de tratamento.
"Retalhos Cirúrgicos" referem-se a pequenas porções de tecido que são cortadas e removidas durante um procedimento cirúrgico. Esses retalhos podem consistir em tecidos como pele, gordura, músculo ou outros tecidos afetados pela condição médica que necessitou da cirurgia. Eles são frequentemente enviados para análises laboratoriais adicionais, como exames histopatológicos, para ajudar no diagnóstico, na caracterização da doença ou no planejamento de tratamentos adicionais. A quantidade e o tipo de retalhos cirúrgicos variam dependendo da natureza e localização da cirurgia.
Autograft ou autoenxertro é um tipo de enxerto em que o tecido ou órgão é transferido de uma parte do corpo de um indivíduo para outra parte do mesmo indivíduo. Isso significa que o tecido doador e o receptor são a mesma pessoa.
Este tipo de procedimento é comum em diversas especialidades médicas, como cirurgia plástica, oftalmologia, ortopedia e outras. Alguns exemplos de autoenxertros incluem: enxerto de pele para tratamento de queimaduras ou úlceras, enxerto de osso para reparar fraturas complexas, enxerto de cartilagem para reparar articulações danificadas e enxerto de córnea para restaurar a visão.
A vantagem dos autoenxertros é que eles reduzem o risco de rejeição imune, uma vez que o tecido doador e o receptor são idênticos imunologicamente. No entanto, existem algumas desvantagens potenciais, como a possibilidade de doença do tecido doador se propagar para a área receptora, bem como a limitação da quantidade de tecido disponível para o enxerto.
A Síndrome de Poland é uma condição rara e congênita caracterizada por anomalias na parede torácica, principalmente a ausência parcial ou total do músculo peitoral maior, o que pode resultar em uma depressão ou concavidade no lado afetado do tórax. Além disso, os indivíduos com a síndrome de Poland podem apresentar outras características, como:
* Anomalias no braço afetado, como underdevelopment (hipoplasia) dos músculos e tecidos moles, especialmente nos dedos e antebraço.
* Ausência ou subdesenvolvimento do mamilo e glândula mamária na mesma lado do tórax.
* Diferenças no tamanho e forma dos seios.
* Anomalias no desenvolvimento dos órgãos genitais internos, especialmente em mulheres.
* Problemas de coluna vertebral, como escoliose ou curvatura anormal da coluna.
A Síndrome de Poland é geralmente diagnosticada na infância ou adolescência e ocorre com maior frequência em homens do que em mulheres. A causa exata ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada a problemas no desenvolvimento fetal durante as primeiras semanas de gravidez. Não existe cura para a síndrome de Poland, mas os sintomas podem ser tratados com fisioterapia, terapia ocupacional, cirurgia reconstrutiva e outras opções de tratamento, dependendo dos casos específicos.
A torção (do latim "torsio", do grego "helix") refere-se ao ato ou efeito de retorcer ou retorcer um objeto sobre o seu próprio eixo. Em anatomia, a torção refere-se à torsão ou rotação de uma estrutura anatômica naturalmente em relação a outra.
Uma "anormalidade torcional" geralmente se refere a uma condição em que alguma estrutura anatômica tem uma rotação ou torsão excessiva ou inadequada em relação à sua posição normal. Isso pode ocorrer durante o desenvolvimento fetal e resultar em diferentes padrões de malformações congênitas, dependendo da estrutura afetada.
Por exemplo, no sistema musculoesquelético, a anormalidade torcional pode causar alterações na forma e função dos ossos, músculos, ligamentos e outras estruturas envolvidas. Isso pode resultar em problemas como displasia do quadril, escoliose, dor articular e outros sintomas.
No sistema gastrointestinal, a anormalidade torcional pode causar volvulus, uma condição em que o intestino se torsiona sobre si mesmo, podendo levar a obstrução intestinal, isquemia e necrose.
Em resumo, "anormalidade torcional" é um termo médico geral usado para descrever uma condição em que alguma estrutura anatômica tem uma rotação ou torsão excessiva ou inadequada em relação à sua posição normal.
Hemangiopericitoma é um tumor raro e geralmente benigno que se origina dos células pericíticas, que envolvem os vasos sanguíneos. Este tumor é frequentemente encontrado em tecidos moles profundos, como músculos, e pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas é mais comumente encontrado no braço ou perna.
Embora a maioria dos hemangiopericitomas seja benigna, alguns podem ser malignos e crescer rapidamente, invadir tecidos adjacentes e metastatizar para outras partes do corpo. Os sintomas variam dependendo da localização do tumor e podem incluir dor, inchaço, fraqueza muscular ou mobilidade reduzida.
O diagnóstico de hemangiopericitoma geralmente é estabelecido por meio de biópsia ou ressonância magnética (RM) e a confirmação é feita por análise histopatológica do tecido removido. O tratamento geralmente consiste em excisão cirúrgica do tumor, seguida de monitoramento clínico para detectar quaisquer sinais de recidiva ou metástase.
