Tireotropina
Receptores da Tireotropina
Glândula Tireoide
Hormônio Liberador de Tireotropina
Tiroxina
Hipotireoidismo
Hipertireoidismo
Tirotropina Alfa
Testes de Função Tireóidea
Imunoglobulinas Glândula Tireoide-Estimulantes
Doença de Graves
Tri-Iodotironina
Hipotireoidismo Congênito
Tireotropina Subunidade beta
Hormônios Tireóideos
Tireoglobulina
Radioimunoensaio
Iodo
Tri-Iodotironina Reversa
Iodeto Peroxidase
Hormônios Adeno-Hipofisários
AMP Cíclico
Exoftalmia
Bócio
Hipófise
Adeno-Hipófise
Kit de Reagentes para Diagnóstico
Propiltiouracila
Imunoensaio
Oftalmopatia de Graves
Tireotoxicose
Prolactina
Glândula de Harder
Subunidade alfa de Hormônios Glicoproteicos
Receptores do Hormônio Liberador da Tireotropina
Proteínas de Ligação a Tiroxina
Carbimazol
Tireoidite Autoimune
Antitireóideos
Ácido Pirrolidonocarboxílico
Mixedema
Radioisótopos do Iodo
Neoplasias Hipofisárias
Bócio Nodular
Metimazol
Iodeto de Potássio
Fator de Transcrição Pit-1
Hormônio do Crescimento
Tireoidite
Adenilato Ciclase
Síndromes do Eutireóideo Doente
Bovinos
Papel
Receptores de Superfície Celular
Hipopituitarismo
Iodeto de Sódio
Microquímica
Bucladesina
Tireoidite Subaguda
Membrana Celular
Células CHO
Gonadotropina Coriônica
Valores de Referência
Técnicas de Ablação
Hormônio Luteinizante
Cães
Receptores do LH
Dados de Sequência Molecular
La tireotropina (TSH, sigla em inglês), também conhecida como tirotropina ou hormona estimulante da tiróide, é um hormônio produzido e liberado pelas células da glândula pituitária anterior. A sua função principal é regular a atividade da glândula tireoide, que está localizada na parte frontal do pescoço.
A tireotropina estimula a glândula tireoide para produzir e libertar os hormônios tireoidianos triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4), que desempenham um papel importante no metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo. A produção de TSH é controlada por um mecanismo de retroalimentação negativa envolvendo os hormônios tireoidianos e a tiroxina (um derivado da tetraiodotironina). Quando os níveis de T3 e T4 estão baixos, o hipotálamo secreta a tiriliberina, que estimula a glândula pituitária a libertar mais TSH. Em contrapartida, quando os níveis de T3 e T4 estão altos, a produção de TSH é suprimida.
A tireotropina pode ser medida através de um exame sanguíneo conhecido como dosagem hormonal, o qual pode ser útil no diagnóstico e monitorização de diversas condições clínicas, tais como hipotireoidismo (baixa atividade da glândula tireoide), hipertireoidismo (excessiva atividade da glândula tireoide) e tumores da glândula pituitária.
Os Receptores da Tireotropina (TSHR, do inglês Thyroid-stimulating hormone receptor) são proteínas integrais de membrana encontradas na superfície das células tireoidianas. Eles pertencem à família de receptores acoplados à proteína G (GPCRs, do inglês G protein-coupled receptors) e desempenham um papel fundamental no controle da homeostase hormonal da tiróide.
A TSHR é ativada pela tireotropina (TSH), uma hormona produzida e liberada pela glândula pituitária anterior. A ligação do TSH à sua respectiva receptora estimula uma cascata de eventos intracelulares que levam ao aumento da síntese e secreção dos hormônios tireoidianos, triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4), além de promover o crescimento e proliferação das células tireoidianas.
Mutações nos genes que codificam os receptores da Tireotropina podem resultar em diversas condições clínicas, como a doença de Graves, uma doença autoimune que causa hipertireoidismo, e o hipotiroidismo congênito, uma condição genética rara causada pela falha na resposta adequada à TSH. Além disso, os anticorpos dirigidos contra a TSHR desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença de Graves e do miastenia gravis.
A glândula tireoide é uma glândula endócrina localizada na região anterior do pescoço, abaixo da laringe e à frente da traqueia. Ela tem a forma de um escudo ou butterfly devido à sua divisão em duas lobos laterais conectados por um istmo. A glândula tireoide produz hormônios importantes, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que contêm iodo e desempenham papéis vitais no metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo. A glândula tireoide regula o seu próprio nível de hormônios por meio de um feedback negativo com o hipotálamo e a hipófise, que secretam as hormonas estimulantes da tireoide (TSH). Essa interação complexa garante um equilíbrio adequado dos níveis hormonais no corpo. Alterações na função tireoidal podem resultar em condições clínicas, como hipotireoidismo (baixa produção de hormônios tireoidianos) e hipertireoidismo (excesso de produção de hormônios tireoidianos).
Hormônio Liberador de Tireotropina (TRH, do inglês Thyrotropin-Releasing Hormone) é um hormônio peptídico triplofásico composto por três aminoácidos: glutamina, histidina e prolina. Ele é produzido e liberado pelos neurônios do hipotálamo, especificamente no núcleo paraventricular, e sua função principal é atuar como um regulador da homeostase das hormonas tireoidianas.
O TRH estimula a glândula pituitária anterior (adenoipófise) para liberar o hormônio estimulante da tiróide (TSH, do inglês Thyroid-Stimulating Hormone), que por sua vez atua sobre a glândula tireoide, promovendo a produção e secreção dos hormônios tireoidianos triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4).
A via TRH-TSH-T3/T4 desempenha um papel crucial no controle do metabolismo basal, crescimento e desenvolvimento, temperatura corporal, humor, e outras funções fisiológicas importantes. A liberação de TRH é controlada por mecanismos complexos de retroalimentação negativa envolvendo os hormônios tireoidianos e o próprio TSH, garantindo assim um equilíbrio adequado entre a produção e secreção dessas hormonas.
Tiroxina, também conhecida como T4, é uma hormona produzida pela glândula tireoide. É a forma primária de hormona tireoidal circulante no sangue e é fundamental para regular o metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo. A tiroxina é convertida em triiodotironina (T3), outra importante hormona tireoidal, pela enzima desiodase no tecido periférico.
A produção de tiroxina é regulada por um mecanismo de feedback negativo que envolve a glândula hipófise e a glândula tireoide. A hipófise secreta a TSH (hormona estimulante da tireoide), que estimula a tireoide a produzir e libertar mais tiroxina. Quando os níveis de tiroxina no sangue estiverem suficientemente altos, eles inibirão a libertação adicional de TSH pela hipófise, mantendo assim um equilíbrio hormonal adequado.
A deficiência de tiroxina pode resultar em hipotireoidismo, uma condição que pode causar sintomas como fadiga, ganho de peso, sensibilidade ao frio e depressão. Por outro lado, níveis excessivos de tiroxina podem levar a hipertireoidismo, com sintomas como perda de peso involuntária, taquicardia, intolerância ao calor e ansiedade. É importante manter os níveis de tiroxina em equilíbrio para garantir um bom funcionamento do corpo.
Hipotireoidismo é um distúrbio endócrino em que a glândula tireoide não produz suficientes hormônios tireoidianos (tiroxina e triiodotironina). A tiroxina e a triiodotironina desempenham funções importantes na regulagem do metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo.
Quando os níveis de hormônios tireoidianos estão baixos, o metabolismo corporal pode desacelerar, resultando em sintomas como fadiga, aumento de peso, sensibilidade ao frio, constipação, pele seca, cabelo fino e frágil, além de outros sintomas. O hipotireoidismo pode ser causado por vários fatores, incluindo doenças autoimunes (como a doença de Hashimoto), tratamento com radiação ou cirurgia na glândula tireoide, deficiência de iodo e uso de certos medicamentos.
O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames sanguíneos que avaliam os níveis hormonais e a função da tireoide. O tratamento geralmente consiste em substituição hormonal, geralmente com levotiroxina, um medicamento sintético que contém tiroxina. A dose de levotiroxina é ajustada individualmente, dependendo dos níveis hormonais e sintomas do paciente. O tratamento geralmente é necessário ao longo da vida, mas com o tratamento adequado, os sintomas geralmente podem ser controlados e as complicações evitadas.
Hipertireoidismo é um distúrbio endócrino em que a glândula tireoide produz excessivamente as hormonas tireoidianas triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Isso resulta em uma aceleração do metabolismo basal, o que pode levar a sintomas como perda de peso involuntária, taquicardia, intolerância ao calor, tremores finos nas mãos e alterações do humor. O hipertireoidismo pode ser causado por várias condições, sendo a mais comum a Doença de Graves. Outras causas incluem nódulos tireoidianos autônomos e inflamação da glândula tireoide (tiroidite). O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames laboratoriais que avaliam os níveis séricos das hormonas tireoidianas e da tirotropina (TSH), além de exames de imagem como ultrassom e gammagrafia. O tratamento pode incluir medicamentos antitireoidianos, iodeto radioativo ou cirurgia para reduzir o tamanho e a função da glândula tireoide.
La tireotropina alfa, também conhecida como TSH alfa, é uma hormona sintética usada no tratamento da doença de Basedow-Graves (hipertireoidismo autoinmunológico). É produzido por engenharia genética e tem atividade idêntica à tireotropina natural, uma hormona produzida pela glândula pituitária que regula a função da glândula tiróide. A TSH alfa é usada em combinação com antitireoidianos de acção prolongada (PTU ou metimazol) para tratar a doença de Basedow-Graves e controlar os níveis elevados de hormônios tireoidianos no sangue. A TSH alfa age ao bloquear as células da tiróide estimuladas pelo anticorpo TSI (anti-TSH receptor), reduzindo assim a produção e libertação de hormônios tireoidianos. Em comparação com a tireotropina natural, a TSH alfa tem uma maior afinidade pelos receptores da tiróide estimulados pelo TSI, o que permite que seja usada em doses mais baixas e com menor risco de estimular a produção de hormônios tireoidianos.
Os Testes de Função Tireoidiana são um conjunto de exames laboratoriais usados para avaliar a função da glândula tireoide. A glândula tireoide produz hormônios que desempenham um papel importante na regulação do metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo.
Existem diferentes tipos de testes de função tireoidiana, mas os mais comuns são:
1. Teste de TSH (Tireotropina ou Tirotropina): Este teste mede o nível de TSH na sangue. O TSH é uma hormona produzida pela hipófise que estimula a glândula tireoide a produzir hormônios tireoidianos. Altos níveis de TSH indicam hipotireoidismo (baixa função tireoidiana), enquanto baixos níveis sugerem hipertireoidismo (alta função tireoidiana).
2. Teste de T4 (Tiroxina): Este teste mede o nível de T4 na sangue, que é um dos principais hormônios produzidos pela glândula tireoide. Baixos níveis de T4 podem indicar hipotireoidismo, enquanto altos níveis sugerem hipertireoidismo.
