Transtorno cuja característica predominante é a perda ou alteração de uma função física que sugere um transtorno físico mas que é, na verdade, a expressão direta de uma necessidade ou conflito psicológico.
Formulações filosóficas que são básicas para a psicanálise. Algumas das teorias conceituais desenvolvidas foram a teoria da libido, repressão, regressão, transferência, id, ego, superego, Complexo de Édipo, etc.
Processo psicoterápico de dessensibilização de memórias que trazem sofrimento emocional e que são muitas vezes esquecidas (reprimidas), através da experiência de lembrar e reagir a elas na segurança do contexto do tratamento.
Termo utilizado historicamente para um transtorno crônico, porém flutuante, que se inicia cedo na vida e se caracteriza por queixas somáticas múltiplas recorrentes que, aparentemente, não são devidas a uma doença física. Este diagnóstico não é utilizado na prática contemporânea.
Simulação proposital dos sintomas de uma doença ou de um ferimento, com a intenção de atingir uma meta, como por exemplo, uma alegação de doença física com o objetivo de não comparecer a uma convocação a júri.
Especialidade médica que se ocupa do estudo das estruturas, funções e doenças do sistema nervoso.
Alterações repentinas e temporárias das funções normalmente integradoras da consciência.
Movimentos involuntários anormais que afetam principalmente as extremidades, tronco ou mandíbula, e ocorrem como manifestação de um processo de doença subjacente. As afecções caracterizadas por episódios persistentes ou recidivantes de discinesia como manifestação primária da doença podem ser conhecidas por síndromes de discinesias (ver TRANSTORNOS MOTORES). As discinesias constituem também uma manifestação relativamente comum das DOENÇAS DOS GÂNGLIOS DA BASE.

De acordo com a American Psychiatric Association (APA) no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Quinta Edição (DSM-5), o Transtorno Conversivo é um transtorno mental que envolve sintomas físicos que não podem ser explicados por uma condição médica ou outro transtorno mental e sim por uma possível ganho psicológico ou social.

Os sintomas geralmente surgem após um evento stressante e incluem debilidade, tontura, cegueira, surdez, dificuldade em engolir ou falar, entre outros. Esses sintomas geralmente não seguem um padrão neurológico claro e podem mudar ao longo do tempo. Além disso, os exames médicos geralmente não conseguem encontrar uma causa física para esses sintomas.

O Transtorno Conversivo é diferente de outras condições médicas porque seus sintomas são intencionais e podem ser controlados pelo indivíduo em certa medida. O diagnóstico geralmente requer a exclusão de outras causas possíveis e uma avaliação psicológica completa.

O tratamento geralmente inclui terapia cognitivo-comportamental, terapia familiar e educação sobre o transtorno. O prognóstico varia, mas muitas pessoas com Transtorno Conversivo se recuperam completamente com o tratamento adequado.

A Teoria Freudiana refere-se às ideias e teorias desenvolvidas pelo neurologista austríaco Sigmund Freud sobre a psique humana e o comportamento. A teoria propõe que nossas mentes estão divididas em três partes: o ego, o id e o superego.

1. O Id é a parte mais primitiva da mente, governada pelo princípio do prazer, buscando satisfação imediata de desejos e necessidades biológicas.

2. O Ego é a parte racional e realista da mente, mediando entre as demandas do Id e as exigências do mundo exterior, procurando maneiras de satisfazer os desejos do Id de forma socialmente aceitável.

3. O Superego representa nossos ideais internos adquiridos, incluindo ética, moral e normas sociais, e funciona como uma consciência que julga o comportamento como "bom" ou "mau".

A Teoria Freudiana também inclui conceitos como o complexo de Édipo, a psicanálise, os estágios do desenvolvimento psicosssexual e mecanismos de defesa. Essas ideias são usadas para explicar a formação da personalidade, os transtornos mentais e as motivações humanas inconscientes. No entanto, é importante notar que muitas das teorias de Freud foram controversas e continuam sendo objeto de debate na comunidade científica.

