Receptores de Trombina
Tempo de Trombina
Hirudinas
Receptor PAR-1
Antitrombinas
Plaquetas
Coagulação Sanguínea
Antitrombina III
Fibrinopeptídeo A
Protrombina
Hemostáticos
Ativação Plaquetária
Cofator II da Heparina
Fator Xa
Agregação Plaquetária
Fibrina
Proteína C
Fibrinogênio
Trombomodulina
Ácidos Pipecólicos
Heparina
Fibrinopeptídeo B
Tromboplastina
Tempo de Tromboplastina Parcial
Testes de Coagulação Sanguínea
Fatores de Coagulação Sanguínea
Fator V
Fragmentos de Peptídeos
Fator VIII
Terapia com Hirudina
Hemostasia
Sequência de Aminoácidos
Fator X
Dados de Sequência Molecular
Receptores de Superfície Celular
Células Cultivadas
Complexo Glicoproteico GPIb-IX de Plaquetas
Receptores Ativados por Proteinase
Sítios de Ligação
Carboxipeptidase U
Fator XI
Cálcio
Fibrinolisina
Fator Va
Receptor PAR-2
Endotélio Vascular
Glicoproteínas da Membrana de Plaquetas
Batroxobina
Tempo de Protrombina
Nexinas de Proteases
Ativação Enzimática
Ancrod
Dermatan Sulfato
Veias Umbilicais
Fibrinogênios Anormais
Difosfato de Adenosina
Ligação Proteica
Bovinos
Clorometilcetonas de Aminoácidos
Fosfatidilinositóis
Fator XIII
Relação Dose-Resposta a Droga
Aptâmeros de Nucleotídeos
Adesividade Plaquetária
Inibidores da Agregação de Plaquetas
Produtos de Degradação da Fibrina e do Fibrinogênio
Tempo de Sangramento
Isoflurofato
Proteínas Antitrombina
Transtornos da Coagulação Sanguínea
Endotélio
Fator VIIa
Tripsina
Transdução de Sinal
Eletroforese em Gel de Poliacrilamida
Trombina é um termo médico que se refere a uma enzima proteolítica activa, também conhecida como fator IIa, que desempenha um papel crucial no processo de coagulação sanguínea. A trombina é formada a partir do seu precursor inactivo, a protrombina, através da activação por outras enzimas da cascata de coagulação.
A função principal da trombina é converter o fibrinogénio em fibrina, um componente essencial na formação do coágulo sanguíneo. A fibrina forma uma rede tridimensional que ajuda a reforçar e estabilizar o coágulo, impedindo assim a perda excessiva de sangue. Além disso, a trombina também atua como um potente estimulador da proliferação e migração das células endoteliais, contribuindo para a reparação e regeneração dos tecidos lesados.
No entanto, uma activação excessiva ou inadequada da trombina pode levar ao desenvolvimento de doenças tromboembólicas, como trombose venosa profunda e embolia pulmonar, que podem ser graves e potencialmente fatais. Portanto, o equilíbrio adequado da atividade da trombina é essencial para manter a homeostase hemostática e prevenir as complicações tromboembólicas.
Receptores de trombina são proteínas transmembranares que se encontram na superfície das células, especialmente as células endoteliais do vaso sanguíneo. Eles desempenham um papel crucial no processo de coagulação sanguínea e no sistema de resposta inflamatória. A trombina é uma enzima proteolítica que se forma durante a cascata de coagulação, e ela converte o fibrinogênio em fibrina, formando um coágulo sanguíneo.
Os receptores de trombina ligam-se especificamente à trombina e transmitem sinais intracelulares que desencadeiam uma variedade de respostas celulares, incluindo a ativação das plaquetas, o aumento da produção de espécies reativas de oxigénio (EROs), a libertação de citocinas pró-inflamatórias e a expressão de adesivos moleculares.
A activação dos receptores de trombina também pode desencadear uma resposta inflamatória, levando à infiltração de células imunitárias no local da lesão vascular. Além disso, a ativação prolongada ou excessiva dos receptores de trombina pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como aterosclerose e trombose.
Em resumo, os receptores de trombina são proteínas importantes que desempenham um papel fundamental na regulação da coagulação sanguínea, da resposta inflamatória e da integridade vascular.
O Tempo de Trombina (TT) é um parâmetro laboratorial utilizado na avaliação da coagulação sanguínea. Ele mensura o tempo necessário para a formação de um coágulo após a adição de trombina, uma enzima que converte o fibrinogênio em fibrina durante o processo de coagulação. O TT é expresso em segundos e seu valor normal varia entre 10-20 segundos, dependendo do método de medição e dos padrões de cada laboratório.
Este teste é útil na avaliação da eficácia da terapêutica anticoagulante, especialmente no monitoramento da terapia com heparina não fracionada. Alterações no TT podem indicar um risco aumentado de coagulação ou hemorragia, dependendo do contexto clínico e dos resultados de outros exames de coagulação, como o Tempo de Protrombina (TP) e a Contagem de Plaquetas.
É importante ressaltar que outros fatores, como a idade avançada, insuficiência renal ou hepática, desidratação e uso de medicamentos, podem influenciar nos resultados do TT e devem ser levados em consideração na interpretação dos mesmos.
Hirudinas são um tipo de proteínas anticoagulantes encontradas em alguns tipos de sanguessugas. Eles atuam como inibidores da trombina, uma enzima que desempenha um papel crucial na cascata de coagulação sanguínea, convertendo o fibrinogênio em fibrina e levando à formação de um coágulo sanguíneo.
A hirudina foi primeiro identificada na secreção salivar da sanguessuga medicinal europeia (Hirudo medicinalis). Desde então, outras espécies de sanguessugas também foram descobertas para produzir proteínas semelhantes a hirudina.
A hirudina é clinicamente importante porque inibe a atividade da trombina de forma irreversível e altamente seletiva, o que a torna uma ferramenta útil no tratamento de doenças trombóticas, como a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar. Além disso, a hirudina tem sido estudada como um potencial anticoagulante na cirurgia cardiovascular e no tratamento da fibrilação atrial.
Em resumo, as hirudinas são proteínas anticoagulantes encontradas em sanguessugas que inibem a trombina e têm potencial clínico no tratamento de doenças trombóticas.
Protease-activated receptor 1 (PAR-1) é um tipo de receptor acoplado à proteína G que desempenha um papel importante na resposta celular a vários estímulos. Ele está envolvido em uma variedade de processos fisiológicos e patológicos, incluindo coagulação sanguínea, inflamação, câncer e doenças cardiovasculares.
O receptor PAR-1 é ativado por proteases, tais como a trombina e tripsina, que clivam uma extremidade específica da molécula de receptor, revelando um novo sítio de ligação para a própria protease ou outras moléculas. Isso resulta em sinalização intracelular e ativação de diversas vias de sinalização, incluindo a ativação da proteína G e das cascatas de MAP quinases.
Em um contexto médico, o receptor PAR-1 tem sido alvo de pesquisas como uma possível diana terapêutica para doenças trombóticas, como a trombose venosa profunda e o infarto do miocárdio. Além disso, também tem sido estudado em relação ao câncer, pois sua ativação pode promover a proliferação celular, a migração e a angiogênese, processos que estão associados ao crescimento tumoral e à metástase.
Antitrombinas são proteínas plasmáticas presentes no sangue que desempenham um papel importante na regulação da coagulação sanguínea. A sua função principal é inibir a formação de coágulos, prevenindo assim tromboses excessivas e promovendo o equilíbrio hemostático normal do organismo.
Existem diferentes tipos de antitrombinas, mas a mais conhecida é a Antitrombina III (AT-III), que inibe a atividade da trombina e outras enzimas coagulantes, como o fator Xa. A ligação entre a AT-III e as enzimas coagulantes forma um complexo que é subsequentemente removido do sangue pela via do sistema reticuloendotelial.
Além disso, alguns fármacos anticoagulantes, como a heparina, exercem o seu efeito aumentando a atividade da Antitrombina III no sangue. A heparina se liga à AT-III, aumentando sua afinidade pela trombina e outras enzimas coagulantes, levando assim a uma maior inibição da formação de coágulos.
Em resumo, as antitrombinas são proteínas do sangue que desempenham um papel crucial na regulação da coagulação sanguínea, impedindo a formação excessiva de coágulos e mantendo o equilíbrio hemostático normal.
Na medicina, as plaquetas, também conhecidas como trombócitos, são pequenos fragmentos celulares sem núcleo que desempenham um papel crucial na coagulação sanguínea. Eles são produzidos no tecido ósseo por células chamadas megacariócitos e têm uma vida útil curta de aproximadamente 7 a 10 dias.
A função principal das plaquetas é ajudar a controlar o sangramento em caso de lesão vascular. Quando um vaso sanguíneo é danificado, as plaquetas se agregam no local do dano e formam um coágulo sanguíneo para impedir a perda excessiva de sangue. Além disso, as plaquetas também desempenham um papel na reparação dos tecidos vasculares danificados e na liberação de vários mediadores bioquímicos que participam da resposta inflamatória e do processo de cura.
Uma contagem baixa de plaquetas no sangue, conhecida como trombocitopenia, pode aumentar o risco de hemorragias e sangramentos excessivos. Por outro lado, um número elevado de plaquetas, chamado trombocitose, pode aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos anormais, levando a condições como trombose e embolia. Portanto, é importante manter um equilíbrio adequado no número de plaquetas no sangue para garantir uma coagulação normal e prevenir complicações relacionadas à saúde.
A coagulação sanguínea, também conhecida como hemostase, é um processo complexo e fundamental envolvendo a conversão do líquido sangue em um gel sólido (chamado coágulo) para interromper o fluxo sanguíneo e promover a cicatrização de uma lesão vascular. Isso é essencial para prevenir hemorragias excessivas e manter a integridade do sistema circulatório. A coagulação sanguínea é regulada por uma delicada balance entre os sistemas de coagulação e fibrinólise, que promovem a formação e dissolução dos coágulos, respectivamente.
O processo de coagulação sanguínea pode ser dividido em três fases principais:
1. Iniciação: Quando ocorre uma lesão vascular, os fatores de coagulação são ativados e começam a converter a protrombina (fator II) em trombina (fator IIa), que por sua vez converte o fibrinogênio (um solúvel glicoproteína plasmática) em fibrina (uma insolúvel proteína de rede).
2. Amplificação: A ativação da trombina leva a um ciclo de reações que amplifica a formação do coágulo, envolvendo a ativação adicional de vários fatores de coagulação e a conversão do fator V em seu estado ativo (fator Va).
3. Propagação: A trombina e o fator Va ativam o complexo protrombinase, que consiste no fator Xa e na membrana fosfolipídica, levando à rápida geração de mais trombina e, consequentemente, à formação de uma rede tridimensional de fibrina.
A coagulação sanguínea é controlada por mecanismos intrínsecos e extrínsecos. O caminho intrínseco é iniciado pela exposição da superfície das células endoteliais lesadas, o que leva à ativação do fator XII (Hageman). O caminho extrínseco é desencadeado pela liberação de fator tissular (FT) após a lesão vascular. O FT se liga ao fator VII e ativa-o, levando à formação do complexo FT/VIIa, que ativa o fator X e inicia a cascata de coagulação.
A dissolução do coágulo é mediada pela plasmina, uma protease sérica que cliva a fibrina em fragmentos solúveis menores. A ativação da plasmina é regulada por activadores e inibidores de plasminogênio, como o uroquinase (uPA) e o PAI-1 (inibidor do activador do plasminogênio tipo 1), respectivamente.
A coagulação sanguínea desempenha um papel crucial na hemostasia e em várias condições patológicas, como trombose e hemorragia. O equilíbrio entre a formação do coágulo e a sua dissolução é essencial para manter a homeostase.
A Antitrombina III é uma proteína produzida no fígado que desempenha um papel importante na regulação da coagulação sanguínea. Ela inibe a formação de coágulos ao neutralizar os fatores de coagulação, especialmente o Fator Xa e o IIa (também conhecido como trombina). A antitrombina III reduz a atividade desses fatores de coagulação, impedindo que eles convertam o fibrinogênio em fibrina, um componente chave dos coágulos sanguíneos.