3. Teste de T3 (Triiodotironina): Este teste mede o nível de T3 na sangue, que é outro hormônio importante produzido pela glândula tireoide. Baixos níveis de T3 podem indicar hipotireoidismo, enquanto altos níveis sugerem hipertireoidismo.
4. Teste de T3 livre: Este teste mede o nível de T3 livre na sangue, que é a fração ativa do hormônio T3 que não está ligada às proteínas. Baixos níveis de T3 livre podem indicar hipotireoidismo, enquanto altos níveis sugerem hipertireoidismo.
5. Teste de TSH (Hormônio estimulante da tireoide): Este teste mede o nível de TSH na sangue, que é um hormônio produzido pela glândula hipófise que regula a função da glândula tireoide. Altos níveis de TSH podem indicar hipotireoidismo, enquanto baixos níveis sugerem hipertireoidismo.
Os médicos podem solicitar um ou mais desses testes para ajudar a diagnosticar e monitorar condições relacionadas à tireoide, como o hipotireoidismo e o hipertireoidismo.
As imunoglobulinas tireoide-estimulantes (TSI, do inglês Thyroid-stimulating immunoglobulins) são autoanticorpos que se ligam à receptor de tireotropina (TSH) na membrana da célula tireóide e imitam a ação da tireotropina hormonal estimulando a produção e secreção dos hormônios tireoidianos, tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). Eles são geralmente associados com doença de Graves, uma doença autoimune que causa hipertireoidismo.
A presença de TSI em sangue pode ser usada como um marcador diagnóstico para a doença de Graves e também pode ajudar a monitorar a resposta ao tratamento. No entanto, é importante notar que outras condições médicas podem também resultar em níveis elevados de TSI, portanto, os resultados dos testes devem ser interpretados com cuidado e em conjunto com outros achados clínicos.
A Doença de Graves é uma doença autoimune que afeta o sistema endócrino, especificamente a glândula tireoide. Ela ocorre quando o sistema imunológico produz anticorpos que estimulam excessivamente a glândula tireoide, levando a um aumento na produção de hormônios tireoidianos (tireoxina e triiodotironina).
Isso resulta em sintomas como bócio (agrandamento da glândula tireoide), exoftalmia (olhos protuberantes ou saíntes), taquicardia (batimento cardíaco acelerado), suores excessivos, tremores, intolerância ao calor, perda de peso e fadiga. Em casos graves, a Doença de Graves pode causar complicações como insuficiência cardíaca congestiva, psicose ou trombose.
A causa exata da doença é desconhecida, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais possam desempenhar um papel no seu desenvolvimento. O tratamento geralmente inclui medicamentos para regular a produção de hormônios tireoidianos, terapia de iodo radioativo ou cirurgia para remover parte ou toda a glândula tireoide.
A Tri-iodotironina, também conhecida como T3, é uma hormona produzida pela glândula tireoide. É uma forma iodada da tiroxina (T4) e tem um papel importante no metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo. A Tri-iodotironina é formada a partir da T4 quando um átomo de iodo é removido por enzimas na glândula tireoide ou em outros tecidos do corpo. É a forma ativa da hormona tireoidiana, o que significa que ela se liga aos receptores nas células e desencadeia uma resposta bioquímica. A Tri-iodotironina regula o consumo de oxigênio e a taxa metabólica basal, influenciando assim o peso corporal, a frequência cardíaca e a temperatura corporal.
Hipotireoidismo Congênito é um distúrbio endócrino em que o bebê nasce com a glândula tireoide inativada ou subdesenvolvida, o que resulta em níveis insuficientes de hormônios tireoidianos. Em alguns casos, a glândula tireoide pode estar completamente ausente. Essa condição pode ser causada por fatores genéticos ou ambientais, como a falta de iodo na dieta da mãe durante a gravidez.
Os hormônios tireoidianos desempenham um papel crucial no desenvolvimento do cérebro e no metabolismo corporal. Portanto, o hipotireoidismo congênito pode afetar negativamente o crescimento e o desenvolvimento mental do bebê, especialmente se não for diagnosticado e tratado adequadamente na primeira infância.
Os sinais e sintomas do hipotireoidismo congênito podem incluir baixo peso ao nascer, baixa temperatura corporal, baixa frequência cardíaca, constipação, baixa atividade muscular, sonolência excessiva, fonte de voz grossa e icterícia prolongada. O diagnóstico geralmente é feito com base em exames de sangue que medem os níveis de hormônios tireoidianos e outras substâncias relacionadas à tireoide.
O tratamento geralmente consiste em administração diária de levotiroxina sódica, uma forma sintética de hormônio tireoidiano, para substituir os níveis insuficientes no corpo do bebê. O tratamento precoce e contínuo pode ajudar a prevenir as complicações associadas ao hipotireoidismo congênito e promover um desenvolvimento normal.
A tireotropina subunidade beta, também conhecida como TSHβ (do inglés, Thyroid-stimulating hormone beta subunit), é a subunidade beta da tireotropina (TSH), uma hormona glicoproteica produzida e liberada pela adenohipófise, uma glândula localizada na base do cérebro. A TSH desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo e da homeostase dos hormônios tireoidianos, tiroxina (T4) e triiodotironina (T3).
A TSH é composta por duas subunidades proteicas: a subunidade alfa (TSHα) e a subunidade beta (TSHβ). A subunidade alfa é comum a outras hormonas glicoproteicas, como a hormona folículo-estimulante (FSH), a luteinizante (LH), e a hormona estimulante dos melanócitos (MSH). No entanto, cada subunidade beta é específica de cada hormona glicoproteica.
A TSHβ contém cerca de 138 aminoácidos e é codificada pelo gene TSHB localizado no cromossomo 1p12-q13. A subunidade beta desempenha um papel importante na atividade biológica da tireotropina, pois determina a especificidade hormonal ao se combinar com a subunidade alfa para formar o complexo funcional TSH. Além disso, a variação nos níveis de expressão do gene TSHB pode influenciar a secreção e atividade da tireotropina, tendo implicações clínicas em condições como a doença de Graves-Basedow e o hipotiroidismo.
Em resumo, a tireotropina subunidade beta é uma proteína essencial para a formação e atividade da hormona tireotropina (TSH), que regula as funções da glândula tiróide ao estimular a produção e secreção dos hormônios tireoidianos T3 e T4.
Os hormônios tireoidianos são hormonas produzidas e liberadas pela glândula tireoide, localizada na parte frontal do pescoço. Existem dois tipos principais de hormônios tireoidianos: triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4), também conhecidos como tireoxina. Estes hormônios desempenham um papel crucial no metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo. Eles ajudam a regular o consumo de energia, a taxa de batimentos cardíacos, a frequência respiratória, a temperatura corporal e o crescimento e desenvolvimento normal dos ossos e músculos. A produção de hormônios tireoidianos é regulada pelo hormônio estimulante da tiróide (TSH), que é produzido pela glândula pituitária anterior.
Tireoglobulina é uma proteína produzida pelas células da glândula tireoide. Ela desempenha um papel importante na produção dos hormônios tireoidianos T3 e T4, que são essenciais para a regulação do metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo. A tireoglobulina serve como uma matriz na qual os hormônios tireoidianos são sintetizados e armazenados.
Em condições normais, a tireoglobulina pode ser encontrada em níveis baixos no sangue. No entanto, em algumas condições médicas, como doença de Graves ou câncer da glândula tireoide, os níveis de tireoglobulina podem ficar anormalmente elevados. Portanto, o nível sérico de tireoglobulina pode ser usado como um marcador para monitorar a progressão e o tratamento de doenças da tireoide.
Em resumo, a tireoglobulina é uma proteína importante na produção dos hormônios tireoidianos e pode ser usada como um biomarcador para avaliar condições da glândula tireoide.
As doenças da glândula tireoide referem-se a um grupo de condições que afetam a glândula tireoide, uma pequena glândula em forma de butterfly localizada na base do pescoço. A glândula tireoide é responsável pela produção de hormônios tireoidianos (tiroxina e triiodotironina), que desempenham um papel importante no metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo.
Existem vários tipos de doenças da glândula tireoide, incluindo:
1. Hipotireoidismo: É uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios suficientes. Os sintomas podem incluir fadiga, ganho de peso, sensibilidade ao frio, constipação e depressão.
2. Hipertireoidismo: É o oposto do hipotireoidismo, onde a glândula tireoide produz hormônios em excesso. Os sintomas podem incluir perda de peso involuntária, taquicardia, suores excessivos, tremores e irritabilidade.
3. Bócio: É uma condição na qual a glândula tireoide aumenta de tamanho, causando um bochecho inchado na frente do pescoço. Pode ser causado por hipotireoidismo ou exposição a radiação.
4. Nódulos tireoidianos: São massas ou protuberâncias que se desenvolvem na glândula tireoide. A maioria dos nódulos é benigna, mas alguns podem ser cancerosos.
5. Câncer de tireoide: É um câncer que se desenvolve a partir das células da glândula tireoide. Existem vários tipos de câncer de tireoide, incluindo carcinoma papilar, carcinoma folicular e carcinoma medular.
6. Tiroidite: É uma inflamação da glândula tireoide que pode ser causada por infecções, doenças autoimunes ou exposição a radiação. Existem vários tipos de tiroidite, incluindo tiroidite de Hashimoto e tiroidite de De Quervain.
7. Doença de Graves: É uma doença autoimune que causa hipertireoidismo e inflamação dos olhos (oftalmopatia de Graves). A doença afeta a glândula tireoide e pode causar bócio, taquicardia, perda de peso involuntária e outros sintomas.
Um radioimunoensaio (RIA) é um tipo específico de exame laboratorial utilizado em diagnóstico e pesquisa clínica, que combina os princípios da imunologia e radiação. Neste método, uma substância conhecida (conhecida como antígeno) é marcada com um rádioisótopo, geralmente iodo-125 ou trítio. Essa mistura é então incubada com uma amostra de sangue ou outro fluido biológico do paciente, que pode conter anticorpos específicos para o antígeno marcado.
Através da formação de complexos antígeno-anticorpo, é possível quantificar a concentração de anticorpos ou antígenos presentes na amostra do paciente. O excesso de antígeno marcado e os complexos formados são subsequentemente separados por técnicas de precipitação, centrifugação ou outros métodos físico-químicos. A medição da radiação residual na fração precipitada permite então calcular a concentração do anticorpo ou antígeno presente no fluido biológico do paciente.
Os radioimunoensaios são frequentemente utilizados em diversas áreas clínicas, como endocrinologia, imunologia e oncologia, para a detecção e quantificação de hormônios, drogas, vitaminas, proteínas e outras moléculas de interesse. A alta sensibilidade e especificidade dos RIAs tornam-nos uma ferramenta valiosa no diagnóstico e monitoramento de diversas condições clínicas.