AB-reação é um termo usado em medicina e imunologia para descrever uma resposta do sistema imune a antígenos estrangeiros, geralmente proteínas ou polissacarídeos, que ocorrem após a exposição prévia e a produção de anticorpos contra esses antígenos.

A palavra "Ab" refere-se aos anticorpos, também conhecidos como imunoglobulinas, que são produzidos pelas células B do sistema imune em resposta a um antígeno específico. A reação ocorre quando esses anticorpos se ligam aos antígenos estrangeiros, marcando-os para serem destruídos por outras células do sistema imune, como macrófagos e neutrófilos.

A AB-reação pode ser desencadeada por uma variedade de fatores, incluindo transplantes de órgãos, transfusões sanguíneas, infecções e vacinação. Em alguns casos, a reação pode causar sintomas graves, como febre, erupções cutâneas, inflamação e dor. No entanto, em outras situações, a AB-reação pode ser benéfica, como no caso da vacinação, onde os anticorpos produzidos durante a primeira exposição ao antígeno podem fornecer imunidade duradoura contra futuras infecções.

Em resumo, a AB-reação é uma resposta do sistema imune a antígenos estrangeiros que ocorrem após a exposição prévia e a produção de anticorpos contra esses antígenos. A reação pode ser benéfica ou prejudicial, dependendo do contexto em que ocorre.

A palavra "histeria" foi historicamente usada em psiquiatria e psicologia clínica para descrever um grupo de sintomas que incluíam comportamentos excessivamente emocionais, dramáticos ou sedutores. No entanto, o termo caiu em desuso na comunidade médica e psicológica devido à sua história controversa e estigma associado.

Originalmente, a histeria era atribuída exclusivamente às mulheres, sugerindo que as mulheres eram mais propensas a doenças mentais do que os homens. Além disso, muitos dos sintomas relatados foram posteriormente descobertos como sendo causados por condições médicas orgânicas ou outros transtornos mentais.

Portanto, é importante evitar o uso do termo "histeria" em um contexto médico ou psicológico e usar, em vez disso, os diagnósticos específicos e descritores de sintomas reconhecidos pela comunidade clínica.

Simulação de doença, também conhecida como simulador ou pseudo-doença, é um comportamento em que uma pessoa finge estar doente ou exagera sintomas reais para atrair atenção, evitar responsabilidades ou obter algum benefício secundário, como prescrições de medicamentos específicos ou simplesmente descanso adicional. Não se trata de uma condição mental real e sim de um comportamento manipulativo intencional.

A simulação de doença pode ser difícil de diagnosticar, pois os sintomas relatados pelo indivíduo podem ser vagos ou inverificáveis. Além disso, alguns pacientes com simulação de doença podem desenvolver síndromes somáticas funcionais, onde os sintomas são reais mas não têm causa orgânica identificável.

Ao contrário da simulação de doença, a condição médica conhecida como síndrome de Münchhausen (agora chamada de transtorno factício) é um distúrbio mental em que os indivíduos fingem sintomas ou se causam doenças deliberadamente para obter atenção médica e simpatia. Neste caso, o comportamento é compulsivo e repetitivo, não intencional como na simulação de doença.

Neurologia é um ramo da medicina que se concentra no diagnóstico, tratamento e estudo dos distúrbios do sistema nervoso central e periférico, incluindo o cérebro, medula espinhal, nervos cranianos, músculos e sistemas nervosos autônomos. Os neurologistas são médicos especializados em neurologia que avaliam e tratam condições como doenças cerebrovasculares (como derrames), epilepsia, doença de Alzheimer, doenças desmielinizantes (como esclerose múltipla), transtornos do movimento (como a doença de Parkinson), cefaleias (como dor de cabeça em migranha), doenças neuromusculares (como a miastenia gravis) e outros distúrbios neurológicos. Eles podem utilizar uma variedade de métodos diagnósticos, como exames físicos, estudos de imagens médicas (como ressonância magnética ou tomografia computadorizada), análises laboratoriais e testes eletroneurofisiológicos (como EEG ou ENMG) para avaliar os pacientes. O tratamento pode incluir medicamentos, terapias de reabilitação, procedimentos cirúrgicos ou combinações deles, dependendo da condição específica e do estado clínico do indivíduo.

