Lesão do MIOCÁRDIO resultante da REPERFUSÃO MIOCÁRDICA (restauração do fluxo sanguíneo a áreas isquêmicas do CORAÇÃO). A reperfusão ocorre quando há trombólise espontânea, TERAPIA TROMBOLÍTICA, fluxo colateral de outros leitos vasculares coronários ou reversão de vasospasmo.
Geralmente, restauração do suprimento sanguíneo ao tecido cardíaco que está isquêmico devido à diminuição do suprimento normal de sangue. A diminuição pode ser resultante de qualquer origem, incluindo obstrução aterosclerótica, estreitamento da artéria, ou pinçamento cirúrgico. A reperfusão pode ser induzida para tratamento de isquemia. Os métodos incluem dissolução química de um trombo obstruído, administração de drogas vasodilatadoras, angioplastia, cateterização e cirurgia de enxerto para desvio da artéria. Contudo, tem-se pensado que a reperfusão possa além disso danificar o tecido isquêmico causando LESÃO DO MIOCÁRDIO POR REPERFUSÃO.
Mudanças metabólicas ou estruturais, função adversa, em tecidos isquêmicos resultantes da restauração de fluxo de sangue do tecido (REPERFUSÃO), inclusive inchaço, HEMORRAGIA, NECROSE, e danos de RADICAIS LIVRES. O exemplo mais comum é o TRAUMATISMO POR REPERFUSÃO MIOCÁRDICA.
Aplicação de oclusão vascular repetida, de períodos curtos no início da REPERFUSÃO para reduzir o TRAUMATISMO POR REPERFUSÃO que advém de um evento isquêmico prolongado. As técnicas são semelhantes às do PRECONDICIONAMENTO ISQUÊMICO, mas a ocasião para aplicação é posterior ao evento isquêmico, ao invés de ser anterior.
NECROSE do MIOCÁRDIO causada por uma obstrução no fornecimento de sangue ao coração (CIRCULAÇÃO CORONÁRIA).
Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sanguíneo.
Transferase que catalisa a formação de FOSFOCREATINA a partir de ATP + CREATINA. A reação armazena energia do ATP na forma de fosfocreatina. Três ISOENZIMAS citoplasmáticas foram identificadas em tecidos humanos: os tipos MM (de MÚSCULO ESQUELÉTICO), MB (de miocárdio) e BB (de tecido nervoso), bem como uma isoenzima mitocondrial. O termo macro creatina quinase refere-se à creatina quinase complexada com outras proteínas séricas.
Soluções que, quando administradas, interrompem temporariamente a atividade cardíaca. São usadas nas cirurgias do coração.
Transtorno da função cardíaca causado por fluxo sanguíneo insuficiente ao tecido muscular do coração. A diminuição do fluxo sanguíneo pode ser devido ao estreitamento das artérias coronárias (DOENÇA DA ARTÉRIA CORONARIANA), à obstrução por um trombo (TROMBOSE CORONARIANA), ou menos comum, ao estreitamento difuso de arteríolas e outros vasos pequenos dentro do coração. A interrupção grave do suprimento sanguíneo ao tecido miocárdico pode resultar em necrose do músculo cardíaco (INFARTO DO MIOCÁRDIO).
Circulação de sangue através dos VASOS CORONÁRIOS do CORAÇÃO.
Hemeproteína dos leucócitos. Deficiência desta enzima leva a uma doença hereditária acoplada à monilíase disseminada. Catalisa a conversão de um doador e peróxido a um doador oxidado e água. EC 1.11.1.7.
Agentes que têm efeito tônico sobre o coração, ou que podem aumentar o débito cardíaco. Podem ser GLICOSÍDEOS CARDÍACOS, SIMPATOMIMÉTICOS, ou ainda outras drogas. São usados após INFARTO DO MIOCÁRDIO, PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS CARDÍACOS, CHOQUE, ou na insuficiência cardíaca congestiva (INSUFICIÊNCIA CARDÍACA).
Restauração de suprimento sanguíneo ao tecido que está isquêmico devido à diminuição normal do suprimento sanguíneo. A diminuição pode ser resultante de qualquer origem, incluindo uma obstrução aterosclerótica, estreitamento da artéria ou pinçamento cirúrgico. É principalmente um procedimento para tratamento de infarto ou outras isquemias, por tornar viável a recuperação do tecido isquêmico, limitando deste modo o aparecimento de necrose. Contudo, tem-se pensado que a reperfusão possa, além disso, danificar o tecido isquêmico, causando LESÃO POR REPERFUSÃO.
Molécula de adesão celular e antígeno CD que medeia a adesão de neutrófilos e monócitos às plaquetas ativadas e células endoteliais.
Doenças animais ocorrendo de maneira natural ou são induzidas experimentalmente com processos patológicos suficientemente semelhantes àqueles de doenças humanas. São utilizados como modelos para o estudo de doenças humanas.
Movimento e forças envolvidos no movimento do sangue através do SISTEMA CARDIOVASCULAR.
Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sanguínea.
Processo envolvendo a probabilidade usada em ensaios terapêuticos ou outra investigação que tem como objetivo alocar sujeitos experimentais, humanos ou animais, entre os grupos de tratamento e controle, ou entre grupos de tratamento. Pode também ser aplicado em experimentos em objetos inanimados.
Linhagem de ratos albinos desenvolvida no Instituto Wistar e que se espalhou amplamente para outras instituições. Este fato diluiu marcadamente a linhagem original.
Linhagem de ratos albinos amplamente utilizada para propósitos experimentais por sua tranquilidade e facilidade de manipulação. Foi desenvolvida pela Companhia de Animais Sprague-Dawley.
O cão doméstico (Canis familiaris) compreende por volta de 400 raças (família carnívora CANIDAE). Estão distribuídos por todo o mundo e vivem em associação com as pessoas (Tradução livre do original: Walker's Mammals of the World, 5th ed, p1065).
Atividade contrátil do MIOCÁRDIO.
Leucócitos granulares que apresentam um núcleo composto de três a cinco lóbulos conectados por filamentos delgados de cromatina. O citoplasma contém grânulos finos e inconspícuos que sw coram com corantes neutros.
Remoção cirúrgica de um coágulo obstrutivo ou material estranho de um vaso sanguíneo no ponto de sua formação. A remoção de um coágulo que chega de um sítio distante é chamada EMBOLECTOMIA.
Danos infligidos no corpo como resultado direto ou indireto de uma força externa, com ou sem rompimento da continuidade estrutural.
Exposição do tecido miocárdico para períodos breves e repetidos de oclusão vascular para dar ao miocárdio resistência aos efeitos deletérios de ISQUEMIA ou REPERFUSÃO. O período de pré-exposição e o número de vezes que o tecido é exposto à isquemia e reperfusão variam, sendo a média de 3 a 5 minutos.
Remoção de secreções, gases ou líquidos de um órgão vazado ou tubular ou de cavidades, por meio de um tubo e um dispositivo que atua sob pressão negativa.
Elementos de intervalos de tempo limitados, contribuindo para resultados ou situações particulares.
Dilatação de uma artéria coronal obstruída (ou artérias) por meio de um cateter de balão para restaurar o suprimento sanguíneo miocárdico.
Registro do momento-a-momento das forças eletromotrizes do CORAÇÃO enquanto projetadas a vários locais da superfície corporal delineadas como uma função escalar do tempo. O registro é monitorado por um traçado sobre papel carta em movimento lento ou por observação em um cardioscópio que é um MONITOR DE TUBO DE RAIOS CATÓDICOS.
Lesões agudas e crônicas (ver também LESÃO ENCEFÁLICA) ao encéfalo, incluindo os hemisférios cerebrais, CEREBELO e TRONCO CEREBRAL. As manifestações clínicas dependem da natureza da lesão. O trauma difuso ao encéfalo é frequentemente associado com LESÃO AXONAL DIFUSA ou COMA PÓS-TRAUMÁTICO. As lesões localizadas podem estar associadas com MANIFESTAÇÕES NEUROCOMPORTAMENTAIS; HEMIPARESIA ou outras deficiências neurológicas focais.
Técnica na qual o tecido é tornado resistente aos efeitos deletérios de ISQUEMIA prolongada e REPERFUSÃO, por uma exposição prévia a períodos breves e repetidos de oclusão vascular. (Tradução livre do original: Am J Physiol 1995 May;268(5 Pt 2): H2063-7, Abstract)
Ação hemodinâmica e eletrofisiológica do ventrículo cardíaco esquerdo. Sua medida é um aspecto importante na avaliação clínica dos pacientes com doença cardíaca para determinar os efeitos da doença sobre o desempenho cardíaco.
Procedimento terapêutico que envolve a injeção de líquido em um órgão ou tecido.
Procedimento [usado] com o objetivo de parar a contração do MIOCÁRDIO durante a CIRURGIA TORÁCICA. Geralmente obtida com o uso de substâncias químicas (SOLUÇÕES CARDIOPLÉGICAS) ou baixa temperatura (como perfusato resfriado).
Utilização de infusões de FIBRINOLÍTICOS para destruir ou dissolver trombos nos vasos sanguíneos, ou contornar enxertos.
Veias e artérias do CORAÇÃO.
Radiografia do sistema vascular do músculo cardíaco, após injeção de um meio de contraste.
Processo patológico que ocorre em células que estão morrendo por causa de traumas irreparáveis profundos. É causado pela ação descontrolada e progressiva de ENZIMAS degradativas que produzem DILATAÇÃO MITOCONDRIAL, floculação nuclear e lise celular. Distingue-se de APOPTOSE, que é um processo celular normal, regulado.
Hipoperfusão do SANGUE através de um órgão (ou tecido) causado por uma CONSTRIÇÃO PATOLÓGICA, obstrução de seus VASOS SANGUÍNEOS ou ainda ausência de CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA.
Isoenzima de cretina quinase encontrada no MÚSCULO CARDÍACO.
Mitocôndrias do miocárdio.
Células do músculo estriado encontradas no coração. São derivadas dos mioblastos cardíacos (MIOBLASTOS CARDÍACOS).
INFARTO DO MIOCÁRDIO em que a parede anterior do coração está envolvida. O infarto do miocárdio da parede anterior é frequentemente causado pela oclusão da artéria coronária descendente anterior. Pode ser categorizado como anterosseptal ou anterolateral.
Coagulação de sangue em quaisquer dos VASOS CORONÁRIOS. A presença de um coágulo de sangue (TROMBO) frequentemente leva a INFARTO DO MIOCÁRDIO.
Proteínas envolvidas no transporte de substâncias específicas através das membranas da MITOCÔNDRIA.
Família de técnicas percutâneas usadas para manusear a OCLUSÃO CORONARIANA, incluindo a angioplastia padronizada com balão (ANGIOPLASTIA DA CORONÁRIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA), colocação de STENTS, e tecnologias ateroablativas (exemplo: ATEROTOMIA, ENDARTERECTOMIA, TROMBECTOMIA, ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA A LASER). A PTCA foi a forma mais utilizada de intervenção coronáriapercutânea, antes da difusão do uso de stents.
Traumatismos que ocorrem durante a participação em esportes competitivos ou não competitivos.
Estudos conduzidos com o fito de avaliar as consequências da gestão e dos procedimentos utilizados no combate à doença de forma a determinar a eficácia, efetividade, segurança, exequibilidade dessas intervenções.
Circulação do SANGUE através da rede de MICROVASOS.
Lesões penetrantes e não penetrantes da medula espinal resultantes de forças externas traumáticas (ex., FERIMENTOS POR ARMAS DE FOGO, TRAUMATISMOS EM CHICOTADAS, etc.).
O dialdeído do ácido malônico.
Redução abrupta da função renal. A lesão renal aguda abrange o espectro inteiro da síndrome, incluindo a falência renal aguda, NECROSE TUBULAR AGUDA e outras afecções menos graves.
Tecido ou órgão que permanece na temperatura fisiológica durante a diminuição da perfusão de SANGUE ou na ausência de suprimento sanguíneo. Durante o TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS começa quando o órgão atinge a temperatura fisiológica antes da conclusão da ANASTOMOSE CIRÚRGICA e termina com o restabelecimento da CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA no tecido.
Lesão a qualquer compartimento do pulmão causada por agentes físicos, químicos ou biológicos, que caracteristicamente desencadeia uma reação inflamatória. Estas reações inflamatórias podem ser agudas e dominadas por NEUTRÓFILOS, ou crônicas e dominadas por LINFÓCITOS e MACRÓFAGOS.
Substâncias sintéticas ou naturais ministradas para se prevenir contra uma doença ou distúrbio, ou usadas no tratamento de doenças ou lesões devido a uma substância venenosa [ou tóxica].
Camundongos Endogâmicos C57BL referem-se a uma linhagem inbred de camundongos de laboratório, altamente consanguíneos, com genoma quase idêntico e propensão a certas características fenotípicas.
Espécie Oryctolagus cuniculus (família Leporidae, ordem LAGOMORPHA) nascem nas tocas, sem pelos e com os olhos e orelhas fechados. Em contraste com as LEBRES, os coelhos têm 22 pares de cromossomos.
Fragmentos univalentes ligantes de antígenos compostos por uma CADEIA LEVE DE IMMUNOGLOBULINAS inteira e da extremidade amino terminal de uma das CADEIAS PESADAS DE IMUNOGLOBULINAS da região articulada, ligadas por pontes dissulfeto. Os fragmentos Fab contêm as REGIÕES VARIÁVEIS DE IMUNOGLOBULINA que fazem parte do sítio de ligação a antígenos e as primeiras porções das REGIÕES CONSTANTES DE IMUNOGLOBULINA. Este fragmento pode ser obtido pela digestão das moléculas de imunoglobulinas com a enzima proteolítica PAPAÍNA.
Complexo glicoproteico da membrana das plaquetas importante para a adesão e agregação plaquetária. O complexo é uma integrina que contém uma INTEGRINA ALFAIIB e uma INTEGRINA BETA3 que reconhece a sequência arginina-glicina-ácido aspártico (RGD) presente em várias proteínas de adesão. É um receptor para FIBRINOGÊNIO, FATOR VON WILLWBRAND, FIBRONECTINA, VITRONECTINA e TROMBOSPONDINA. Uma deficiência da GPIIb-IIIa resulta na TROMBASTENIA DE GLANZMANN.
Qualquer animal da família Suidae, compreendendo mamíferos onívoros, robustos, de pernas curtas, pele espessa (geralmente coberta com cerdas grossas), focinho longo e móvel, e cauda pequena. Compreendem os gêneros Babyrousa, Phacochoerus (javalis africanos) e o Sus, que abrange o porco doméstico (ver SUS SCROFA)
Registro ultrassônico do tamanho, movimentação e composição do coração e estruturas adjacentes. O acesso padrão é transtorácico.
Redução localizada do fluxo sanguíneo em tecidos encefálicos, devido à obstrução arterial ou hipoperfusão sistêmica. Ocorre frequentemente em conjunto com a HIPÓXIA ENCEFÁLICA. A isquemia prolongada está associada com INFARTO ENCEFÁLICO.
Um dos mecanismos pelos quais ocorre a MORTE CELULAR (compare com NECROSE e AUTOFAGOCITOSE). A apoptose é o mecanismo responsável pela remoção fisiológica das células e parece ser intrinsecamente programada. É caracterizada por alterações morfológicas distintas no núcleo e no citoplasma, clivagem da cromatina em locais regularmente espaçados e clivagem endonucleolítica do DNA genômico (FRAGMENTAÇÃO DE DNA) em sítios internucleossômicos. Este modo de morte celular serve como um equilíbrio para a mitose no controle do tamanho dos tecidos animais e mediação nos processos patológicos associados com o crescimento tumoral.
Camada única de células que se alinham na superfície luminal em todo o sistema vascular e regulam o transporte de macromoléculas e componentes do sangue.
Escala de severidade anatômica, baseada na Escala Resumida de Ferimentos (EAF/AIS) e desenvolvida especificamente para escores de ferimentos traumáticos múltiplos. Tem sido usada como um preditor de mortalidade.
Difusão ou acúmulo de neutrófilos nos tecidos ou células em resposta a uma grande variedade de substâncias liberadas nos sítios de reações inflamatórias.
Perturbação no equilíbrio pró-oxidante-antioxidante em favor do anterior, levando a uma lesão potencial. Os indicadores do estresse oxidativo incluem bases de DNA alteradas, produtos de oxidação de proteínas e produtos de peroxidação de lipídeos.
Enzima tetramérica que junto com a coenzima NAD+, catalisa a interconversão de lactato e piruvato. Em vertebrados, há genes para três subunidades diferentes (LDH-A, LDH-B e LDH-C).
Grande órgão glandular lobulado no abdomen de vertebrados responsável pela desintoxicação, metabolismo, síntese e armazenamento de várias substâncias.
Traumatismos gerais ou inespecíficos envolvendo a perna.
Esfriamento de um tecido ou órgão durante a diminuição da perfusão de SANGUE ou na ausência de suprimento sanguíneo. O tempo de isquemia fria durante o TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS começa quando o órgão é resfriado com uma solução de perfusão fria após a OBTENÇÃO DE ÓRGÃOS para a cirurgia e termina quando o tecido atinge a temperatura fisiológica durante os procedimentos do implante.
Processo pelo qual os órgãos são mantidos viáveis fora do organismo do qual eles foram removidos (isto é, preservados da decomposição por meio de agentes químicos, esfriamento ou por um líquido substituto que mimetiza o estado natural no interior do organismo).
Órgão do corpo que filtra o sangue, secreta URINA e regula a concentração dos íons.
Processo pelo qual [determinados] compostos químicos garantem (provide) proteção para as células contra agentes prejudiciais.
Soluções utilizadas para armazenar órgãos e minimizar danos em tecidos, particularmente enquanto aguardando transplante.
Lesão no pulmão caracterizada por infiltrados pulmonares bilaterais (EDEMA PULMONAR) ricos em NEUTRÓFILOS e na ausência de INSUFICIÊNCIA CARDÍACA clínica. Isto pode representar um conjunto de lesões pulmonares, endoteliais e epiteliais, devido a inúmeros fatores (físicos, químicos ou biológicos).
Oxidorredutase que catalisa a reação entre ânions superóxido e hidrogênio, para dar oxigênio molecular e peróxido de hidrogênio. A enzima protege a célula contra níveis perigosos de superóxido. EC 1.15.1.1.
Enzima que catalisa a conversão de L-alanina e 2-oxoglutarato a piruvato e L-glutamato. EC 2.6.1.2.
Enzimas da classe das transferases que catalisam a conversão de L-aspartato e 2-cetoglutarato em oxaloacetato e L-glutamato. EC 2.6.1.1.
Linhagens de camundongos nos quais certos GENES dos GENOMAS foram desabilitados (knocked-out). Para produzir "knockouts", usando a tecnologia do DNA RECOMBINANTE, a sequência do DNA normal no gene em estudo é alterada para impedir a síntese de um produto gênico normal. Células clonadas, nas quais esta alteração no DNA foi bem sucedida, são então injetadas em embriões (EMBRIÃO) de camundongo, produzindo camundongos quiméricos. Em seguida, estes camundongos são criados para gerar uma linhagem em que todas as células do camundongo contêm o gene desabilitado. Camundongos knock-out são usados como modelos de animal experimental para [estudar] doenças (MODELOS ANIMAIS DE DOENÇAS) e para elucidar as funções dos genes.
Estudos planejados para a observação de eventos que ainda não ocorreram.
Dano ou trauma causado no olho por instrumentos externos. O conceito inclui ambas as lesões de superfície e lesões intraoculares.
Animais não humanos, selecionados por causa de características específicas, para uso em pesquisa experimental, ensino ou prova.
Desequilíbrio entre as necessidades funcionais miocárdicas e a capacidade dos VASOS CORONÁRIOS para fornecer suficiente fluxo sanguíneo. É uma forma de ISQUEMIA MIOCÁRDICA (fornecimento insuficiente de sangue ao músculo cardíaco), causada por uma diminuição da capacidade dos vasos coronarianos.
Moléculas altamente reativas com um par de elétron desemparelhados. Radicais livres são produtos tanto de processos normais como patológicos. São substâncias supostamente envolvidas com lesão tecidual em várias situações, tais como, radiação, exposição química e envelhecimento. A prevenção natural e farmacológica da formação de radicais livres está sendo amplamente investigada.
NECROSE que ocorre no sistema de distribuição da ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA trazendo sangue a todos os aspectos laterais de cada HEMISFÉRIO CEREBRAL. Entre os sinais clínicos estão cognição debilitada, AFASIA, AGRAFIA, fraqueza e dormência contralateral e bilateralmente na face e braços, dependendo do infarto.
Substâncias naturais ou sintéticas que inibem ou retardam a oxidação de uma substância na qual é adicionado. Agem contra os efeitos nocivos e danosos da oxidação em tecidos animais.
Traumatismos gerais ou inespecíficos do pescoço. Estão incluídos traumatismos da pele, músculos e outros tecidos moles do pescoço.
Radical livre gasoso produzido endogenamente por várias células de mamíferos. É sintetizado a partir da ARGININA pelo ÓXIDO NÍTRICO SINTETASE. O óxido nítrico é um dos FATORES RELAXANTES DEPENDENTES DO ENDOTÉLIO liberados pelo endotélio vascular e medeia a VASODILATAÇÃO. Inibe também a agregação de plaquetas, induz a desagregação de plaquetas agregadas e inibe a adesão das plaquetas ao endotélio vascular. O óxido nítrico ativa a GUANILATO CICLASE citosólica, aumentando os níveis intracelulares de GMP CÍCLICO.
Substâncias que afetam o curso de uma reação química por se combinarem rapidamente com radicais livres. Entre outros efeitos, esse [tipo de] ação protege as ilhotas pancreáticas contra danos pelas citocinas e impede lesões de perfusão miocárdica e pulmonar.
Disfunção prolongada do miocárdio após um breve episódio de isquemia severa, com retorno gradual da atividade contrátil.
Fármacos usados com a intenção de impedir lesões encefálicas ou medulares devidas a isquemia, acidente vascular cerebral, convulsões, ou traumatismos. Alguns devem ser administrados antes que o evento ocorra, mas outros podem ser eficazes durante algum tempo depois. Agindo por meio de diversos mecanismos, de modo direto ou indireto, eles frequentemente minimizam a lesão produzida pelos aminoácidos excitatórios endógenos.
Ato de constringir.
Dispositivos que dão suporte a estruturas tubulares que estão sendo anastomosadas ou para cavidades do corpo durante enxerto de pele.
O valor preditivo de um teste diagnóstico é a probabilidade de um resultado positivo (ou negativo) corresponder a um indivíduo doente (ou não doente). Depende da sensibilidade e especificidade do teste (adaptação e tradução livre do original: Last, 2001)