A deficiência congênita de antitrombina III aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos e pode levar a doenças tromboembólicas, como trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Além disso, certos medicamentos, como alguns tipos de antibióticos e contraceptivos hormonais, podem diminuir os níveis de antitrombina III no sangue, aumentando o risco de coagulação.
Em resumo, a Antitrombina III é uma proteína importante na regulação da coagulação sanguínea, inibindo a formação de coágulos e reduzindo a atividade dos fatores de coagulação no sangue.
Fibrinopeptide A (FPA) é um peptído de baixo peso molecular que é liberado durante a formação de fibrina no processo de coagulação sanguínea. É um marcador específico e sensível da ativação da trombina e, portanto, desempenha um papel importante na hemostase e trombose.
A trombina converte o fibrinogênio em fibrina durante a coagulação sanguínea. No processo, duas moléculas de FPA são clivadas e liberadas do fibrinogênio monômero. A medição da concentração de FPA no sangue pode fornecer informações sobre o estado de ativação da coagulação sanguínea e é útil em pesquisas e em situações clínicas especiais, como avaliar a resposta à terapia anticoagulante ou diagnosticar coagulopatias congênitas.
A protrombina, também conhecida como fator II, é uma proteína solúvel do sangue que desempenha um papel crucial na cascata de coagulação sanguínea. Ela é sintetizada no fígado e convertida em trombina ativa pela ação da enzima tromboplastina (também conhecida como factor III) em conjunto com outros fatores de coagulação.
A trombina é uma enzima que converte o fibrinogênio em fibrina, um componente essencial da formação do coágulo sanguíneo. Portanto, a protrombina desempenha um papel fundamental na parada de hemorragias e no processo de cicatrização de feridas.
A atividade da protrombina é frequentemente medida como parte do teste de tempo de protrombina (TP), que é usado para avaliar a coagulação sanguínea e monitorar o uso de anticoagulantes, como a warfarina. O TP é expresso como um índice normalizado internacional (INR) que permite comparar os resultados entre diferentes laboratórios e pacientes.
Hemostáticos são substâncias ou medicamentos que ajudam a deter o sangramento ou a coagulação do sangue. Eles funcionam promovendo a agregação das plaquetas e estimulando a formação de um tampão para fechar a ferida. Alguns hemostáticos naturais incluem vitamina K, cálcio e proteínas do sangue. Existem também hemostáticos sintéticos disponíveis, como pastilhas, esponjas ou gel que podem ser aplicados diretamente na ferida para ajudar a parar o sangramento. É importante notar que alguns hemostáticos podem ter efeitos colaterais e devem ser usados com cuidado, especialmente em pessoas com problemas de coagulação sanguínea ou que estão tomando anticoagulantes.
A ativação plaquetária é um processo complexo envolvendo a alteração das plaquetas (também conhecidas como trombócitos) de seu estado inato e inativo para um estado ativo e aderente. Essas células sanguíneas pequenas desempenham um papel crucial na hemostasia, ou seja, a parada do sangramento, através da formação de coágulos sanguíneos.
Quando o endotélio (a camada interna dos vasos sanguíneos) é lesado, fatores de coagulação e substâncias químicas são expostos, levando à ativação das plaquetas. Esse processo inclui a exposição de receptores de superfície nas plaquetas que permitem a sua agregação e formação de um coágulo sanguíneo. Além disso, as plaquetas ativadas secretam substâncias como serotonina, ADP (adenosina difosfato) e tromboxano A2, que por sua vez promovem ainda mais a ativação e agregação de outras plaquetas.
A ativação plaquetária desempenha um papel importante em doenças como trombose, tromboembolismo e aterosclerose. Medir a ativação plaquetária pode ser útil no diagnóstico e monitoramento de tais condições.
O cofator II da heparina, também conhecido como antitrombina III (AT-III), é uma proteína plasmática inativa que desempenha um papel crucial na inibição da coagulação sanguínea. Quando ativada, a AT-III se liga às proteínas da cascata de coagulação, como a trombina e o fator Xa, e as neutraliza, impedindo assim a formação de coágulos sanguíneos.
A heparina, um anticoagulante usado clinicamente, atua como um catalisador nesta reação, aumentando a taxa de ativação da AT-III em aproximadamente 1.000 vezes. Portanto, a heparina é frequentemente referida como um cofator da AT-III, mas na realidade, a AT-III é o agente anticoagulante ativo e a heparina age como um facilitador da sua ativação.
Em resumo, a definição médica de "cofator II da heparina" refere-se à proteína plasmática inativa antitrombina III (AT-III), que desempenha um papel crucial na inibição da coagulação sanguínea e é ativada pela heparina para neutralizar as proteínas da cascata de coagulação.
Fator Xa, também conhecido como Fator de Coagulação Sêxtico, é uma protease serínica que desempenha um papel crucial na cascata de coagulação sanguínea. Ele age como um ativador da protrombina, convertendo-a em trombina, a qual por sua vez converte o fibrinogênio em fibrina para formar um coágulo sanguíneo. A ativação do Fator X por Fator IXa e Fator VIIIa é o ponto de ramificação entre as vias intrínseca e extrínseca da cascata de coagulação, o que faz do Fator Xa um importante elo de ligação entre essas duas vias. O Fator Xa também pode ser inibido por anticoagulantes como a heparina e os antagonistas do receptor da trombomodulina, o que torna seu controle importante na prevenção e no tratamento de coágulos sanguíneos.
Agregação plaquetária é o processo em que as plaquetas sanguíneas se unem entre si, formando agregados. Esses agregados podem ajudar a formar coágulos sanguíneos e a parar hemorragias quando houver danos nos vasos sanguíneos.
A agregação plaquetária é desencadeada por diversos estímulos, incluindo substâncias presentes no interior dos vasos sanguíneos expostas após um dano vascular, tais como colágeno e fator de von Willebrand. Além disso, as plaquetas também podem ser ativadas por substâncias presentes no sangue, como trombina, ADP (difosfato de adenosina) e tromboxano A2.
A agregação plaquetária é um processo complexo envolvendo uma série de eventos bioquímicos e estruturais que ocorrem nas membranas das plaquetas. Esses eventos incluem a liberação de grânulos plaquetares, a exposição de fosfolipídios procoagulantes na membrana plaquetária e a formação de filamentos de actina que permitem a extensão de pseudópodos e a interação com outras plaquetas.
A agregação plaquetária desregulada pode contribuir para doenças trombóticas, como aterosclerose e trombose venosa profunda, bem como para hemorragias anormais em indivíduos com transtornos hemostáticos. Portanto, o equilíbrio adequado da agregação plaquetária é crucial para manter a integridade vascular e prevenir tanto trombose como hemorragia excessivas.
Fibrina é uma proteína solúvel do plasma sanguíneo que desempenha um papel fundamental na coagulação sanguínea. É formada a partir da proteína fibrinogênio durante o processo de coagulação, quando a enzima trombina cliva o fibrinogênio em dois fragmentos, resultando no libertação de fibrina monomérica. Esses monómeros se polimerizam espontaneamente para formar um retículo tridimensional insolúvel, conhecido como trombo ou coágulo sanguíneo.
A formação de fibrina é essencial para a hemostase (cessação do sangramento) e também desempenha um papel na cicatrização de feridas, fornecendo uma matriz estrutural para o recrutamento e proliferação de células envolvidas no processo de cura. No entanto, a formação excessiva ou persistente de fibrina pode contribuir para doenças trombóticas, como trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
Proteína C é uma proteína plasmática sérica que desempenha um papel importante na regulação da coagulação sanguínea. É uma protease serina sintetizada no fígado como zimogênio, a proteína C inativa, que é ativada por trombomodulina e o endotelial proteínase activador (EPCA) na superfície do endotélio vascular. A ativação da proteína C leva à inibição da coagulação sanguínea através da degradação dos fatores Va e VIIIa, que são componentes essenciais da cascata de coagulação. Além disso, a proteína C ativada tem propriedades anti-inflamatórias e citoprotetoras. Deficiências congénitas na atividade da proteína C estão associadas a um aumento do risco de trombose venosa.
Fibrinogênio é uma proteína solúvel presente no plasma sanguíneo humano. É sintetizada pelo fígado e desempenha um papel fundamental na coagulação sanguínea. Quando ativada, a protease trombina converte o fibrinogênio em fibrina, que então forma um retículo tridimensional insolúvel conhecido como coágulo. Esse processo é essencial para a hemostasia, ou seja, a parada do sangramento de vasos sanguíneos lesados. A medição do nível de fibrinogênio no sangue pode ajudar no diagnóstico e monitoramento de distúrbios hemorrágicos e coagulopatias.
A trombomodulina é uma proteína que se encontra na superfície das células endoteliais do corpo humano. Ela desempenha um papel crucial no sistema de coagulação sanguínea, auxiliando a regular a formação de coágulos e prevenindo a formação de coágulos excessivos ou inadequados.
A trombomodulina atua ao se ligar à trombina, uma enzima que converte o fibrinogênio em fibrina durante a formação de um coágulo sanguíneo. A ligação da trombina à trombomodulina altera a atividade da trombina, fazendo com que ela ative o fator V e o proteínase activado do plasminogênio (PAP), ao invés de converter o fibrinogênio em fibrina. Isso resulta na ativação da via de controle da trombina, o que desencadeia uma cascata de reações que inibem a formação de coágulos e promovem a dissolução deles.
Além disso, a trombomodulina também ativa a proteína C, uma enzima que desempenha um papel importante na regulação da coagulação sanguínea. A activação da proteína C leva à inativação dos fatores Va e VIIIa, o que diminui a formação de coágulos.
Em resumo, a trombomodulina é uma proteína importante no sistema de coagulação sanguínea, auxiliando a regular a formação de coágulos e prevenindo a formação de coágulos excessivos ou inadequados.
Os ácidos pipecólicos são compostos químicos que pertencem à classe dos ácidos alfa-amino. Eles são derivados da lisina, um aminoácido essencial encontrado em proteínas. A estrutura química do ácido pipecólico é semelhante a outros ácidos aminados, mas com uma diferença na cadeia lateral, que contém um anel de cinco átomos de carbono (ciclo pentano) em vez da cadeia linear encontrada em outros ácidos aminados.
Embora os ácidos pipecólicos não sejam considerados componentes diretos das proteínas, eles desempenham um papel importante no metabolismo de alguns organismos e podem estar envolvidos em vários processos fisiológicos e patológicos em humanos. Por exemplo, eles estão envolvidos na regulação do sistema imune e na resposta inflamatória, e também podem desempenhar um papel no desenvolvimento de doenças como a sepse e outras infecções bacterianas graves.
Em suma, os ácidos pipecólicos são compostos químicos derivados da lisina que desempenham um papel importante em vários processos fisiológicos e patológicos em humanos e outros organismos.
Heparina é um anticoagulante natural com propriedades medicinais que é encontrado principalmente nas membranas das células do tecido conjuntivo. É uma glicosaminoglicana sulfatada de alto peso molecular, composta por cadeias longas e ramificadas de açúcares repetidos, predominantemente ácido glucurônico e ácido N-acetilglucosamina.
A heparina exerce sua atividade anticoagulante ao se ligar à proteína C activada (APC) e ao fator anti-trombina, acelerando a inativação do fator Xa e da trombina, respectivamente. Isso impede a formação de trombos e previne a propagação da trombose em todo o corpo.
A heparina é frequentemente usada na prática clínica para prevenir e tratar coagulações sanguíneas anormais, como tromboses venosas profundas (TVP) e embolias pulmonares (EP). Também pode ser usado durante a hemodiálise e no tratamento de certas doenças cardiovasculares.
Existem diferentes formas de heparina disponíveis, incluindo heparina não fracionada (HNF) e heparinas de baixo peso molecular (LMWH). A HNF é derivada da mucosa intestinal de porcos ou dos pulmões de bovinos, enquanto as LMWH são obtidas a partir do processamento enzimático da HNF. As LMWH têm um peso molecular mais baixo e uma atividade anticoagulante mais previsível do que a HNF, o que pode resultar em menores taxas de sangramento e maior comodidade de uso.