Iodo é um elemento químico essencial que pertence ao grupo dos halogênios. É encontrado na natureza principalmente na forma de iodeto de potássio e é um componente importante da dieta humana, especialmente para a produção de hormônios tireoidianos. A deficiência de iodo pode levar a problemas de saúde, como o bócio e disfunções cognitivas. O iodo é frequentemente adicionado ao sal de cozinha como uma forma de fortificação alimentar para prevenir a deficiência de iodo em populações em risco. Em medicina, compostos de iodo são usados como desinfetantes e contrastes de imagem em procedimentos de diagnóstico por imagem.
La triiodotironina reversa, ocasionalmente denominada T3 invertida ou RT3, é uma forma metabolicamente inativa da triiodotironina (T3), um hormônio tireoidiano importante para a regulação do metabolismo basal, crescimento e desenvolvimento. A T3 reversa difere estruturalmente da T3 normal em relação à posição dos átomos de iodo nos anéis fenólicos.
Em condições fisiológicas normais, a concentração sérica de triiodotironina reversa é muito baixa, representando menos de 1% da fração total de T3. No entanto, em situações patológicas ou durante certas terapêuticas, como no tratamento com amiodarona ou iodeto, a concentração de triiodotironina reversa pode aumentar significativamente.
A interpretação clínica da triiodotironina reversa é objeto de debate e pode ser controversa. Embora alguns estudos sugiram que níveis elevados podem estar associados a desequilíbrios hormonais tireoidianos, outros argumentam que sua importância clínica é limitada e pode não ter um papel relevante na avaliação da disfunção tireoidiana.
Em resumo, a triiodotironina reversa é uma forma inativa de T3 com estrutura molecular alterada, que pode estar associada a desequilíbrios hormonais tireoidianos em certas situações patológicas ou terapêuticas. No entanto, sua interpretação clínica e importância ainda são objeto de debate e pesquisa contínua.
Iodeto Peroxidase (IPO) é uma enzima hemoproteína que catalisa diversas reações oxidativas, incluindo a oxidação do iodeto em iodo. A IPO desempenha um papel importante no sistema imune, particularmente nas células do tecido conjuntivo chamadas neutrófilos, onde ajuda a eliminar patógenos invasores por meio da geração de espécies reativas de oxigênio. Além disso, a IPO também está envolvida no processo de síntese da tiroxina nos tecidos da glândula tireoide. A enzima contém um grupo hemo como cofator e requer H2O2 (peróxido de hidrogênio) como agente oxidante para sua atividade catalítica.
Os hormônios adeno-hipofisários são hormônios produzidos e secretados pelas células da glândula pituitária anterior (adeno-hipófise). Esses hormônios desempenham um papel crucial na regulação de várias funções corporais importantes, incluindo crescimento, metabolismo, reprodução e resposta ao estresse.
Existem seis principais hormônios adeno-hipofisários:
1. Hormônio do Crescimento (GH): Estimula o crescimento e desenvolvimento dos tecidos corporais, especialmente nos órgãos em crescimento rápido, como os ossos e músculos. Também desempenha um papel importante no metabolismo de proteínas, gorduras e açúcares.
2. Tirotropina (TSH): Estimula a glândula tireoide a produzir e libertar os hormônios tireoidianos triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4), que regulam o metabolismo basal.
3. Prolactina (PRL): Estimula a produção de leite nas glândulas mamárias durante a amamentação.
4. Folículo-estimulante (FSH): Estimula o crescimento e maturação dos folículos ovarianos nas mulheres e os espermatozoides nos homens.
5. Luteinizante (LH): Desencadeia a ovulação nas mulheres e a produção de testosterona nos homens.
6. Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH): Estimula a glândula suprarrenal a produzir cortisol, uma hormona importante para o metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, além de regular a resposta do corpo ao estresse.
A produção desses hormônios é controlada por um complexo sistema de retroalimentação negativa envolvendo o hipotálamo e a glândula pituitária anterior, que são responsáveis pela liberação dos hormônios hipotalâmicos e pituitários. Esses hormônios atuam sobre as glândulas endócrinas alvo, como tireoide, suprarrenais, ovários e testículos, para regular a produção de seus respectivos hormônios.
Os iodetos são compostos químicos formados pela combinação do iodo (um elemento essencial para a produção da tireoidé hormônios) com um ou mais ânions, geralmente cloreto. Eles são frequentemente usados em medicina como desinfetantes tópicos e na preparação de alguns contraste radiológicos. Algumas formas de iodeto, como o potássio iodeto, também são usadas como suplementos dietéticos para prevenir a deficiência de iodo e, em casos graves, o goitre e o bócio.
Cyclic AMP (cAMP) é um importante mensageiro secundário no corpo humano. É uma molécula de nucleotídeo que se forma a partir do ATP (trifosfato de adenosina) e é usada para transmitir sinais em células. Quando ocorre algum estímulo, como a ligação de um hormônio a um receptor na membrana celular, uma enzima chamada adenilil ciclase é ativada e converte o ATP em cAMP.
A molécula de cAMP ativa várias proteínas efectoras, como as protein kinases, que desencadeiam uma cascata de reações que levam a uma resposta celular específica. Depois de realizar sua função, o cAMP é convertido de volta em AMP pela enzima fosfodiesterase, encerrando assim seu efeito como mensageiro secundário.
Em resumo, a definição médica de "Cyclic AMP" refere-se a um importante mensageiro intracelular que desempenha um papel fundamental na transdução de sinais em células vivas, especialmente no que diz respeito à regulação de processos fisiológicos como o metabolismo, a secreção hormonal e a excitabilidade celular.
Exoftalmia é um termo médico que se refere à protrusão ou avanço anormal dos olhos para além da órbita orbitária. Em outras palavras, é uma condição em que os olhos sofrem de protuberância excessiva, saindo da cavidade orbital normal. Essa condição geralmente ocorre unilateralmente (em um olho) ou bilateralmente (em ambos os olhos).
Exoftalmia pode ser causada por vários fatores, incluindo hipertiroidismo (como na doença de Graves), inflamação dos tecidos orbitários, tumores orbitários ou retrobulbares, hemorragias orbitárias e outras condições médicas. Em alguns casos, a exoftalmia pode ser um sinal de uma condição grave que requer atenção médica imediata.
Os sintomas associados à exoftalmia podem incluir visão dupla, vermelhidão dos olhos, dor ocular, inchaço dos pálpebras, lacrimejamento excessivo e sensibilidade à luz. O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames físicos e imagiologia médica, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética. O tratamento depende da causa subjacente da condição e pode incluir medicamentos, radioterapia ou cirurgia.
Bócio é um termo médico que se refere ao agrandamento da glândula tireoide, localizada na parte frontal do pescoço. A tireoide é responsável pela produção de hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que desempenham um papel importante no metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo.
Existem várias causas para o desenvolvimento de bócio, incluindo:
1. Hipotireoidismo: uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios tiroxina e triiodotironina suficientes. Isto pode ser causado por doenças autoimunes, radiação, tratamento com iodo radioativo ou cirurgia da tireoide.
2. Doença de Graves: uma doença autoimune que causa a produção excessiva de hormônios tiroxina e triiodotironina, resultando em bócio e outros sintomas como perda de peso, taquicardia e intolerância ao calor.
3. Nódulos tireoidianos: são massas ou protuberâncias que se desenvolvem na glândula tireoide. Eles podem ser benignos ou malignos (câncer de tireoide).
4. Tiroidite: é uma inflamação da glândula tireoide que pode ser causada por infecções, doenças autoimunes ou exposição a radiação.
5. Ingestão excessiva de iodo: o iodo é um nutriente essencial para a produção de hormônios tiroxina e triiodotironina. No entanto, ingerir quantidades excessivas de iodo pode levar ao desenvolvimento de bócio.
Os sintomas do bócio podem incluir:
* Inchaço ou rigidez no pescoço
* Dificuldade em engolir
* Tosse seca
* Respiração difícil, especialmente quando mentem de cabeça ereta ou se curvam para frente
* Dor no pescoço, garganta ou orelha
* Roncos na voz
O tratamento do bócio dependerá da causa subjacente. Em alguns casos, o bócio pode ser monitorado ao longo do tempo sem necessidade de tratamento imediato. No entanto, em outros casos, o tratamento pode incluir medicamentos, terapia de radiação ou cirurgia para remover parte ou toda a glândula tireoide.
A hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é uma pequena glândula endócrina localizada na base do cérebro, no sela túrcico. Ela é responsável por regular várias funções corporais através da produção e liberação de hormônios, incluindo o crescimento, metabolismo, pressão arterial, reprodução e lactação. A hipófise é dividida em duas partes: a adenohipófise (anterior) e a neurohipófise (posterior). Cada parte produz diferentes hormônios e desempenha funções distintas no controle homeostático do organismo. A hipófise é fundamental para manter o equilíbrio hormonal e, portanto, a saúde geral do corpo.
A adeno-hipófise, também conhecida como glândula pituitária anterior, é uma estrutura glandular localizada na base do cérebro que desempenha um papel fundamental no controle e regulação de diversas funções hormonais no corpo humano. Ela é responsável pela produção e secreção de vários hormônios importantes, como:
1. Hormônio do crescimento (GH): Regula o crescimento e desenvolvimento dos tecidos corporais, especialmente durante a infância e adolescência.
2. Prolactina (PRL): Estimula a produção de leite nas glândulas mamárias após o parto.
3. Tirotropina (TSH): Regula a função da glândula tireoide, controla a produção e secreção dos hormônios tireoidianos triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4).
4. Corticotropina (ACTH): Estimula a liberação de cortisol e outros corticoesteróides pela glândula adrenal.
5. Folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH): Controlam as funções reprodutivas, como o desenvolvimento dos óvulos e espermatozoides, além da regulação do ciclo menstrual nas mulheres.
6. Hormônio estimulante da melanossina (MSH): Regula a pigmentação da pele e outras funções metabólicas.
7. Endorfinas: Atuam como neurotransmissores no cérebro, desempenhando um papel importante na modulação do humor, dor e resposta ao estresse.
A adeno-hipófise é inervada pelo hipotálamo, que envia sinais para controlar a produção e liberação dos hormônios pituitários por meio de neurotransmissores e factores liberadores específicos. Em condições normais, o equilíbrio entre os hormônios hipotalâmicos e pituitários garante a homeostase do organismo. No entanto, alterações neste sistema podem resultar em diversas patologias endócrinas e neurológicas.
Um kit de reagentes para diagnóstico é um conjunto de substâncias químicas e/ou biológicas padronizadas, projetadas especificamente para serem usadas em métodos de diagnóstico in vitro. Esses kits geralmente contêm todas as reações necessárias para executar um determinado teste diagnóstico, incluindo reagentes, materiais de consumo e instruções detalhadas para o seu uso adequado. Eles são amplamente utilizados em laboratórios clínicos e de pesquisa para detectar, identificar e quantificar diversos biomarcadores, tais como proteínas, antígenos, antibódies, DNA, RNA e outras moléculas presentes em amostras clínicas, como sangue, urina ou tecidos. A padronização dos reagentes garante a repetibilidade e a comparabilidade dos resultados obtidos, independentemente do local em que o teste é realizado, tornando-os essenciais para a prática clínica moderna e para a pesquisa biomédica.
