Transtornos Psicofisiológicos
Manifestações Neurocomportamentais
Habituação Psicofisiológica
Transtorno Bipolar
Transtornos Mentais
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
Transtorno Depressivo Maior
Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade
Transtorno Depressivo
Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos
Transtorno Autístico
Transtornos Fóbicos
Os Transtornos Psicofisiológicos, também conhecidos como Transtornos de Conversão ou Transtornos Somatoformes, referem-se a uma categoria de transtornos mentais que se manifestam principalmente por sintomas físicos ou somáticos. Esses sintomas não podem ser explicados completamente por uma condição médica geral ou outra causa médica direta e causam clara angústia ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Esses transtornos incluem:
1. Transtorno de Conversão: Os sintomas físicos simulam um distúrbio neurológico, como paralisia ou perda de sensibilidade. Esses sintomas geralmente ocorrem após um evento estressante e não parecem ser intencionais ou fingidos.
2. Transtorno Somatoforme Indiferenciado: O indivíduo sofre de múltiplos sintomas físicos persistentes que não podem ser explicados por uma condição médica geral e causam clara angústia ou prejuízo no funcionamento.
3. Transtorno de Dor Psicogênica: O indivíduo sofre de dor intensa que não pode ser explicada completamente por uma condição médica geral e persiste além do tempo normal de cura.
4. Transtorno Somatoforme Não Especificado: Este diagnóstico é usado quando os sintomas do indivíduo não se encaixam em nenhuma das outras categorias de transtornos psicofisiológicos.
Os transtornos psicofisiológicos são geralmente tratados com terapia cognitivo-comportamental, medicamentos para tratar a ansiedade ou depressão associadas, e educação sobre os sintomas e o manejo do estresse.
As manifestações neurocomportamentais referem-se a sinais e sintomas observados na esfera do comportamento humano que estão relacionados a disfunções ou alterações no sistema nervoso. Essas manifestações podem incluir uma variedade de sintomas, tais como:
1. Dificuldades de linguagem e comunicação;
2. Problemas de memória e aprendizagem;
3. Alterações na percepção sensorial, como diminuição ou aumento da sensibilidade a estímulos;
4. Mudanças no movimento e coordenação, como espasticidade, rigidez ou tremores;
5. Problemas emocionais e comportamentais, tais como ansiedade, depressão, irritabilidade ou agressividade;
6. Alterações na personalidade e no humor;
7. Dificuldades de raciocínio e tomada de decisões;
8. Problemas de sono e ritmos circadianos.
Essas manifestações podem ser causadas por uma variedade de condições médicas, como doenças neurológicas (por exemplo, doença de Alzheimer, epilepsia, dano cerebral adquirido), transtornos mentais (por exemplo, esquizofrenia, transtorno bipolar) ou intoxicação por substâncias químicas. O estudo das manifestações neurocomportamentais é crucial para o diagnóstico e tratamento adequado dessas condições.
A psicofisiologia é um campo interdisciplinar da ciência que examina as relações entre processos mentais e comportamentais (psicológicos) e processos fisiológicos correlatos no corpo, particularmente no sistema nervoso. O objetivo principal da psicofisiologia é entender como os processos mentais são relacionados e refletidos pelos processos fisiológicos no cérebro e no corpo. Isso inclui o estudo de como fatores ambientais e internos afetam essas interações e como essas interações contribuem para a saúde e doença mentais. A pesquisa em psicofisiologia utiliza uma variedade de métodos, incluindo medidas fisiológicas (como EEG, fMRI, MEG, e HR), observações comportamentais e auto-relatos subjetivos para inferir sobre os processos mentais e neurológicos.
A habituação psicofisiológica refere-se a uma diminuição progressiva da resposta fisiológica e/ou subjetiva a um estímulo repetido ou contínuo, que ocorre como resultado de adaptações centrais e periféricas do sistema nervoso. Essa redução na resposta é específica ao estímulo apresentado e geralmente não se generaliza a outros estímulos.