O fibrinopeptídio B é um pequeno fragmento de proteína que é liberado durante a formação de fibrina, um componente essencial na coagulação sanguínea. A fibrina é formada a partir do fibrinogênio, uma proteína plasmática, por meio da ação da enzima trombina. Esse processo envolve a remoção de dois peptídeos, o fibrinopeptídio A e o fibrinopeptídio B, dos extremos N-terminais das cadeias de polipéptidos do fibrinogênio.
A medição do nível de fibrinopeptídio B no sangue pode ser útil como um marcador para avaliar a ativação da coagulação e o processo de trombose em alguns transtornos hemorrágicos e trombóticos, como infarto do miocárdio, trombose venosa profunda e embolia pulmonar. No entanto, é importante notar que a interpretação dos níveis de fibrinopeptídio B deve ser feita com cautela, levando em consideração outros fatores clínicos e laboratoriais relevantes.
Em termos médicos, tromboplastina refere-se a uma substância presente no sangue que desempenha um papel crucial na cascata de coagulação sanguínea. Ela é responsável pela ativação do fator II (protrombina) em trombina, o que leva à conversão do fibrinogênio em fibrina e, consequentemente, à formação de um coágulo sanguíneo.
Existem dois tipos principais de tromboplastina: tromboplastina tecidual (também conhecida como factor tissular) e tromboplastina plaquetária. A tromboplastina tecidual é liberada por tecidos danificados ou endotélio vascular lesado e é capaz de ativar diretamente o fator X ( Stuart-Prower factor) na cascata de coagulação, além de atuar como um cofator para a conversão do prólogo em trombina. Já a tromboplastina plaquetária é liberada durante a agregação plaquetária e atua no início da cascata de coagulação, convertendo o fator X em sua forma ativa (fator Xa).
A medição da atividade tromboplastínica é frequentemente usada em testes laboratoriais para avaliar a capacidade de coagulação do sangue, como no teste de tempo de tromboplastina parcialmente ativado (aPTT) e no teste de protrombina (TP).
O Tempo de Tromboplastina Parcial (TPT ou aPTT, do inglês Activated Partial Thromboplastin Time) é um exame de coagulação sanguínea que mede o tempo necessário para a formação de um coágulo no plasma sanguíneo quando são adicionados caolino (silicato de alumínio) e calcário (calcio), os quais ativam as proteínas da via intrínseca e common da cascata de coagulação.
Este teste é usado para avaliar a integridade e a funcionalidade da via intrínseca e common do sistema de coagulação, detectar possíveis deficiências ou distúrbios relacionados à coagulação sanguínea, como déficits de fatores de coagulação, presença de anticoagulantes naturais ou medicamentosos (como o Heparina), e monitorar a terapia anticoagulante.
Valores normais do TPT geralmente variam entre 25-35 segundos, mas podem variar ligeiramente dependendo do método laboratorial utilizado. Resultados além desse intervalo podem indicar um distúrbio de coagulação e requerem análise adicional e confirmação por outros exames complementares.
Os Testes de Coagulação Sanguínea são um grupo de exames laboratoriais que avaliam a capacidade do sangue em coagular-se (formar coágulos) e na dissolução dos coágulos formados, um processo conhecido como fibrinólise. Esses testes são usados para avaliar a integridade da cascata de coagulação, identificar distúrbios hemorrágicos ou trombóticos e monitorar o tratamento com anticoagulantes.
Existem diferentes tipos de testes de coagulação sanguínea, sendo os mais comuns:
1. Tempo de Sangramento (TS): mede o tempo que leva para a formação de um coágulo após uma pequena incisão na pele. É frequentemente usado como um teste geral de hemostasia e para monitorar o tratamento com antiplaquetários.
2. Tempo de Tromboplastina Parcialmente Activada (TPTA ou aPTT): mede o tempo que leva para a formação de um coágulo em plasma sanguíneo, após a adição de um reagente que ativa a via intrínseca da cascata de coagulação. É usado para avaliar a função dos fatores de coagulação VIII, IX, XI e XII, além de monitorar o tratamento com anticoagulantes como heparina.
3. Tempo de Tromboplastina Total (TT ou PT): mede o tempo que leva para a formação de um coágulo em plasma sanguíneo, após a adição de um reagente que ativa a via extrínseca da cascata de coagulação. É usado para avaliar a função dos fatores de coagulação II, V, VII e X, além de monitorar o tratamento com antivitaminas K (como warfarina).
4. Teste de Fibrinogênio: mede a concentração de fibrinogênio no sangue, uma proteína importante para a formação do coágulo. Baixos níveis de fibrinogênio podem indicar um risco aumentado de hemorragia.
5. Teste de D-Dímero: mede a presença de fragmentos de fibrina no sangue, que são formados durante a dissolução do coágulo sanguíneo. Elevados níveis de D-dímero podem indicar um risco aumentado de trombose ou embolia.
6. Teste de Ativador do Plasminogênio do Trombina (tPA): mede a atividade da plasmina, uma enzima responsável pela dissolução dos coágulos sanguíneos. Baixos níveis de atividade plasmática podem indicar um risco aumentado de trombose ou embolia.
7. Teste de Inibidor da Ativadora do Plasminogênio do Trombina (PAI-1): mede a atividade do inibidor da plasmina, uma proteína que regula a atividade da plasmina. Elevados níveis de PAI-1 podem indicar um risco aumentado de trombose ou embolia.
8. Teste de Fator de Hess: mede a capacidade do sangue para coagular e formar um coágulo sólido. Baixos níveis de atividade podem indicar um risco aumentado de hemorragia.
9. Teste de Tempo de Tromboplastina Parcialmente Ativada (aPTT): mede o tempo necessário para a formação do coágulo sanguíneo em resposta à ativação da cascata de coagulação. Baixos níveis podem indicar um risco aumentado de hemorragia, enquanto elevados níveis podem indicar um risco aumentado de trombose ou embolia.
10. Teste de Tempo de Protrombina (PT): mede o tempo necessário para a formação do coágulo sanguíneo em resposta à ativação da cascata de coagulação por meio da via extrínseca. Baixos níveis podem indicar um risco aumentado de hemorragia, enquanto elevados níveis podem indicar um risco aumentado de trombose ou embolia.
11. Teste de Fibrinogênio: mede a concentração de fibrinogênio no sangue, uma proteína importante para a formação do coágulo sanguíneo. Baixos níveis podem indicar um risco aumentado de hemorragia, enquanto elevados níveis podem indicar um risco aumentado de trombose ou embolia.
12. Teste de D-Dímero: mede a presença de fragmentos de fibrina no sangue, que são formados durante a dissolução do coágulo sanguíneo. Elevados níveis podem indicar um risco aumentado de trombose ou embolia.
13. Teste de Antitrombina III: mede a concentração de antitrombina III no sangue, uma proteína importante para a inibição da coagulação sanguínea. Baixos níveis podem indicar um risco aumentado de trombose ou embolia.
14. Teste de Proteína C: mede a concentração de proteína C no sangue, uma proteína importante para a inibição da coagulação sanguínea. Baixos níveis podem indicar um risco aumentado de trombose ou embolia.
15. Teste de Proteína S: mede a concentração de proteína S no sangue, uma proteína importante para a inibição da coagulação sanguínea. Baixos níveis podem indicar um risco aumentado de trombose ou embolia.
16. Teste de Fator V de Leiden: detecta mutações no gene do fator V, que podem aumentar o risco de trombose ou embolia.
17. Teste de Protrombina G20210A: detecta mutações no gene da protrombina, que podem aumentar o risco de trombose ou embolia.
18. Teste de Homocisteína: mede a concentração de homocisteína no sangue, um aminoácido que pode aumentar o risco de trombose ou embolia em altas concentrações.
19. Teste de Fibrinogênio: mede a concentração de fibrinogênio no sangue, uma proteína importante para a formação do coágulo sanguíneo. Elevados níveis podem indicar um risco aumentado de trombose ou embolia.
20. Teste de D-dímero: detecta a presença de D-dímero no sangue, um fragmento de fibrina que é liberado durante a formação do coágulo sanguíneo. Elevados níveis podem indicar uma trombose ou embolia ativa ou recente.
É importante ressaltar que os resultados desses testes devem ser interpretados com cuidado e em conjunto com a história clínica do paciente, pois não há um único fator responsável pela formação de trombos ou embolias. Além disso, é importante lembrar que a presença de um fator de risco não significa necessariamente que uma pessoa desenvolverá uma trombose ou embolia, mas sim que ela está em maior risco do que outras pessoas sem esse fator.
Os fatores de coagulação sanguínea, também conhecidos como fatores de coagulação ou fatores de coagulopatia, se referem a um grupo de proteínas plasmáticas que desempenham um papel crucial na cascata de coagulação do sangue. Esses fatores trabalham em conjunto para converter o fator de coagulação II (protrombina) em trombina, a qual então converte o fibrinogênio em fibrina, formando um coágulo sólido.
Existem doze fatores de coagulação conhecidos, designados como Fator I (fibrinogênio) a Fator XII (precalicreína), além do calcio e do fosfolipídio, que também são necessários para o processo. Cada fator depende da ativação por outro fator ou complexo enzimático na cascata de coagulação, geralmente como resultado de uma lesão vascular que expõe o sangue ao tecido subjacente.
As deficiências congénitas ou adquiridas em qualquer um desses fatores podem levar a distúrbios hemorrágicos, como a hemofilia A (deficiência de Fator VIII) e a hemofilia B (deficiência de Fator IX). Além disso, certos medicamentos, como anticoagulantes orais, podem interferir no funcionamento dos fatores de coagulação, aumentando o risco de sangramento.
Na medicina e fisiologia, a cinética refere-se ao estudo dos processos que alteram a concentração de substâncias em um sistema ao longo do tempo. Isto inclui a absorção, distribuição, metabolismo e excreção (ADME) das drogas no corpo. A cinética das drogas pode ser afetada por vários fatores, incluindo idade, doença, genética e interações com outras drogas.
Existem dois ramos principais da cinética de drogas: a cinética farmacodinâmica (o que as drogas fazem aos tecidos) e a cinética farmacocinética (o que o corpo faz às drogas). A cinética farmacocinética pode ser descrita por meio de equações matemáticas que descrevem as taxas de absorção, distribuição, metabolismo e excreção da droga.
A compreensão da cinética das drogas é fundamental para a prática clínica, pois permite aos profissionais de saúde prever como as drogas serão afetadas pelo corpo e como os pacientes serão afetados pelas drogas. Isso pode ajudar a determinar a dose adequada, o intervalo posológico e a frequência de administração da droga para maximizar a eficácia terapêutica e minimizar os efeitos adversos.
O Fator V, também conhecido como Proacelerina ou Lúca em plasma sanguíneo, é um componente essencial da cascata de coagulação sanguínea. Ele age como um fator de coagulação zimogênico, o que significa que ele facilita a ativação dos outros fatores de coagulação.
A função principal do Fator V é atuar como um cofator na conversão da protrombina em trombina, uma enzima que converte a fibrinogênio em fibrina para formar um coágulo sanguíneo. A trombina também ativa o fator XIII, que estabiliza o coágulo pela formação de ligações cruzadas entre as moléculas de fibrina.
O Fator V é sintetizado no fígado e sua ativação é desencadeada pela trombina ou por outros fatores de coagulação ativados, como o Fator Xa. A forma ativada do Fator V (Fator Va) permanece ativo até ser inativado pelo inhibidor da protease activada do plasminogênio (PAI-1).
Algumas condições médicas, como a trombofilia hereditária, podem estar associadas a mutações no gene do Fator V que levam à produção de uma forma anormal do fator, o que aumenta o risco de coágulos sanguíneos. A mutação mais comum é chamada de "Fator V de Leiden", que confere resistência à inativação pelo PAI-1 e aumenta o risco de trombose venosa.
Em termos médicos, fragmentos de peptídeos referem-se a pequenas cadeias ou segmentos de aminoácidos que são derivados de proteínas maiores por meio de processos bioquímicos específicos. Esses fragmentos podem variar em tamanho, desde di- e tripeptídeos com apenas dois ou três aminoácidos, até oligopeptídeos com até 20 aminoácidos.