Traumatismo por Reperfusão Miocárdica (TRM) é um termo utilizado em medicina para descrever uma condição complicada que pode ocorrer após a restauração do fluxo sanguíneo para um tecido miocárdico isquêmico (músculo cardíaco privado de oxigênio). TRM é caracterizado por uma série de eventos bioquímicos e celulares que podem resultar em danos adicionais ao tecido miocárdico além do dano causado pela privação de oxigênio inicial.

Ocorre geralmente durante a revascularização coronariana, por exemplo, após a realização de angioplastia coronariana ou bypass coronariano, quando o fluxo sanguíneo é restaurado ao miocárdio isquêmico. Durante o período de isquemia, os níveis de oxigênio no tecido miocárdico são reduzidos, o que leva a uma série de alterações metabólicas e bioquímicas prejudiciais às células do músculo cardíaco. A reperfusão (restauração do fluxo sanguíneo) pode resultar em um aumento na produção de radicais livres, que podem causar dano adicional ao tecido miocárdico.

Além disso, a reperfusão pode levar à ativação do sistema imune e inflamatório, o que pode resultar em edema e infiltrado inflamatório no miocárdio. O TRM pode manifestar-se clinicamente como arritmias, insuficiência cardíaca aguda ou disfunção miocárdica transitória. A gravidade do TRM depende de vários fatores, incluindo a duração e a extensão da isquemia, a velocidade de reperfusão e as condições clínicas subjacentes do paciente.

Reperfusão miocárdica é um termo médico que se refere à restauração do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco (miocárdio) após um período de privação de oxigênio, geralmente como resultado de uma obstrução arterial aguda. Essa obstrução geralmente é causada por trombos ou espasmos vasculares que impedem o fluxo sanguíneo para o miocárdio, levando a isquemia e potencialmente à necrose do tecido cardíaco (infarto do miocárdio).

A reperfusão miocárdica pode ser alcançada por meios terapêuticos, como a administração de fibrinolíticos ou trombolíticos para dissolver o coágulo sanguíneo ou por procedimentos invasivos, como angioplastia coronariana e bypass cirúrgico. A reperfusão tem como objetivo minimizar os danos ao tecido miocárdico e restaurar a função cardíaca normal o mais rápido possível. No entanto, é importante notar que a reperfusão miocárdica também pode resultar em danos adicionais ao tecido cardíaco, um fenômeno conhecido como lesão de reperfusão.

Traumatismo por Reperfusão é um termo utilizado em medicina para descrever a lesão tecidual que ocorre quando o fluxo sanguíneo é restaurado a um tecido que foi previamente privado de oxigênio e nutrientes, geralmente após um episódio de isquemia, como em uma obstrução arterial ou durante uma cirurgia de revascularização.

Este fenômeno é caracterizado por uma série de eventos bioquímicos e celulares que podem levar a danos teciduais adicionais, apesar do restabelecimento do fluxo sanguíneo. A lesão resulta da produção excessiva de espécies reativas de oxigênio (ERO) e outros radicais livres que ocorrem durante a reoxigenação dos tecidos isquêmicos, o que leva à ativação de vias inflamatórias e danos a proteínas, lipídios e DNA celulares.

Os sintomas e a gravidade do traumatismo por reperfusão podem variar dependendo da localização, extensão e duração da isquemia, bem como da rapidez e eficácia com que o fluxo sanguíneo é restaurado. Os tecidos mais susceptíveis a esse tipo de lesão incluem o cérebro, o coração, os rins e os membros.

O tratamento do traumatismo por reperfusão geralmente inclui medidas para prevenir ou minimizar a isquemia, como a revascularização imediata, além de terapias específicas para neutralizar os radicais livres e controlar a resposta inflamatória.

O pós-condicionamento isquêmico é um fenômeno ou estratégia terapêutica que se refere à proteção do miocárdio (tecido muscular do coração) contra danos causados por períodos prolongados de falta de fluxo sanguíneo e oxigênio, seguidos de reperfusão (restabelecimento do fluxo sanguíneo). Essa proteção é alcançada através da exposição do tecido miocárdico a uma série de ciclos curtos de isquemia e reperfusão antes do evento principal de isquemia/reperfusão.

Através desse processo, o coração desenvolve mecanismos adaptativos que ajudam a reduzir as consequências dos danos causados pela reperfusão, como edema (inchaço), produção de espécies reativas de oxigênio e inflamação. O pós-condicionamento isquêmico tem demonstrado resultados promissores em estudos pré-clínicos, contudo, os benefícios clínicos em humanos ainda precisam ser melhor estabelecidos e compreendidos.

Infarto do Miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, é uma condição médica grave na qual há a necrose (morte) de parte do músculo cardíaco (miocárdio) devido à falta de fluxo sanguíneo e oxigênio em decorrência da oclusão ou obstrução completa de uma artéria coronariana, geralmente por um trombo ou coágulo sanguíneo. Isso pode levar a sintomas como dor torácica opressiva, desconforto ou indisposição, falta de ar, náuseas, vômitos, sudorese e fraqueza. O infarto do miocárdio é uma emergência médica que requer tratamento imediato para minimizar danos ao músculo cardíaco e salvar vidas.

Miocárdio é o termo médico para o tecido muscular do coração. Ele é responsável por pumping blood através do corpo, fornecendo oxigênio e nutrientes aos tecidos e órgãos. O miocárdio é composto por células musculares especializadas chamadas miócitos cardíacos, que são capazes de se contrair e relaxar para movimentar o sangue. O miocárdio é revestido por uma membrana fibrosa chamada epicárdio e possui uma camada interna chamada endocárdio, que forma a superfície interna dos ventrículos e átrios do coração. A doença do miocárdio pode resultar em condições cardiovasculares graves, como insuficiência cardíaca e doença coronariana.

Creatine kinase (CK), também conhecida como creatina fosfoquinase ou fosfocreatina quinase, é uma enzima presente em vários tecidos do corpo humano, especialmente nos músculos esqueléticos, cardíacos e cerebrais. Ela desempenha um papel crucial no metabolismo de energia das células, catalisando a transferência de fosfato entre a creatina e o ATP (adenosina trifosfato).

Existem três isoenzimas principais da creatina quinase: CK-MM, presente principalmente em músculos esqueléticos; CK-MB, mais abundante no miocárdio (músculo cardíaco); e CK-BB, encontrada predominantemente no cérebro. A medição dos níveis séricos dessas isoenzimas pode ajudar no diagnóstico e monitoramento de diversas condições clínicas, como dano muscular ou cardíaco, por exemplo, em casos de infarto agudo do miocárdio (IAM) ou lesões musculares.

Em resumo, a creatina quinase é uma enzima importante para o metabolismo energético das células e sua medição pode fornecer informações valiosas sobre possíveis danos teciduais em diferentes partes do corpo.

Em medicina, soluções cardioplégicas referem-se a soluções líquidas especialmente formuladas que são utilizadas durante cirurgias cardíacas para proteger o coração contra danos causados pela privação de oxigênio e fluxo sanguíneo. Essas soluções contêm substâncias como potássio, magnésio, cálcio e glicose, entre outros, que desempenham um papel importante na manutenção da integridade celular e função mitocondrial dos miócitos cardíacos durante a parada circulatória. Além disso, as soluções cardioplégicas podem conter agentes vasodilatadores e antioxidantes para promover ainda mais a proteção miocárdica. Existem diferentes tipos e formulações de soluções cardioplégicas, e a escolha da formulação adequada depende de vários fatores, como o tipo de procedimento cirúrgico, a condição do paciente e a duração prevista da parada circulatória.

Isquemia miocárdica refere-se à diminuição do fluxo sanguíneo e, consequentemente, da oxigenação em uma parte do músculo cardíaco (miocárdio), geralmente devido a uma obstrução parcial ou completa de uma artéria coronária. Essa condição pode levar ao desenvolvimento de angina de peito, falta de ar, desconforto no peito ou dor no peito, que são sintomas de insuficiência de oxigênio no miocárdio. A isquemia miocárdica pode ser transitória (temporária) ou permanente e, se não for tratada adequadamente, pode resultar em danos ao músculo cardíaco e, finalmente, em doença cardiovascular, como infarto do miocárdio (ataque cardíaco).

A circulação coronária refere-se ao sistema de vasos sanguíneos que fornece sangue rico em oxigênio e nutrientes ao músculo cardíaco, ou miocárdio. O coração é um órgão muscular que necessita de um fluxo constante de sangue para satisfazer suas próprias demandas metabólicas enquanto simultaneamente pumpista para fornecer sangue oxigenado a todo o restante do corpo.