Em outras palavras, à medida que um indivíduo é exposto repetidamente a um estímulo particular, as suas reações iniciais tendem a diminuir em amplitude ou magnitude ao longo do tempo. Isto ocorre porque o sistema nervoso humano tem a capacidade de se adaptar e ajustar às mudanças constantes no ambiente, permitindo que o indivíduo consiga diferenciar entre estímulos importantes e não relevantes.
A habituação psicofisiológica pode ser observada em diversos sistemas corporais, incluindo o sistema cardiovascular, respiratório, endócrino e nervoso. Além disso, ela desempenha um papel crucial no processo de aprendizagem e memória, auxiliando o cérebro a filtrar informações irrelevantes e se concentrar em aquelas que são mais relevantes ou significativas.
Transtorno bipolar, anteriormente conhecido como transtorno maníaco-depressivo, é um distúrbio mental caracterizado por oscilações extremas do humor, energy e funcionamento. As pessoas com transtorno bipolar alternam entre períodos de depressão grave e episódios hipomaníacos ou maníacos. Em alguns casos, as pessoas podem experimentar síntomas psicóticos graves.
Existem diferentes tipos de transtorno bipolar baseados em quão severos os sintomas são e como frequentemente eles ocorrem:
1. Transtorno bipolar I: É caracterizado por um mínimo de um episódio maníaco ou misto (que inclui síntomas depressivos e maníacos) e geralmente é acompanhado por episódios depressivos graves.
2. Transtorno bipolar II: É marcado por pelo menos um episódio hipomaníaco e um ou mais episódios depressivos graves, mas não inclui episódios maníacos completos.
3. Ciclotimia: Essa é uma forma menos grave de transtorno bipolar em que as pessoas experimentam vários períodos de hipomania e depressão leve ao longo do tempo, mas os sintomas nunca atingem o nível de gravidade necessário para serem considerados episódios maníacos ou depressivos graves.
Os sintomas do transtorno bipolar podem causar grande sofrimento e interferência na vida diária das pessoas, incluindo relacionamentos, trabalho e atividades sociais. Além disso, o transtorno bipolar aumenta o risco de suicídio e outras complicações de saúde mental. Embora não haja cura para o transtorno bipolar, ele pode ser tratado com sucesso com uma combinação de medicamentos e terapia psicológica.
De acordo com a American Psychiatric Association (APA), transtornos mentais são "sintomas clinicamente significativos que interferem na capacidade de uma pessoa de relacionar-se e funcionar adequadamente em sua vida diária." Esses sintomas geralmente afetam a pensamento, humor, relacionamento com outras pessoas ou comportamento.
A quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela APA, lista mais de 300 transtornos mentais diferentes. Alguns exemplos comuns incluem:
1. Transtorno Depressivo Maior: um transtorno do humor que se manifesta em sintomas depressivos graves e persistentes, como humor depresso, perda de interesse ou prazer nas atividades, mudanças no sono ou apetite, fadiga, sentimentos de inutilidade ou desespero, dificuldade de concentração, pensamentos recorrentes de morte e, em alguns casos, pensamentos suicidas.
2. Transtorno Bipolar: um transtorno do humor que é caracterizado por episódios maníacos ou hipomaníacos (estado elevado de excitação) e episódios depressivos graves. Durante os episódios maníacos, a pessoa pode apresentar raciocínio acelerado, falta de juízo, comportamento impulsivo, diminuição da necessidade de sono, auto-estima elevada e/ou participação em atividades perigosas.
3. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): um transtorno de ansiedade que pode ocorrer após a exposição a um evento traumático, como guerra, abuso sexual ou físico, acidente grave ou desastre natural. Os sintomas podem incluir reviver o trauma através de flashbacks e pesadelos, evitar recordações do trauma, sentir-se constantemente em alerta e ansioso, e ter dificuldade em dormir e se concentrar.
4. Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): um transtorno de ansiedade que é caracterizado por pensamentos obsesivos recorrentes e comportamentos compulsivos repetitivos. As pessoas com TOC geralmente sentem a necessidade de realizar atividades específicas, como lavar as mãos ou verificar se as portas estão trancadas, para aliviar a ansiedade causada por seus pensamentos obsesivos.
5. Transtorno de Personalidade: um padrão persistente de experiências internas e comportamento que diverge marcadamente da cultura da pessoa. Existem muitos tipos diferentes de transtornos de personalidade, incluindo transtorno de personalidade antissocial (ou sociopata), transtorno de personalidade borderline, transtorno de personalidade narcisista e transtorno de personalidade esquizóide.
6. Transtorno Depressivo Maior: um transtorno do humor que afeta a maneira como uma pessoa pensa, sente e se comporta. Pode causar sentimentos persistentes de tristeza, vazio ou inutilidade e uma perda de interesse ou prazer em atividades. Além disso, pode levar a mudanças no sono, alimentação, energia, autoconfiança, autoestima, pensamento, concentração e decisões.
7. Transtorno Bipolar: um transtorno do humor que envolve períodos de depressão extrema e / ou mania incontrolável. Durante os episódios depressivos, as pessoas podem sentir-se desanimadas, vazias ou sem esperança. Durante os episódios maníacos, eles podem se sentir muito animados, hiperativos e impulsivos.
8. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): um transtorno mental que pode ocorrer após a exposição a um evento traumático, como violência ou morte. Os sintomas podem incluir reviver repetidamente o trauma, evitar pensamentos, sentimentos e conversas relacionados ao trauma, sentir-se facilmente assustado ou com medo e ter dificuldade em dormir.
9. Transtorno de Ansiedade: um transtorno mental que causa sentimentos excessivos de ansiedade ou medo sobre situações diárias. Os sintomas podem incluir nervosismo, agitação ou tremores, dificuldade em respirar, aumento do batimento cardíaco e sudorese excessiva.
10. Transtorno de Personalidade Limítrofe: um transtorno mental que afeta a forma como as pessoas pensam sobre si mesmas e os outros. As pessoas com este transtorno podem ter dificuldade em manter relacionamentos estáveis, sentir-se inseguras ou incertas sobre quem elas são e ter dificuldade em controlar suas emoções.
11. Transtorno de Personalidade Antissocial: um transtorno mental que afeta a forma como as pessoas interagem com os outros. As pessoas com este transtorno podem mentir, roubar, agir impulsivamente e não se importar com os sentimentos dos outros.
12. Transtorno de Personalidade Narcisista: um transtorno mental que afeta a forma como as pessoas pensam sobre si mesmas. As pessoas com este transtorno podem ter uma autoestima excessivamente alta, exigir atenção e admiração constantes e sentir-se superiores aos outros.
13. Transtorno de Personalidade Paranoide: um transtorno mental que afeta a forma como as pessoas pensam sobre os outros. As pessoas com este transtorno podem suspeitar constantemente dos motivos das pessoas e sentir-se perseguidas ou ameaçadas sem razão aparente.
14. Transtorno de Personalidade Esquizotípica: um transtorno mental que afeta a forma como as pessoas pensam, sentem e se relacionam com os outros. As pessoas com este transtorno podem ter dificuldades em estabelecer e manter relacionamentos, sentir-se desconfortáveis em situações sociais e apresentar sinais de pensamento e linguagem desorganizados.
15. Transtorno de Personalidade Esquiva: um transtorno mental que afeta a forma como as pessoas se relacionam com os outros. As pessoas com este transtorno podem sentir-se muito ansiosas em situações sociais, evitar contato social e ter dificuldades em estabelecer e manter relacionamentos íntimos.
16. Transtorno de Personalidade Dependente: um transtorno mental que afeta a forma como as pessoas se relacionam com os outros. As pessoas com este transtorno podem sentir-se muito ansiosas quando estão sozinhas, ter dificuldades em tomar decisões e ser excessivamente submissas e complacentes em relacionamentos interpessoais.
17. Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva: um transtorno mental que afeta a forma como as pessoas pensam, sentem e se comportam. As pessoas com este transtorno podem ser excessivamente preocupadas com a ordem, o perfeccionismo e o controle, ter dificuldades em tomar decisões e apresentar comportamentos repetitivos e ritualísticos.
18. Transtorno de Personalidade Histrionica: um trastorno mental que afeta a forma como as pessoas pensam, sentem e se relacionam com os outros. As pessoas com este transtorno podem ser excessivamente emocionais, dramáticas e sedutoras, ter dificuldades em manter relacionamentos estáveis e apresentar um senso inflado de si mesmas.
19. Transtorno de Personalidade Narcisista: um trastorno mental que afeta a forma como as pessoas pensam, sentem e se relacionam com os outros. As
Os Transtornos de Ansiedade são um tipo de condição mental que causa sentimentos excessivos e persistentes de medo, ansiedade ou apreensão. Eles podem afetar o seu comportamento diário, pensamentos e emoções, e podem causar sintomas físicos como batimentos cardíacos acelerados, suores, tremores e falta de ar.
Existem vários tipos diferentes de transtornos de ansiedade, incluindo:
1. Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): Esta é uma preocupação excessiva e difícil de controlar sobre eventos ou atividades diárias, que dura por seis meses ou mais e causa significativa angústia e dificuldade no funcionamento.
2. Transtorno de Pânico: Caracteriza-se por ataques de pânico recorrentes e inesperados, acompanhados por preocupação persistente com o significado ou consequências dos ataques.
3. Fobia Específica: É um medo intenso e irracional de algo que representa pouco ou nenhum perigo real. A pessoa geralmente reconhece que o medo é excessivo, mas não consegue controlá-lo.
4. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): Ocorre em algumas pessoas que testemunharam ou experimentaram um evento traumático grave, como uma violência extrema, acidente ou desastre natural.
5. Transtorno de Ansiedade Social: Caracteriza-se por uma ansiedade excessiva em situações sociais ou performance em público, resultando em evitação dessas situações.
6. Distúrbio de Panicourencia: É a combinação de um transtorno de pânico com agorafobia, que é o medo de estar em lugares ou situações dos quais ser difícil escapar ou em que possa ser difícil obter ajuda em caso de um ataque de pânico.
7. Transtorno de ansiedade inespecífica: É uma categoria para os casos em que a ansiedade e sintomas físicos associados não se encaixam em nenhuma das categorias anteriores.
Os Transtornos do Humor, conforme definido no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), referem-se a um grupo de condições mentais que se caracterizam por alterações significativas e persistentes no humor ou na capacidade de experimentar prazer. Os dois transtornos do humor mais comuns são a depressão maior e o transtorno bipolar (anteriormente conhecido como transtorno maníaco-depressivo).
A depressão maior é marcada por sintomas persistentes de humor depresso, perda de interesse ou prazer em atividades, mudanças no sono e apetite, fadiga, sentimentos de inutilidade ou desespero, problemas de concentração e pensamentos suicidas.
O transtorno bipolar, por outro lado, é caracterizado por episódios maníacos ou hipomaníacos (estados elevados de humor ou energia) e episódios depressivos. Durante um episódio maníaco, uma pessoa pode experimentar um humor excessivamente elevado ou irritável, falta de juízo, aumento da atividade e energia, pensamentos acelerados, distração fácil e participação em atividades impulsivas e perigosas. Durante um episódio depressivo, as pessoas experimentam sintomas semelhantes à depressão maior.
Existem também outros transtornos do humor menos comuns, como o transtorno distímico (um tipo de depressão persistente e leve a moderada), ciclotimia (uma forma leve e recorrente de transtorno bipolar) e outros transtornos especificados ou não especificados do humor.
Os transtornos do humor podem afetar significativamente a capacidade de uma pessoa de funcionar no dia a dia, manter relacionamentos saudáveis e desempenhar suas atividades cotidianas. O tratamento geralmente inclui terapia, medicamentos ou uma combinação dos dois. A terapia pode ajudar as pessoas a desenvolver estratégias para enfrentar seus sintomas e os desafios da vida diária, enquanto os medicamentos podem ajudar a equilibrar o humor e reduzir os sintomas.