A formação de fragmentos de peptídeos pode ser resultado de processos fisiológicos naturais, como a digestão de proteínas alimentares no sistema gastrointestinal ou a clivagem enzimática controlada de proteínas em células vivas. Também podem ser produzidos artificialmente por técnicas laboratoriais, como a hidrólise de proteínas com ácidos ou bases fortes, ou a utilização de enzimas específicas para clivagem de ligações peptídicas.
Esses fragmentos de peptídeos desempenham um papel importante em diversas funções biológicas, como sinalização celular, regulação enzimática e atividade imune. Além disso, eles também são amplamente utilizados em pesquisas científicas, diagnóstico clínico e desenvolvimento de fármacos, devido à sua relativa facilidade de síntese e modificação, além da capacidade de mimetizar a atividade biológica de proteínas maiores.
Coagulantes são substâncias que promovem a formação de coágulos sanguíneos, auxiliando no processo de hemostase. Eles funcionam convertendo fibrinogênio em fibrina, uma proteína insolúvel que forma a matriz de um coágulo sanguíneo. Existem coagulantes naturais, como o trombina e a fator Xa, que desempenham um papel crucial na cascata de coagulação do sangue. Além disso, também há coagulantes medicinais, como o ácido acetilsalicílico (aspirina) e os anticoagulantes orais, que são frequentemente usados no tratamento e prevenção da trombose e outras condições relacionadas à coagulação. É importante notar que um desequilíbrio na atividade dos coagulantes pode resultar em distúrbios hemorrágicos ou trombóticos graves.
Anticoagulantes são medicamentos que ajudam a prevenir a formação de coágulos sanguíneos ou a impedir que os coágulos existentes se tornem maiores. Eles funcionam inibindo a atividade da trombina ou do fator Xa, enzimas essenciais na cascata de coagulação sanguínea. Alguns exemplos comuns de anticoagulantes incluem heparina, warfarina (Coumadin), dabigatran (Pradaxa), rivaroxaban (Xarelto) e apixaban (Eliquis). Esses medicamentos são frequentemente usados em pessoas que correm risco de desenvolver coágulos sanguíneos, como aqueles com fibrilação atrial, prótese de válvula cardíaca ou história de trombose venosa profunda. É importante observar que os anticoagulantes não dissolvem coágulos sanguíneos existentes, mas ajudam a impedir que eles se tornem maiores e causem complicações graves, como embolia pulmonar ou acidente vascular cerebral.
Fator VIII, também conhecido como Fator Anti-hemorrágico VIII ou Fator de von Willebrand-Ristoquina, é uma proteína essencial na cascata de coagulação sanguínea. Ele age como um cofator na conversão da protrombina em trombina, um passo crucial na formação do tampão de fibrina que ajuda a parar o sangramento. O déficit congênito ou adquirido desse fator leva à hemofilia A, uma condição caracterizada por hemorragias prolongadas e recorrentes.
Hirudoterapia, também conhecida como terapia com sanguessugas, é um tipo de tratamento médico alternativo que envolve a aplicação de sanguessugas medicinais vivas (Hirudo medicinalis) sobre a pele do paciente para realizar a incisão e sugar o sangue. A saliva da sanguessuga contém uma variedade de substâncias bioativas, incluindo hirudina, que atua como um anticoagulante natural, prevenindo a formação de coágulos sanguíneos.
A hirudina é uma peptidase serina que inibe a trombina, uma enzima essencial no processo de coagulação sanguínea. Além disso, a saliva da sanguessuga contém outras substâncias, como calicreína, colagenases, e fator de hyaluronidase, que promovem a vasodilatação, aumentam a permeabilidade capilar e facilitam a absorção dos componentes ativos da saliva.
A hirudoterapia tem sido tradicionalmente utilizada em várias culturas para tratar diversas condições de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, artrite, inflamação e problemas dérmicos. No entanto, a eficácia e a segurança da terapia com sanguessugas ainda são objeto de debate na comunidade médica e científica, sendo necessário mais estudos clínicos controlados e randomizados para confirmar seus benefícios terapêuticos.
Além disso, é importante ressaltar que a hirudoterapia deve ser realizada por profissionais qualificados e em ambientes adequadamente equipados, visto que o tratamento com sanguessugas pode acarretar riscos, como infecções e reações alérgicas. Portanto, é fundamental que os pacientes procurem orientação médica antes de submeterem-se a essa forma de terapia alternativa.
Hemostasis é um processo fisiológico complexo que ocorre no corpo para impedir a perda excessiva de sangue após uma lesão vascular. Consiste em uma cascata de eventos que envolvem vasoconstrição, formação de trombina e ativação de plaquetas, resultando na formação de um trombo para preencher a lacuna da lesão e impedir o sangramento adicional. Posteriormente, ocorre a fase de dissolução do trombo, ou fibrinolise, restaurando a permeabilidade vascular. A hemostasia é essencial para manter a integridade do sistema circulatório e promover a cicatrização adequada das feridas.
Uma sequência de aminoácidos refere-se à ordem exata em que aminoácidos específicos estão ligados por ligações peptídicas para formar uma cadeia polipeptídica ou proteína. Existem 20 aminoácidos diferentes que podem ocorrer naturalmente nas sequências de proteínas, cada um com sua própria propriedade química distinta. A sequência exata dos aminoácidos em uma proteína é geneticamente determinada e desempenha um papel crucial na estrutura tridimensional, função e atividade biológica da proteína. Alterações na sequência de aminoácidos podem resultar em proteínas anormais ou não funcionais, o que pode contribuir para doenças humanas.
Fator X, também conhecido como Stuart-Prower Factor, é uma proteína essencial envolvida na cascata de coagulação sanguínea. Ele age como um catalisador na conversão da protrombina em trombina, que por sua vez converte o fibrinogênio em fibrina para formar um coágulo sólido. A ativação do Fator X é um ponto crucial no processo de coagulação, pois marca a transição da fase inicial de ativação enzimática para a formação do coágulo propriamente dita. O déficit congênito ou adquirido desse fator pode resultar em hemorragias prolongadas e anormalidades na coagulação sanguínea.
Trombose é um distúrbio circulatório que ocorre quando um coágulo de sangue (trombo) se forma em um vaso sanguíneo e bloqueia parcial ou totalmente a passagem de sangue. Isso pode acontecer em qualquer parte do sistema circulatório, mas é mais comum em veias profundas das pernas (trombose venosa), pés ou braços. Também pode ocorrer em artérias, particularmente após um evento cardiovascular, como um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral.
Os coágulos sanguíneos podem ser causados por uma variedade de fatores, incluindo lesões vasculares, alterações na composição do sangue e estase sanguínea (quando o fluxo sanguíneo é muito lento ou está parado). Além disso, certos fatores de risco podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver trombose, como idade avançada, obesidade, tabagismo, gravidez, uso de contraceptivos hormonais e doenças que afetam a coagulação sanguínea ou o sistema circulatório.
Os sintomas da trombose variam dependendo da localização e gravidade do coágulo. Em geral, podem incluir dor, rigidez, calor, vermelhidão e inchaço na região afetada. Em casos graves, a trombose pode levar a complicações potencialmente perigosas para a vida, como embolia pulmonar (quando um pedaço do coágulo se desprende e viaja para os pulmões) ou infarto do miocárdio (quando o coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo para o coração).
O tratamento da trombose geralmente inclui medicamentos anticoagulantes, tais como heparina e warfarina, que ajudam a impedir a formação de novos coágulos e dissolver os coágulos existentes. Em alguns casos, procedimentos cirúrgicos, como a trombectomia, podem ser necessários para remover o coágulo. A prevenção da trombose inclui práticas saudáveis, como manter um peso saudável, exercitar-se regularmente e evitar ficar sentado ou deitado por longos períodos de tempo.
"Dados de sequência molecular" referem-se a informações sobre a ordem ou seqüência dos constituintes moleculares em uma molécula biológica específica, particularmente ácidos nucléicos (como DNA ou RNA) e proteínas. Esses dados são obtidos através de técnicas experimentais, como sequenciamento de DNA ou proteínas, e fornecem informações fundamentais sobre a estrutura, função e evolução das moléculas biológicas. A análise desses dados pode revelar padrões e características importantes, tais como genes, sítios de ligação regulatórios, domínios proteicos e motivos estruturais, que podem ser usados para fins de pesquisa científica, diagnóstico clínico ou desenvolvimento de biotecnologia.
Receptores de superfície celular são proteínas integrales transmembranares que se encontram na membrana plasmática das células e são capazes de detectar moléculas especificas no ambiente exterior da célula. Eles desempenham um papel fundamental na comunicação celular e no processo de sinalização celular, permitindo que as células respondam a estímulos químicos, mecânicos ou fotoquímicos do seu microambiente.
Os receptores de superfície celular podem ser classificados em diferentes tipos, dependendo da natureza do ligante (a molécula que se liga ao receptor) e do mecanismo de sinalização intracelular desencadeado. Alguns dos principais tipos de receptores de superfície celular incluem:
1. Receptores acoplados a proteínas G (GPCRs): Estes receptores possuem um domínio extracelular que se liga a uma variedade de ligantes, como neurotransmissores, hormonas, e odorantes. A ligação do ligante desencadeia uma cascata de sinalização intracelular envolvendo proteínas G e enzimas secundárias, levando a alterações na atividade celular.
2. Receptores tirosina quinases (RTKs): Estes receptores possuem um domínio extracelular que se liga a ligantes como fatores de crescimento e citocinas, e um domínio intracelular com atividade tirosina quinase. A ligação do ligante induz a dimerização dos receptores e a autofosforilação das tirosinas, o que permite a recrutamento e ativação de outras proteínas intracelulares e a desencadeio de respostas celulares, como proliferação e diferenciação celular.
3. Receptores semelhantes à tirosina quinase (RSTKs): Estes receptores não possuem atividade intrínseca de tirosina quinase, mas recrutam e ativam quinasas associadas à membrana quando ligados aos seus ligantes. Eles desempenham um papel importante na regulação da atividade celular, especialmente no sistema imunológico.
4. Receptores de citocinas e fatores de crescimento: Estes receptores se ligam a uma variedade de citocinas e fatores de crescimento e desencadeiam respostas intracelulares através de diferentes mecanismos, como a ativação de quinasas associadas à membrana ou a recrutamento de adaptadores de sinalização.
5. Receptores nucleares: Estes receptores são transcrições fatores que se ligam a DNA e regulam a expressão gênica em resposta a ligantes como hormonas esteroides e vitaminas. Eles desempenham um papel importante na regulação do desenvolvimento, da diferenciação celular e da homeostase.
Em geral, os receptores são proteínas integradas nas membranas celulares ou localizadas no citoplasma que se ligam a moléculas específicas (ligantes) e desencadeiam respostas intracelulares que alteram a atividade da célula. Essas respostas podem incluir a ativação de cascatas de sinalização, a modulação da expressão gênica ou a indução de processos celulares como a proliferação, diferenciação ou apoptose.
As células cultivadas, em termos médicos, referem-se a células que são obtidas a partir de um tecido ou órgão e cultiva-se em laboratório para se multiplicarem e formarem uma população homogênea de células. Esse processo permite que os cientistas estudem as características e funções das células de forma controlada e sistemática, além de fornecer um meio para a produção em massa de células para fins terapêuticos ou de pesquisa.
A cultivação de células pode ser realizada por meio de técnicas que envolvem a adesão das células a uma superfície sólida, como couros de teflon ou vidro, ou por meio da flutuação livre em suspensiones líquidas. O meio de cultura, que consiste em nutrientes e fatores de crescimento específicos, é usado para sustentar o crescimento e a sobrevivência das células cultivadas.
As células cultivadas têm uma ampla gama de aplicações na medicina e na pesquisa biomédica, incluindo o estudo da patogênese de doenças, o desenvolvimento de terapias celulares e genéticas, a toxicologia e a farmacologia. Além disso, as células cultivadas também são usadas em testes de rotina para a detecção de microrganismos patogênicos e para a análise de drogas e produtos químicos.
O complexo glicoproteico GPIb-IX de plaquetas é um importante receptor de membrana encontrado na superfície das plaquetas sanguíneas. Ele desempenha um papel crucial na adesão e ativação das plaquetas, processos essenciais para a hemostasia (parada do sangramento) e trombose (formação de coágulos sanguíneos).