Existem duas artérias coronárias principais que emergem da aorta, a artéria coronária direita e a artéria coronária esquerda. A artéria coronária direita irriga a parede inferior e lateral do ventrículo direito e a parte posterior do átrio direito. A artéria coronária esquerda se divide em duas ramificações: a artéria circunflexa, que irrigia a parede lateral do ventrículo esquerdo e o átrio esquerdo, e a artéria descendente anterior esquerda, que vasculariza a parede anterior e septal do ventrículo esquerdo.

A insuficiência da circulação coronária pode levar a doenças cardiovasculares graves, como angina de peito e infarto do miocárdio (ataque cardíaco). O bloqueio ou estreitamento das artérias coronárias geralmente é causado por aterosclerose, uma condição em que depósitos de gordura, colesterol e outras substâncias se acumulam na parede interna dos vasos sanguíneos.

Peroxidase é uma enzima que catalisa a reação de oxirredução entre o peróxido de hidrogênio e outros substratos, usando os elétrons fornecidos pelo peróxido de hidrogênio para oxidar outras moléculas. Essa reação ajuda a proteger as células contra os danos causados por espécies reativas de oxigênio (ROS). A peroxidase está presente em muitos tecidos e fluidos corporais, incluindo leite, glóbulos vermelhos e líquido sinovial. Existem diferentes tipos de peroxidases, como a glutationa peroxidase e a tiol peroxidase, que desempenham papéis importantes em processos fisiológicos e patológicos, como o metabolismo de drogas e a defesa imune.

Cardiotónicos são drogas ou substâncias que afetam o músculo cardíaco, aumentando a sua força e eficiência de contração. Eles são às vezes usados ​​no tratamento de insuficiência cardíaca congestiva e outras condições em que o coração não está pompando sangue com eficácia suficiente.

Existem dois tipos principais de cardiotónicos: glicósidos cardíacos e glucosinolatos. Os glicósidos cardíacos, como a digoxina e o ouabaína, aumentam a força de contração do músculo cardíaco ao inibir a enzima Na+/K+-ATPase, levando a um aumento dos níveis de cálcio no sarcoplasma. Isso resulta em uma maior sensibilidade da miofibrila às concentrações de cálcio e, portanto, uma maior força de contração.

Glucosinolatos, como a strophantina, também aumentam a força de contração do músculo cardíaco, mas por meios ligeiramente diferentes. Eles atuam ao inibir a enzima Ca2+ ATPase, o que leva a um aumento dos níveis de cálcio no sarcoplasma e uma maior sensibilidade da miofibrila às concentrações de cálcio.

Além de aumentar a força de contração do músculo cardíaco, os cardiotónicos também podem desacelerar o ritmo cardíaco e reduzir a condutividade elétrica no coração. Isso pode ajudar a prevenir arritmias e outras complicações associadas à insuficiência cardíaca congestiva.

No entanto, é importante notar que os cardiotónicos podem ter efeitos adversos graves se usados ​​em excesso ou em pessoas com certas condições médicas. Portanto, eles devem ser usados com cuidado e sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado.

Reperfusão é um termo médico que se refere à restauração do fluxo sanguíneo para um tecido ou órgão que havia sido privado de oxigênio e nutrientes, geralmente como resultado de uma obstrução arterial aguda. A reperfusão pode ser alcançada por meios cirúrgicos, como a realização de angioplastia coronária ou bypass coronariano, ou através do uso de fármacos trombolíticos que dissolvem o coágulo sanguíneo responsável pela obstrução.

Embora a reperfusão seja geralmente benéfica e necessária para prevenir danos permanentes ao tecido, ela pode também resultar em danos adicionais ao tecido, um fenômeno conhecido como lesão de reperfusão. A lesão de reperfusão é causada por uma série de mecanismos patológicos que ocorrem durante a reperfusão, incluindo a produção excessiva de radicais livres, inflamação e disfunção mitocondrial.

A reperfusão pode ser usada como tratamento para várias condições clínicas, como infarto do miocárdio (ataque cardíaco), acidente vascular cerebral agudo e isquemia de membros inferiores. No entanto, o momento em que a reperfusão é realizada pode afetar significativamente seu benefício clínico, com estudos mostrando que uma reperfusão precoce geralmente resulta em melhores desfechos clínicos do que uma reperfusão tardia.

Selectina-P, também conhecida como P-selectina ou CD62P (do inglês Cluster of Differentiation 62P), é uma proteína que pertence à família das selectinas e está envolvida no processo de inflamação. A selectina-P é codificada pelo gene SELP no genoma humano.

A selectina-P é expressa principalmente por plaquetas e células endoteliais, especialmente após ativação dessas células. Ela desempenha um papel crucial na adesão e recrutamento de leucócitos (glóbulos brancos) para locais de inflamação no corpo.

A proteína selectina-P consiste em um domínio N-terminal de lectina, um domínio epidermal de crescimento fator dependente (EGF), vários domínios repetidos de tipo rico em cisteína (CR), um domínio transmembrana e um domínio citoplasmático. A interação da selectina-P com as moléculas de adesão presentes nos leucócitos, como a Lewis X (CD15) e a P-selectina glicoproteína ligante 1 (PSGL-1), permite que os leucócitos se ligam às células endoteliais e migrem para o tecido inflamado.

A selectina-P desempenha um papel importante em doenças associadas a processos inflamatórios, como aterosclerose, trombose e asma. Além disso, a expressão anormal ou a ativação excessiva da selectina-P podem contribuir para o desenvolvimento de várias condições patológicas, incluindo doenças autoimunes e câncer.

Modelos animais de doenças referem-se a organismos não humanos, geralmente mamíferos como ratos e camundongos, mas também outros vertebrados e invertebrados, que são geneticamente manipulados ou expostos a fatores ambientais para desenvolver condições patológicas semelhantes às observadas em humanos. Esses modelos permitem que os cientistas estudem as doenças e testem terapias potenciais em um sistema controlável e bem definido. Eles desempenham um papel crucial no avanço da compreensão dos mecanismos subjacentes às doenças e no desenvolvimento de novas estratégias de tratamento. No entanto, é importante lembrar que, devido às diferenças evolutivas e genéticas entre espécies, os resultados obtidos em modelos animais nem sempre podem ser diretamente aplicáveis ao tratamento humano.

Em termos médicos, "hemodinâmica" refere-se ao ramo da fisiologia que estuda a dinâmica do fluxo sanguíneo e a pressão nos vasos sanguíneos. Ela abrange a medição e análise das pressões arteriais, volume de sangue pompado pelo coração, resistência vascular periférica e outros parâmetros relacionados à circulação sanguínea. Essas medidas são importantes na avaliação do funcionamento cardiovascular normal ou patológico, auxiliando no diagnóstico e tratamento de diversas condições, como insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e doenças vasculares.

De acordo com a National Heart, Lung, and Blood Institute (Instituto Nacional de Coração, Pulmões e Sangue), "o coração é um órgão muscular que pump (pompa) sangue pelo corpo de um indivíduo. O sangue transporta oxigênio e nutrientes aos tecidos do corpo para manterem-nos saudáveis e funcionando adequadamente."

O coração está localizado na parte central e à esquerda do peito, e é dividido em quatro câmaras: duas câmaras superiores (átrios) e duas câmaras inferiores (ventrículos). O sangue rico em oxigênio entra no coração através das veias cavas superior e inferior, fluindo para o átrio direito. A partir daqui, o sangue é bombeado para o ventrículo direito através da válvula tricúspide. Em seguida, o sangue é pompado para os pulmões pelos vasos sanguíneos chamados artérias pulmonares, onde é oxigenado. O sangue oxigenado então retorna ao coração, entrando no átrio esquerdo através das veias pulmonares. É então bombeado para o ventrículo esquerdo através da válvula mitral. Finalmente, o sangue é enviado para o restante do corpo pelas artérias aórtas e seus ramos.

Em resumo, o coração é um órgão vital que funciona como uma bomba para distribuir oxigênio e nutrientes por todo o corpo, mantendo assim os tecidos saudáveis e funcionando adequadamente.

Em estatística e análise de dados, a expressão "distribuição aleatória" refere-se à ocorrência de dados ou eventos que não seguem um padrão ou distribuição específica, mas sim uma distribuição probabilística. Isto significa que cada observação ou evento tem a mesma probabilidade de ocorrer em relação aos outros, e nenhum deles está pré-determinado ou influenciado por fatores externos previsíveis.

Em outras palavras, uma distribuição aleatória é um tipo de distribuição de probabilidade que atribui a cada possível resultado o mesmo nível de probabilidade. Isto contrasta com as distribuições não aleatórias, em que algumas observações ou eventos têm maior probabilidade de ocorrer do que outros.

A noção de distribuição aleatória é fundamental para a estatística e a análise de dados, pois muitos fenômenos naturais e sociais são influenciados por fatores complexos e interdependentes que podem ser difíceis ou impossíveis de prever com precisão. Nesses casos, a análise estatística pode ajudar a identificar padrões e tendências gerais, mesmo quando os dados individuais são incertos ou variáveis.

Os Ratos Wistar são uma linhagem popular e amplamente utilizada em pesquisas biomédicas. Eles foram desenvolvidos no início do século 20, nos Estados Unidos, por um criador de animais chamado Henry Donaldson, que trabalhava no Instituto Wistar de Anatomia e Biologia. A linhagem foi nomeada em homenagem ao instituto.

Os Ratos Wistar são conhecidos por sua resistência geral, baixa variabilidade genética e taxas consistentes de reprodução. Eles têm um fundo genético misto, com ancestrais que incluem ratos albinos originários da Europa e ratos selvagens capturados na América do Norte.

Estes ratos são frequentemente usados em estudos toxicológicos, farmacológicos e de desenvolvimento de drogas, bem como em pesquisas sobre doenças humanas, incluindo câncer, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e neurológicas. Além disso, os Ratos Wistar são frequentemente usados em estudos comportamentais, devido à sua natureza social e adaptável.

Embora os Ratos Wistar sejam uma importante ferramenta de pesquisa, é importante lembrar que eles não são idênticos a humanos e podem reagir de maneira diferente a drogas e doenças. Portanto, os resultados obtidos em estudos com ratos devem ser interpretados com cautela e validados em estudos clínicos envolvendo seres humanos antes que qualquer conclusão definitiva seja feita.

Sprague-Dawley (SD) é um tipo comummente usado na pesquisa biomédica e outros estudos experimentais. É um rato albino originário dos Estados Unidos, desenvolvido por H.H. Sprague e R.H. Dawley no início do século XX.

Os ratos SD são conhecidos por sua resistência, fertilidade e longevidade relativamente longas, tornando-os uma escolha popular para diversos tipos de pesquisas. Eles têm um genoma bem caracterizado e são frequentemente usados em estudos que envolvem farmacologia, toxicologia, nutrição, fisiologia, oncologia e outras áreas da ciência biomédica.

Além disso, os ratos SD são frequentemente utilizados em pesquisas pré-clínicas devido à sua semelhança genética, anatômica e fisiológica com humanos, o que permite uma melhor compreensão dos possíveis efeitos adversos de novos medicamentos ou procedimentos médicos.

No entanto, é importante ressaltar que, apesar da popularidade dos ratos SD em pesquisas, os resultados obtidos com esses animais nem sempre podem ser extrapolados diretamente para humanos devido às diferenças específicas entre as espécies. Portanto, é crucial considerar essas limitações ao interpretar os dados e aplicá-los em contextos clínicos ou terapêuticos.

A definição médica de "cães" se refere à classificação taxonômica do gênero Canis, que inclui várias espécies diferentes de canídeos, sendo a mais conhecida delas o cão doméstico (Canis lupus familiaris). Além do cão doméstico, o gênero Canis também inclui lobos, coiotes, chacais e outras espécies de canídeos selvagens.

Os cães são mamíferos carnívoros da família Canidae, que se distinguem por sua habilidade de correr rápido e perseguir presas, bem como por seus dentes afiados e poderosas mandíbulas. Eles têm um sistema sensorial aguçado, com visão, audição e olfato altamente desenvolvidos, o que lhes permite detectar e rastrear presas a longa distância.

No contexto médico, os cães podem ser estudados em vários campos, como a genética, a fisiologia, a comportamento e a saúde pública. Eles são frequentemente usados como modelos animais em pesquisas biomédicas, devido à sua proximidade genética com os humanos e à sua resposta semelhante a doenças humanas. Além disso, os cães têm sido utilizados com sucesso em terapias assistidas e como animais de serviço para pessoas com deficiências físicas ou mentais.

Miocardiocontraction é um termo médico que se refere ao processo de encurtamento e alongamento dos músculos do miocárdio, ou seja, o tecido muscular do coração. Durante a contração miocárdica, as células musculares do coração, chamadas de miócitos, se contraiem em resposta à ativação do sistema nervoso simpático e às mudanças no equilíbrio iônico das células.

Este processo é controlado por impulsos elétricos que viajam através do sistema de condução cardíaca, o que faz com que as células musculares se contraiam em sincronia. A contração miocárdica resulta no bombeamento do sangue pelas câmaras do coração para o resto do corpo, fornecendo oxigênio e nutrientes aos tecidos e órgãos vitais.

A fraqueza ou disfunção da contração miocárdica pode resultar em várias condições cardiovasculares, como insuficiência cardíaca congestiva, doença coronariana e arritmias cardíacas. Portanto, a avaliação da função de contração miocárdica é uma parte importante do diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares.

Neutrófilos são glóbulos brancos (leucócitos) que desempenham um papel crucial na defesa do corpo contra infecções. Eles são o tipo mais abundante de leucócitos no sangue humano, compondo aproximadamente 55% a 70% dos glóbulos brancos circulantes.

Neutrófilos são produzidos no sistema reticuloendotelial, especialmente na medula óssea. Eles têm um ciclo de vida curto, com uma vida média de aproximadamente 6 a 10 horas no sangue periférico e cerca de 1 a 4 dias nos tecidos.

Esses glóbulos brancos são especializados em combater infecções bacterianas e fúngicas, através da fagocitose (processo de engolir e destruir microorganismos). Eles possuem três mecanismos principais para realizar a fagocitose:

1. Quimiotaxia: capacidade de se mover em direção às fontes de substâncias químicas liberadas por células infectadas ou danificadas.
2. Fusão da membrana celular: processo no qual as vesículas citoplasmáticas (granulófilos) fundem-se com a membrana celular, libertando enzimas e espécies reativas de oxigênio para destruir microorganismos.
3. Degranulação: liberação de conteúdos dos grânulos citoplasmáticos, que contêm enzimas e outros componentes químicos capazes de matar microrganismos.

A neutropenia é uma condição em que o número de neutrófilos no sangue está reduzido, aumentando o risco de infecções. Por outro lado, um alto número de neutrófilos pode indicar a presença de infecção ou inflamação no corpo.

Trombectomia é um procedimento cirúrgico em que um trombo (coágulo sanguíneo) é removido de um vaso sanguíneo. Isso geralmente é realizado por meio de uma cateterização, na qual um cateter tubular fino é inserido em um vaso sanguíneo, geralmente na virilha ou no pescoço, e é guiado até o local do coágulo. Uma espécie de "pegador" ou "grapadora" no final do cateter é então usado para remover o coágulo. A trombectomia pode ser necessária em situações em que um coágulo sanguíneo grande bloqueia uma artéria importante, como a artéria pulmonar ou mesmo as artérias cerebrais, e coloca a vida do paciente em risco.