Propiltiouracila é um medicamento anti-tiroideiro utilizado no tratamento da hipertiroidismo (tiroide hiperativa) e na preparação dos pacientes para a cirurgia da tireoide. Atua inibindo a produção de hormônios tiroideus por meio da redução da conversão de peróxido de hidrogênio e iodeto em iodo, o que é necessário para a síntese dos hormônios tiroideus. Além disso, a propiltiouracila também impede a liberação desses hormônios na corrente sanguínea. Os efeitos da medicação geralmente são observados após alguns dias ou semanas de tratamento.
Os efeitos adversos mais comuns associados ao uso de propiltiouracila incluem:
* Dor de cabeça
* Náusea
* Vômito
* Perda de apetite
* Alterações no sentido do gosto
* Prurido (coceira)
* Erupção cutânea
* Dores musculares
* Fadiga
Em casos raros, a propiltiouracila pode causar reações alérgicas graves e outros efeitos adversos, como:
* Reação anafilática (choque anafilático)
* Hepatite
* Pancreatite
* Leucopenia (baixa contagem de glóbulos brancos)
* Trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas)
* Neutropenia (baixa contagem de neutrófilos)
* Lúpus eritematoso sistêmico (LES) induzido por drogas
A propiltiouracila é geralmente administrada por via oral em doses iniciais de 300 a 900 mg por dia, divididas em três doses igualmente distribuídas. A dose de manutenção geralmente varia de 100 a 200 mg por dia. O médico irá ajustar a dose com base na resposta do paciente ao tratamento e às condições clínicas subjacentes.
A propiltiouracila é um medicamento potente que deve ser usado sob a supervisão cuidadosa de um médico qualificado. Os pacientes devem informar ao médico sobre quaisquer problemas de saúde existentes, alergias a medicamentos e outras informações relevantes sobre a saúde antes de começarem a tomar este medicamento. Além disso, os pacientes devem seguir as instruções do médico cuidadosamente e relatar quaisquer sintomas ou efeitos adversos incomuns imediatamente.
Um imunoensaio é um método de laboratório utilizado para detectar e quantificar substâncias específicas, chamadas analitos, em amostras biológicas como sangue ou urina. Ele funciona através da interação entre um anticorpo ou antígeno marcado, que se liga especificamente ao analito alvo, e uma sonda de detecção que permite a visualização do complexo formado.
Existem diferentes tipos de imunoensaios, como ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), Western blot, quimioluminescência e imunofluorescência, entre outros. Cada um desses métodos tem suas próprias vantagens e desvantagens, dependendo do tipo de analito a ser detectado e da sensibilidade e especificidade desejadas.
Os imunoensaios são amplamente utilizados em diagnóstico clínico, pesquisa biomédica e controle de qualidade de alimentos e drogas, por exemplo, para detectar marcadores de doenças infecciosas, alergias, drogas ilícitas, hormônios, proteínas e outras substâncias presentes em amostras biológicas.
A oftalmopatia de Graves, também conhecida como doença de Graves ocular ou oftalmopatia basedowiana, é uma complicação da doença de Graves (hipertireoidismo autoimune) que afeta o tecido ao redor dos olhos. É uma doença inflamatória que causa inchaço e irritação nos músculos e tecidos gordurosos envolvidos no movimento dos olhos.
Os sintomas mais comuns da oftalmopatia de Graves incluem:
1. Protrusão dos olhos (exoftalmia) - os olhos parecem sair da órbita, dando a aparência de "olhar afundado"
2. Inchaço e vermelhidão dos olhos e pálpebras
3. Dor e sensibilidade à luz
4. Visão dupla (diplopia) devido à interferência no movimento dos olhos
5. Secura e irritação ocular, causada pela incapacidade de fechar completamente as pálpebras
6. Dor de cabeça e dificuldade em movimentar os olhos
Em casos graves, a oftalmopatia de Graves pode levar à perda permanente da visão se não for tratada. O tratamento geralmente inclui medicação para controlar a inflamação e a atividade da tireoide, terapia com radiação ou cirurgia para reduzir o inchaço e corrigir a protrusão dos olhos.
Tireotoxicose é um termo geral usado para descrever um estado clínico em que há excesso de hormônios tireoidianos no corpo. Isso pode ocorrer devido a várias condições, como hiperatividade da glândula tireoide (hipertireoidismo), ingestão excessiva de hormônios tireoidianos ou doenças que levam à liberação de hormônios armazenados. Os sinais e sintomas comuns incluem intolerância ao calor, taquicardia, perda de peso, tremores, sudorese, ansiedade, fadiga e irritabilidade. Em casos graves, pode ocorrer exoftalmose (olhos saltantes), hipertensão arterial e ataques cardíacos. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos, terapia radioativa ou cirurgia.
A prolactina é um hormônio peptídico produzido e secretado principalmente pelas células lactotrópicas da adenoipófise anterior (parte do hipotálamo), embora outros tecidos corporais, como o miometro uterino e os seios mamários, também possam sintetizá-lo em menores quantidades.
A função principal da prolactina é promover e manter a lactação nas glândulas mamárias durante a amamentação. Após o parto, os níveis séricos de prolactina aumentam significativamente em resposta à supressão mecânica dos seios mamários, estimulada pela sucção do recém-nascido, além da atuação de outros fatores neuroendócrinos.
Além disso, a prolactina desempenha um papel importante em outras funções fisiológicas, como o controle da resposta sexual e o crescimento e desenvolvimento dos tecidos periféricos, especialmente durante a infância e a adolescência.
Valores elevados de prolactina séricas podem ser observados em diversas condições clínicas, como o aumento da produção hormonal devido a tumores hipofisários (prolactinomas), estresse psicológico, uso de medicamentos (como antipsicóticos e antidepressivos), gravidez, amamentação e outras situações clínicas.
Em contrapartida, níveis reduzidos de prolactina podem estar associados a disfunções hipotalâmicas ou hipofisárias, como insuficiência hipofisária ou deficiência de dopamina (o principal inibidor da secreção de prolactina).
A glândula de Harder, também conhecida como glândula anal ou glândula perianal, é uma pequena glândula exócrina encontrada em alguns mamíferos, incluindo humanos. Em humanos, ela está localizada na parede do canal anal, entre as camadas da musculatura lisa do esfíncter interno do ânus.
A função principal da glândula de Harder é a produção e secreção de um fluido seroso que actingua como lubrificante durante a defecação, facilitando assim o movimento das fezes ao longo do canal anal. A glândula de Harder pode estar associada à formação de certos tipos de tumores anorretais benignos ou malignos, embora essas condições sejam relativamente raras.
A subunidade alfa de hormônios glicoproteicos refere-se a uma das duas cadeias polipeptídicas que formam um tipo específico de hormônio proteico, conhecido como hormônios glicoproteicos. Esses hormônios incluem a TSH (tireotropina), FSH (folículo-estimulante) e LH (luteinizante), entre outros.
Cada hormônio glicoproteico é composto por duas subunidades: uma subunidade alfa e uma subunidade beta. A subunidade alfa é idêntica em todos os hormônios glicoproteicos, enquanto a subunidade beta é única para cada hormônio e determina sua especificidade biológica.
A subunidade alfa de hormônios glicoproteicos é uma proteína de baixo peso molecular que contém cerca de 92 aminoácidos e é sintetizada no retículo endoplasmático rugoso das células que produzem os hormônios glicoproteicos. Após a tradução, a subunidade alfa é modificada postraducionalmente por glicosilação, ou seja, adição de carboidratos à cadeia polipeptídica.
A formação do hormônio glicoproteico ocorre quando duas subunidades, a alfa e a beta, se combinam no aparelho de Golgi para formar um complexo heterodimérico estável. Essa combinação é necessária para que o hormônio seja ativo e exerça sua função biológica específica.
Os Receptores do Hormônio Liberador da Tireotropina (TRH, do inglês Thyrotropin-Releasing Hormone receptor) são proteínas integrais de membrana encontradas principalmente nas células pituitárias anteriores, que desempenham um papel crucial na regulação da homeostase hormonal. Eles se ligam especificamente ao hormônio liberador da tireotropina (TRH), uma tripeptídeo composto por pirroglutamil-histidil-prolina, e ativam uma cascata de sinalização que leva à produção e liberação dos hormônios tireoidianos T3 e T4. Além disso, os receptores TRH também estão presentes em outros tecidos além da glândula pituitária, como o cérebro, sistema nervoso periférico e alguns órgãos periféricos, onde desempenham funções adicionais. A disfunção desses receptores pode resultar em diversas condições clínicas, incluindo distúrbios da tireoidiana e transtornos neurológicos.
As proteínas de ligação à tiroxina (TBPs, do inglês Thyroxine-binding proteins) são um grupo de proteínas que se ligam especificamente à hormona tireoideia tiroxina (T4) e à triiodotironina (T3), regulando assim a sua concentração no sangue e o seu transporte para os tecidos alvo. Existem três principais TBPs conhecidas no ser humano: a globulina transportadora de tiroxina (TBG), a transtiretina (TTR) e o albumina sérica (ALB). Cada uma destas proteínas apresenta diferentes afinidades de ligação às hormonas tireoidianas, sendo a TBG a que apresenta maior afinidade, seguida da TTR e, por fim, do ALB. A ligação das TBPs às hormonas tireoidianas é reversível e essencial para manter os níveis hormonais dentro de uma faixa normal, garantindo assim a homeostase hormonal e a sua correcta actuação nos tecidos alvo. Além disso, as TBPs também desempenham um papel importante na protecção das hormonas tireoidianas contra a degradação enzimática e a eliminação renal.
Neoplasias da glândula tireoide referem-se a um crescimento anormal de células na glândula tireoide, que pode resultar em tumores benignos ou malignos. A glândula tireoide é uma pequena glândula endócrina localizada na base do pescoço, responsável pela produção de hormônios tireoidianos, triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4), que desempenham um papel crucial no metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo.
Existem vários tipos de neoplasias da glândula tireoide, incluindo:
1. Nódulos tireoidianos: São crescimentos anormais de tecido tireoidiano que podem ser benignos ou malignos. A maioria dos nódulos é benigna e não causa sintomas graves. No entanto, em alguns casos, os nódulos podem ser cancerosos e requerer tratamento.
2. Carcinoma papilar: É o tipo mais comum de câncer de tireoide e geralmente cresce lentamente. Geralmente afeta as células que revestem a superfície da glândula tireoide. O carcinoma papilar tem boas perspectivas de tratamento e cura, especialmente se detectado e tratado precocemente.
3. Carcinoma folicular: É o segundo tipo mais comum de câncer de tireoide e geralmente afeta as células que produzem hormônios tireoidianos. O carcinoma folicular tem boas perspectivas de tratamento e cura, especialmente se detectado e tratado precocemente.
4. Carcinoma medular: É um tipo menos comum de câncer de tireoide que afeta as células C do tecido tireoidiano. O carcinoma medular pode ser hereditário ou esporádico e, em alguns casos, pode estar associado a outras condições médicas.