O complexo GPIb-IX é composto por quatro glicoproteínas: GPIbα, GPIbβ, GPIX e GPV. A subunidade GPIbα é a principal responsável pela ligação do complexo à proteína von Willebrand (vWF), uma proteína presente nas células endoteliais que revestem o interior dos vasos sanguíneos e no plasma sanguíneo. A interação entre GPIbα e vWF é essencial para a adesão inicial das plaquetas ao subendotélio exposto em caso de lesões vasculares, um passo importante na formação do trombo.
Além disso, o complexo GPIb-IX também interage com outros ligantes e receptores, como o fator de von Willebrand, o fator XI e o trombomodulina, modulando assim a resposta hemostática e protegendo contra o sangramento excessivo.
Deficiências ou mutações no complexo GPIb-IX podem resultar em transtornos hemorrágicos graves, como a doença de Bernard-Soulier, que se caracteriza por uma contagem plaquetária normal ou aumentada, mas com plaquetas funcionalmente deficientes e trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas).
Fibrinólise é o processo pelo qual um coágulo sanguíneo se dissolve. É catalisado por enzimas chamadas plasminogénio ativador, que convertem a proteína fibrina em fragmentos menores. Esses fragmentos são então removidos do corpo, restaurando o fluxo sanguíneo normal. A fibrinólise é uma parte importante da cascata de coagulação e é essencial para a manutenção da homeostase hemostática. O desequilíbrio na fibrinólise pode resultar em doenças, como trombose ou hemorragia.
Receptores Activados por Proteinase (RAPs ou PARs, do inglês Protease-Activated Receptors) são um tipo de receptor acoplado à proteína G que desempenham um papel importante na resposta celular a vários estímulos. Eles são ativados por proteases, enzimas que cortam e modificam proteínas, especialmente aquelas presentes na superfície da célula.
A ativação dos RAPs ocorre quando uma protease reconhecida pela célula escinde um domínio específico do receptor, revelando assim um novo sítio de ligação para outras moléculas. Essa interação entre a molécula e o sítio de ligação recém-exposto ativa o receptor e desencadeia uma cascata de eventos intracelulares, levando à resposta celular.
Existem quatro subtipos conhecidos de RAPs (PAR1 a PAR4), cada um com diferentes padrões de expressão e especificidades de ativação por proteases. Eles estão envolvidos em uma variedade de processos fisiológicos e patológicos, incluindo coagulação sanguínea, inflamação, dor, câncer e doenças cardiovasculares.
Em medicina, 'sítios de ligação' geralmente se referem a regiões específicas em moléculas biológicas, como proteínas, DNA ou carboidratos, onde outras moléculas podem se ligar e interagir. Esses sítios de ligação são frequentemente determinados por sua estrutura tridimensional e acomodam moléculas com formas complementares, geralmente através de interações não covalentes, como pontes de hidrogênio, forças de Van der Waals ou interações iônicas.
No contexto da imunologia, sítios de ligação são locais em moléculas do sistema imune, tais como anticorpos ou receptores das células T, onde se ligam especificamente a determinantes antigênicos (epítopos) em patógenos ou outras substâncias estranhas. A ligação entre um sítio de ligação no sistema imune e o seu alvo é altamente específica, sendo mediada por interações entre resíduos aminoácidos individuais na interface do sítio de ligação com o epítopo.
Em genética, sítios de ligação também se referem a regiões específicas no DNA onde proteínas reguladoras, como fatores de transcrição, se ligam para regular a expressão gênica. Esses sítios de ligação são reconhecidos por sequências de nucleotídeos características e desempenham um papel crucial na regulação da atividade genética em células vivas.
Carboxypeptidase U, também conhecida como carboxipeptidase B2 ou thrombin-activatable fibrinolysis inhibitor (TAFI), é uma enzima presente no plasma sanguíneo humano. Ela desempenha um papel importante na regulação da fibrinólise, o processo pelo qual os coágulos sanguíneos são dissolvidos.
A carboxipeptidase U remove resíduos de arginina ou lisina dos extremos C-terminais das proteínas, incluindo a fibrina, que é um componente chave dos coágulos sanguíneos. A remoção desses resíduos pode diminuir a taxa de degradação da fibrina pela enzima plasmática chamada plasminogênio ativador tecidual (tPA), prolongando assim a vida do coágulo sanguíneo.
A ativação da carboxipeptidase U ocorre através da proteólise por trombina ou plasmina, e sua inibição é mediada pela alfa-2-antiplasmina. A variação nos níveis de atividade da carboxipeptidase U pode estar relacionada a diferentes condições clínicas, como trombose e câncer.
Fator XI, também conhecido como "Fator Tissular", é uma proteína essencial na cascata de coagulação sanguínea. Ele age como um facilitador da conversão do fator IX ativado (IXa) em seu estado ativo (IXa), o que leva à geração do complexo enzimático tensocomplexo, desencadeando assim a formação de trombina e, consequentemente, um coágulo sanguíneo. A deficiência congênita de fator XI pode resultar em sangramentos excessivos em indivíduos afetados.
O cálcio é um mineral essencial importante para a saúde humana. É o elemento mais abundante no corpo humano, com cerca de 99% do cálcio presente nas estruturas ósseas e dentárias, desempenhando um papel fundamental na manutenção da integridade estrutural dos ossos e dentes. O restante 1% do cálcio no corpo está presente em fluidos corporais, como sangue e líquido intersticial, desempenhando funções vitais em diversos processos fisiológicos, tais como:
1. Transmissão de impulsos nervosos: O cálcio é crucial para a liberação de neurotransmissores nos sinais elétricos entre as células nervosas.
2. Contração muscular: O cálcio desempenha um papel essencial na contração dos músculos esqueléticos, lissos e cardíacos, auxiliando no processo de ativação da troponina C, uma proteína envolvida na regulação da contração muscular.
3. Coagulação sanguínea: O cálcio age como um cofator na cascata de coagulação sanguínea, auxiliando no processo de formação do trombo e prevenindo hemorragias excessivas.
4. Secreção hormonal: O cálcio desempenha um papel importante na secreção de hormônios, como a paratormona (PTH) e o calcitriol (o forma ativa da vitamina D), que regulam os níveis de cálcio no sangue.
A manutenção dos níveis adequados de cálcio no sangue é crucial para a homeostase corporal, sendo regulada principalmente pela interação entre a PTH e o calcitriol. A deficiência de cálcio pode resultar em doenças ósseas, como osteoporose e raquitismo, enquanto excesso de cálcio pode levar a hipercalcemia, com sintomas que incluem náuseas, vômitos, constipação, confusão mental e, em casos graves, insuficiência renal.
Desculpe por qualquer inconveniência, mas a palavra "Fibrinolisina" não é amplamente utilizada em medicina ou biologia modernas. Em vez disso, o termo "fibrinólise" geralmente é usado para se referir ao processo de dissolver coágulos sanguíneos existentes por meio da ativação de enzimas que descomponem a fibrina, uma proteína presente nos coágulos.
A enzima responsável pela maior parte do processo de fibrinólise é a chamada "plasminogênio", que, quando ativada, torna-se "plasmina". A plasmina age dissolvendo os coágulos sanguíneos ao quebrar as ligações entre as fibrinas.
Se desejar, posso fornecer mais informações sobre o processo de fibrinólise ou quaisquer outras áreas relacionadas à saúde e medicina.
Fator Von Willebrand (VWF) é uma proteína complexa e multifuncional presente no sangue humano. Ele desempenha um papel crucial na hemostasia, que é o processo fisiológico responsável pela parada do sangramento. O Fator Von Willebrand auxilia na adesão e agregação das plaquetas nos locais de lesões vasculares, bem como no transporte e estabilização do fator VIII, uma proteína essencial para a coagulação sanguínea.
A deficiência ou disfunção do Fator Von Willebrand pode resultar em um distúrbio hemorrágico denominado Doença de Von Willebrand (DVW). A DVW é caracterizada por sangramentos anormais, que variam de leves a graves, dependendo da gravidade da deficiência ou disfunção do Fator Von Willebrand. Existem diferentes tipos e subtipos de Doença de Von Willebrand, classificados com base na severidade dos sintomas e nos níveis e atividade funcional do Fator Von Willebrand no sangue.
Em resumo, o Fator Von Willebrand é uma proteína vital para a hemostasia, auxiliando na adesão e agregação das plaquetas e no transporte e estabilização do fator VIII. A sua deficiência ou disfunção pode levar ao desenvolvimento da Doença de Von Willebrand.
Oligopeptídeos são pequenas cadeias de aminoácidos unidas por ligações peptídicas, geralmente contendo entre 2 a 10 aminoácidos. Eles diferem dos polipeptídeos e proteínas, que contêm longas cadeias de aminoácidos com mais de 10 unidades. Os oligopeptídeos podem ser formados naturalmente durante a digestão de proteínas no organismo ou sintetizados artificialmente para uso em diversas aplicações, como medicamentos e suplementos nutricionais. Alguns exemplos de oligopeptídeos incluem dipeptídeos (como aspartame), tripeptídeos (como glutationa) e tetrapeptídeos (como thyrotropina-releasing hormone).
Protease-activated receptor 2 (PAR-2) é um tipo de receptor acoplado à proteína G que desempenha um papel importante na resposta inflamatória e doenças relacionadas. Ele está envolvido em uma variedade de processos fisiológicos, incluindo dor, coagulação sanguínea, neurogênese e câncer.
O receptor PAR-2 é ativado por proteases serinas, tais como tripsina e trombina, que clivam a extremidade amino-terminal do receptor, revelando um novo domínio que age como um ligante intramolecular para o receptor. Isso leva à ativação do receptor e à ativação de diversas vias de sinalização celular, incluindo a ativação da proteína G e das cinases dependentes de mitogênio (MAPKs).
Em um contexto clínico, o receptor PAR-2 tem sido implicado em uma variedade de doenças, incluindo asma, dermatite, pancreatite, artrite reumatoide e câncer. Além disso, o receptor também pode desempenhar um papel na resposta à dor e na fisiopatologia da doença inflamatória intestinal.
O endotélio vascular refere-se à camada de células únicas que reveste a superfície interna dos vasos sanguíneos e linfáticos. Essas células endoteliais desempenham um papel crucial na regulação da homeostase vascular, incluindo a modulação do fluxo sanguíneo, permeabilidade vascular, inflamação e coagulação sanguínea. Além disso, o endotélio vascular também participa ativamente em processos fisiológicos como a angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) e a vasocontração/vasodilatação (contração ou dilatação dos vasos sanguíneos). Devido à sua localização estratégica, o endotélio vascular é um alvo importante para a prevenção e o tratamento de diversas doenças cardiovasculares, como aterosclerose, hipertensão arterial e diabetes.
As glicoproteínas da membrana de plaquetas são um tipo específico de proteínas encontradas na membrana das plaquetas sanguíneas, que desempenham um papel crucial em processos hemostáticos e trombóticos. Elas estão envolvidas em diversas funções importantes, como a adesão e agregação das plaquetas no local de lesões vasculares, assim como na ativação e regulação da cascata de coagulação sanguínea.
Existem vários tipos diferentes de glicoproteínas de membrana de plaquetas, mas algumas das mais bem estudadas incluem:
1. GP Ib-IX-V complexo: Este é um receptor de superfície de plaqueta que se liga ao fator de von Willebrand (vWF) e à colágeno no local da lesão vascular, o que inicia a adesão das plaquetas ao subendotélio.
2. GP IIb-IIIa (integrina αIIbβ3): Este é um receptor de superfície de plaqueta que se liga a fibrinogênio, fator von Willebrand e vários outros ligantes, o que promove a agregação das plaquetas e formação do trombo.
3. GP VI: Este é um receptor de superfície de plaqueta que se liga ao colágeno, o que também contribui para a adesão e ativação das plaquetas.
As glicoproteínas da membrana de plaquetas são alvo de importantes fármacos antiplaquetários, como o abciximab (ReoPro), um anticorpo monoclonal que se liga e inibe a GP IIb-IIIa, e o tirofiban (Aggrastat), um peptídeo sintético que também inibe a GP IIb-IIIa. Estes fármacos são frequentemente usados no tratamento de doenças cardiovasculares, como a síndrome coronariana aguda e o infarto do miocárdio.