De acordo com a medicina, "ferimentos e lesões" referem-se a danos ou harmas causados ao corpo por meio de traumas físicos, como acidentes, queda, colisão, violência ou outras formas de força externa. Esses eventos podem resultar em diferentes tipos e graus de ferimentos e lesões, que variam de moretons e cortes leves a fraturas ósseas graves, lacerações e contusões, ou mesmo danos internos a órgãos e tecidos.

Alguns exemplos comuns de ferimentos e lesões incluem:

* Contusões (ou moretons): quando os músculos e tecidos moles são esmagados ou magoados, geralmente por um impacto forte ou choque.
* Cortes e lacerações: quando a pele é cortada ou ferida por objetos afiados ou cortantes.
* Fraturas ósseas: quando os ossos se quebram ou se fracturam, geralmente devido a forças excessivas ou traumáticas.
* Distensões e torções: quando músculos, tendões ou ligamentos sofrem danos por estiramento excessivo ou movimentos bruscos.
* Luxações: quando as articulações saem de seu alinhamento normal, geralmente devido a traumas ou forças excessivas.
* Lesões cerebrais traumáticas (LCT): quando o cérebro sofre danos por impacto ou aceleração violenta, como em acidentes de carro ou queda.
* Queimaduras: quando a pele e outros tecidos são danificados ou destruídos por exposição a calor, fogo, produtos químicos ou radiação.

O tratamento para ferimentos e lesões depende do tipo e gravidade da lesão, e pode incluir medidas de primeiros socorros, como imobilização, compressão ou elevação, além de cuidados médicos adicionais, como cirurgia, fisioterapia ou reabilitação.

O precondicionamento isquêmico miocárdico é um fenômeno cardioprotetor que ocorre em resposta à repetida exposição curta de isquemia e reperfusão no músculo cardíaco. Esse processo resulta em uma redução da lesão miocárdica e melhora a recuperação funcional do miocárdio durante eventos subsequentes de isquemia/reperfusão prolongados.

O mecanismo exato por trás desse fenômeno ainda não é completamente compreendido, mas acredita-se que envolva uma série de respostas adaptativas celulares e moleculares no músculo cardíaco. Essas respostas incluem a ativação de receptores e canais iônicos, a liberação de mediadores de sinalização intracelular, e a modulação da expressão gênica e atividade enzimática.

O precondicionamento isquêmico miocárdico tem implicações clínicas importantes, pois pode oferecer proteção contra danos miocárdicos associados à doença cardiovascular, cirurgia cardíaca e outros procedimentos terapêuticos que envolvem isquemia e reperfusão. No entanto, ainda é necessário realizar mais pesquisas para desenvolver estratégias clínicas efetivas de precondicionamento isquêmico miocárdico.

Em termos médicos, sucção refere-se ao ato ou processo de extrair fluidos, gases ou partículas de um local para outro usando a força do vácuo ou pressão negativa. Em muitos contextos clínicos, sucção é usada para remover secreções, sangue ou detritos das vias respiratórias, feridas, cavidades corporais ou órgãos. Isso geralmente é realizado com equipamentos especiaizados, como bombas de sucção, cateteres de sucção ou tubos de aspiração, que criam um gradiente de pressão para mover líquidos ou gases de um local para outro.

Em pediatria e odontologia, a sucção também pode se referir ao ato de sugar alimentos ou líquidos com uma piscada da boca, especialmente em bebês e crianças pequenas que ainda estão aprendendo a engolir. Neste contexto, sucção é um mecanismo importante para a ingestão de alimentos e bebidas e o desenvolvimento normal do trato gastrointestinal.

'Fatores de tempo', em medicina e nos cuidados de saúde, referem-se a variáveis ou condições que podem influenciar o curso natural de uma doença ou lesão, bem como a resposta do paciente ao tratamento. Esses fatores incluem:

1. Duração da doença ou lesão: O tempo desde o início da doença ou lesão pode afetar a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. Em geral, um diagnóstico e tratamento precoces costumam resultar em melhores desfechos clínicos.

2. Idade do paciente: A idade de um paciente pode influenciar sua susceptibilidade a determinadas doenças e sua resposta ao tratamento. Por exemplo, crianças e idosos geralmente têm riscos mais elevados de complicações e podem precisar de abordagens terapêuticas adaptadas.

3. Comorbidade: A presença de outras condições médicas ou psicológicas concomitantes (chamadas comorbidades) pode afetar a progressão da doença e o prognóstico geral. Pacientes com várias condições médicas costumam ter piores desfechos clínicos e podem precisar de cuidados mais complexos e abrangentes.

4. Fatores socioeconômicos: As condições sociais e econômicas, como renda, educação, acesso a cuidados de saúde e estilo de vida, podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento e progressão de doenças. Por exemplo, indivíduos com baixa renda geralmente têm riscos mais elevados de doenças crônicas e podem experimentar desfechos clínicos piores em comparação a indivíduos de maior renda.

5. Fatores comportamentais: O tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a má nutrição e a falta de exercícios físicos regularmente podem contribuir para o desenvolvimento e progressão de doenças. Pacientes que adotam estilos de vida saudáveis geralmente têm melhores desfechos clínicos e uma qualidade de vida superior em comparação a pacientes com comportamentos de risco.

6. Fatores genéticos: A predisposição genética pode influenciar o desenvolvimento, progressão e resposta ao tratamento de doenças. Pacientes com uma história familiar de determinadas condições médicas podem ter um risco aumentado de desenvolver essas condições e podem precisar de monitoramento mais apertado e intervenções preventivas mais agressivas.

7. Fatores ambientais: A exposição a poluentes do ar, água e solo, agentes infecciosos e outros fatores ambientais pode contribuir para o desenvolvimento e progressão de doenças. Pacientes que vivem em áreas com altos níveis de poluição ou exposição a outros fatores ambientais de risco podem precisar de monitoramento mais apertado e intervenções preventivas mais agressivas.

8. Fatores sociais: A pobreza, o isolamento social, a violência doméstica e outros fatores sociais podem afetar o acesso aos cuidados de saúde, a adesão ao tratamento e os desfechos clínicos. Pacientes que experimentam esses fatores de estresse podem precisar de suporte adicional e intervenções voltadas para o contexto social para otimizar seus resultados de saúde.

9. Fatores sistêmicos: As disparidades raciais, étnicas e de gênero no acesso aos cuidados de saúde, na qualidade dos cuidados e nos desfechos clínicos podem afetar os resultados de saúde dos pacientes. Pacientes que pertencem a grupos minoritários ou marginalizados podem precisar de intervenções específicas para abordar essas disparidades e promover a equidade em saúde.

10. Fatores individuais: As características do paciente, como idade, sexo, genética, história clínica e comportamentos relacionados à saúde, podem afetar o risco de doenças e os desfechos clínicos. Pacientes com fatores de risco individuais mais altos podem precisar de intervenções preventivas personalizadas para reduzir seu risco de doenças e melhorar seus resultados de saúde.

Em resumo, os determinantes sociais da saúde são múltiplos e interconectados, abrangendo fatores individuais, sociais, sistêmicos e ambientais que afetam o risco de doenças e os desfechos clínicos. A compreensão dos determinantes sociais da saúde é fundamental para promover a equidade em saúde e abordar as disparidades em saúde entre diferentes grupos populacionais. As intervenções que abordam esses determinantes podem ter um impacto positivo na saúde pública e melhorar os resultados de saúde dos indivíduos e das populações.

Angioplastia coronariana com balão é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo usado para abrir artérias coronárias obstruídas ou estreitas. As artérias coronárias são os vasos sanguíneos que fornecem sangue rico em oxigênio ao músculo cardíaco. A doença arterial coronariana (DAC) pode causar a formação de depósitos gordurosos conhecidos como placas, que podem estreitar ou bloquear as artérias coronárias e privar o coração de oxigênio suficiente.

Durante a angioplastia coronariana com balão, um cirurgião inserirá um cateter flexível e alongado em uma artéria na virilha ou no braço do paciente. O cateter é então guiado até à artéria coronária afetada usando imagens de raios-X e um contraste especial. No final do cateter, há um pequeno balão inflável. Quando o balão está na posição correta, ele é inflado para apertar a placa contra a parede da artéria, abrindo assim o vaso sanguíneo e restaurando o fluxo sanguíneo normal.

Em alguns casos, um stent (uma pequena grade de metal) pode ser colocado na artéria durante a angioplastia para manter a artéria aberta e prevenir a restenose (reestreitamento da artéria). O stent pode ser coberto com uma substância medicamentosa para ajudar a prevenir a formação de novas placas.

A angioplastia coronariana com balão é geralmente um procedimento seguro, mas há riscos potenciais associados, como hemorragias, reações alérgicas ao contraste, danos à artéria ou batimentos cardíacos irregulares. Em alguns casos, a cirurgia de revascularização miocárdica (como um bypass coronário) pode ser necessária se a angioplastia não for eficaz ou se houver complicações graves.

Eletrocardiografia (ECG) é um método não invasivo e indolor de registro da atividade elétrica do coração ao longo do tempo. É amplamente utilizado na avaliação cardiovascular, auxiliando no diagnóstico de diversas condições, como arritmias (anormalidades de ritmo cardíaco), isquemia miocárdica (falta de fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco), infarto do miocárdio (dano ao músculo cardíaco devido a obstrução dos vasos sanguíneos), entre outras patologias.

Durante um exame de eletrocardiografia, eletrôdos são colocados em diferentes locais do corpo, geralmente nos pulsos, punhos, coxas e peito. Esses eletrôdos detectam a atividade elétrica do coração e enviam sinais para um ecgografador, que registra as variações de voltagem ao longo do tempo em forma de traços gráficos. O resultado final é um gráfico com ondas e intervalos que representam diferentes partes do ciclo cardíaco, fornecendo informações sobre a velocidade, ritmo e sincronia dos batimentos cardíacos.

Em resumo, a eletrocardiografia é uma ferramenta essencial para o diagnóstico e monitoramento de diversas condições cardiovasculares, fornecendo informações valiosas sobre a atividade elétrica do coração.

Traumatismo Encefálico (TE) é a lesão do cérebro resultante de trauma craniano, ou seja, um impacto adverso sobre o crânio que transmite força ao cérebro. Esses traumas podem ser classificados como fechados (quando não há penetração no crânio) ou penetrantes (quando há penetração no crânio e no cérebro por objetos ou projéteis).

Os TE podem causar diversas consequências clínicas, dependendo da localização, extensão e gravidade da lesão. Algumas das possíveis consequências incluem: contusões cerebrais (hemorragias e edema no cérebro), laceracões cerebrais (cortes ou rasgaduras no tecido cerebral), comprometimento da função neurológica, alterações cognitivas, convulsões, coma e morte.

Os traumatismos encefálicos podem ser classificados em leves, moderados ou graves, de acordo com a gravidade dos sintomas clínicos e os achados no exame físico e por imagens. Os TE leves geralmente não causam perda de consciência ou apenas por alguns minutos, enquanto que nos TE moderados e graves, a perda de consciência pode ser prolongada e associada a outros sinais de gravidade, como amnésia anterógrada, confusão, desorientação, alterações na fala, fraqueza muscular ou déficits neurológicos focais.

O tratamento dos TE depende da sua gravidade e pode incluir medidas de suporte às funções vitais, controle de edema cerebral, monitoramento da pressão intracraniana, cirurgia para remover hematomas ou outras lesões penetrantes, reabilitação multidisciplinar e tratamento das complicações associadas.

O precondicionamento isquêmico é um fenômeno em que a exposição antecipada e repetida a curtos períodos de isquemia (privação de fluxo sanguíneo) seguidos por reperfusão (restabelecimento do fluxo sanguíneo) confere proteção à tecido contra danos subsequentes causados por períodos prolongados de isquemia e reperfusão. Esse processo pode resultar em uma redução na lesão miocárdica, melhorando assim a função cardiovascular e a sobrevida do tecido. O precondicionamento isquêmico é um mecanismo adaptativo que protege o coração contra danos graves e pode ser desencadeado por fatores como exercício físico, hipóxia e certas drogas.

A função ventricular esquerda refere-se à capacidade do ventrículo esquerdo do coração, a câmara inferior da metade esquerda do coração, em se contrair e relaxar de forma eficiente para pompar o sangue rico em oxigênio para todo o corpo. A função ventricular esquerda é essencial para manter a circulação adequada e garantir que os tecidos e órgãos recebam oxigênio suficiente.

Durante a fase de enchimento, o ventrículo esquerdo se relaxa e preenche-se com sangue proveniente da aurícula esquerda através da válvula mitral. Em seguida, durante a sístole ventricular, o músculo cardíaco do ventrículo esquerdo se contrai, aumentando a pressão no interior da câmara e fechando a válvula mitral. A pressão elevada força a abertura da válvula aórtica, permitindo que o sangue seja ejetado para a aorta e distribuído pelo corpo.

A função ventricular esquerda é frequentemente avaliada por meio de exames diagnósticos, como ecocardiogramas, para detectar possíveis disfunções ou doenças, como insuficiência cardíaca congestiva ou doença coronária. A manutenção de uma função ventricular esquerda saudável é crucial para garantir a saúde geral e o bem-estar do indivíduo.

Perfusão é um termo médico que se refere ao fluxo de sangue através de tecidos ou órgãos em um organismo vivo. É a medida do volume de fluido circulante, geralmente sangue, que é fornecido a um tecido por unidade de tempo. A perfusão é uma maneira importante de se avaliar a saúde dos tecidos e órgãos, pois o fluxo sanguíneo adequado é essencial para a entrega de oxigênio e nutrientes e a remoção de resíduos metabólicos. A perfusão pode ser afetada por vários fatores, incluindo a pressão arterial, a resistência vascular, o volume sanguíneo e as condições locais do tecido.

Parada cardíaca induzida é um termo médico que se refere à interrupção intencional e controlada da atividade cardíaca usando medidas terapêuticas. Isso geralmente é realizado durante procedimentos médicos, como cirurgias, em que a parada cardíaca é induzida temporariamente para permitir que o coração seja operado ou reparado de forma segura.

Durante a parada cardíaca induzida, o suprimento de oxigênio ao corpo é mantido por meio de dispositivos de suporte à vida, como um desfibrilador e uma máquina de bypass cardiopulmonar. Esses dispositivos auxiliam a circulação de sangue e oxigênio enquanto o coração estiver parado.

Após o procedimento, as funções cardíacas são restauradas e o paciente é gradualmente retirado do suporte à vida. É importante notar que a parada cardíaca induzida é um procedimento altamente especializado e deve ser realizado por profissionais médicos treinados em unidades de cuidados intensivos ou ambientes cirúrgicos.

Terapia trombolítica, também conhecida como terapia trombólise, refere-se ao tratamento médico que envolve a utilização de medicamentos para dissolver ou romper coágulos sanguíneos (trombos) existentes em artérias ou veias. Esses medicamentos são chamados agentes trombolíticos ou trombólise. Eles atuam imitando a ação da enzima natural do corpo, a plasminogênio ativador tecidual (t-PA), que desempenha um papel crucial na dissolução fisiológica dos coágulos sanguíneos.

A terapia trombolítica é frequentemente usada em situações de emergência, como em casos de ataque cardíaco agudo (como infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST - STEMI), acidente vascular cerebral isquêmico agudo e embolia pulmonar aguda. O objetivo é restaurar o fluxo sanguíneo o quanto antes, minimizando os danos aos tecidos afetados devido à privação de oxigênio e nutrientes.