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (em inglês, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM) é publicado pelo American Psychiatric Association (APA) e fornece uma classificação, critérios diagnósticos e estatísticas para transtornos mentais. Ao longo de suas várias edições, o DSM tem sido um guia amplamente utilizado por profissionais da saúde mental, pesquisadores, regulamentadores de seguros e outros especialistas nos Estados Unidos e em muitos outros países para fins clínicos, pesquisas e planejamento de políticas de saúde pública.
A classificação e os critérios diagnósticos no DSM são baseados em um consenso entre especialistas em saúde mental, análises de dados empíricos e considerações teóricas. Ao longo das edições, o DSM evoluiu para incorporar melhores compreensões científicas dos transtornos mentais, bem como para abordar as preocupações com a estigmatização e a sobreposição diagnóstica. A última edição do manual é o DSM-5, publicado em 2013.
Transtorno Depressivo Maior, também conhecido como depressão clínica ou simplesmente depressão, é um distúrbio mental caracterizado por sintomas persistentes de humor depresso ou perda de interesse ou prazer em atividades, acompanhados por outros sinais e sintomas, tais como mudanças no sono, alterações no apetite, fadiga, sentimentos de inutilidade ou desvalorização, dificuldade em concentrar-se ou tomar decisões, e pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. Para ser diagnosticado com Transtorno Depressivo Maior, esses sintomas devem estar presentes por pelo menos dois semanas e representarem um declínio em relação ao nível funcional anterior. Além disso, esses sintomas devem causar clara angústia ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou outras áreas importantes da vida. O Transtorno Depressivo Maior pode ocorrer em diferentes graus de gravidade, desde formas leves e transitórias até episódios graves que podem ser potencialmente perigosos para a pessoa.
Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurodevelopmental que afeta crianças e adolescentes, mas muitas vezes persiste na idade adulta. Ele se caracteriza por um padrão persistente de inatentação, hiperatividade-impulsividade ou ambos, que interferem no funcionamento em vários contextos, como a escola, o trabalho e as relações sociais.
Os sintomas de desatenção podem incluir dificuldades em manter a atenção, focar na tarefa, seguir instruções, organizar tarefas e esquecer facilmente coisas. Já os sintomas de hiperatividade-impulsividade podem incluir comportamento excessivamente motor, falta de capacidade para permanecer sentado por longos períodos, interrupção frequente de outras pessoas e tomada impulsiva de decisões sem pensar nas consequências.
Para ser diagnosticado com TDAH, um indivíduo deve apresentar esses sintomas antes dos 12 anos de idade, em pelo menos dois contextos diferentes, como a escola e o lar, e os sintomas devem causar algum grau de comprometimento no funcionamento social, acadêmico ou profissional. Além disso, é importante excluir outras possíveis causas dos sintomas, como outros transtornos mentais ou fatores médicos.
O TDAH pode ser tratado com uma combinação de medicações estimulantes e terapias comportamentais, que ajudam a controlar os sintomas e ensinar habilidades de coping para lidar com as dificuldades associadas ao transtorno.
Transtorno depressivo é um termo usado em psiquiatria e psicologia para se referir a um grupo de condições mentais que afetam o humor, pensamentos, cognição, comportamento, insônia ou hipersonia, falta de energia e outros sintomas que duram por dois semanas ou mais e representam uma mudança do nível de funionamento anterior. O transtorno depressivo inclui a depressão maior e o transtorno distímico. A depressão maior é caracterizada por um humor depressivo persistente ou perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades, juntamente com sintomas cognitivos, vegetativos e/ou somáticos adicionais. O transtorno distímico é uma forma menos grave de depressão crónica. A pessoa afetada apresenta um humor geralmente melancólico ou irritável durante a maior parte do dia, por um período de dois anos ou mais, juntamente com outros sintomas, como alterações no sono e no apetite. Os transtornos depressivos podem ocorrer em conjunto com outras condições médicas e psiquiátricas e podem ser tratados com terapia psicológica, medicamentos ou uma combinação de ambos.