Batroxobina é um trombin-like snake venom fração, um tipo de enzima encontrada no veneno da víbora-marrom-da-selva (Bitis arvalis neuwiedi). É utilizado em medicina humana como um agente anticoagulante e fibrinolítico, o que significa que ele previne a formação de coágulos sanguíneos e dissolve os já existentes.
A batroxobina age inibindo a trombina, uma enzima importante na cascata de coagulação sanguínea, o que impede a conversão da fibrinogênio em fibrina, um componente chave dos coágulos. Além disso, a batroxobina também possui atividade fibrinolítica, o que significa que ela pode desintegrar os coágulos sanguíneos existentes por meio da activação do plasminogênio em plasma.
A batroxobina é usada no tratamento de trombose venosa profunda, embolia pulmonar e outras condições associadas à trombose e aterosclerose. No entanto, seu uso está associado a um risco aumentado de hemorragia, especialmente em pacientes com disfunção plaquetária ou coagulopatias subjacentes.
O Tempo de Protrombina (TP) é um exame de coagulação sanguínea que mede o tempo que leva para a formação de um coágulo em uma amostra de sangue após a adição de um reagente chamado tauroxaxénico dextrossulfato (TH) ou outros similares. Esse exame é usado como um marcador da atividade da via extrínseca e common pathway do sistema de coagulação sanguínea. O TP é frequentemente usado em conjunto com o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa) para avaliar a hemostasia e diagnosticar e monitorar distúrbios da coagulação, como a deficiência de fator de coagulação ou o uso de anticoagulantes. O resultado do TP é expresso em segundos e comparado com um padrão de referência para determinar se está dentro dos limites normais ou fora deles.
As nexinas de proteases, também conhecidas como inibidores de proteases, são moléculas que regulam a atividade das proteases, que são enzimas responsáveis pela quebra de outras proteínas em pequenos fragmentos. As nexinas desempenham um papel importante na manutenção do equilíbrio entre a ativação e inibição das proteases, o que é crucial para diversos processos fisiológicos, como a coagulação sanguínea, a digestão e a resposta imune.
Existem diferentes tipos de nexinas de proteases, cada uma delas específica para um tipo ou grupo de proteases. Algumas nexinas inibem a atividade das proteases por meio de interações diretas com elas, enquanto outras actuam modulando a sua activação ou desactivação. A disfunção das nexinas de proteases tem sido associada a diversas patologias, como doenças cardiovasculares, câncer e doenças inflamatórias.
Proteínas recombinantes são proteínas produzidas por meio de tecnologia de DNA recombinante, que permite a inserção de um gene de interesse (codificando para uma proteína desejada) em um vetor de expressão, geralmente um plasmídeo ou vírus, que pode ser introduzido em um organismo hospedeiro adequado, como bactérias, leveduras ou células de mamíferos. O organismo hospedeiro produz então a proteína desejada, que pode ser purificada para uso em pesquisas biomédicas, diagnóstico ou terapêutica.
Este método permite a produção de grandes quantidades de proteínas humanas e de outros organismos em culturas celulares, oferecendo uma alternativa à extração de proteínas naturais de fontes limitadas ou difíceis de obter. Além disso, as proteínas recombinantes podem ser produzidas com sequências específicas e modificadas geneticamente para fins de pesquisa ou aplicação clínica, como a introdução de marcadores fluorescentes ou etiquetas de purificação.
As proteínas recombinantes desempenham um papel importante no desenvolvimento de vacinas, terapias de substituição de enzimas e fármacos biológicos, entre outras aplicações. No entanto, é importante notar que as propriedades estruturais e funcionais das proteínas recombinantes podem diferir das suas contrapartes naturais, o que deve ser levado em consideração no design e na interpretação dos experimentos.
Inibidores de serina protease (SPI) são compostos que bloqueiam a atividade de enzimas conhecidas como serina proteases. Estas enzimas desempenham um papel importante em uma variedade de processos biológicos, incluindo a coagulação sanguínea, inflamação e resposta imune. No entanto, um desequilíbrio na atividade das serina proteases pode levar ao desenvolvimento de doenças, como trombose, câncer e infecções.
Os inibidores de serina protease são frequentemente usados em terapêutica para tratar ou prevenir essas condições. Eles funcionam unindo-se às serina proteases e impedindo que elas se liguem e clivem seus substratos. Existem muitos tipos diferentes de inibidores de serina protease, cada um com sua própria especificidade para diferentes enzimas.
Alguns exemplos de inibidores de serina protease incluem antitrombina III, que inibe a trombina e outras proteases da coagulação sanguínea; aprotinina, que inibe uma ampla gama de serina proteases; e camostat, que é usado no tratamento de pancreatite aguda.
Em resumo, os inibidores de serina protease são compostos que bloqueiam a atividade de enzimas chamadas serina proteases, desempenhando um papel importante em vários processos biológicos e podendo ser usados no tratamento de doenças associadas a um desequilíbrio na atividade dessas enzimas.
Em termos médicos, a ativação enzimática refere-se ao processo pelo qual uma enzima é ativada para exercer sua função catalítica específica. As enzimas são proteínas que aceleram reações químicas no corpo, reduzindo a energia de ativação necessária para que as reações ocorram. No estado inativo, a enzima não consegue catalisar essas reações eficientemente.
A ativação enzimática geralmente ocorre através de modificações químicas ou conformacionais na estrutura da enzima. Isso pode incluir a remoção de grupos inibidores, como fosfatos ou prótons, a quebra de pontes dissulfeto ou a ligação de ligantes alostéricos que promovem um cambalhota na estrutura da enzima, permitindo que ela adote uma conformação ativa.
Um exemplo bem conhecido de ativação enzimática é a conversão da proenzima ou zimogênio em sua forma ativa, geralmente por meio de proteólise (corte proteico). Um exemplo disso é a transformação da enzima inativa tripsina em tripsina ativa através do corte proteolítico da proteína precursora tripsinogênio por outra protease, a enteropeptidase.
Em resumo, a ativação enzimática é um processo crucial que permite que as enzimas desempenhem suas funções catalíticas vitais em uma variedade de processos biológicos, incluindo metabolismo, sinalização celular e homeostase.
Ancrod é uma enzima proteolítica derivada da secreção salival de sucuris (serpentes da família Viperidae). Também é conhecido como "destranina" ou "fator venoso." Ancrod atua como anticoagulante, pois escova a superfície dos fatores de coagulação sanguínea e diminui sua capacidade de formar um coágulo.
Tradicionalmente, ancrod tem sido usado no tratamento da trombose venosa profunda e em pacientes com risco elevado de tromboembolismo venoso. No entanto, o uso clínico de ancrod é limitado devido aos seus efeitos adversos potenciais, como hemorragia e alergias.
Em anos recentes, o interesse em ancrod tem ressurgido no contexto do tratamento da doença cardiovascular e da trombose associada à COVID-19. No entanto, ainda são necessários mais estudos para determinar sua segurança e eficácia nessas áreas.
Dermatan sulfato, também conhecido como condroitin sulfato B, é um glicosaminoglicano (GAG) presente na matriz extracelular e em alguns tipos de células. Ele está presente em grande quantidade nos tecidos conjuntivos, incluindo a pele, ossos, cartilagens e vasos sanguíneos.
Dermatan sulfato é um polissacarídeo linear composto por repetições de disacáridos, formados por uma unidade de N-acetilgalactosamina e uma unidade de glucuronato ou iduronato. A estrutura do dermatan sulfato é altamente sulfatada, com sulfatos presentes em diferentes posições da cadeia polissacarídea.
Este glicosaminoglicano desempenha um papel importante na regulação de diversos processos biológicos, como a interação entre células e matriz extracelular, a adesão celular, a proliferação celular e a diferenciação celular. Além disso, o dermatan sulfato também está envolvido em processos de desenvolvimento embrionário e é um componente importante da membrana basal.
Anormalidades na síntese ou metabolismo do dermatan sulfato podem resultar em diversas condições clínicas, como a displasia de Hunter, uma doença genética rara que afeta o desenvolvimento normal dos tecidos conjuntivos e das vias respiratórias.
As veias umbilicales são vasos sanguíneos que se encontram no cordão umbilical, o qual liga a placenta do feto ao útero materno durante a gravidez. Existem duas veias umbilicais e uma artéria umbilical. As veias umbilicais são responsáveis pelo transporte de sangue rico em oxigênio e nutrientes do placenta para o feto. Após o nascimento, essas veias se obliteram e transformam-se no ligamento redondo da hérnia umbilical.
Fibrinogênio anormal é um termo usado para descrever a presença de fibrinogênio com propriedades alteradas em comparação ao fibrinogênio normal. O fibrinogênio é uma proteína importante na coagulação sanguínea, que ajuda na formação de um coágulo sólido quando o sangue é ferido. Normalmente, o fibrinogênio se transforma em fibrina durante a coagulação, formando uma rede que prende os glóbulos vermelhos e brancos juntos para parar o sangramento.
No entanto, quando o fibrinogênio é anormal, ele pode não se comportar da maneira esperada durante a coagulação. Isso pode resultar em coágulos sanguíneos que são mais fracos ou mais fortes do que o normal, aumentando o risco de hemorragias ou tromboses.
Existem vários tipos de fibrinogênios anormais, incluindo:
1. Hipofibrinogenemia: uma condição em que os níveis de fibrinogênio estão abaixo do normal.
2. Afibrinogenemia: uma condição rara em que o corpo não produz fibrinogênio suficiente ou qualquer fibrinogênio.
3. Disfibrinogenemia: uma condição em que o fibrinogênio tem propriedades anormais, como a formação de coágulos sanguíneos excessivos ou deficientes.
4. Fibrinogênios com mutações genéticas: algumas mutações genéticas podem causar alterações no fibrinogênio, levando a um risco aumentado de coágulos sanguíneos ou hemorragias.
O diagnóstico de fibrinogênios anormais geralmente requer exames de sangue especiais e pode exigir uma avaliação adicional por um especialista em hemostasia e trombose. O tratamento depende do tipo e da gravidade da condição, mas pode incluir medicações para controlar os coágulos sanguíneos ou substituir o fibrinogênio ausente ou deficiente.
O difosfato de adenosina, também conhecido como ATP (do inglês, Adenosine Triphosphate), é um nucleótido fundamental para a transferência de energia nas células vivas. Ele consiste em uma molécula de adenosina unida a três grupos fosfato.
Na sua forma completa, o ATP contém três grupos fosfato ligados um ao outro por ligações aniônicas altamente energéticas. Quando uma dessas ligações é quebrada, libera-se energia que pode ser aproveitada pelas células para realizar trabalho, como a contração muscular ou o transporte ativo de moléculas através de membranas celulares.
O ATP é constantemente sintetizado e desfosforilado em reações metabólicas que ocorrem nas células, permitindo assim a transferência e armazenamento de energia de forma eficiente. Além disso, o ATP também atua como um importante regulador da atividade enzimática e das vias de sinalização celular.
Em bioquímica, uma ligação proteica refere-se a um tipo específico de interação entre duas moléculas, geralmente entre uma proteína e outa molécula (como outra proteína, peptídeo, carboidrato, lípido, DNA, ou outro ligante orgânico ou inorgânico). Essas interações são essenciais para a estrutura, função e regulação das proteínas. Existem diferentes tipos de ligações proteicas, incluindo:
1. Ligação covalente: É o tipo mais forte de interação entre as moléculas, envolvendo a troca ou compartilhamento de elétrons. Um exemplo é a ligação disulfureto (-S-S-) formada pela oxidação de dois resíduos de cisteínas em proteínas.
2. Ligação iônica: É uma interação eletrostática entre átomos com cargas opostas, como as ligações entre resíduos de aminoácidos carregados positivamente (lisina, arginina) e negativamente (ácido aspártico, ácido glutâmico).
3. Ligação hidrogênio: É uma interação dipolo-dipolo entre um átomo parcialmente positivo e um átomo parcialmente negativo, mantido por um "ponte" de hidrogênio. Em proteínas, os grupos hidroxila (-OH), amida (-CO-NH-) e guanidina (R-NH2) são exemplos comuns de grupos que podem formar ligações de hidrogênio.