Embora a terapia trombolítica seja uma ferramenta importante no arsenal do tratamento médico, ela também está associada a certos riscos, como o aumento da possibilidade de sangramento e formação de novos coágulos sanguíneos. Portanto, é crucial que os profissionais médicos avaliem cuidadosamente os benefícios e riscos antes de administrar esses medicamentos aos pacientes.

Os vasos coronários são os vasos sanguíneos que fornecem sangue oxigenado ao miocárdio, a musculatura do coração. Eles se originam a partir da aorta e inclui duas artérias principais: a artéria coronária direita e a artéria coronária esquerda. A artéria coronária direita fornece sangue ao ventrículo direito e à parede lateral do ventrículo esquerdo, enquanto a artéria coronária esquerda se divide em duas ramificações, a artéria circunflexa que fornece o lado posterior do coração e a artéria descendente anterior que fornece o septo interventricular e a parede anterior do ventrículo esquerdo. A obstrução dos vasos coronários por aterosclerose ou trombose leva a doença cardíaca isquémica, incluindo angina de peito e infarto do miocárdio (ataque cardíaco).

Angiografia coronariana é um procedimento diagnóstico utilizado para avaliar o estado dos vasos sanguíneos do coração (artérias coronárias). É geralmente realizada por meio de uma pequena incisão no braço ou na perna, através da qual é inserida uma cateter flexível até as artérias coronárias. Um meio de contraste é então injetado nesses vasos sanguíneos, permitindo que os médicos obtenham imagens fluoroscópicas detalhadas do sistema arterial coronário. Essas imagens ajudam a identificar quaisquer obstruções, estreitamentos ou outros problemas nos vasos sanguíneos, fornecendo informações valiosas para a tomada de decisões sobre o tratamento, como a indicação de intervenções terapêuticas, como angioplastia e colocação de stents, ou cirurgias cardiovasculares, como o bypass coronariano.

Necrose é a morte e desintegração de tecido vivo em um órgão ou parte do corpo devido a interrupção do suprimento de sangue, lesões graves, infecções ou exposição a substâncias tóxicas. A área necrosada geralmente fica inchada, endurecida e com cor escura ou avermelhada. Em alguns casos, a necrose pode levar à perda completa de função da parte do corpo afetada e, em casos graves, pode ser potencialmente fatal se não for tratada adequadamente. Os médicos podem remover o tecido necrótico por meio de uma cirurgia conhecida como debridamento para prevenir a propagação da infecção e promover a cura.

Isquemia é a redução do fluxo sanguíneo em um tecido ou órgão devido à obstrução parcial ou completa de um vaso sanguíneo, resultando em uma diminuição do suprimento de oxigênio e nutrientes. Isso pode levar a danos celulares e, se prolongada, à necrose dos tecidos afetados. Os sintomas variam de acordo com a gravidade da isquemia e o local do corpo em que ocorreu. Eles podem incluir dor, frieza, pálidez, fraqueza ou paralisia muscular, confusão mental e perda de consciência. A isquemia é uma condição médica grave que requer tratamento imediato para prevenir danos permanentes aos tecidos.

Creatina quinase forma MB (CK-MB) é um tipo específico de isoenzima da creatina quinase (CK), uma enzima que pode ser encontrada no corpo, principalmente nos músculos e no coração. A CK-MB é mais concentrada no miocárdio, o tecido muscular do coração.

Quando ocorre um dano ao miocárdio, como no caso de um infarto agudo do miocárdio (IAM), a membrana celular dos músculos cardíacos pode se danificar e liberar CK-MB para a corrente sanguínea. Portanto, medições de níveis séricos de CK-MB podem ser úteis como um marcador bioquímico para ajudar no diagnóstico e avaliação da gravidade do dano miocárdico.

No entanto, é importante notar que outras condições além de IAM, como lesões esqueléticas, distúrbios musculares e exercícios físicos intensos, também podem elevar os níveis séricos de CK-MB. Assim, a interpretação dos resultados deve ser feita com cuidado e em conjunto com outras informações clínicas relevantes.

Na medicina, a expressão "mitocôndrias cardíacas" refere-se às mitocôndrias presentes nas células do músculo cardíaco. As mitocôndrias são organelos celulares responsáveis pela produção de energia na forma de ATP (adenosina trifosfato) através do processo de respiração celular.

No coração, as mitocôndrias desempenham um papel crucial na fornecimento de energia para as contrações cardíacas, pois o músculo cardíaco é altamente dependente da produção de ATP para manter sua função contrátil contínua e eficiente. Devido a essa alta demanda energética, o músculo cardíaco contém uma grande quantidade de mitocôndrias em suas células, que podem representar até 30-40% do volume celular total.

Alterações nas mitocôndrias cardíacas têm sido associadas a diversas condições cardiovasculares, como insuficiência cardíaca, doença coronariana e miopatias mitocondriais. Portanto, o estudo das mitocôndrias cardíacas é de grande interesse na pesquisa médica para entender melhor as bases moleculares das doenças cardiovasculares e desenvolver novas estratégias terapêuticas.

Miócitos cardíacos, também conhecidos como miocárdio, se referem às células musculares especializadas que constituem o tecido muscular do coração. Esses miócitos são responsáveis pela contratilidade do músculo cardíaco, permitindo que o coração bombeie sangue para todo o corpo.

Ao contrário dos músculos esqueléticos, que são controlados voluntariamente, a atividade dos miócitos cardíacos é involuntária e controlada pelo sistema de condução elétrica do coração. Eles possuem um alto grau de especialização estrutural e funcional, incluindo a presença de filamentos contráteis (actina e miosina), junções comunicantes (gap junctions) que permitem a propagação rápida do potencial de ação entre as células, e um sistema complexo de canais iônicos que regulam a excitabilidade celular.

As alterações na estrutura e função dos miócitos cardíacos podem levar a diversas condições patológicas, como insuficiência cardíaca, hipertrofia ventricular esquerda, e doenças do ritmo cardíaco. Portanto, uma compreensão detalhada dos miócitos cardíacos é fundamental para o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares.

Infarto Miocárdico de Parede Anterior é um tipo específico de infarto do miocárdio, ou seja, a necrose (morte) de uma parte do músculo cardíaco devido à falta de fluxo sanguíneo e oxigênio. No caso do Infarto Miocárdico de Parede Anterior, isso ocorre quando há uma obstrução completa ou quase completa da artéria coronária descendente anterior, que é a principal artéria que irriga a parede frontal (anterior) do ventrículo esquerdo do coração.

A parede anterior do ventrículo esquerdo é responsável por uma grande parte do trabalho de bombeamento do coração, portanto, um infarto em esta região pode causar sintomas graves e potencialmente fatais, como dor no peito (angina), falta de ar, sudorese, náuseas, vômitos, desmaios ou até mesmo parada cardíaca. O tratamento precoce é crucial para minimizar os danos ao músculo cardíaco e prevenir complicações graves, como insuficiência cardíaca congestiva ou arritmias.

Trombose Coronariana é o coágulo sanguíneo (trombose) que ocorre nas artérias coronárias, as artérias que suprem sangue ao músculo cardíaco. Essas artérias podem ser parcial ou totalmente bloqueadas pelo coágulo, levando a uma redução do fluxo sanguíneo para o miocárdio (músculo cardíaco). Isso pode resultar em angina (dor no peito) ou infarto do miocárdio (ataque cardíaco), dependendo da gravidade e da duração da obstrução. A trombose coronariana geralmente é desencadeada por aterosclerose, uma condição em que depósitos de gordura, colesterol e outras substâncias se acumulam na parede arterial, formando placas ateroscleróticas. Essas placas podem romper-se, liberando conteúdo para dentro do luz do vaso sanguíneo, o que leva à formação de um coágulo sanguíneo (trombose).

As proteínas de transporte da membrana mitocondrial são um grupo de proteínas especializadas que desempenham um papel crucial no processo de transporte de moléculas através da membrana mitocondrial. Existem duas membranas mitocondriais: a membrana externa e a membrana interna. Cada uma delas contém proteínas de transporte específicas que permitem o fluxo controlado de íons e moléculas entre o citoplasma e o interior da mitocondria, ou entre os compartimentos internos da mitocondria.

As proteínas de transporte da membrana mitocondrial externa são responsáveis pelo transporte de proteínas e outras moléculas para dentro ou fora da mitocondria. Uma dessas proteínas é a porina, que forma canais na membrana externa permitindo a passagem de pequenas moléculas hidrofílicas. Outras proteínas de transporte específicas são responsáveis pelo reconhecimento e translocação de proteínas sintetizadas no citoplasma para dentro da mitocondria, onde elas desempenharão suas funções.

As proteínas de transporte da membrana mitocondrial interna são responsáveis pelo transporte de íons e moléculas entre os compartimentos internos da mitocondria, o espaço intermembranoso e a matriz mitocondrial. Essas proteínas desempenham um papel fundamental no processo de geração de energia da mitocondria, a fosforilação oxidativa. Elas controlam o fluxo de íons de hidrogênio (protons) e outras moléculas necessárias para a produção de ATP, a principal moeda energética das células.

Em resumo, as proteínas de transporte da membrana mitocondrial desempenham um papel fundamental no controle do fluxo de moléculas e íons entre os compartimentos da mitocondria, garantindo assim o bom funcionamento dos processos metabólicos que ocorrem neste importante organelo celular.

Intervenção Coronariana Percutânea (ICP), também conhecida como angioplastia coronariana, é um procedimento médico minimamente invasivo realizado no sistema arterial coronário para tratar a doença arterial coronariana (DAC). A DAC é uma condição em que as artérias que abastecem o coração se tornam restritas ou bloqueadas devido à acumulação de gordura, colesterol e outras substâncias no interior das paredes arteriais, processo conhecido como aterosclerose.

No procedimento de ICP, um cirurgião cardiovascular ou intervencionista cardíaco introduz um cateter flexível com uma pequena bolsa inflável no final (cateter balão) através da artéria femoral ou radial, geralmente na virilha ou no pulso. O cateter é guiado até às artérias coronárias restritas ou bloqueadas usando a fluoroscopia, uma técnica de imagem em tempo real. Quando o cateter atinge a lesão arterial, o balão é inflado para comprimir a placa e expandir a artéria, restaurando ou aumentando o fluxo sanguíneo para o coração. Em muitos casos, um stent (uma pequena grade metálica) é implantado na artéria para manter a abertura e prevenir a reestenose (restauração da lesão).

ICP pode ser realizada como uma intervenção de emergência em casos de ataque cardíaco agudo, particularmente quando está indicada a reabertura rápida de uma artéria coronária bloqueada, ou como um procedimento planejado para tratar doenças arteriais coronárias crônicas e sintomas relacionados, como angina (dor no peito). Em comparação com a cirurgia de revascularização miocárdica (como o bypass coronariano), a ICP geralmente é menos invasiva, com um tempo de recuperação mais curto e menores taxas de complicações. No entanto, cada caso é único e as decisões sobre o tratamento devem ser feitas em consulta com um médico especialista em doenças cardiovasculares.

Traumatismos em atletas se referem a lesões físicas que ocorrem como resultado direto de um evento traumático ou impacto durante a prática esportiva. Esses traumatismos podem ser classificados em dois tipos principais: contusão e ferimentos por esforço excessivo.

1. Contusões: São lesões causadas por um impacto direto, como chocar com outro jogador, uma queda ou batida contra algum objeto rígido. As contusões podem variar em gravidade, desde moretagens e hematomas leves até fraturas ósseas e lesões cerebrais graves.

2. Ferimentos por esforço excessivo: Esses tipos de traumatismos ocorrem quando um atleta exerce força excessiva sobre um músculo, tendão ou ligamento, geralmente devido a overexertion, falta de aquecimento adequado ou técnicas inadequadas. Exemplos comuns incluem distensões e torções de ligamentos, tendinites e bursites.

Além disso, os traumatismos em atletas também podem incluir lesões cerebrais traumáticas leves (LCT), conhecidas como "commotions cerebrais", que ocorrem quando um atleta recebe um impacto na cabeça ou no pescoço, resultando em sintomas como tontura, confusão, perda de memória e problemas de equilíbrio.

A prevenção e o tratamento adequados dos traumatismos em atletas envolvem a utilização de equipamentos de proteção adequados, treinamento adequado em técnicas seguras, aquecimento e stretching antes da prática esportiva, alongamento e fortalecimento muscular para prevenir lesões por esforço excessivo, e o reconhecimento e tratamento imediatos de qualquer sinal de lesão.

'Resultado do Tratamento' é um termo médico que se refere ao efeito ou consequência da aplicação de procedimentos, medicações ou terapias em uma condição clínica ou doença específica. Pode ser avaliado através de diferentes parâmetros, como sinais e sintomas clínicos, exames laboratoriais, imagiológicos ou funcionais, e qualidade de vida relacionada à saúde do paciente. O resultado do tratamento pode ser classificado como cura, melhora, estabilização ou piora da condição de saúde do indivíduo. Também é utilizado para avaliar a eficácia e segurança dos diferentes tratamentos, auxiliando na tomada de decisões clínicas e no desenvolvimento de diretrizes e protocolos terapêuticos.

Microcirculação refere-se ao sistema complexo e delicado de vasos sanguíneos que se encontram em nossos tecidos e órgãos, com diâmetros menores do que 100 micrômetros (0,1 mm). Este sistema é composto por arteríolas, vênulas e capilares, que desempenham um papel fundamental no intercâmbio de gases, nutrientes e resíduos entre o sangue e as células dos tecidos. A microcirculação é responsável por regular a irrigação sanguínea local, a pressão arterial e o fluxo sanguíneo, além de desempenhar um papel crucial na resposta inflamatória, no sistema imunológico e na manutenção da homeostase dos tecidos. Distúrbios na microcirculação podem levar a diversas condições patológicas, como insuficiência cardíaca, diabetes, hipertensão arterial e doenças vasculares periféricas.

Traumatismo da medula espinal é um tipo de lesão na coluna vertebral que causa danos à medula espinal, o feixe de nervos que transmite sinais entre o cérebro e o resto do corpo. Essas lesões geralmente resultam de traumas físicos graves, como acidentes de carro, queda de grande altura, ferimentos por arma de fogo ou esportes de contato.

Existem dois tipos principais de traumatismos da medula espinal: lesões completas e incompletas. Lesões completas causam perda total da função abaixo do local da lesão, enquanto lesões incompletas permitem algum grau de função abaixo do local da lesão.

Os sintomas de um traumatismo da medula espinal podem incluir perda de sensibilidade ou movimento abaixo do local da lesão, dor intensa, espasmos musculares, problemas respiratórios, perda de controle da bexiga e intestino, entre outros. O tratamento geralmente inclui cuidados médicos imediatos para estabilizar a coluna vertebral e prevenir danos adicionais, seguidos de fisioterapia, terapia ocupacional e outras formas de reabilitação à medida que a pessoa se recupera. No entanto, muitas vezes essas lesões resultam em deficiências permanentes.

Malondialdeído (MDA) é um produto final de decomposição dos ácidos graxos poliinsaturados quando sofrem peroxidação. É um marcador amplamente utilizado para medir o dano oxidativo a lipídios em tecidos vivos e fluidos biológicos, incluindo sangue e plasma. A peroxidação de lípidos é um processo que resulta na formação de espécies reativas de oxigênio (EROs) e é associada a diversas doenças, como doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e câncer. O MDA é um composto altamente reactivo e mutagênico que pode danificar proteínas, DNA e outos biomoléculas quando presente em níveis elevados. É importante notar que a análise do MDA como marcador de dano oxidativo deve ser interpretada com cuidado, uma vez que outros fatores, como a dieta e a exposição ambiental ao tabaco e à poluição, também podem influenciar os níveis desse composto no organismo.