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um distúrbio mental caracterizado por pensamentos intrusivos e repetitivos chamados obssesões, e/ou comportamentos repetitivos e estereotipados que a pessoa se sente compelida a realizar, chamados de compulsões. As obsessões e compulsões causam grande angústia e interferem no funcionamento diário da pessoa.
As obsessões geralmente envolvem temores, como medo de contaminação ou de dano a si mesmo ou a outras pessoas, e podem ser de natureza agressiva, sexual ou religiosa. As pessoas com TOC frequentemente tentam ignorar ou suprimir esses pensamentos, o que geralmente causa aumento da angústia e ansiedade.
As compulsões são comportamentos repetitivos que as pessoas sentem a necessidade de realizar em resposta às obsessões, como lavar as mãos excessivamente, contar ou arrumar objetos em ordem específica, verificar repetidamente se algo foi feito corretamente, ou evitar certos lugares ou situações que possam desencadear as obsessões.
O TOC afeta aproximadamente 1-2% da população e geralmente começa a manifestar-se na infância ou adolescência. O tratamento geralmente inclui terapia cognitivo-comportamental (TCC) e/ou medicamentos, como inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS). Em casos graves, outros tratamentos, como terapia de eletroconvulsiva (TEC), podem ser considerados.
Os Transtornos de Estresse Pós-Traumático (TEPT) são um tipo de transtorno de ansiedade que podem ocorrer em pessoas que passaram por um evento traumático, extremamente estressante ou assustador. Alguns exemplos de tais eventos incluem experiências de guerra, abuso físico ou sexual, acidentes graves, desastres naturais e diagnósticos médicos graves.
Os sintomas do TEPT geralmente começam dentro dos três meses após o evento traumático, mas em alguns casos podem demorar a surgir por anos. Os sintomas podem incluir:
1. Reviver o evento traumático através de pensamentos intrusivos, pesadelos recorrentes ou lembranças involuntárias e desagradáveis do evento;
2. Evitar lugares, atividades, pessoas, conversas, sentimentos ou recordações que lembrem o evento traumático;
3. Sentimentos intensos de medo, angústia ou terror desproporcionais ao contexto em que se encontram;
4. Reação física exagerada a estímulos inesperados, como um barulho repentino ou toque inesperado;
5. Sensação de estar constantemente à procura de perigo ou ameaça;
6. Dificuldade em se concentrar, falta de memória recente ou dificuldade em dormir;
7. Sentimentos persistentes de culpa ou vergonha;
8. Perda de interesse em atividades que costumavam desfrutar;
9. Isolamento social e sentimentos de desconexão em relação a outras pessoas;
10. Pensamentos frequentes de morte ou suicídio.
Para ser diagnosticado com TEPT, um indivíduo deve apresentar sintomas por pelo menos um mês e os sintomas devem causar clara angústia ou dificuldade no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida. O diagnóstico de TEPT requer a avaliação profissional de um psiquiatra, psicólogo ou outro profissional de saúde mental treinado para diagnosticar e tratar doenças mentais.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quinta edição (DSM-5), o Transtorno Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por deficiências persistentes em duas áreas principais:
1. Deficiência na comunicação e interação social: isso inclui deficiências em habilidades sociais recíprocas, como a incapacidade de manter uma conversa ou fazer amizades; falta de expressão facial ou linguagem corporal adequada; falha em desenvolver relacionamentos sociais adequados ao nível de desenvolvimento; e/ou falta de compartilhamento de interesses, afeto ou emoção com outras pessoas.
2. Padrões restritivos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades: isso pode incluir estereotipias motoras (movimentos repetitivos), linha-de-condução inflexível, interesse intenso em itens específicos, necessidade de rotinas e ritos, ou reações excessivas a certos estímulos sensoriais.