4. Interações hidrofóbicas: São as interações entre resíduos apolares, onde os grupos hidrofóbicos tenderão a se afastar da água e agrupar-se juntos para minimizar o contato com o solvente aquoso.
5. Interações de Van der Waals: São as forças intermoleculares fracas resultantes das flutuações quantísticas dos dipolos elétricos em átomos e moléculas. Essas interações são importantes para a estabilização da estrutura terciária e quaternária de proteínas.
Todas essas interações contribuem para a estabilidade da estrutura das proteínas, bem como para sua interação com outras moléculas, como ligantes e substratos.
Bovinos são animais da família Bovidae, ordem Artiodactyla. O termo geralmente se refere a vacas, touros, bois e bisontes. Eles são caracterizados por terem um corpo grande e robusto, com chifres ou cornos em seus crânios e ungulados divididos em dois dedos (hipsodontes). Além disso, os bovinos machos geralmente têm barbas.
Existem muitas espécies diferentes de bovinos, incluindo zebu, gado doméstico, búfalos-africanos e búfalos-asiáticos. Muitas dessas espécies são criadas para a produção de carne, leite, couro e trabalho.
É importante notar que os bovinos são herbívoros, com uma dieta baseada em gramíneas e outras plantas fibrosas. Eles têm um sistema digestivo especializado, chamado de ruminação, que lhes permite digerir alimentos difíceis de se decompor.
Chloromethyl ketones of amino acids refer to a group of chemically modified amino acids that have a chloromethyl ketone group (-CO-CHCl) attached to their side chains. These compounds are often used in research and industry, particularly in the field of protein chemistry, as they can react with the amino group of other amino acids or proteins to form covalent bonds. This property makes them useful for studying protein structure and function, as well as for modifying proteins for various applications. However, it is important to note that chloromethyl ketones can also be reactive with biological tissues and may have toxic effects, so they must be handled with care.
Os fosfatidilinositol (PIs) são um tipo de fosfolipídio que desempenham um papel importante na estrutura e função das membranas celulares. Eles são particularmente concentrados no lado citosólico (interior) da membrana plasmática e em membranas internas de organelas como o retículo endoplasmático e o aparelho de Golgi.
A molécula de fosfatidilinositol consiste em um glicerol backbone com dois ácidos graxos ligados a ele por ligações éster e um grupo fosfato ligado ao terceiro carbono. O grupo fosfato está unido a inositol, um anel hexahidroxi de seis membros, que por sua vez pode ser fosforilado em diferentes posições, levando à formação de diversos derivados de fosfatidilinositol.
Os fosfatidilinositóis e seus derivados estão envolvidos em uma variedade de processos celulares, incluindo sinalização celular, tráfego de membrana e organização da citoesqueleto. Alguns dos derivados mais conhecidos de fosfatidilinositol incluem o fosfatidilinositol 4,5-bisfosfato (PIP2) e o fosfatidilinositol 3,4,5-trisfosfato (PIP3), que atuam como importantes mensageiros secundários em cascatas de sinalização intracelular.
Em resumo, os fosfatidilinositóis são um tipo importante de fosfolipídio encontrado nas membranas celulares, envolvidos em uma variedade de processos celulares, incluindo sinalização e tráfego de membrana.
Fator XIII, também conhecido como fibrinostabilizante ou transglutaminase tissular, é uma proteína complexa envolvida no processo de coagulação sanguínea. Ele desempenha um papel fundamental na conversão do fibrinogênio em fibrina e na estabilização da massa de fibrina formada durante a hemostasia.
A ativação do Fator XIII é iniciada pelo contato com o trombina, que converte-o em seu estado ativo, o Fator XIIIa. O Fator XIIIa catalisa a formação de ligações covalentes entre as moléculas de fibrina, aumentando sua resistência à degradação enzimática e fortalecendo a malha da rede fibrinosa. Essa etapa é crucial para garantir a integridade estrutural do trombo e prevenir hemorragias excessivas.
Uma deficiência congênita no Fator XIII pode resultar em um distúrbio raro denominado "deficiência de Fator XIII", que se manifesta clinicamente por sangramentos prolongados, hematomas recorrentes e aumento do risco de hemorragias intracranianas. A deficiência adquirida em Fator XIII pode ser observada em certas condições patológicas, como cirrose avançada ou disfunção hepática grave, bem como em indivíduos tratados com determinados medicamentos anticoagulantes ou trombolíticos.
Em medicina e farmacologia, a relação dose-resposta a droga refere-se à magnitude da resposta biológica de um organismo a diferentes níveis ou doses de exposição a uma determinada substância farmacológica ou droga. Essencialmente, quanto maior a dose da droga, maior geralmente é o efeito observado na resposta do organismo.
Esta relação é frequentemente representada por um gráfico que mostra como as diferentes doses de uma droga correspondem a diferentes níveis de resposta. A forma exata desse gráfico pode variar dependendo da droga e do sistema biológico em questão, mas geralmente apresenta uma tendência crescente à medida que a dose aumenta.
A relação dose-resposta é importante na prática clínica porque ajuda os profissionais de saúde a determinar a dose ideal de uma droga para um paciente específico, levando em consideração fatores como o peso do paciente, idade, função renal e hepática, e outras condições médicas. Além disso, essa relação é fundamental no processo de desenvolvimento e aprovação de novas drogas, uma vez que as autoridades reguladoras, como a FDA, exigem evidências sólidas demonstrando a segurança e eficácia da droga em diferentes doses.
Em resumo, a relação dose-resposta a droga é uma noção central na farmacologia que descreve como as diferentes doses de uma droga afetam a resposta biológica de um organismo, fornecendo informações valiosas para a prática clínica e o desenvolvimento de novas drogas.
Aptâmeros de nucleotídeos, também conhecidos como aptâmeros de RNA ou DNA, são pequenas moléculas de ácido nucléico que se ligam especificamente e com alta afinidade a alvos moleculares específicos, como proteínas, células ou outras moléculas de ácido nucléico. Eles são sintetizados em laboratório por meio de técnicas de seleção in vitro, como o método SELEX (Systematic Evolution of Ligands by EXponential enrichment).
Aptâmeros de nucleotídeos podem ser usados em uma variedade de aplicações biomédicas e tecnológicas, incluindo diagnóstico molecular, terapêutica, detecção de patógenos e pesquisa científica. Sua capacidade de se ligar especificamente a alvos moleculares permite que eles atuem como agentes bloqueadores ou inibidores de funções biológicas, tornando-os promissores para o desenvolvimento de novas terapias e ferramentas diagnósticas.
A vantagem dos aptâmeros em comparação com as moléculas anticorpo é que eles podem ser sintetizados quimicamente, facilitando a modificação de suas propriedades fisico-químicas e farmacológicas. Além disso, aptâmeros são estáveis em condições termodinâmicas e têm um custo de produção relativamente baixo, o que os torna atraentes para aplicações clínicas e industriais.
A adesividade plaquetária refere-se à capacidade das plaquetas sanguíneas de se agregarem e se aderirem às lesões do endotélio vascular, processo essencial na hemostasia primária e na trombose. A adesividade plaquetária é mediada por interações entre receptores de superfície das plaquetas e ligantes presentes no local da lesão. Esses ligantes incluem colágeno, fibrinogênio e von Willebrand factor. A avaliação da adesividade plaquetária pode ser útil no diagnóstico e monitoramento de doenças hemorrágicas e trombóticas.
Os Inibidores da Agregação de Plaquetas são um tipo de medicamento usado para prevenir a formação de coágulos sanguíneos indesejados no corpo. Eles funcionam impedindo que as plaquetas sanguíneas se agrupem e formem coágulos, o que pode ser benéfico em situações como a prevenção de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) ou ataques cardíacos.
Existem diferentes tipos de inibidores da agregação de plaquetas, incluindo:
1. Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): Alguns AINEs, como a aspirina, podem impedir as plaquetas de formar coágulos ao bloquear a enzima ciclooxigenase (COX-1), que é necessária para a produção de tromboxano A2, um potente agregador de plaquetas.
2. Inibidores da P2Y12: Esses medicamentos impedem a ativação e agregação de plaquetas ao bloquear o receptor P2Y12 na superfície das plaquetas. Exemplos incluem clopidogrel (Plavix), prasugrel (Effient) e ticagrelor (Brilinta).
3. Inibidores da glicoproteina IIb/IIIa: Esses medicamentos bloqueiam a ligação entre as plaquetas, impedindo que elas se agrupem e formem coágulos. Eles são frequentemente usados em situações de emergência, como durante angioplastias coronárias ou em indivíduos com síndrome coronariana aguda.
4. Dextranos: O dextrano é um polissacarídeo que pode ser usado para prevenir a formação de coágulos sanguíneos ao impedir que as plaquetas se adiram às superfícies das próteses vasculares ou outros dispositivos médicos.
5. Heparina: Embora não seja um inibidor específico de plaquetas, a heparina é frequentemente usada em conjunto com outros medicamentos para prevenir a formação de coágulos sanguíneos ao inibir a ativação da trombina.
É importante notar que os inibidores de plaquetas podem aumentar o risco de sangramento e, portanto, seu uso deve ser cuidadosamente monitorado e balanceado com os benefícios esperados em termos de prevenção de eventos trombóticos.
Os Produtos de Degradação da Fibrina (PDF) e do Fibrinogênio (PDFg) são fragmentos resultantes da degradação enzimática dessas proteínas, que desempenham um papel fundamental na hemostasia e na coagulação sanguínea. A fibrina e o fibrinogênio são clivados por enzimas proteolíticas, como a plasmina, durante os processos de fibrinólise e fibrinogenólise, respectivamente.
A fibrinólise é o processo pelo qual a fibrina, após formar um trombo, é degradada em fragmentos menores, permitindo assim a dissolução do coágulo sanguíneo e a restauração da fluidez normal do sangue. Já a fibrinogenólise é o processo no qual o fibrinogênio é clivado em peptídeos menores, alterando suas propriedades funcionais.
Os principais PDF e PDFg são classificados em diferentes grupos, de acordo com seus tamanhos e estruturas:
1. PDF (D e E): São fragmentos resultantes da clivagem da fibrina por plasmina. O PDF D é formado após a remoção dos pêptidos D e E do monômero de fibrina, enquanto o PDF E é gerado pela separação dos pêptidos E da fibrina polimerizada.
2. PDF (X, Y, Z): São fragmentos resultantes da clivagem do fibrinogênio por plasmina ou outras proteases. O PDF X é formado após a remoção dos pêptidos A e B do fibrinogênio, enquanto o PDF Y é gerado pela separação dos fragmentos D e E da molécula de fibrinogênio. O PDF Z é um peptídeo menor formado a partir do fragmento E.
Os PDF e PDFg têm papéis importantes na hemostasia, coagulação sanguínea, inflamação e respostas imunes. Alterações em seus níveis ou estruturas podem estar associadas a diversos distúrbios hemorrágicos e trombóticos, como a doença de von Willebrand, deficiência de fator XIII e coagulação intravascular disseminada (CID). Além disso, os PDF e PDFg são frequentemente usados como marcadores diagnósticos e prognósticos em diversas condições clínicas, incluindo doenças cardiovasculares, câncer e infecções.
O Tempo de Sangramento (TS) é um parâmetro laboratorial que avalia a função hemostática, ou seja, a capacidade do sangue em coagular e interromper o fluxo sanguíneo após uma lesão vascular. Ele é definido como o tempo necessário para a formação de um tampão sobre a superfície de uma pequena ferida, o que resulta na interrupção do sangramento.
O TS é geralmente medido em segundos e obtido por meio de um teste de coagulação simples, chamado Teste de Tempo de Sangramento, no qual se utiliza um dispositivo normalizado (como o aparato de Duke) para fazer uma pequena incisão na pele do paciente, usualmente no antebraço. A medição é iniciada assim que a incisão é feita e interrompida quando o sangramento cessa completamente.
Valores normais de Tempo de Sangramento variam entre 2 a 7 minutos, dependendo da técnica utilizada e da população estudada. Valores além desse intervalo podem indicar disfunções na hemostasia, como em pacientes com coagulopatias (transtornos da coagulação sanguínea), deficiências plaquetárias ou uso de medicamentos anticoagulantes. Contudo, é importante ressaltar que o TS não é um teste específico e pode não refletir a causa exata da anormalidade hemostática, sendo necessário complementar com outros exames laboratoriais para confirmar os diagnósticos.