Lesão Renal Aguda (LRA) é definida como a diminuição súbita da função renal, geralmente reversível, que ocorre em um curto período de tempo (horas a dias) e resulta em alterações nos parâmetros laboratoriais, como aumento do nível de creatinina sérico e ureia no sangue. A lesão renal aguda pode ser causada por vários fatores, incluindo hipovolemia, sepse, obstrução urinária, exposição a nefrotóxicos (como alguns medicamentos), doenças glomerulares, e outras condições clínicas. A classificação mais amplamente usada para LRA é a do Consenso de RIFLE (Risk, Injury, Failure, Loss, End Stage), que considera o grau de disfunção renal (alteração na taxa de filtração glomerular) e a duração da lesão. O tratamento da LRA geralmente inclui medidas gerais de suporte, como manutenção do equilíbrio hídrico e eletrolítico, correção de hipovolemia ou hipervolemia, suspensão de nefrotóxicos e tratamento da causa subjacente. Em casos graves, pode ser necessária terapia de reposição renal (hemodiálise ou diálise peritoneal).

'Isquemia Quente' é um termo médico que se refere a uma condição em que há um fluxo sanguíneo reduzido ou interrompido em um tecido ou órgão, o que leva a uma falta de oxigênio e nutrientes, mas ao mesmo tempo, há aumento da temperatura local. Isso geralmente ocorre devido à constrição dos vasos sanguíneos (vasoconstrição) ou obstrução do suprimento de sangue, como em casos de trombose ou embolia.

A isquemia quente é diferente da isquemia fria, na qual o tecido isquêmico está hipotérmico (baixa temperatura) devido à falta de fluxo sanguíneo e, consequentemente, à falta de captação de calor.

A isquemia quente pode ser observada em várias situações clínicas, como durante a reperfusão de tecidos isquêmicos, após a remoção de um trombo ou em casos de vasoconstrição causada por drogas ou outros fatores. Essa condição pode levar a danos teciduais e à morte celular se não for tratada adequadamente.

Lesão pulmonar aguda (LPA) é um termo usado para descrever a lesão ou danos nos pulmões causados por diferentes fatores, como trauma físico, exposição a gases tóxicos ou infecções graves. A LPA pode resultar em dificuldade para respirar, tosse, dor no peito e outros sintomas.

Existem vários tipos de lesões pulmonares, incluindo:

1. Contusão pulmonar: é uma lesão nos pulmões causada por trauma físico, como um acidente de carro ou queda. A contusão pode causar hemorragia e edema nos pulmões, o que dificulta a respiração.
2. Pneumotórax: é uma condição em que o ar se accumula entre o pulmão e a parede do tórax, causando colapso parcial ou total do pulmão. O pneumotórax pode ser causado por trauma torácico ou por doenças pulmonares subjacentes.
3. Edema pulmonar: é uma acumulação excessiva de líquido nos pulmões, o que dificulta a respiração. O edema pulmonar pode ser causado por vários fatores, como insuficiência cardíaca congestiva, pneumonia grave ou intoxicação por gases tóxicos.
4. Lesão pulmonar associada à ventilação mecânica (LPV): é uma lesão nos pulmões causada pela ventilação mecânica (VM), que é usada em pacientes com insuficiência respiratória aguda. A LPV pode ocorrer quando a VM é usada de forma inadequada ou por um período prolongado, o que pode causar estresse e danos nos pulmões.
5. Lesão pulmonar devido a infecções: é uma lesão nos pulmões causada por infecções graves, como pneumonia bacteriana ou vírus. A lesão pulmonar pode ser causada por uma resposta inflamatória excessiva do corpo à infecção, que pode danificar os tecidos pulmonares.

O tratamento da lesão pulmonar depende da causa subjacente e pode incluir medidas de suporte respiratório, antibióticos, anti-inflamatórios e terapia de reabilitação respiratória. Em casos graves, a ventilação mecânica e outras intervenções podem ser necessárias para manter a vida do paciente.

Substâncias protetoras, em termos médicos, referem-se a substâncias que ajudam a proteger as células e tecidos do corpo contra danos e doenças. Elas podem actuar de diferentes maneiras, como:

1. Antioxidantes: Neutralizam os radicais livres, moléculas instáveis que podem danificar as células e tecidos.
2. Anti-inflamatórias: Reduzem a inflamação no corpo, que pode levar ao desenvolvimento de doenças crónicas como diabetes, doença cardiovascular e câncer.
3. Agentes imunomoduladores: Modulam o sistema imune, ajudando a prevenir respostas excessivas que podem causar doenças autoimunes ou outros problemas de saúde.
4. Agentes citoprotetores: Protegem as células contra danos causados por fatores ambientais, como radiação UV, poluição e tabaco.
5. Agentes anticarcinógenos: Ajuda a prevenir o crescimento e propagação de células cancerígenas.

Exemplos de substâncias protetoras incluem vitaminas (como a vitamina C, E e A), minerais (como o selênio e o zinco), fitoquímicos (presentes em frutas, verduras e outras plantas) e certos compostos farmacológicos. É importante notar que embora essas substâncias tenham propriedades protetoras, elas não devem ser utilizadas como substitutos de um estilo de vida saudável e de cuidados médicos adequados.

C57BL/6J, ou simplesmente C57BL, é uma linhagem genética inbred de camundongos de laboratório. A designação "endogâmico" refere-se ao fato de que esta linhagem foi gerada por cruzamentos entre parentes próximos durante gerações sucessivas, resultando em um genoma altamente uniforme e consistente. Isso é útil em pesquisas experimentais, pois minimiza a variabilidade genética entre indivíduos da mesma linhagem.

A linhagem C57BL é uma das mais amplamente utilizadas em pesquisas biomédicas, incluindo estudos de genética, imunologia, neurobiologia e oncologia, entre outros. Alguns dos principais organismos responsáveis pela manutenção e distribuição desta linhagem incluem o The Jackson Laboratory (EUA) e o Medical Research Council Harwell (Reino Unido).

Desculpe por qualquer confusão, mas "coelhos" não é um termo médico. Coelhos são animais da família Leporidae, que também inclui coelhos e duas espécies de lebres verdadeiras. Eles são mais intimamente relacionados aos parentes lagomorfos do que aos roedores.

No entanto, em um contexto médico ou veterinário, o termo "coelho" geralmente se refere a um coelho doméstico mantido como animal de estimação ou usado em pesquisas biomédicas. Se você tiver alguma preocupação ou pergunta específica sobre os cuidados com coelhos ou sua saúde, eu poderia tentar ajudá-lo melhor com essa informação adicional.

Os Fragmentos Fab das Imunoglobulinas (também conhecidos como fragmentos antigênicos) são regiões específicas das moléculas de imunoglobulina (anticorpos) que se ligam a um antígeno específico. Eles são formados por enzimas proteolíticas, como a papaina, que cliva as imunoglobulinas em três fragmentos: dois fragmentos Fab idênticos, que contêm cada um uma região variável (Fv) responsável pela ligação ao antígeno, e um fragmento Fc, que é responsável por outras funções biológicas dos anticorpos. Cada fragmento Fab contém aproximadamente 50 aminoácidos e tem uma massa molecular de cerca de 55 kDa. Eles desempenham um papel crucial no sistema imune adaptativo, reconhecendo e se ligando a uma variedade de antígenos, como proteínas, carboidratos e lípidos, presentes em patógenos ou células danificadas.

O complexo glicoproteico GPIIb-IIIa de plaquetas, também conhecido como integrina alfa IIb beta 3 ou receptor de fibrinogênio, é um importante componente na regulação da agregação e ativação das plaquetas. Esse complexo glicoproteico está presente na membrana plasmática das plaquetas e desempenha um papel crucial na resposta hemostática normal, permitindo a interação entre as plaquetas e o fibrinogênio, uma proteína envolvida no processo de coagulação sanguínea.

Após a ativação das plaquetas, o complexo GPIIb-IIIa sofre alterações conformacionais que lhe permitem se ligar aos fragmentos arginina-glicina-ácido aspártico (RGD) presentes no fibrinogênio e outros ligantes, como o vitronectina e o von Willebrand factor. Essa ligação promove a agregação das plaquetas e a formação do trombo, auxiliando na hemostasia e na reparação de feridas vasculares. No entanto, uma ativação excessiva ou inadequada desse complexo pode contribuir para o desenvolvimento de doenças trombóticas e cardiovasculares.

"Suíno" é um termo que se refere a animais da família Suidae, que inclui porcos e javalis. No entanto, em um contexto médico, "suíno" geralmente se refere à infecção ou contaminação com o vírus Nipah (VND), também conhecido como febre suína. O vírus Nipah é um zoonose, o que significa que pode ser transmitido entre animais e humanos. Os porcos são considerados hospedeiros intermediários importantes para a transmissão do vírus Nipah de morcegos frugívoros infectados a humanos. A infecção por VND em humanos geralmente causa sintomas graves, como febre alta, cefaleia intensa, vômitos e desconforto abdominal. Em casos graves, o VND pode causar encefalite e respiração complicada, podendo ser fatal em alguns indivíduos. É importante notar que a infecção por VND em humanos é rara e geralmente ocorre em áreas onde há contato próximo com animais infectados ou seus fluidos corporais.

Ecocardiografia é um procedimento de diagnóstico por imagem não invasivo que utiliza ultrassom para produzir detalhadas imagens do coração. É frequentemente usada para avaliar a função e estrutura do músculo cardíaco, das válvulas cardíacas e das camadas saculadas do coração, conhecidas como sacos ou bolsas que se alongam e enchem com sangue durante o batimento cardíaco.

Existem três tipos principais de ecocardiografia:

1. Ecocardiografia bidimensional (2D): Fornece imagens em duas dimensões do coração, permitindo a avaliação da forma e movimento das diferentes partes do coração.

2. Ecocardiografia Doppler: Utiliza o princípio do efeito Doppler para medir o fluxo sanguíneo através do coração. Isso pode ajudar a identificar problemas com as válvulas cardíacas e a avaliar a função da bomba cardíaca.

3. Ecocardiografia tridimensional (3D): Fornece imagens em três dimensões do coração, oferecendo uma visão mais detalhada e completa da estrutura e função do coração.

A ecocardiografia é usada para avaliar uma variedade de condições cardíacas, incluindo insuficiência cardíaca, doenças das válvulas cardíacas, hipertensão arterial, pericardite (inflamação do revestimento do coração), miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e outras condições. É um exame seguro e indolor que geralmente leva de 20 a 45 minutos para ser concluído.

Isquemia Encefálica é a redução do fluxo sanguíneo cerebral que leva à privação de oxigênio e glicose em tecidos cerebrais, o que pode resultar em danos celulares e lesões cerebrais. Essa condição geralmente é causada por uma obstrução ou estreitamento de um vaso sanguíneo que supresa a irrigação sanguínea em determinadas áreas do cérebro. A gravidade da isquemia encefálica depende do tempo de privação de fluxo sanguíneo e da quantidade de tecido cerebral afetada.

Os sintomas mais comuns incluem: tontura, dificuldade para falar ou entender outras pessoas, fraqueza ou paralisia em um lado do corpo, perda de coordenação e equilíbrio, confusão, problemas de visão, dor de cabeça intensa e convulsões. Em casos graves, a isquemia encefálica pode levar a coma ou morte. Tratamento precoce é crucial para minimizar os danos cerebrais e mejorar o prognóstico do paciente.

Apoptose é um processo controlado e ativamente mediado de morte celular programada, que ocorre normalmente durante o desenvolvimento e homeostase dos tecidos em organismos multicelulares. É um mecanismo importante para eliminar células danificadas ou anormais, ajudando a manter a integridade e função adequadas dos tecidos.

Durante o processo de apoptose, a célula sofre uma série de alterações morfológicas e bioquímicas distintas, incluindo condensação e fragmentação do núcleo, fragmentação da célula em vesículas membranadas (corpos apoptóticos), exposição de fosfatidilserina na superfície celular e ativação de enzimas proteolíticas conhecidas como caspases.

A apoptose pode ser desencadeada por diversos estímulos, tais como sinais enviados por outras células, falta de fatores de crescimento ou sinalização intracelular anormal. Existem dois principais caminhos que conduzem à apoptose: o caminho intrínseco (ou mitocondrial) e o caminho extrínseco (ou ligado a receptores de morte). O caminho intrínseco é ativado por estresses celulares, como danos ao DNA ou desregulação metabólica, enquanto o caminho extrínseco é ativado por ligação de ligandos às moléculas de superfície celular conhecidas como receptores de morte.

A apoptose desempenha um papel crucial em diversos processos fisiológicos, incluindo o desenvolvimento embrionário, a homeostase dos tecidos e a resposta imune. No entanto, a falha na regulação da apoptose também pode contribuir para doenças, como câncer, neurodegeneração e doenças autoimunes.

O endotélio vascular refere-se à camada de células únicas que reveste a superfície interna dos vasos sanguíneos e linfáticos. Essas células endoteliais desempenham um papel crucial na regulação da homeostase vascular, incluindo a modulação do fluxo sanguíneo, permeabilidade vascular, inflamação e coagulação sanguínea. Além disso, o endotélio vascular também participa ativamente em processos fisiológicos como a angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) e a vasocontração/vasodilatação (contração ou dilatação dos vasos sanguíneos). Devido à sua localização estratégica, o endotélio vascular é um alvo importante para a prevenção e o tratamento de diversas doenças cardiovasculares, como aterosclerose, hipertensão arterial e diabetes.

Em medicina, a Escala de Gravidade do Ferimento é um sistema de classificação que mede o nível de severidade de um ferimento ou lesão física. Embora existam diferentes escalas para diferentes tipos de ferimentos, geralmente elas avaliam fatores como a extensão da lesão, a função perdida, a necessidade de intervenção médica e o potencial de complicações ou morte.

Por exemplo, na classificação dos traumatismos, a escala mais comumente usada é a Escala de Trauma Intracraniano (ETI), que mede a gravidade de lesões cerebrais traumáticas com base em sinais clínicos e resultados de exames de imagem. Outras escalas comuns incluem a Escala de Queimaduras, que classifica a extensão e a profundidade das queimaduras, e a Escala de Gravidade do Ferimento à Medula Espinal, que avalia a localização e a gravidade da lesão na medula espinal.

A utilização de escalas de gravidade dos ferimentos é importante em diversos cenários, como no triage de pacientes em situações de emergência, na tomada de decisões clínicas, na pesquisa e no monitoramento do desfecho dos pacientes. Além disso, essas escalas podem ajudar a padronizar a comunicação entre profissionais de saúde e a melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes.

A "infiltração de neutrófilos" é um termo usado em patologia e medicina que se refere à presença e acúmulo anormal de neutrófilos (um tipo de glóbulo branco) em tecidos ou órgãos do corpo. Essa infiltração geralmente ocorre em resposta a uma infecção, inflamação ou lesão tecidual, onde os neutrófilos são recrutados para o local para ajudar a combater a infecção ou promover a reparação tecidual. No entanto, em algumas condições patológicas, como doenças autoimunes e neoplasias, essa infiltração pode ser excessiva e contribuir para o dano tecidual e danos à saúde. Portanto, a análise de infiltrados inflamatórios e a identificação dos tipos de células presentes, como neutrófilos, são importantes na patologia clínica para ajudar a diagnosticar e monitorar doenças.

Stress oxidativo, em termos médicos, refere-se ao desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e outras espécies reativas de nitrogênio (RNS), e a capacidade do organismo de se defender contra eles por meio de sistemas antioxidantes. Os ROS e RNS são moléculas altamente reativas que contêm oxigênio ou nitrogênio, respectivamente, e podem danificar componentes celulares importantes, como proteínas, lipídios e DNA.