Esses sintomas devem estar presentes desde a infância e causar uma comprometimento clinicamente significativo na vida social, ocupacional ou outras áreas importantes do indivíduo. Além disso, o transtorno autista não deve ser melhor explicado por outro transtorno mental (como a esquizofrenia ou o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) e não deve ser resultado dos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (tais como drogas ou medicamentos) ou de uma condição médica geral.
É importante notar que o DSM-5 agora inclui o Transtorno Autista em um espectro mais amplo de transtornos do neurodesenvolvimento, conhecido como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O TEA é caracterizado por deficiências persistentes na comunicação social e interação social, além de padrões restritivos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.
Os Transtornos Fóbicos são um tipo de transtorno de ansiedade em que uma pessoa experimenta um medo intenso e irracional de algo que, na realidade, posa pouco ou nenhum perigo. Existem vários tipos de fobias, incluindo:
1. Fobia específica: é o medo intenso e irreal de algo em particular, como animais, altura, água, voar, injeções ou sangue.
2. Agorafobia: é o medo de se encontrar em lugares ou situações dos quais seria difícil escapar ou em que não haveria ajuda imediata se ocorresse um ataque de pânico ou uma crise de ansiedade grave.
3. Fobia social: é o medo intenso de ser julgado, humilhado ou ridicularizado em público.
4. Transtorno de pânico com agorafobia: é um transtorno de ansiedade em que alguém tem ataques de pânico recorrentes e desenvolve agorafobia como resultado.
5. Outras fobias específicas: incluem, por exemplo, o medo de vomitar (emetofobia) ou o medo de enxergar sangue (hemofobia).
As pessoas com transtornos fóbicos geralmente tentam evitar a situação ou objeto que causam o medo. Quando expostos à situação temida, podem experimentar sintomas físicos de ansiedade, como palpitações cardíacas, suores, tremores, dificuldades respiratórias e náuseas. Em casos graves, a pessoa pode ter ataques de pânico.
Os transtornos fóbicos podem interferir significativamente na vida diária de uma pessoa, limitando suas atividades, relacionamentos e o desempenho em trabalho ou escola. O tratamento geralmente inclui terapia cognitivo-comportamental (TCC) e, às vezes, medicamentos.
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) da Organização Mundial de Saúde (OMS), os Transtornos Globais do Desenvolvimento Infantil são "distúrbios do desenvolvimento que surgem antes dos 18 anos de idade e que afetam significativamente o domínio de pelo menos duas das seguintes áreas funcionais: comunicação, interação social, atividades e interesses cognitivos, e controle corporal e comportamento."
Este diagnóstico inclui uma variedade de condições que podem afetar o desenvolvimento da criança, como transtornos do espectro autista, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades de aprendizagem, transtornos da coordenação motora e outros distúrbios do desenvolvimento.
Os sintomas variam amplamente dependendo do tipo de transtorno e da gravidade da afeição. No entanto, geralmente envolvem deficiências na comunicação social, linguagem, interação social, jogo, comportamento ou aprendizagem que impactam significativamente a capacidade da criança de funcionar em diferentes contextos, como a escola, a família e a comunidade.
O diagnóstico é geralmente baseado em um exame clínico detalhado, incluindo entrevistas com os pais ou cuidadores, observação da criança, avaliação do desenvolvimento e testes psicológicos e educacionais. O tratamento depende do tipo de transtorno e pode incluir terapia comportamental, educacional, fonoaudiológica, ocupacional, farmacológica e outras formas de suporte à família e à criança.
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- A psicoterapia: É executada por profissionais qualificados para prover tratamentos aos distúrbios e transtornos mentais, melhorar o auto conhecimento, melhorar a convicção nas decisões do cotidiano, caminhar em busca da autonomia existencial, entre outras. (wikipedia.org)
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- Efeitos psicofisiológicos do exercício físico em pacientes com transtornos de ansiedade e depressão. (bvsalud.org)