5. Carcinoma anaplásico: É um tipo raro e agressivo de câncer de tireoide que geralmente afeta pessoas mais velhas. O carcinoma anaplásico tem perspectivas de tratamento e cura menos favoráveis do que outros tipos de câncer de tireoide.
6. Linfoma de tireoide: É um tipo raro de câncer de tireoide que afeta o sistema imunológico. O linfoma de tireoide pode ser primário, ou seja, originado na glândula tireoide, ou secundário, ou seja, metastático de outras partes do corpo.
O tratamento para o câncer de tireoide depende do tipo e estágio do câncer, bem como da idade e saúde geral do paciente. Os tratamentos podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia dirigida ou uma combinação desses métodos.
Carbimazole é um medicamento antitireoidiano, usado principalmente no tratamento da hipertiroidismo (tiroide ativa over) e doença de Graves. Ele funciona reduzindo a produção de hormônios tireoidianos pela glândula tireoide. Carbimazole é um profármaco, o que significa que é rapidamente convertido em seu metabólito ativo, tiamazol, no fígado após a administração.
Apesar de ser bem eficaz no controle dos níveis elevados de hormônios tireoidianos, o carbimazole pode ter efeitos adversos, especialmente em doses altas ou quando usado por longos períodos. Alguns desses efeitos adversos podem incluir:
* Dor de cabeça
* Náusea e vômitos
* Perda de apetite
* Erupções cutâneas
* Prurido (coceira)
* Dores musculares ou articulares
* Fadiga ou sonolência
Em casos raros, o carbimazole pode causar problemas mais graves, como:
* Supressão da medula espinhal (agranulocitose), o que pode aumentar o risco de infecções
* Reações alérgicas graves, incluindo anafilaxia
* Danos ao fígado (hepatotoxicidade)
* Problemas sanguíneos, como a formação de moreles ou sangramentos
Devido a esses potenciais efeitos adversos, o carbimazole geralmente é prescrito em doses baixas, que podem ser gradualmente aumentadas ao longo do tempo, dependendo da resposta do paciente. Os exames sanguíneos regulares são recomendados para monitorar os níveis de hormônios tireoidianos e contar as células brancas do sangue.
Em resumo, o carbimazole é um medicamento usado no tratamento da hipertireoidismo (tiroide hiperativa), mas pode causar efeitos adversos graves em alguns indivíduos. É importante que os pacientes sejam monitorados de perto durante o tratamento com carbimazole para minimizar os riscos associados ao seu uso.
A tireoidite autoimune é um tipo de inflamação da glândula tireoide causada por uma resposta do sistema imunológico do próprio corpo, em que o organismo ataca e danifica as células da tireoide. Existem diferentes tipos de tireoidite autoimune, incluindo a tireoidite de Hashimoto (a forma mais comum) e a tiroidite de Graves. Essas condições geralmente causam sintomas como fadiga, aumento ou diminuição do peso, sensibilidade ao frio ou calor, alteração do ritmo cardíaco e problemas na pele seca ou úmida. O tratamento pode incluir medicamentos para regular a função tireoidal e supressão da resposta autoimune. Em alguns casos, a cirurgia para remover parte ou toda a glândula tireoide pode ser necessária.
Os antitireoidéios são uma classe de medicamentos que servem para reduzir a produção de hormônios tireoidianos pela glândula tireoide. Eles fazem isso inibindo a enzima peroxidase tireoidal, que é necessária para a síntese dos hormônios tireoidianos triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4).
Os antitireoidéios são frequentemente usados no tratamento da doença de Graves, uma doença autoimune que causa hiperatividade da tireoide, e outras condições em que os níveis de hormônios tireoidianos estejam elevados. Eles também podem ser usados antes de cirurgia para reduzir o tamanho da glândula tireoide e facilitar a remoção dela.
Alguns exemplos de antitireoidéios incluem metimazol, carbimazol e propiltiouracila. É importante notar que esses medicamentos podem ter efeitos colaterais, como aumento de níveis de enzimas hepáticas, erupções cutâneas, alterações na contagem de glóbulos brancos e outros, por isso é necessário que sejam usados com cuidado e sob a supervisão de um médico.
O Ácido Pirrolidonocarboxílico, também conhecido como Ácido Pirrolidono-2-Carboxílico ou Ácido 2-Pyrrolidonecarboxílico, é um composto orgânico com a fórmula química C5H6NO3. É o ácido carboxílico derivado da pirrolidona e tem uma estrutura cíclica de cinco membros contendo um grupo funcional carboxila (-COOH) e um grupo amida (-CONH-).
Este composto é frequentemente usado como um intermediário na síntese de outros produtos químicos, incluindo polímeros e fármacos. Também tem aplicação em processos industriais, como a produção de tintas, vernizes e resinas.
Em termos médicos, o Ácido Pirrolidonocarboxílico não possui um papel direto na fisiologia humana ou no tratamento de doenças. No entanto, pode ser usado em pesquisas biomédicas para sintetizar compostos que interagem com sistemas biológicos, como enzimas e receptores, a fim de estudar seus efeitos e possíveis aplicações terapêuticas.
Autoanticorpos são anticorpos produzidos pelo sistema imune que se dirigem e atacam os próprios tecidos, células ou moléculas do organismo. Normalmente, o sistema imunológico distingue entre as substâncias estranhas (antígenos) e as próprias (autoantígenos) e produz respostas imunes específicas para combater as ameaças externas, como vírus e bactérias. No entanto, em algumas condições, o sistema imunológico pode falhar neste processo de autotolerância e gerar uma resposta autoimune, na qual os autoanticorpos desempenham um papel importante. Esses autoanticorpos podem causar danos aos tecidos e células do corpo, levando ao desenvolvimento de diversas doenças autoimunes, como lupus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, diabetes mellitus tipo 1 e esclerose múltipla.
Mixedema é um termo médico que se refere a um acúmulo anormal de substância coloidal no tecido conjuntivo da pele e do tecido subcutâneo, geralmente como resultado de uma doença da glândula tireoide. É caracterizado por uma infiltração e endurecimento da pele, especialmente em volta do rosto e nas extremidades, o que pode levar a um aspecto facial inflamado e semelhante a um "rosto de lua cheia". Além disso, as pessoas com mixedema podem experimentar outros sintomas relacionados à tireoidite, como fraqueza, fadiga, aumento de peso, intolerância ao frio e constipação. O mixedema pode ser associado a hipotireoidismo, que é uma condição em que a glândula tireoide não produz suficiente hormona tireoidal. O tratamento geralmente consiste em medicação para substituir as hormonas tireoidais ausentes e, em alguns casos, possível cirurgia para remover parte ou toda a glândula tireoide.
Radioisótopos de iodo referem-se a diferentes tipos de iodo que possuem propriedades radioativas. O iodo natural é composto por sete isótopos, sendo que apenas um deles, o iodo-127, é estável. Os outros seis isótopos são instáveis e radiotoxicos, com meias-vidas variando de alguns minutos a alguns dias.
No entanto, o radioisótopo de iodo mais relevante em termos médicos é o iodo-131, que tem uma meia-vida de aproximadamente 8 dias. O iodo-131 é frequentemente utilizado no tratamento de doenças da tireoide, como o hipertiroidismo e o câncer de tireoide. Quando administrado em doses terapêuticas, o iodo-131 é absorvido pela glândula tireoide e destrói as células anormais, reduzindo a sua atividade metabólica ou eliminando as células cancerosas.
Outro radioisótopo de iodo relevante é o iodo-123, que tem uma meia-vida de aproximadamente 13 horas. O iodo-123 é frequentemente utilizado em procedimentos de diagnóstico por imagem, como a gammagrafia da tireoide, porque emite radiação gama de alta energia que pode ser detectada por equipamentos de imagem especializados. Isso permite aos médicos avaliar a função e a estrutura da glândula tireoide, bem como detectar possíveis anomalias ou doenças.
Em resumo, os radioisótopos de iodo são isótopos instáveis do elemento iodo que emitem radiação e podem ser utilizados em diagnóstico e tratamento médicos, especialmente em relação à glândula tireoide.
Neoplasias hipofisárias referem-se a um grupo de tumores que se desenvolvem na glândula pituitária, uma pequena glândula localizada no cérebro, na base do crânio, imediatamente abaixo do hipotálamo. Esses tumores podem ser benignos (noncancerosos) ou malignos (cancerosos), mas mesmo os benignos podem causar sintomas graves e complicações devido à sua localização próxima a estruturas críticas do cérebro.
Existem vários tipos de neoplasias hipofisárias, incluindo:
1. Adenoma pituitário: É o tipo mais comum de tumor hipofisário e geralmente é benigno. Pode causar diversos sintomas, dependendo do tamanho do tumor e da quantidade de hormônios pituitários que ele produz ou comprime.
2. Craniofaringioma: É um tumor raro, geralmente benigno, que se desenvolve na região sellar (área entre a glândula pituitária e o hipotálamo). Pode causar sintomas como visão prejudicada, dificuldade em engolir e crescimento anormal dos óssos faciais.
3. Carcinoma hipofisário: É um tumor hipofisário maligno extremamente raro. Pode se espalhar para outras partes do corpo e causar sintomas graves.
4. Metástase hipofisária: Ocorre quando um câncer originado em outra parte do corpo se propaga (metastatiza) para a glândula pituitária. É uma complicação incomum de cânceres avançados e geralmente é associada a um prognóstico ruim.
Os sintomas das neoplasias hipofisárias podem variar amplamente, dependendo do tipo de tumor, sua localização e tamanho. Alguns sintomas comuns incluem: alterações na visão, cefaleia, náuseas, vômitos, fraqueza, fadiga, perda de peso involuntária, pressão arterial alta, ritmo cardíaco acelerado e alterações nos níveis hormonais. O diagnóstico geralmente é baseado em exames imagiológicos, como ressonância magnética nuclear (RMN) ou tomografia computadorizada (TC), e análises laboratoriais de sangue e urina para avaliar os níveis hormonais. O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e terapia medicamentosa, dependendo do tipo e extensão da neoplasia hipofisária.
Bócio nodular é um termo usado em medicina para descrever um agrandamento da glândula tireoide que apresenta nódulos palpáveis ou visíveis. A tireoide é uma glândula endócrina responsável pela produção de hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que desempenham um papel importante no metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo.
No bócio nodular, a glândula tireoide torna-se aumentada de tamanho devido ao crescimento anormal de células tireoidianas, resultando em nódulos distintos que podem ser sentidos durante um exame físico ou observados em exames de imagem, como ultrassom. Esses nódulos podem ser únicos ou múltiplos e podem variar em tamanho.
Existem dois tipos principais de bócio nodular: o bócio nodular frio e o bócio nodular quente. O bócio nodular frio é um nódulo que não produz hormônios tireoidianos em excesso, enquanto o bócio nodular quente é um nódulo que produz mais hormônios do que a norma. Alguns nódulos podem também ser indeterminados, o que significa que sua função não pode ser facilmente classificada como fria ou quente.