Peritónio é a membrana serosa que reveste a parede abdominal e os órgãos pélvicos e abdominais. Ele possui duas camadas: a parietal (que está em contato com a parede abdominal) e a visceral (que envolve os órgãos). O peritónio secreta um fluido lubrificante que permite o deslizamento dos órgãos abdominais entre si e protege esses órgãos de lesões mecânicas. Além disso, ele desempenha um papel importante no sistema imunológico, auxiliando na defesa contra infecções.
A cavidade abdominal é a região do corpo limitada por estruturas ósseas e musculares, onde ficam localizados órgãos importantes como o estômago, intestino delgado e grosso, fígado, pâncreas, baço e rins. Ela está delimitada pela parede abdominal anterior, formada pelos músculos recto abdominal, oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdômen, e pela coluna vertebral posteriormente. A cavidade abdominal é dividida em duas regiões: a região superior, chamada de cavidade peritoneal ou abdominopélvica, que está revestida pelo peritónio e contém maioritariamente órgãos intraperitoneais; e a região inferior, denominada de cavidade retroperitoneal, onde se encontram órgãos retroperitoneais. Além disso, a cavidade abdominal é preenchida por líquido seroso, que permite o deslizamento dos órgãos um sobre o outro e reduz a fricção durante os movimentos corporais.
"Abdome agudo" é um termo médico usado para descrever uma condição em que o abdômen de uma pessoa está inflamado e dolorido repentinamente. Esse tipo de dor abdominal geralmente começa de forma súbita e é frequentemente grave o suficiente para impedir a pessoa de continuar com suas atividades diárias normais. Além disso, o abdome pode estar inchado e sensível à palpação.
A causa subjacente do abdome agudo pode variar muito e pode incluir uma série de condições, como apendicite, pancreatite, úlcera Péptica perfurada, diverticulite, infecção intestinal, obstrução intestinal, entre outras. Em alguns casos, o abdome agudo pode ser causado por uma doença sistêmica, como a doença inflamatória intestinal ou a isquemia mesentérica.
O tratamento do abdome agudo depende da causa subjacente e geralmente requer a avaliação e o tratamento imediatos por um profissional médico. Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para remover ou reparar a parte do trato digestivo que está causando os sintomas. Em outros casos, o tratamento pode incluir antibióticos, fluidoterapia e medicação para aliviar os sintomas.
Em termos médicos, "tinta" geralmente se refere a um tipo específico de substância utilizada em procedimentos diagnósticos e terapêuticos, conhecida como "tinta contrastante". Ela é inserida no corpo para fornecer contraste em exames de imagem, tais como radiografias, tomografias computadorizadas (TC) ou ressonâncias magnéticas (RM). Isso permite que as estruturas internas sejam melhor visualizadas e diagnosticadas. Existem diferentes tipos de tintas contrastantes, dependendo do exame a ser realizado e da região anatômica em questão. Algumas tintas são ingeridas por via oral, enquanto outras podem ser administradas por injeção ou enema. É importante ressaltar que o uso de tintas contrastantes deve ser realizado por profissionais de saúde qualificados e em instituições adequadamente equipadas, visto que seu uso incorreto pode acarretar riscos para a saúde do paciente.
Hemiatrofia Facial é um distúrbio neurológico extremamente raro que é caracterizado por um desenvolvimento anormal e assimetria facial progressiva. A hemiface (metade do rosto) afetada geralmente apresenta uma aparência enrugada, flácida e envelhecida, com a pele fina, ossos faciales mais magros e músculos faciais atrofiados. Essas mudanças na aparência geralmente começam a se manifestar durante a infância ou adolescência e pioram ao longo do tempo.
A hemiatrofia facial pode afetar qualquer um dos lados do rosto, mas ocorre mais frequentemente no lado esquerdo. Além disso, este distúrbio geralmente é unilateral (afeta apenas um lado do rosto), mas casos bilaterais (que afetam ambos os lados do rosto) também foram relatados.
A causa exata da hemiatrofia facial ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada a uma lesão ou disfunção no sistema nervoso periférico. Algumas teorias sugerem que isso possa ser resultado de uma interrupção no fornecimento de sangue ou oxigênio para os músculos e tecidos faciais durante o desenvolvimento fetal ou em estágios posteriores da vida. Em alguns casos, a hemiatrofia facial pode estar associada a outras condições neurológicas, como paralisia de Bell ou esclerose múltipla.
Embora a hemiatrofia facial não seja uma condição potencialmente letal, ela pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos indivíduos afetados devido às mudanças visíveis no rosto e às dificuldades funcionais que podem ocorrer. Tratamento para a hemiatrofia facial geralmente se concentra em melhorar a função e a aparência dos músculos faciais, geralmente por meio de terapia física ou cirurgia reconstrutiva.