De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (American Psychiatric Association), os Transtornos Dissociativos são um grupo de condições mentais em que o indivíduo experimenta uma interrupção ou descontinuidade na integração normal dos processos memóricos, identitários, perceptivos, conscientes e/ou afetivos. Essas perturbações geralmente ocorrem como resposta a um evento traumático ou extremamente stressante.

Existem vários tipos de Transtornos Dissociativos, incluindo:

1. Transtorno de Despersonalização/Derealização: O indivíduo sente-se desconectado ou distanciado de si mesmo (despersonalização) e/ou do mundo ao seu redor (derealização). Eles podem relatar sentimentos de irrealidade, neblina mental ou estar em um sonho.

2. Transtorno Amnésico: O indivíduo experimenta uma incapacidade significativa de lembrar informações importantes sobre si mesmo, incluindo eventos pessoais e habilidades adquiridas. A amnésia pode ser localizada (relacionada a um evento ou período específico) ou generalizada (afetando a memória em geral).

3. Transtorno de Identidade Dissoiciativo: O indivíduo relata a presença de dois ou mais estados de personalidade distintos, cada um com sua própria maneira de pensar, sentir e se comportar. Esses estados podem ser conscientes uns dos outros ou não, e o indivíduo pode ter dificuldade em lembrar eventos que ocorreram enquanto um estado diferente estava ativo.

4. Transtornos Dissociativos Não Especificados: Essa categoria inclui outros transtornos dissociativos que não se encaixam nos critérios dos transtornos anteriores, como a experiência de possessão ou estados alterados de consciência.

Os transtornos dissociativos geralmente ocorrem em resposta a um trauma grave, como abuso físico, sexual ou emocional, e podem ser uma tentativa do indivíduo lidar com essas experiências dolorosas. O tratamento geralmente inclui terapia, especialmente terapias que abordam o trauma subjacente, e, em alguns casos, medicamentos para ajudar a controlar sintomas como ansiedade ou depressão.

Discinesia é um termo médico que se refere a movimentos involuntários e irregulares do corpo. Esses movimentos podem ser lentos, rápidos ou repetitivos e afetar diferentes partes do corpo, como mãos, pés, boca, face ou tronco. A discinesia pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo doenças neurológicas, exposição a certos medicamentos e distúrbios metabólicos.

Existem diferentes tipos de discinesias, dependendo da causa subjacente. Alguns exemplos comuns incluem:

1. Discinésia tardia: é um distúrbio do movimento que geralmente ocorre como um efeito secundário de certos medicamentos usados para tratar a doença de Parkinson. Os sintomas geralmente começam após meses ou anos de tratamento contínuo com esses medicamentos e podem incluir movimentos involuntários da boca, língua, face, braços ou pernas.
2. Coreia: é um distúrbio do movimento que causa movimentos involuntários rápidos e irregulares dos músculos. A coreia geralmente afeta as extremidades, mas também pode afetar a face e a parte superior do tronco.
3. Distonia: é um distúrbio do movimento que causa espasmos musculares involuntários e prolongados, resultando em posturas anormais e contorções. A distonia geralmente afeta as extremidades, mas também pode afetar outras partes do corpo, como o pescoço ou a face.
4. Mioclonia: é um distúrbio do movimento que causa contrações musculares involuntárias e bruscas. Essas contrações geralmente afetam os braços e as pernas, mas também podem afetar outras partes do corpo.

O tratamento para esses distúrbios do movimento geralmente inclui medicamentos, fisioterapia e terapia ocupacional. Em alguns casos, a cirurgia pode ser recomendada como um tratamento adicional. O prognóstico varia dependendo da causa subjacente do distúrbio do movimento e da gravidade dos sintomas.