Em alguns casos, o bócio nodular pode ser associado a um risco aumentado de câncer tireoidiano, especialmente se os nódulos forem sólidos, grandes e presentes em pessoas com menos de 20 anos ou acima de 70 anos. No entanto, a maioria dos nódulos tireoidianos é benigna e não causa sintomas além do agrandamento da glândula.
O tratamento do bócio nodular depende da sua causa subjacente e do tamanho e função dos nódulos. Em alguns casos, o monitoramento regular pode ser suficiente, enquanto em outros casos, a terapia com iodeto ou a cirurgia podem ser necessárias.
Metimazole é um medicamento anti-tiroideiro que é frequentemente usado no tratamento da doença de Graves e do bócio tóxico. Inibe a peroxidase tiroidal, uma enzima necessária para a produção de hormônios tireoidianos. Isso resulta em uma redução na produção de tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), as duas principais hormonas tireoidianas.
A administração do medicamento geralmente é oral e sua dose varia conforme a condição clínica do paciente e os níveis de hormônios tireoidianos no sangue. Alguns efeitos colaterais comuns incluem náuseas, vômitos, perda de apetite, dor de cabeça e erupções cutâneas. Em casos raros, metimazole pode causar problemas hepáticos graves ou reações alérgicas.
Como qualquer medicamento, o metimazole deve ser usado sob a supervisão de um médico e seu uso deve ser acompanhado regularmente com exames clínicos e laboratoriais para monitorar sua eficácia e possíveis efeitos adversos.
Iodeto de potássio é um composto iônico formado pela reação do iodeto (anion I-) com o íon potássio (cation K+). Sua fórmula química é KI.
Na medicina, o iodeto de potássio é frequentemente usado como um suplemento de iodo e para tratar a deficiência de iodo. Além disso, é às vezes usado como um expectorante e antisséptico, especialmente no tratamento da tireoidite subaguda (inflamação da glândula tireoide). Também pode ser usado em soluções tônicas para os olhos.
Como o iodeto de potássio é solúvel em água, pode ser administrado por via oral ou injetável. No entanto, seu uso excessivo pode causar problemas de saúde, como a hiperatividade da glândula tireoide e a intoxicação por iodo. Portanto, é importante usá-lo apenas sob orientação médica.
Tireoidectomia é um procedimento cirúrgico em que a glândula tireoide é total ou parcialmente removida. Pode ser realizada por várias razões, como o tratamento de nódulos tiroides grandes ou cancerosos, hipertireoidismo (glândula tireoide sobreativa), e bócio (aumento do tamanho da glândula tireoide). Existem diferentes tipos de tireoidectomia, incluindo a tireoidectomia total (remoção completa da glândula) e a tireoidectomia parcial (remoção parcial da glândula). Após a cirurgia, o paciente geralmente precisa de cuidados especiais, como terapia de reposição hormonal, para manter os níveis hormonais normais no corpo.
Pit-1, também conhecido como POU1F1 (Pit-1/Oct-1/Unc-86), é um fator de transcrição que desempenha um papel crucial no desenvolvimento e função da glândula pituitária. Ele pertence à família de proteínas POU (Pit-1, Oct-1 e Unc-86) e é codificado pelo gene POU1F1.
A proteína Pit-1 se une a sequências específicas de DNA chamadas elementos de resposta ao Pit-1 (PREs), regulando assim a transcrição de genes alvo relacionados à diferenciação e função das células da glândula pituitária. Ela desempenha um papel importante na diferenciação das células somatomotróficas, lactotrópicas e tiroidotrópicas da glândula pituitária, atuando como um regulador chave da expressão dos genes que codificam a hormona do crescimento (GH), prolactina (PRL) e tireotropina (TSH).
Deficiências no fator de transcrição Pit-1 podem resultar em distúrbios do desenvolvimento da glândula pituitária e disfunções hormonais, como o déficit combinado de hormônios hipofisários (CHH) e a síndrome de isolamento do gene da tireotropina (TTTS). Por outro lado, sobreexpressão de Pit-1 tem sido associada ao desenvolvimento de adenomas hipofisários.
O hormônio do crescimento (GH ou somatotropina) é um hormônio peptídico produzido e secretado pela glândula pituitária anterior, uma estrutura endócrina localizada na base do cérebro. O GH desempenha um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento dos indivíduos ao longo da infância e adolescência, influenciando a proliferação e diferenciação celular, além de regular o metabolismo de proteínas, lipídios e carboidratos.
As principais ações do hormônio do crescimento são mediadas por outros hormônios, como o fator de crescimento insulino-like 1 (IGF-1), que é produzido principalmente no fígado em resposta à secreção de GH. O IGF-1 age na maioria dos tecidos alvo do hormônio do crescimento, promovendo o crescimento e desenvolvimento ósseo e tecidual, assim como a manutenção da massa magra e a regulação do metabolismo energético.
A secreção de GH é controlada por um complexo sistema de retroalimentação negativa envolvendo outros hormônios, neurotransmissores e fatores de libertação hipotalâmicos. A grelina, produzida no estômago, estimula a secreção de GH, enquanto a somatostatina, sintetizada no hipotálamo, a inibe. Além disso, fatores como o sono, exercícios físicos, jejum e stress também influenciam a liberação desse hormônio.
Desequilíbrios na secreção de GH podem resultar em condições clínicas, como o déficit de hormônio do crescimento (GHD) e o acromegalia, quando os níveis circulantes de GH estão elevados devido a um tumor hipofisário. Ambas as condições podem ser tratadas com terapia de reposição hormonal ou cirurgia, dependendo da causa subjacente e da gravidade dos sintomas.
A tireoidite é uma inflamação da glândula tireoide, que pode resultar em um aumento ou diminuição da produção de hormônios tireoidianos. Existem vários tipos de tireoidite, incluindo:
1. Tireoidite de Hashimoto: É uma doença autoimune na qual o sistema imunológico ataca a glândula tireoide, levando à sua inflamação e danos progressivos. Geralmente resulta em hipotireoidismo (diminuição da produção de hormônios tireoidianos).
2. Tireoidite subaguda: Também conhecida como tireoidite de De Quervain, é uma inflamação dolorosa e geralmente autolimitada da glândula tireoide que ocorre após uma infecção viral aguda ou exposição a radiação. Pode causar hipertireoidismo (aumento da produção de hormônios tireoidianos) seguido de hipotireoidismo.
3. Tireoidite silenciosa: É uma inflamação indolor da glândula tireoide que ocorre sem sintomas iniciais claros, mas pode resultar em hipotireoidismo ao longo do tempo.
4. Tireoidite de Riedel: É uma forma rara e agressiva de tireoidite crônica que causa fibrose (cicatrização excessiva) da glândula tireoide e estruturas circundantes, podendo levar a complicações como dificuldade para engolir e respirar.
5. Tireoidite pós-parto: É uma inflamação da glândula tireoide que ocorre em algumas mulheres após o parto, geralmente causando hipertireoidismo temporário seguido de hipotireoidismo.
Os sintomas e o tratamento variam dependendo do tipo de tireoidite, mas podem incluir dor no pescoço, fadiga, aumento ou diminuição do apetite, alterações no ritmo cardíaco, sensibilidade ao frio ou calor, perda ou ganho de peso inexplicável e alterações no ciclo menstrual. Em alguns casos, o tratamento pode envolver medicamentos para controlar a inflamação e regular a função tireoidiana, enquanto em outros casos, o tratamento pode ser apenas de suporte até que a condição se resolva por si mesma.
Adenilato ciclase é uma enzima que catalisa a conversão da molécula de adenosina trifosfato (ATP) em adenosina monofosfato cíclico (cAMP). Esta reação desempenha um papel fundamental na transdução de sinais celulares, uma vez que o cAMP atua como segundo mensageiro em diversas vias de sinalização intracelular. A atividade da adenilato ciclase é regulada por vários fatores, incluindo hormonas, neurotransmissores e outras moléculas de sinalização, que se ligam a receptores acoplados à proteínas G no plasmalémma. A ativação ou inibição do receptor resulta em alterações na atividade da adenilato ciclase e, consequentemente, nos níveis de cAMP intracelular, o que leva a uma resposta celular adequada à presença do estímulo inicial.
A "Síndrome do Eutireóide Doente" é um distúrbio hormonal em que o paciente apresenta níveis normais de hormonas tireoidianas no sangue, mas ainda assim manifestam sintomas e sinais de hipotireoidismo (baixa atividade da tireoide). Isto pode ocorrer devido à resistência periférica às hormonas tireoidianas, o que significa que as células do corpo não respondem adequadamente a essas hormonas.
Os sintomas clássicos do hipotireoidismo incluem fadiga, ganho de peso, sensibilidade ao frio, constipação, pele seca, cabelo fino e frágil, além de alterações no ciclo menstrual nas mulheres. No entanto, pacientes com Síndrome do Eutireóide Doente podem apresentar esses sintomas, apesar de terem níveis normais de hormonas tireoidianas no sangue.
A causa exata desse distúrbio ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que possa estar relacionada a fatores genéticos e ambientais. O diagnóstico geralmente é feito por meio de testes de função tireoidiana combinados com uma avaliação clínica cuidadosa dos sintomas e sinais do paciente. O tratamento geralmente consiste em administração de hormonas tireoidianas sintéticas, embora o esquema posológico possa variar dependendo da resposta individual do paciente ao tratamento.
Bovinos são animais da família Bovidae, ordem Artiodactyla. O termo geralmente se refere a vacas, touros, bois e bisontes. Eles são caracterizados por terem um corpo grande e robusto, com chifres ou cornos em seus crânios e ungulados divididos em dois dedos (hipsodontes). Além disso, os bovinos machos geralmente têm barbas.
Existem muitas espécies diferentes de bovinos, incluindo zebu, gado doméstico, búfalos-africanos e búfalos-asiáticos. Muitas dessas espécies são criadas para a produção de carne, leite, couro e trabalho.
É importante notar que os bovinos são herbívoros, com uma dieta baseada em gramíneas e outras plantas fibrosas. Eles têm um sistema digestivo especializado, chamado de ruminação, que lhes permite digerir alimentos difíceis de se decompor.
Em medicina, especificamente em oftalmologia (a especialidade médica que estuda e trata as condições relacionadas aos olhos), a palavra "órbita" refere-se à cavidade esquelética do crânio onde o globo ocular (olho) está localizado. A órbita é formada por vários ossos que incluem o frontal, maxilar superior, zigomático, palatino, etmoides e esphenóide. Além de abrigar o olho, a órbita também contém outras estruturas como músculos, nervos, vasos sanguíneos, glandulas lacrimais (que produzem as lagrimas) e tecido adiposo (gordura).
O ácido iopanoico é um agente de contraste radiológico, o que significa que é utilizado em exames de imagem como a radiografia e a tomografia computadorizada (TC) para ajudar a melhorar a visualização de determinados tecidos ou órgãos. Ele é um composto iodado e pertence à classe dos agentes de contraste intravenhos, os quais são administrados por via intravenosa.