O estresse oxidativo pode resultar de vários fatores, incluindo exposição a poluentes ambientais, tabagismo, radiação ionizante, infecções, inflamação crônica e processos metabólicos anormais. Além disso, certos estados clínicos, como diabetes, doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e câncer, estão associados a níveis elevados de estresse oxidativo.

O estresse oxidativo desregula vários processos celulares e é capaz de induzir danos às células, levando ao desenvolvimento de doenças e aceleração do envelhecimento. Portanto, manter o equilíbrio entre a produção de ROS/RNS e as defesas antioxidantes é crucial para a saúde e o bem-estar.

Lactato Desidrogenase (LDH) é uma enzima presente em quase todos os tecidos do corpo, mas é particularmente alta nas taxas de músculos, coração, rins, fígado e glóbulos vermelhos. A LDH desempenha um papel importante na conversão do piruvato em lactato durante o processo de glicólise anaeróbica, que é a forma de produção de energia usada pelas células quando o suprimento de oxigênio está limitado.

Existem cinco isoenzimas diferentes de LDH (LDH-1 a LDH-5), cada uma com um padrão específico de distribuição tecidual e propriedades cinéticas. A proporção relativa das diferentes isoenzimas pode fornecer informações sobre o local de origem de um aumento na atividade da enzima no sangue.

Medir os níveis séricos de LDH pode ser útil em várias situações clínicas, como avaliar danos teciduais ou doenças que afetam os órgãos com altos níveis de LDH. Por exemplo, elevados níveis séricos de LDH podem ser observados em várias condições, como infarto do miocárdio, anemia hemolítica, neoplasias malignas, hepatite, pancreatite, insuficiência renal aguda e lesões musculoesqueléticas graves. No entanto, é importante notar que a LDH não é específica para qualquer dessas condições e os níveis podem ser alterados por outros fatores, como exercício físico intenso ou uso de medicamentos.

Em resumo, a LDH é uma enzima importante no metabolismo energético e seus níveis séricos elevados podem indicar danos teciduais ou doenças que afetam órgãos com altos níveis de LDH. No entanto, a interpretação dos resultados deve ser feita com cautela e considerando outros fatores relevantes.

De acordo com a National Institutes of Health (NIH), o fígado é o maior órgão solidário no corpo humano e desempenha funções vitais para a manutenção da vida. Localizado no quadrante superior direito do abdômen, o fígado realiza mais de 500 funções importantes, incluindo:

1. Filtração da sangue: O fígado remove substâncias nocivas, como drogas, álcool e toxinas, do sangue.
2. Produção de proteínas: O fígado produz proteínas importantes, como as alfa-globulinas e albumina, que ajudam a regular o volume sanguíneo e previnem a perda de líquido nos vasos sanguíneos.
3. Armazenamento de glicogênio: O fígado armazena glicogênio, uma forma de carboidrato, para fornecer energia ao corpo em momentos de necessidade.
4. Metabolismo dos lipídios: O fígado desempenha um papel importante no metabolismo dos lipídios, incluindo a síntese de colesterol e triglicérides.
5. Desintoxicação do corpo: O fígado neutraliza substâncias tóxicas e transforma-as em substâncias inofensivas que podem ser excretadas do corpo.
6. Produção de bilirrubina: O fígado produz bilirrubina, um pigmento amarelo-verde que é excretado na bile e dá às fezes sua cor característica.
7. Síntese de enzimas digestivas: O fígado produz enzimas digestivas, como a amilase pancreática e lipase, que ajudam a digerir carboidratos e lipídios.
8. Regulação do metabolismo dos hormônios: O fígado regula o metabolismo de vários hormônios, incluindo insulina, glucagon e hormônio do crescimento.
9. Produção de fatores de coagulação sanguínea: O fígado produz fatores de coagulação sanguínea, como a protrombina e o fibrinogênio, que são essenciais para a formação de coágulos sanguíneos.
10. Armazenamento de vitaminas e minerais: O fígado armazena vitaminas e minerais, como a vitamina A, D, E, K e ferro, para serem usados quando necessário.

Trauma na perna refere-se a lesões físicas ou danos causados à perna devido a um evento traumático, como acidentes de carro, quedas, colisões desportivas ou violência. Estes traumatismos podem variar em gravidade, desde moretagens e contusões leves até fraturas ósseas graves, distensões e danos às artérias, veias e nervos. Os sintomas comuns de trauma na perna incluem dor, inflamação, rigidez, hematomas, incapacidade de suportar peso e comprometimento da circulação ou sensibilidade na região afetada. O tratamento depende da gravidade da lesão e pode variar de repouso, compressão, elevação e analgésicos a cirurgia e fisioterapia.

A isquemia fria é um termo médico que se refere à interrupção do fluxo sanguíneo em um tecido ou órgão por um período prolongado, resultando em danos celulares devido à falta de oxigênio e nutrientes. A palavra "fria" é usada para distinguir essa condição da isquemia quente, na qual o tecido sofre danos devido ao aumento do fluxo sanguíneo e à liberação de enzimas inflamatórias.

Na isquemia fria, a falta de oxigênio leva à diminuição da produção de ATP (adenosina trifosfato), a molécula energética das células, o que pode resultar em danos irreversíveis aos tecidos se o fluxo sanguíneo não for restaurado rapidamente. Além disso, a falta de oxigênio também leva à acumulação de ácido lático e outros metabólitos tóxicos no tecido, o que pode contribuir para a morte celular.

A isquemia fria é comumente observada em situações clínicas como infarto do miocárdio (ataque cardíaco), acidente vascular cerebral e cirurgias de revascularização, entre outras. O tratamento geralmente envolve a restauração do fluxo sanguíneo o mais rápido possível, por meio de técnicas como angioplastia coronária ou bypass cirúrgico, dependendo da causa subjacente da isquemia.

A preservação de órgãos é um processo que visa manter a integridade e a função dos órgãos retirados do corpo para fins de transplante. Isto geralmente envolve a utilização de soluções de armazenamento especiais, que contêm substâncias como o cloreto de potássio e o lactato de frutose, para manter os tecidos vivos em boas condições. Além disso, a temperatura dos órgãos é geralmente reduzida, às vezes até mesmo congelados, para retardar o crescimento de bactérias e outras formas de decomposição.

O processo de preservação de órgãos pode ser complexo e requer cuidado e atenção especializados. A duração do tempo durante o qual um órgão pode ser armazenado com segurança varia dependendo do tipo de órgão, mas geralmente é medido em horas ou dias, em vez de semanas ou meses.

A preservação de órgãos é uma parte crucial da prática de transplante de órgãos e pode ajudar a garantir que os órgãos estejam em boas condições quando forem transplantados, aumentando assim as chances de sucesso do transplante.

O rim é um órgão em forma de feijão localizado na região inferior da cavidade abdominal, posicionado nos dois lados da coluna vertebral. Ele desempenha um papel fundamental no sistema urinário, sendo responsável por filtrar os resíduos e líquidos indesejados do sangue e produzir a urina.

Cada rim é composto por diferentes estruturas que contribuem para seu funcionamento:

1. Parenchima renal: É a parte funcional do rim, onde ocorre a filtração sanguínea. Consiste em cerca de um milhão de unidades funcionais chamadas néfrons, responsáveis pelo processo de filtragem e reabsorção de água, eletrólitos e nutrientes.

2. Cápsula renal: É uma membrana delgada que envolve o parenquima renal e o protege.

3. Medulha renal: A parte interna do rim, onde se encontram as pirâmides renais, responsáveis pela produção de urina concentrada.

4. Cortical renal: A camada externa do parenquima renal, onde os néfrons estão localizados.

5. Pelvis renal: É um funil alongado que se conecta à ureter, responsável pelo transporte da urina dos rins para a bexiga.

Além de sua função na produção e excreção de urina, os rins também desempenham um papel importante no equilíbrio hidroeletrólito e no metabolismo de alguns hormônios, como a renina, a eritropoietina e a vitamina D ativa.

Na medicina e biologia celular, "citoproteção" refere-se a um conjunto de mecanismos e processos que protegem as células contra danos ou estresses ambientais, como radiação, toxicidade de drogas, falta de oxigênio (hipóxia) e outras formas de estresse oxidativo. Esses mecanismos incluem:

1. Sistema de antioxidantes: enzimas como superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase, juntamente com moléculas antioxidantes como vitamina C, vitamina E e carotenoides, ajudam a neutralizar os radicais livres e proteger as células contra danos oxidativos.
2. Proteínas de choque térmico: essas proteínas são expressas em resposta ao estresse celular e ajudam a proteger as células contra danos causados por variações de temperatura, radicais livres e outros fatores estressantes.
3. Autofagia: é um processo pelo qual as células reciclam seus próprios componentes danificados ou inutilizáveis, ajudando a manter a homeostase celular e protegendo-as contra o estresse.
4. Reparo de DNA: enzimas responsáveis pelo reparo de danos no DNA ajudam a preservar a integridade do genoma e proteger as células contra mutações e possível carcinogênese.
5. Mecanismos de inflamação controlada: a resposta inflamatória é uma parte importante da defesa do organismo contra infecções e lesões, mas quando desregulada, pode causar danos às células. Mecanismos de controle da inflamação ajudam a manter esse equilíbrio e proteger as células.
6. Manutenção da integridade da membrana celular: a membrana plasmática é crucial para a sobrevivência das células, e mecanismos que mantêm sua integridade, como a biogênese lipídica e a reparação de brechas, são importantes para a proteção contra o estresse.

A compreensão dos mecanismos envolvidos na proteção celular contra o estresse pode fornecer informações valiosas sobre a fisiopatologia de várias doenças e pode levar ao desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas.

Na medicina, "soluções para preservação de órgãos" se referem a soluções especiais usadas durante o processo de conservação de órgãos para transplante. Essas soluções contêm uma variedade de substâncias, incluindo eletrólitos, bufferes, agentes osmóticos e antibióticos, que ajudam a manter a integridade estrutural e função do órgão enquanto está fora do corpo do doador. Algumas soluções comumente usadas para preservação de órgãos incluem a solução de University of Wisconsin (UW) e a solução HTK (Histidine-Tryptophan-Ketoglutarate). O objetivo é manter a viabilidade do órgão o maior tempo possível, geralmente por alguns horas, até que o transplante possa ser realizado.

Lesão Pulmonar Aguda (LPA) é um termo usado para descrever uma variedade de condições que causam danos ao tecido pulmonar em um curto período de tempo, geralmente menos de 7 dias. Essa lesão resulta em dificuldades respiratórias e pode ser causada por vários fatores, incluindo infecções (como pneumonia bacteriana ou vírus), inalação de substâncias nocivas (como fumaça ou vapores químicos), trauma físico e outras condições médicas.

A LPA pode levar a uma série de complicações, como insuficiência respiratória aguda, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e falha múltipla de órgãos. O tratamento geralmente inclui medidas de suporte, como oxigênio suplementar ou ventilação mecânica, além de tratamentos específicos para a causa subjacente da lesão pulmonar. A prognose varia dependendo da gravidade da lesão e da condição geral do paciente.

Superóxido dismutase (SOD) é uma enzima antioxidante que desempenha um papel crucial na proteção das células contra os danos causados por espécies reativas de oxigênio (EROs). A SOD catalisa a conversão de superóxido, um tipo de ERO, em peróxido de hidrogênio e oxigênio, que são menos reativos e mais fáceis de serem eliminados pelas células. Existem três tipos principais de SOD encontradas em diferentes compartimentos celulares: a SOD1 (ou CuZn-SOD) está presente no citoplasma, a SOD2 (ou Mn-SOD) encontra-se no interior da matriz mitocondrial, e a SOD3 (ou EC-SOD) é uma isoforma extracelular. A atividade da SOD é importante para manter o equilíbrio redox celular e reduzir o estresse oxidativo, que tem sido associado a diversas doenças, incluindo doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e câncer.

A Alanina Transaminase (ALT), também conhecida como Alanino Aminotransferase, é uma enzima presente principalmente no fígado, mas também em outros órgãos como coração, rins e músculos. Sua função principal é catalisar a transferência de um grupo amino do alanina para o ácido pirúvico, resultando na formação de pirrolidona-cinco-carboxilato e alfa-cetoglutarato.

No entanto, quando o fígado sofre algum tipo de lesão ou danos, como na hepatite ou cirrose, as células hepáticas liberam ALT para a corrente sanguínea. Portanto, níveis elevados de ALT no sangue podem ser um indicador de problemas hepáticos. É comum que os médicos solicitem exames de sangue para medir os níveis de ALT como forma de avaliar a saúde do fígado.

Em resumo, a Alanina Transaminase é uma enzima importante para o metabolismo dos aminoácidos e seu nível no sangue pode ser usado como um marcador para detectar possíveis problemas hepáticos.

ASAT (Aspartato Aminotransferase) é uma enzima que pode ser encontrada principalmente no fígado, coração, músculos e rins. Também é conhecida como Aspartato Transaminase (AST). É responsável por catalisar a transferência de grupos amino entre o aspartato e o alpha-cetoglutarato durante o metabolismo dos aminoácidos.

Elevados níveis de ASAT no sangue podem ser um indicador de danos ou doenças nos tecidos onde a enzima está presente, especialmente no fígado. Lesões hepáticas causadas por doenças como hepatite e cirrose, bem como danos ao músculo cardíaco (miocardiopatia) ou esquelético, podem resultar em níveis elevados de ASAT no sangue.

No entanto, é importante notar que a medição dos níveis de ASAT sozinhos não é suficiente para diagnosticar uma doença específica e deve ser interpretada junto com outros exames laboratoriais e informações clínicas.

"Knockout mice" é um termo usado em biologia e genética para se referir a camundongos nos quais um ou mais genes foram desativados, ou "knockout", por meio de técnicas de engenharia genética. Isso permite que os cientistas estudem os efeitos desses genes específicos na função do organismo e no desenvolvimento de doenças. A definição médica de "knockout mice" refere-se a esses camundongos geneticamente modificados usados em pesquisas biomédicas para entender melhor as funções dos genes e seus papéis na doença e no desenvolvimento.

Em medicina e ciências da saúde, um estudo prospectivo é um tipo de pesquisa em que os participantes são acompanhados ao longo do tempo para avaliar ocorrência e desenvolvimento de determinados eventos ou condições de saúde. A coleta de dados neste tipo de estudo começa no presente e prossegue para o futuro, permitindo que os pesquisadores estabeleçam relações causais entre fatores de risco e doenças ou outros resultados de saúde.

Nos estudos prospectivos, os cientistas selecionam um grupo de pessoas saudáveis (geralmente chamado de coorte) e monitoram sua exposição a determinados fatores ao longo do tempo. A vantagem desse tipo de estudo é que permite aos pesquisadores observar os eventos à medida que ocorrem naturalmente, reduzindo assim o risco de viés de recordação e outros problemas metodológicos comuns em estudos retrospectivos. Além disso, os estudos prospectivos podem ajudar a identificar fatores de risco novos ou desconhecidos para doenças específicas e fornecer informações importantes sobre a progressão natural da doença.

No entanto, os estudos prospectivos também apresentam desafios metodológicos, como a necessidade de longos períodos de acompanhamento, altas taxas de perda de seguimento e custos elevados. Além disso, é possível que os resultados dos estudos prospectivos sejam influenciados por fatores confundidores desconhecidos ou não controlados, o que pode levar a conclusões enganosas sobre as relações causais entre exposições e resultados de saúde.