  • Transtorno de sintomas neurológicos funcionais, anteriormente conhecido como transtorno conversivo, consiste em sintomas ou deficits neurológicos que se desenvolvem de modo inconsciente e não volitivamente, geralmente envolvendo a função motora ou sensorial. (msdmanuals.com)
  • O transtorno de sintomas neurológicos funcionais é uma forma de somatização - a expressão dos fenômenos mentais como sintomas físicos (somáticos). (msdmanuals.com)
  • Os sintomas desse transtorno muitas vezes se desenvolvem abruptamente e o início às vezes pode ocorrer depois de um evento estressante. (msdmanuals.com)
  • Tipicamente, os sintomas envolvem deficits aparentes na função motora voluntária ou sensorial, mas algumas vezes incluem tremores e consciência prejudicada (sugerindo convulsões) e maneirismos anormais de membro (sugerindo outro transtorno físico ou neurológico geral). (msdmanuals.com)
  • Considera-se o diagnóstico do transtorno de sintomas neurológicos funcionais apenas após exame físico e testes abrangentes para descartar transtornos neurológicos ou clínicos gerais que possam explicar plenamente os sintomas e seus efeitos. (msdmanuals.com)
  • Além disso, para que atendam aos critérios de um transtorno, os sintomas devem ser graves o bastante para provocar sofrimento ou prejudicar funcionamento social, ocupacional ou de outras áreas importantes. (msdmanuals.com)
  • Polissintomática (transtorno de somatização) - Apresenta múltiplos sintomas que se assemelham a várias alterações dos sistemas orgânicos. (bairral.com.br)
  • Embora os sintomas de conversão possam estar presentes no transtorno de somatização, eles são sempre acompanhados por vários outros sintomas. (bairral.com.br)
  • É o transtorno de conversão prévio (ou neurose histérica), em que o paciente manifesta sintomas neurológicos sem uma lesão ou doença orgânica que os justifique. (muysalud.com)
  • É comum o baixo desempenho professional, familiar e social em pacientes com transtorno bipolar, mesmo após recuperação dos episódios e mesmo com uso od estabilizador do humor. (med.br)
  • Além disso, quando se desenvolve o referido transtorno, pode-se apresentar comorbidades, sendo as mais frequentes: transtornos do humor, transtornos de ansiedade e o transtorno de déficit de atenção (TDA) e de comportamento diruptivo (TDACD). (bvsalud.org)
  • O diagnóstico deve ser suspeitado quando o paciente apresenta perda ou alteração funcional, sugestiva de um transtorno médico ou neurológico, não podendo, no entanto ser explicada por estes ou outros transtornos médicos conhecidos. (bairral.com.br)
  • Diferente de um transtorno conversivo, por exemplo, que tem um aparecimento agudo, o Transtorno do Espectro Autista normalmente é identificado por meio de pequenos detalhes do dia a dia da criança, que fazem com que se procure ajuda especializada. (amsbrasil.com)
  • Procurei o Dr em decorrência de transtorno de ansiedade e o tratamento ministrado mudou minha qualidade de vida. (drgunterfaust.com)
  • O TEPT é classificado como um transtorno de ansiedade, e sua prevalência é de 6,5% na população brasileira. (bvsalud.org)
  • A probabilidade do desenvolvimento deste transtorno pode aumentar com aumento da intensidade e proximidade do stressor. (psico-oncologia2020.com)
  • O transtorno de sintomas neurológicos funcionais é uma forma de somatização - a expressão dos fenômenos mentais como sintomas físicos (somáticos). (msdmanuals.com)
  • A 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais( DSM-5-TR), publicada pela American Psychiatric Association (APA) , sofreu sua primeira revisão desde a sua publicação em 2013. (pebmed.com.br)
  • Além disso, quando se desenvolve o referido transtorno, pode-se apresentar comorbidades, sendo as mais frequentes: transtornos do humor, transtornos de ansiedade e o transtorno de déficit de atenção (TDA) e de comportamento diruptivo (TDACD). (bvsalud.org)
  • O transtorno tende a se desenvolver durante o final da infância ou no início da vida adulta, porém pode ocorrer em qualquer idade. (msdmanuals.com)