A função do ácido iopanoico é absorvido pelos tecidos e distribuído pelo corpo, então o iodo no composto bloqueia a passagem dos raios X, o que permite que as estruturas internas sejam vistas com maior clareza nas imagens. No entanto, é importante ressaltar que o uso de contraste radiológico pode estar associado a determinados riscos e efeitos adversos, como reações alérgicas e problemas renais, por isso seu uso deve ser cuidadosamente avaliado e monitorado.
Em medicina, o termo "papel" é frequentemente usado em patologia e refere-se a uma pequena massa ou lesão elevada na superfície de um órgão ou tecido. Papéis podem ser benignos (não cancerosos) ou malignos (cancerosos), e sua presença geralmente é identificada durante um exame físico ou por meio de técnicas de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Em alguns casos, uma biópsia do papel pode ser realizada para determinar sua natureza exata e se o tratamento é necessário.
Em outro contexto, "papel" também pode referir-se a um tipo específico de célula presente na membrana mucosa que reveste a parte inferior da bexiga urinária. Essas células, chamadas de células do papiloma uretral, podem se tornar anormais e precisar de monitoramento ou tratamento, especialmente em pessoas que fumam ou têm antecedentes familiares de câncer.
Receptores de superfície celular são proteínas integrales transmembranares que se encontram na membrana plasmática das células e são capazes de detectar moléculas especificas no ambiente exterior da célula. Eles desempenham um papel fundamental na comunicação celular e no processo de sinalização celular, permitindo que as células respondam a estímulos químicos, mecânicos ou fotoquímicos do seu microambiente.
Os receptores de superfície celular podem ser classificados em diferentes tipos, dependendo da natureza do ligante (a molécula que se liga ao receptor) e do mecanismo de sinalização intracelular desencadeado. Alguns dos principais tipos de receptores de superfície celular incluem:
1. Receptores acoplados a proteínas G (GPCRs): Estes receptores possuem um domínio extracelular que se liga a uma variedade de ligantes, como neurotransmissores, hormonas, e odorantes. A ligação do ligante desencadeia uma cascata de sinalização intracelular envolvendo proteínas G e enzimas secundárias, levando a alterações na atividade celular.
2. Receptores tirosina quinases (RTKs): Estes receptores possuem um domínio extracelular que se liga a ligantes como fatores de crescimento e citocinas, e um domínio intracelular com atividade tirosina quinase. A ligação do ligante induz a dimerização dos receptores e a autofosforilação das tirosinas, o que permite a recrutamento e ativação de outras proteínas intracelulares e a desencadeio de respostas celulares, como proliferação e diferenciação celular.
3. Receptores semelhantes à tirosina quinase (RSTKs): Estes receptores não possuem atividade intrínseca de tirosina quinase, mas recrutam e ativam quinasas associadas à membrana quando ligados aos seus ligantes. Eles desempenham um papel importante na regulação da atividade celular, especialmente no sistema imunológico.
4. Receptores de citocinas e fatores de crescimento: Estes receptores se ligam a uma variedade de citocinas e fatores de crescimento e desencadeiam respostas intracelulares através de diferentes mecanismos, como a ativação de quinasas associadas à membrana ou a recrutamento de adaptadores de sinalização.
5. Receptores nucleares: Estes receptores são transcrições fatores que se ligam a DNA e regulam a expressão gênica em resposta a ligantes como hormonas esteroides e vitaminas. Eles desempenham um papel importante na regulação do desenvolvimento, da diferenciação celular e da homeostase.
Em geral, os receptores são proteínas integradas nas membranas celulares ou localizadas no citoplasma que se ligam a moléculas específicas (ligantes) e desencadeiam respostas intracelulares que alteram a atividade da célula. Essas respostas podem incluir a ativação de cascatas de sinalização, a modulação da expressão gênica ou a indução de processos celulares como a proliferação, diferenciação ou apoptose.
Hipopituitarismo é um distúrbio hormonal que ocorre quando a glândula pituitária, localizada no cérebro, não produz suficientes hormônios. A glândula pituitária, também conhecida como "glândula mestre", regula as atividades de outras glândulas do corpo, incluindo o tiroides, os ovários e testículos, a cortiçala (zona fasciculada do córtex adrenal) e a glândula mamária.
Os hormônios produzidos pela glândula pituitária incluem:
1. Hormônio do crescimento (GH) - responsável pelo crescimento e desenvolvimento dos tecidos corporais, especialmente durante a infância e adolescência.
2. Tirotropina (TSH) - regula a produção de hormônios tireoidianos pela glândula tireoide.
3. Prolactina (PRL) - estimula a produção de leite materno durante a amamentação.
4. Folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) - desempenham um papel importante no controle do ciclo menstrual feminino, fertilidade e produção de espermatozoides nos homens.
5. Adrenocorticotrópico (ACTH) - regula a produção de cortisol e outros hormônios pela glândula adrenal.
6. Melanotropina (MSH) - controla a pigmentação da pele e o apetite.
7. Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) - regula a produção de FSH e LH.
O hipopituitarismo pode ser causado por vários fatores, como tumores pituitários, cirurgia cerebral, radioterapia, infecções, traumatismos cranianos, doenças autoimunes e deficiências genéticas. Os sintomas variam dependendo da extensão e dos hormônios afetados, mas podem incluir:
- Perda de peso involuntária
- Cansaço excessivo
- Diminuição da libido e disfunção sexual
- Infertilidade
- Amenorréia (ausência do período menstrual) ou oligomenorréia (períodos menstruais irregulares) nas mulheres
- Ginecomastia (aumento do tecido mamário nos homens)
- Baixa pressão arterial
- Intolerância ao frio
- Pele seca e pálida
- Cabelos finos e frágeis
- Dor de cabeça
- Visão dupla ou outros problemas visuais
O diagnóstico do hipopituitarismo geralmente é feito por meio de exames laboratoriais que avaliam os níveis hormonais no sangue. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir terapia de reposição hormonal, medicamentos ou cirurgia. É importante buscar atendimento médico especializado em endocrinologia para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.
Na medicina, iodeto de sódio é muitas vezes usado como um suplemento de iodo e pode ser prescrito para pessoas com déficits de iodo ou doenças da tireóide, como o bócio endêmico e a deficiência de hormônio tireoidiano. Também é por vezes utilizado no tratamento de overdose de tiouracil.
É também usado como um descontaminante para a exposição à radiação de iodo-131, um isótopo radioativo do iodo que é liberado em acidentes nucleares e é absorvido pela glândula tireoide, onde pode causar câncer. Tomar iodeto de sódio antes ou imediatamente após a exposição à radiação pode ajudar a preencher a glândula tireoide e impedir a absorção do iodo-131.
Como qualquer medicamento, o iodeto de sódio deve ser usado sob orientação médica e seu uso excessivo pode causar efeitos colaterais adversos.
Os Testes de Função Hipofisária são um conjunto de procedimentos diagnósticos usados para avaliar o funcionamento da glândula hipófise, uma pequena glândula endócrina localizada na base do cérebro. A hipófise é responsável pela produção e regulação de diversas hormonas importantes que afetam outras glândulas endócrinas e processos fisiológicos no corpo.
Existem vários tipos de testes de função hipofisária, mas os mais comuns incluem:
1. Teste de Supressão da Cortisol: Este teste avalia a capacidade do córtex adrenal (uma glândula endócrina localizada acima dos rins) para suprimir a produção de cortisol em resposta à administração de dexametasona, um esteroide sintético. O nível de cortisol é medido antes e após a administração da dexametasona.
2. Teste de Estimulação da TSH: Este teste avalia a capacidade da glândula tireóide em responder à estimulação da tirrotropina (TSH), uma hormona produzida pela hipófise. A resposta da tireóide é medida através dos níveis séricos de triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4).
3. Teste de Supressão do GnRH: Este teste avalia a capacidade da glândula hipófise em suprimir a produção de hormona luteinizante (LH) e hormona folículo-estimulante (FSH) em resposta à administração de Gonadotropina-Releasing Hormone (GnRH).
4. Teste de Supressão da Prolactina: Este teste avalia a capacidade da hipófise em suprimir a produção de prolactina em resposta à administração de TRH.
5. Teste de Estimulação do GHRH: Este teste avalia a capacidade da hipófise em responder à estimulação do hormona growth-hormone releasing hormone (GHRH) medindo os níveis séricos de hormona do crescimento (GH).
Os resultados desses testes podem ser usados para ajudar no diagnóstico e tratamento de várias condições endócrinas, como hipopituitarismo, hipertireoidismo, hipotireoidismo, acromegalia, síndrome de Cushing, deficiência de GH e disfunção da glândula tireóide.
La microquímica é un mètode d'anàlisi química que consiste a estudiar reaccions químiques en una escala micromètrica o ambient localitzat, típicament utilitzant una tècnica anomenada "reacció a bola de foc" (reaction drop method). Aquest mètode implica la deposició d'una gota molt petita de reactiu sobre un punt específic d'una mostra, i després l'observació de les reaccions químiques que tenen lloc en aquesta zona.
La microquímica es pot utilitzar per identificar i analitzar components individuals en una varietat de matrius, incloent-hi materials biològics, geològics i sintètics. Aquest mètode és particularment útil quan les mostres són massa petites o fràgils per a ser subministrades en quantitats més grans.
Aquesta tècnica pot proporcionar informació valuosa sobre la composició, l'estructura i les propietats de les mostres, i s'utilitza àmpliament en diversos camps, com ara la química analítica, la mineralogia, la petrologia, la ciència forense i la biologia.
A Bucicliclin (também conhecida como Bucladesina) é um fármaco que atua como um inibidor da síntese de DNA. É usado no tratamento de certos tipos de câncer, especialmente de células sanguíneas, como leucemia linfoblástica aguda.
A bucladesina funciona interrompendo a replicação do DNA e, assim, impedindo que as células cancerosas se dividam e cresçam. No entanto, este medicamento também pode afetar células saudáveis, o que pode causar efeitos colaterais indesejados.
Como qualquer tratamento médico, o uso de bucladesina deve ser avaliado e monitorado por um profissional de saúde qualificado, levando em consideração os benefícios e riscos potenciais para cada paciente individualmente.
A tireoidite subaguda, também conhecida como tireoidite de De Quervain ou tireoidite granulomatosa subaguda, é um tipo inflamatório de doença da glândula tireoide que geralmente ocorre após uma infecção viral superior do trato respiratório. É caracterizada por dor e inchaço na região da glândula tireoide, alongados com sintomas sistêmicos como fadiga, febre e mal-estar. A tireoidite subaguda geralmente causa hipotireoidismo (diminuição da função tireoidal), mas às vezes pode resultar em hipertireoidismo (aumento da função tireoidal) no início da doença. O diagnóstico é geralmente baseado nos sinais e sintomas clínicos, alongados com exames de sangue e imagens da glândula tireoide. O tratamento geralmente inclui anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e, em alguns casos, corticosteroides. A tiroidite subaguda geralmente resolve espontaneamente ao longo de alguns meses, mas em casos graves ou persistentes, pode ser necessária a ablação por radioatividade ou cirurgia.