Traumatismo ocular é um termo geral que se refere a lesões ou danos causados aos olhos por trauma físico. Esses traumas podem variar em gravidade, desde ferimentos superficiais leves, como escoriações e abrasões na córnea, até lesões graves que podem ameaçar a visão ou causar cegueira permanente.

Alguns exemplos comuns de traumatismos oculares incluem:

1. Contusões: são lesões causadas por impacto físico, como ser atingido por um objeto sólido ou uma bola esportiva. As contusões podem causar hemorragias internas no olho, inflamação e danos à estrutura ocular.
2. Lacerções: são cortes ou perfurações na superfície do olho, geralmente causadas por objetos afiados ou fragmentos de vidro quebrado. As lacerções podem danificar a córnea, a íris e o cristalino e, em casos graves, podem penetrar no olho.
3. Quimicos: Os traumatismos oculares químicos ocorrem quando substâncias químicas irritantes ou corrosivas entram em contato com os olhos. A gravidade dessas lesões depende do tipo de produto químico, da concentração e da duração do contato com o olho.
4. Termicos: Os traumatismos oculares térmicos são causados por exposição a fontes de calor ou frio extremo. Essas lesões podem variar desde queimaduras superficiais leves até danos graves à estrutura ocular.
5. Radiação: A exposição a radiação ionizante, como raios X ou radiação ultravioleta intensa, pode causar traumatismos oculares. Essas lesões podem resultar em inflamação da córnea e conjuntiva, catarata e, em casos graves, câncer de olho.

Os sintomas de um trauma ocular podem incluir dor, vermelhidão, lágrimas, fotofobia (sensibilidade à luz), visão borrosa ou perda de visão. Se você suspeitar que sofreu um traumatismo ocular, é importante procurar atendimento médico imediato. O tratamento precoce pode ajudar a minimizar os danos e preservar a visão.

Em medicina e biologia, modelos animais referem-se a organismos não humanos usados em pesquisas científicas para entender melhor os processos fisiológicos, testar terapias e tratamentos, investigar doenças e seus mecanismos subjacentes, e avaliar a segurança e eficácia de drogas e outros produtos. Esses animais, geralmente ratos, camundongos, coelhos, porcos, peixes-zebra, moscas-da-fruta, e vermes redondos, são geneticamente alterados ou naturalmente suscetíveis a certas condições de doença que se assemelham às encontradas em humanos. Modelos animais permitem que os cientistas conduzam experimentos controlados em ambientes laboratoriais seguros, fornecendo insights valiosos sobre a biologia humana e contribuindo significativamente para o avanço do conhecimento médico e desenvolvimento de novas terapias.

A doença das coronárias (DC) é a formação de depósitos de gordura chamados placas em suas artérias coronárias, que irrigam o coração com sangue. Essas placas podem restringir ou bloquear o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco. Isso pode causar angina (dor no peito) ou um ataque cardíaco. A doença das coronárias é a principal causa de doenças cardiovasculares e morte em todo o mundo. Fatores de risco incluem tabagismo, diabetes, hipertensão, níveis elevados de colesterol sérico e histórico familiar de DC. O tratamento pode envolver mudanças no estilo de vida, medicamentos, procedimentos minimamente invasivos ou cirurgia cardiovascular.

Radicais livres são moléculas ou ions com um ou mais electrões desemparelhados. Devido à sua natureza instável, eles tendem a ser altamente reativos e podem interagir com outras moléculas em seu ambiente para capturar os electrões necessários para completar o seu exterior de elétrons. Essa interação pode resultar em uma cadeia de reações químicas que podem alterar a estrutura e função das células vivas.

Embora sejam uma parte natural da química celular, os radicais livres podem causar danos às células quando produzidos em excesso, por exemplo, como resultado do estresse oxidativo ou exposição a poluentes ambientais. O desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade dos sistemas antioxidantes da célula para neutralizá-los pode levar ao desenvolvimento de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, câncer e doenças neurodegenerativas.

Infarto da Artéria Cerebral Média (IACM) é um tipo específico de acidente vascular cerebral (AVC) que ocorre quando o suprimento sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido devido ao bloqueio ou obstrução da artéria cerebral média. A artéria cerebral média é responsável por fornecer sangue repleto de oxigênio e nutrientes às partes central e inferior do cérebro, incluindo regiões importantes que controlam movimentos, linguagem, memória, percepção sensorial e funções cognitivas.

A obstrução geralmente é causada por um trombo ou embolismo que viaja através do sistema arterial e se aloja na artéria cerebral média. Um trombo é um coágulo sanguíneo formado no local, enquanto um embolismo é um pedaço de material, como gordura ou placas ateroscleróticas, que se desprende de outro local do corpo e viaja pelo sangue antes de se alojar na artéria cerebral média.

Quando ocorre esse bloqueio, as células cerebrais nessa região ficam privadas de oxigênio e nutrientes, levando à sua morte em minutos. Isso resulta em sintomas característicos do IACM, como fraqueza ou paralisia unilateral (afetando apenas um lado do corpo), dificuldade de fala ou afasia, confusão, alteração da visão e perda de equilíbrio.

O tratamento precoce do IACM inclui trombólise (uso de fibrinolíticos para dissolver o coágulo) ou trombectomia mecânica (remoção cirúrgica do coágulo). O prognóstico depende da localização e extensão do dano cerebral, bem como do tempo de início do tratamento. Prevenir a ocorrência de IACM envolve o controle dos fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia e tabagismo.

Antioxidantes são substâncias que ajudam a proteger as células do corpo contra os danos causados por moléculas chamadas radicais livres. Os radicais livres são produzidos naturalmente no corpo durante processos como a digestão dos alimentos, mas também podem ser o resultado de poluição, tabagismo e exposição a raios UV.

Os radicais livres contêm oxigênio e são instáveis, o que significa que eles tendem a reagir rapidamente com outras moléculas no corpo. Essas reações podem causar danos às células e à estrutura do DNA, levando a doenças e envelhecimento prematuro.

Os antioxidantes são capazes de neutralizar os radicais livres, impedindo-os de causarem danos adicionais às células. Eles fazem isso doando um electrão aos radicais livres, estabilizando-os e tornando-os menos reativos.

Existem muitos tipos diferentes de antioxidantes, incluindo vitaminas como a vitamina C e a vitamina E, minerais como o selênio e o zinco, e compostos fitquímicos encontrados em frutas, verduras e outros alimentos vegetais. Alguns exemplos de antioxidantes incluem:

* Betacaroteno: um pigmento vermelho-laranja encontrado em frutas e verduras como abacates, damascos, alface e cenouras.
* Vitamina C: uma vitamina essencial encontrada em frutas cítricas, morangos, kiwi e pimentões verdes.
* Vitamina E: um antioxidante lipossolúvel encontrado em óleos vegetais, nozes e sementes.
* Flavonoides: compostos fitquímicos encontrados em frutas, verduras, chá preto e verde, vinho tinto e chocolate negro.
* Resveratrol: um antioxidante encontrado em uvas, amêndoas e vinho tinto.

É importante lembrar que a maioria dos estudos sobre os benefícios dos antioxidantes foi realizada em laboratório ou em animais, e não há muitas evidências sólidas de que o consumo de suplementos antioxidantes tenha um efeito benéfico na saúde humana. Em vez disso, é recomendável obter antioxidantes a partir de uma dieta equilibrada rica em frutas, verduras e outros alimentos integrais.

Lesão do pescoço é um termo geral que se refere a qualquer dano ou trauma sofrido pelas estruturas anatômicas do pescoço, incluindo os músculos, ossos, ligamentos, articulações, vasos sanguíneos, nervos e outros tecidos moles. Essas lesões podem variar em gravidade, desde distensões e contusões leves até fraturas ósseas graves ou danos aos tecidos moles e nervosos. Algumas das causas comuns de lesões no pescoço incluem acidentes automobilísticos, quedas, esportes de contato e atividades que envolvam movimentos repetitivos ou forçados do pescoço. Os sintomas mais comuns de uma lesão no pescoço incluem dor, rigidez, entumecimento, fraqueza e restrição de movimento. Em casos graves, essas lesões podem resultar em paralisia ou outras complicações neurológicas graves.

Óxido nítrico (NO) é uma molécula pequena e altamente reactiva que desempenha um papel importante como mediador na regulação de diversos processos fisiológicos no corpo humano. É produzida naturalmente em vários tipos de células, incluindo neurônios e células endoteliais que revestem o interior dos vasos sanguíneos.

No sistema cardiovascular, o óxido nítrico desempenha um papel crucial na regulação da pressão arterial e fluxo sanguíneo. Ele causa a dilatação dos vasos sanguíneos, o que reduz a resistência vascular periférica e diminui a pressão arterial. Além disso, o óxido nítrico também desempenha um papel na modulação da função plaquetária, inflamação e imunidade.

No cérebro, o óxido nítrico atua como neurotransmissor e é importante para a plasticidade sináptica, memória e aprendizagem. No entanto, excesso de produção de óxido nítrico pode ser prejudicial e desempenhar um papel na patogênese de doenças neurológicas, como doença de Alzheimer e dano cerebral causado por isquemia.

Em resumo, o óxido nítrico é uma molécula importante com múltiplos papéis fisiológicos e patológicos no corpo humano.

Os "depuradores de radicais livres" não são um termo médico formal, mas é um termo amplamente usado para se referir a substâncias que podem ajudar a neutralizar os radicais livres no corpo. Radicais livres são moléculas instáveis com um elétron desemparelhado que podem danificar células e tecidos corporais, contribuindo para o desenvolvimento de doenças crônicas e aceleração do envelhecimento.

Existem diferentes tipos de depuradores de radicais livres, incluindo:

1. Antioxidantes enzimáticos: esses são produzidos naturalmente pelo corpo humano, como a superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase. Eles desempenham um papel importante na neutralização dos radicais livres e proteção das células contra danos.
2. Antioxidantes dietéticos: esses são encontrados em alimentos e suplementos, como vitaminas C, E e A, selênio, zinco e flavonoides. Eles também ajudam a neutralizar os radicais livres e proteger as células contra danos oxidativos.
3. Fitoquímicos: esses são compostos químicos presentes em plantas que têm propriedades antioxidantes, como polifenóis, carotenoides e terpenóides. Eles também ajudam a neutralizar os radicais livres e proteger as células contra danos oxidativos.

É importante notar que embora os depuradores de radicais livres possam oferecer algum grau de proteção contra os radicais livres, eles não são uma panaceia para a prevenção de doenças crônicas ou o envelhecimento. Uma dieta equilibrada e exercícios regulares continuam sendo as melhores formas de manter a saúde geral e reduzir o risco de doenças.

'Miocárdio Atordoado' é um termo usado em medicina para descrever uma condição temporária em que o músculo cardíaco (miocárdio) é desorganizado e não se contrai de forma eficiente. Também é conhecido como disfunção ventricular aguda ou taquicardia ventricular polimórfica sustentada (Torsades de Pointes) se acompanhado de arritmias cardíacas. Pode ser causado por vários fatores, incluindo certos medicamentos, desequilíbrio eletrólito, hipóxia (falta de oxigênio), ou doenças genéticas que afetam os canais iônicos cardíacos. O tratamento geralmente envolve a remoção da causa subjacente e, em alguns casos, medicações para regular o ritmo cardíaco.

Os fármacos neuroprotetores são medicamentos que se destinam a defender o tecido nervoso do dano ou da degeneração. Eles geralmente funcionam por meios antioxidantes, anti-inflamatórios ou outros mecanismos neuroprotetores, como a modulação de receptores ou a redução da excitotoxicidade. Esses fármacos têm sido investigados como possíveis tratamentos para doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer, bem como para lesões cerebrais traumáticas e outras formas de dano nervoso. No entanto, os resultados dos estudos clínicos com fármacos neuroprotetores têm sido geralmente decepcionantes, e nenhum deles tem ainda sido aprovado para uso clínico generalizado.

Conforme a especialidade médica, a palavra "constricção" pode referir-se a um estreitamento ou aperto em um órgão do corpo ou no interior de um vaso sanguíneo ou outro canal. No entanto, aqui está uma definição médica mais formal e geral:

Constricção: (Medical Definition)

1. A ação de restringir ou tornar estreito; um aperto ou estrangulamento.
2. Um estreitamento anormal ou patológico de um órgão, vaso sanguíneo ou outro canal do corpo, geralmente resultando em uma diminuição do fluxo de líquidos ou gases. Isso pode ser causado por espasmos musculares, cicatrizes, tumores ou outras condições médicas.
3. Em cardiologia, a redução do diâmetro de um vaso sanguíneo devido à contração da musculatura lisa da parede do vaso, geralmente em resposta ao aumento dos níveis de hormônios ou neurotransmissores.
4. Em neurologia, uma condição em que os músculos de um órgão ou região do corpo se contraem e não conseguem relaxar, levando a rigidez e/ou espasmos involuntários.

Exemplos: A constrição das artérias coronárias pode levar a angina de peito ou ataques cardíacos; a constrição dos bronquiólios pode causar sibilâncias e dificuldade para respirar em pessoas com asma.

Em medicina, um stent é um dispositivo tubular flexível, geralmente feito de metal ou polímero, que é inserido em um vaso sanguíneo, canal ou duto natural do corpo para manter a passagem aberta. Os stents são comumente usados ​​em procedimentos como angioplastia coronária para prevenir a oclusão ou estenose (estreitamento) da artéria devido à formação de placas ateroscleróticas. Eles também podem ser usados ​​em outros locais do corpo, como no tratamento de estenose uretral ou de dutos biliares obstruídos. Após a inserção, o tecido corporal cresce ao redor do stent, fixando-o em posição e mantendo a passagem aberta.

O Valor Preditivo dos Testes (VPT) é um conceito utilizado em medicina para avaliar a capacidade de um teste diagnóstico ou exame em prever a presença ou ausência de uma doença ou condição clínica em indivíduos assintomáticos ou com sintomas. Existem dois tipos principais de VPT:

1. Valor Preditivo Positivo (VPP): É a probabilidade de que um resultado positivo no teste seja realmente indicativo da presença da doença. Em outras palavras, é a chance de ter a doença quando o teste for positivo. Um VPP alto indica que o teste tem boa precisão em identificar aqueles que realmente possuem a doença.

2. Valor Preditivo Negativo (VPN): É a probabilidade de que um resultado negativo no teste seja verdadeiramente indicativo da ausência da doença. Em outras palavras, é a chance de não ter a doença quando o teste for negativo. Um VPN alto indica que o teste tem boa precisão em identificar aqueles que realmente não possuem a doença.

Os Valores Preditivos dos Testes dependem de vários fatores, incluindo a prevalência da doença na população estudada, a sensibilidade e especificidade do teste, e a probabilidade prévia (prior) ou pré-teste da doença. Eles são úteis para ajudar os clínicos a tomar decisões sobre o manejo e tratamento dos pacientes, especialmente quando os resultados do teste podem levar a intervenções clínicas importantes ou consequências significativas para a saúde do paciente.

  • Lesão do MIOCÁRDIO resultante da REPERFUSÃO MIOCÁRDICA (restauração do fluxo sanguíneo a áreas isquêmicas do CORAÇÃO). (bvsalud.org)
  • No campo da cirurgia de revascularização miocárdica (cirurgia de ponte de safena), as duas contribuições que mais melhoraram os resultados cirúrgicos no mundo foram introduzidas por cirurgiões brasileiros, como as técnicas de revascularização miocárdica com o coração batendo (conhecida como técnica sem uso de circulação extracorpórea) e a utilização dos enxertos duplos de artéria mamária interna. (bvsalud.org)

No imagens disponível com os "traumatismo por reperfusão miocárdica"