A membrana celular, também conhecida como membrana plasmática, é uma fina bicamada lipídica flexível que rodeia todas as células vivas. Ela serve como uma barreira seletivamente permeável, controlantingresso e saída de substâncias da célula. A membrana celular é composta principalmente por fosfolipídios, colesterol e proteínas integrais e periféricas. Essa estrutura permite que a célula interaja com seu ambiente e mantenha o equilíbrio osmótico e iónico necessário para a sobrevivência da célula. Além disso, a membrana celular desempenha um papel crucial em processos como a comunicação celular, o transporte ativo e a recepção de sinais.
Na medicina e fisiologia, a cinética refere-se ao estudo dos processos que alteram a concentração de substâncias em um sistema ao longo do tempo. Isto inclui a absorção, distribuição, metabolismo e excreção (ADME) das drogas no corpo. A cinética das drogas pode ser afetada por vários fatores, incluindo idade, doença, genética e interações com outras drogas.
Existem dois ramos principais da cinética de drogas: a cinética farmacodinâmica (o que as drogas fazem aos tecidos) e a cinética farmacocinética (o que o corpo faz às drogas). A cinética farmacocinética pode ser descrita por meio de equações matemáticas que descrevem as taxas de absorção, distribuição, metabolismo e excreção da droga.
A compreensão da cinética das drogas é fundamental para a prática clínica, pois permite aos profissionais de saúde prever como as drogas serão afetadas pelo corpo e como os pacientes serão afetados pelas drogas. Isso pode ajudar a determinar a dose adequada, o intervalo posológico e a frequência de administração da droga para maximizar a eficácia terapêutica e minimizar os efeitos adversos.
As células CHO (do inglês, Chinese Hamster Ovary) são células ováricas de camundongo-chinês que são amplamente utilizadas em pesquisas científicas e biotecnologia. Elas são facilmente cultivadas em laboratório e possuem a capacidade de expressar altos níveis de proteínas, tornando-as úteis para a produção de vacinas, anticorpos e outros produtos terapêuticos recombinantes. Além disso, as células CHO são frequentemente usadas em estudos de toxicologia e farmacologia, bem como na pesquisa de doenças genéticas e no desenvolvimento de novos medicamentos.
Gonadotropina coriônica (hCG) é uma hormona glicoproteica produzida durante a gravidez. Ela é produzida após a fertilização, quando o embrião se fixa à parede uterina. A hCG é responsável por manter a produção de progesterona e estrogênio pelo corpo lúteo do ovário, o que é essencial para a manutenção da gravidez nas primeiras semanas.
A gonadotropina coriônica é composta por duas subunidades: a subunidade alfa (α-hCG), que é idêntica à subunidade alfa de outras gonadotropinas, como a FSH e a LH, e a subunidade beta (β-hCG), que é única para a hCG. A medição da concentração de β-hCG no sangue ou urina é usada como um marcador para o diagnóstico de gravidez e monitoramento do progresso da gravidez.
Além disso, a gonadotropina coriônica também pode ser produzida em condições não-grávidas, como nos tumores malignos do sistema reprodutivo, como o câncer de tireoide e outros tipos de câncer. Portanto, altos níveis de hCG podem ser um indicativo de algum tipo de condição patológica e requerem investigação adicional.
Em medicina, "valores de referência" (também chamados de "níveis normais" ou "faixas de referência") referem-se aos intervalos de resultados de exames laboratoriais ou de outros procedimentos diagnósticos que são geralmente encontrados em indivíduos saudáveis. Esses valores variam com a idade, sexo, gravidez e outros fatores e podem ser especificados por cada laboratório ou instituição de saúde com base em dados populacionais locais.
Os valores de referência são usados como um guia para interpretar os resultados de exames em pacientes doentes, ajudando a identificar possíveis desvios da normalidade que podem sugerir a presença de uma doença ou condição clínica. No entanto, é importante lembrar que cada pessoa é única e que os resultados de exames devem ser interpretados em conjunto com outras informações clínicas relevantes, como sinais e sintomas, história médica e exame físico.
Além disso, alguns indivíduos podem apresentar resultados que estão fora dos valores de referência, mas não apresentam nenhuma doença ou condição clínica relevante. Por outro lado, outros indivíduos podem ter sintomas e doenças sem que os resultados de exames estejam fora dos valores de referência. Portanto, é fundamental que os profissionais de saúde considerem os valores de referência como uma ferramenta útil, mas não definitiva, na avaliação e interpretação dos resultados de exames laboratoriais e diagnósticos.
As técnicas de ablação são procedimentos médicos que envolvem a remoção ou destruição de tecido anormal ou danificado em um órgão ou sistema do corpo, geralmente por meio de calor, frio ou energia elétrica. Essas técnicas são frequentemente usadas no tratamento de arritmias cardíacas, como a fibrilação atrial, uma condição em que o ritmo cardíaco é irregular e muito rápido.
No caso da ablação para tratamento de arritmias, um cateter especial é inserido no corpo através de uma veia ou artéria e direcionado até o coração. O cateter então gera calor (ablamação por radiofrequência) ou frio (ablamação por crioterapia) para destruir as células cardíacas que estão causando a arritmia. Essa área é chamada de "ponto de ablação".
A técnica de ablação pode também ser usada em outras áreas do corpo, como no tratamento do câncer, onde o tecido canceroso é destruído por calor ou frio gerado por ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) ou radiação.
Em suma, as técnicas de ablação são procedimentos médicos minimamente invasivos que envolvem a destruição controlada de tecido anormal ou danificado, geralmente por meio de calor, frio ou energia elétrica, com o objetivo de tratar uma variedade de condições clínicas.
O hormônio luteinizante (LH) é um hormônio proteico produzido e liberado pelas células gonadotrópicas da glândula pituitária anterior. No sistema reprodutivo feminino, o LH desempenha um papel crucial no ciclo menstrual normal. Em meio ao ciclo, ele é responsável por desencadear a ovulação, no que é chamado de pico de LH. Após a ovulação, o corpo lúteo formado no ovário produz progesterona sob a influência do LH para manter um ambiente adequado no útero para a implantação do óvulo fertilizado.
No sistema reprodutivo masculino, o LH estimula as células de Leydig nos testículos a produzirem e libertarem testosterona, um androgênio importante para o desenvolvimento e manutenção dos caracteres sexuais secundários masculinos e a espermatogênese.
Além disso, o LH também desempenha outras funções importantes em diferentes sistemas corporais, como ajudar na regulação do metabolismo ósseo e no crescimento e desenvolvimento geral do corpo.
A definição médica de "cães" se refere à classificação taxonômica do gênero Canis, que inclui várias espécies diferentes de canídeos, sendo a mais conhecida delas o cão doméstico (Canis lupus familiaris). Além do cão doméstico, o gênero Canis também inclui lobos, coiotes, chacais e outras espécies de canídeos selvagens.
Os cães são mamíferos carnívoros da família Canidae, que se distinguem por sua habilidade de correr rápido e perseguir presas, bem como por seus dentes afiados e poderosas mandíbulas. Eles têm um sistema sensorial aguçado, com visão, audição e olfato altamente desenvolvidos, o que lhes permite detectar e rastrear presas a longa distância.
No contexto médico, os cães podem ser estudados em vários campos, como a genética, a fisiologia, a comportamento e a saúde pública. Eles são frequentemente usados como modelos animais em pesquisas biomédicas, devido à sua proximidade genética com os humanos e à sua resposta semelhante a doenças humanas. Além disso, os cães têm sido utilizados com sucesso em terapias assistidas e como animais de serviço para pessoas com deficiências físicas ou mentais.
Os Receptores de Hormônio Luteinizante (LH) são proteínas integrais de membrana encontradas principalmente nas células da teca e das células granulosas do ovário e dos túbulos seminíferos no testículo. Eles pertencem à superfamília de receptores acoplados à proteína G e são ativados por hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante (FSH), dependendo do tecido em que estão presentes.
A ligação do LH ao receptor desencadeia uma cascata de sinais que resultam em uma variedade de respostas celulares, incluindo a produção de esteroides e a maturação dos óvulos no ovário e a produção de esperma nos testículos. Alterações nos receptores de LH podem levar a disfunções reprodutivas, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) e a infertilidade masculina.
"Dados de sequência molecular" referem-se a informações sobre a ordem ou seqüência dos constituintes moleculares em uma molécula biológica específica, particularmente ácidos nucléicos (como DNA ou RNA) e proteínas. Esses dados são obtidos através de técnicas experimentais, como sequenciamento de DNA ou proteínas, e fornecem informações fundamentais sobre a estrutura, função e evolução das moléculas biológicas. A análise desses dados pode revelar padrões e características importantes, tais como genes, sítios de ligação regulatórios, domínios proteicos e motivos estruturais, que podem ser usados para fins de pesquisa científica, diagnóstico clínico ou desenvolvimento de biotecnologia.
Hipertireoxinemia é um termo médico que se refere a níveis elevados de tireoxina (também conhecida como hormônios tireoidianos) no sangue. A tireoxina é produzida pela glândula tireoide e desempenha um papel importante na regulação do metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo.
Existem duas principais causas de hipertireoxinemia: a doença de Graves e o bócio tóxico. A doença de Graves é uma doença autoimune que causa a glândula tireoide produzir excessivamente hormônios tireoidianos. Já o bócio tóxico é um agrandamento da glândula tireoide que resulta em níveis elevados de hormônios tireoidianos no sangue.
Os sintomas de hipertireoxinemia podem incluir: perda de peso involuntária, taquicardia (batimentos cardíacos rápidos), intolerância ao calor, suores excessivos, tremores, ansiedade, irritabilidade, insônia e fadiga. Em casos graves, a hipertireoxinemia pode levar a complicações como insuficiência cardíaca congestiva, perda de massa óssea e miocardiopatia.
O tratamento para hipertireoxinemia geralmente inclui medicamentos que suprimam a produção de hormônios tireoidianos, terapia de radioiodo ou, em casos graves, cirurgia para remover parte ou toda a glândula tireoide. O tratamento adequado depende da causa subjacente da doença e dos sintomas específicos do paciente.
Tiroide
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Tireoide1
- Supressão do TSH hipofisário (hormônio estimulante da tireoide ou tireotropina) no tratamento ou prevenção dos vários tipos de bócios eutireoidianos (bócio decorrente do aumento de TSH), inclusive nódulos tireoidianos, tireoidite linfocítica subaguda ou crônica (tireoidite de Hashimoto/tireoidite autoimune) e carcinomas foliculares e papilares (tumores malignos) da tireoide dependentes de tireotropina. (cliquefarma.com.br)
Liberador1
- O TSH é regulado pelo hormônio liberador de tireotropina (TRH), que é produzido pelo hipotálamo. (wikipedia.org)
BETA1
- A tireotropina consiste em duas subunidades, alfa e beta, ligadas não covalentemente. (bvsalud.org)