Isoflurano é um agente anestésico volátil utilizado em procedimentos cirúrgicos para produzir e manter a anestesia geral. O isoflurano é metabolizado em pequenas quantidades no fígado, gerando como metabólito principal o isofluorato, também conhecido como isofluorana ou isofluorometano.
Isoflurofato é um composto químico com a fórmula C3H2F4O. É um líquido incolor e volátil à temperatura ambiente, com um odor característico. Embora seja um metabólito do isoflurano, o isofluorato não tem propriedades anestésicas e sua importância clínica é desconhecida.
Em suma, a definição médica de isofluorato refere-se ao metabolito produzido no fígado após a administração do agente anestésico isoflurano.
A antitrombina (AT) é uma proteína plasmática sérica que desempenha um papel crucial na regulação da coagulação sanguínea. Ela age inibindo vários componentes do sistema de coagulação, incluindo a trombina e outros serin proteases. A antitrombina neutraliza essas enzimas por meio de um mecanismo conhecido como inativação limitada por ligação, no qual uma ligação covalente é formada entre a protease e a antitrombina, levando à perda da atividade enzimática.
A antitrombina é sintetizada principalmente no fígado e sua secreção depende de vários fatores, como a presença de vitamina K e a integridade do sistema hepático. A deficiência congênita em antitrombina aumenta o risco de tromboembolismo venoso (TEV), uma condição que inclui a formação de coágulos sanguíneos em veias profundas, como as pernas, e sua migração para outras partes do corpo, como os pulmões.
Existem duas principais formas de antitrombina no plasma humano: a antitrombina alfa (ATα) e a antitrombina beta (ATβ). A ATα é a forma predominante e apresenta atividade anticoagulante mais forte do que a ATβ. Além disso, a antitrombina pode ser modificada por meio de glicosilação, o que resulta em diferentes isoformas com propriedades funcionais distintas.
Em resumo, as proteínas antitrombina são importantes inibidores do sistema de coagulação sanguínea, desempenhando um papel fundamental na prevenção da formação excessiva de coágulos e na manutenção da homeostase hemostática.
Transtornos da Coagulação Sanguínea, também conhecidos como coagulopatias, se referem a um grupo de condições médicas que afetam a capacidade do sangue em coagular-se ou formar um coágulo sanguíneo. Normalmente, o sistema de coagulação sanguínea é uma resposta complexa e bem regulada do corpo para prevenir hemorragias excessivas após uma lesão vascular. No entanto, em indivíduos com transtornos da coagulação, este processo pode ser alterado, resultando em sangramentos excessivos ou trombose (formação de coágulos sanguíneos indesejados).
Existem vários tipos de transtornos da coagulação, incluindo:
1. Deficiências congênitas de fatores de coagulação: São condições hereditárias em que o corpo não produz ou produz quantidades insuficientes de um ou mais fatores de coagulação sanguínea, como o déficit de fator VIII (hemofilia A) e o déficit de fator IX (hemofilia B).
2. Transtornos adquiridos da coagulação: São condições desenvolvidas ao longo da vida devido a outras doenças, medicamentos ou fatores ambientais. Alguns exemplos incluem a deficiência de vitamina K, causada por má absorção intestinal ou uso de anticoagulantes; coagulação intravascular disseminada (CID), uma complicação grave de várias condições médicas que leva à ativação excessiva do sistema de coagulação; e trombocitopenia induzida por heparina, um tipo raro de reação adversa aos medicamentos que ocorre em alguns indivíduos tratados com heparina.
3. Transtornos da fibrinólise: São condições que afetam a capacidade do corpo de dissolver coágulos sanguíneos após a formação. Alguns exemplos incluem a deficiência congênita de alfa-1 antitripsina, uma proteína que regula a atividade da enzima plasmina, e o déficit de proteínas C e S, que são importantes inibidores da coagulação.
4. Transtornos da hemostasia: São condições que afetam a capacidade do sangue de coagular e parar o sangramento. Alguns exemplos incluem a trombocitopenia, uma diminuição no número de plaquetas; a trombocitose, um aumento no número de plaquetas; e as porvas, um grupo de doenças raras que afetam os vasos sanguíneos.
O tratamento dos transtornos da coagulação depende do tipo específico de condição e pode incluir a administração de fatores de coagulação, medicamentos anticoagulantes ou trombolíticos, transfusões de sangue ou plaquetas, e cirurgia. É importante que as pessoas com transtornos da coagulação sejam acompanhadas por um médico especialista em hemostasia e trombose para garantir o tratamento adequado e prevenir complicações.
Fibrinolíticos são medicamentos que dissolvem coágulos sanguíneos existentes ao atuar na fibrina, a proteína responsável pela formação da estrutura do coágulo. Eles fazem isso através da ativação de enzimas naturais no corpo, como a plasminogênio, que se transforma em plasmina e quebra a fibrina em pequenos fragmentos, o que leva à dissolução do coágulo.
Esses medicamentos são frequentemente usados em situações de emergência, como em pacientes com trombose venosa profunda (TVP) ou embolia pulmonar aguda (EP), infarto agudo do miocárdio (IAM) com elevação do segmento ST (STEMI) e acidente vascular cerebral isquêmico agudo (AVE). Além disso, também podem ser usados em procedimentos médicos, como a trombectomia mecânica durante cirurgias cardiovasculares.
Alguns exemplos de fibrinolíticos incluem:
* Alteplase (Activase)
* Reteplase (Retavase)
* Tenecteplase (TNKase)
* Streptokinase (Streptase, Kabikinase)
* Anistreplase (Eminase)
É importante ressaltar que o uso de fibrinolíticos pode estar associado a riscos, como hemorragias e reações alérgicas graves. Portanto, seu uso deve ser cuidadosamente monitorado e indicado apenas em situações específicas e por profissionais de saúde qualificados.
O endotélio é a camada de células que reveste a superfície interna dos vasos sanguíneos e linfáticos, além de outras estruturas cavitárias do corpo. Essas células desempenham um papel crucial na regulação da homeostase vascular, incluindo a manutenção da permeabilidade vascular, controle do tônus vascular e modulação da resposta inflamatória. Além disso, o endotélio também está envolvido no processo de angiogênese, ou seja, a formação de novos vasos sanguíneos. A disfunção do endotélio tem sido associada a diversas condições patológicas, como doenças cardiovasculares, diabetes e câncer.
Fator VIIa, também conhecido como proconvertase ou activador do Fator VII, é uma enzima essencial na cascata da coagulação sanguínea. Ele age no início da via extrínseca da cascata de coagulação, ativando o Fator X e iniciando a formação do trombina. A activação do Fator VII em Fator VIIa é mediada por outras enzimas, como o Fator XIIIa e a tissue factor (TF). O déficit congénito de Fator VII causa hemorragias prolongadas e aumenta o risco de sangramento.
Hidrólise é um termo da química que se refere a quebra de uma molécula em duas ou mais pequenas moléculas ou ions, geralmente acompanhada pela adição de grupos hidroxila (OH) ou hidrogênio (H) e a dissociação do composto original em água. Essa reação é catalisada por um ácido ou uma base e ocorre devido à adição de uma molécula de água ao composto, onde o grupo funcional é quebrado. A hidrólise desempenha um papel importante em diversos processos biológicos, como a digestão de proteínas, carboidratos e lipídios.
Tripsina é uma enzima proteolítica importante, que é secretada pelo pâncreas como um proenzima inactivo chamado tripsinogênio. É ativada no duodeno do intestino delgado pela enzima enteropeptidase, convertendo-a em tripsina ativa.
A tripsina desempenha um papel crucial na digestão dos alimentos, especialmente das proteínas. Ela quebra as ligações peptídicas entre os aminoácidos específicos, levando à formação de peptídeos menores e, finalmente, à libertação de aminoácidos individuais. Estes aminoácidos podem então ser absorvidos pelo intestino para serem utilizados na síntese de proteínas e outras moléculas importantes no organismo.
Além disso, a tripsina também atua como uma enzima activadora para outros proenzimas pancreáticos, incluindo a quimotripsinogênio (que se torna quimotripsina) e a procarboxipeptidases (que se tornam carboxipeptidases A e B). Essa cascata de ativação permite que o sistema digestivo funcione eficientemente para desdobrar as macromoléculas complexas dos alimentos em nutrientes mais simples, facilitando a absorção e utilização no nosso corpo.
Em medicina e biologia, a transdução de sinal é o processo pelo qual uma célula converte um sinal químico ou físico em um sinal bioquímico que pode ser utilizado para desencadear uma resposta celular específica. Isto geralmente envolve a detecção do sinal por um receptor na membrana celular, que desencadeia uma cascata de eventos bioquímicos dentro da célula, levando finalmente a uma resposta adaptativa ou homeostática.
A transdução de sinal é fundamental para a comunicação entre células e entre sistemas corporais, e está envolvida em processos biológicos complexos como a percepção sensorial, o controle do ciclo celular, a resposta imune e a regulação hormonal.
Existem vários tipos de transdução de sinal, dependendo do tipo de sinal que está sendo detectado e da cascata de eventos bioquímicos desencadeada. Alguns exemplos incluem a transdução de sinal mediada por proteínas G, a transdução de sinal mediada por tirosina quinase e a transdução de sinal mediada por canais iónicos.
A eletroforese em gel de poliacrilamida (também conhecida como PAGE, do inglês Polyacrylamide Gel Electrophoresis) é um método analítico amplamente utilizado em bioquímica e biologia molecular para separar, identificar e quantificar macromoléculas carregadas, especialmente proteínas e ácidos nucleicos (DNA e RNA).
Neste processo, as amostras são dissolvidas em uma solução tampão e aplicadas em um gel de poliacrilamida, que consiste em uma matriz tridimensional formada por polímeros de acrilamida e bis-acrilamida. A concentração desses polímeros determina a porosidade do gel, ou seja, o tamanho dos poros através dos quais as moléculas se movem. Quanto maior a concentração de acrilamida, menores os poros e, consequentemente, a separação é baseada mais no tamanho das moléculas.
Após a aplicação da amostra no gel, um campo elétrico é aplicado, o que faz com que as moléculas se movam através dos poros do gel em direção ao ânodo (catodo positivo) ou catodo (ânodo negativo), dependendo do tipo de carga das moléculas. As moléculas mais pequenas e/ou menos carregadas se movem mais rapidamente do que as moléculas maiores e/ou mais carregadas, levando assim à separação dessas macromoléculas com base em suas propriedades físico-químicas, como tamanho, forma, carga líquida e estrutura.
A eletroforese em gel de poliacrilamida é uma técnica versátil que pode ser usada para a análise de proteínas e ácidos nucleicos em diferentes estados, como nativo, denaturado ou parcialmente denaturado. Além disso, essa técnica pode ser combinada com outras metodologias, como a coloração, a imunoblotagem (western blot) e a hibridização, para fins de detecção, identificação e quantificação das moléculas separadas.
Dansyl (5-(dimetilamino)naftaleno-1-sulfonato) é um composto orgânico que é frequentemente utilizado como marcador fluorescente em bioquímica e química analítica. Os compostos de dansil são derivados da reação de dansyl cloride com aminas primárias ou secundárias, o que resulta na formação de um composto de dansil com propriedades fluorescentes. Estes compostos são frequentemente utilizados em técnicas de microsequenciamento de proteínas e no rastreamento de interações proteína-proteína, entre outras aplicações. A fluorescência dos compostos de dansil pode ser facilmente detectada e medida, o que os torna úteis em diversas técnicas analíticas.
Trombina
Tempo de trombina
Inibidor direto da trombina
TT
Plaqueta
Ximelagatrana
Proteína C
Coagulação sanguínea
Serina protease
Lepirudina
Bemiparina
Alexander Schmidt
Hemofilia B
Rivaroxabana
Calloselasma
Trombastenia de Glanzmann
Pseudoaneurisma
Etexilato de dabigatrana
Bivalirudina
Edoxabano
Tempo de tromboplastina parcial ativada
Hirudina
Staphylococcus
Leucotrieno
Endotélio
Antitrombina
Anopheles
Fator V de Leiden
Globulina
Mediador químico
Trombina - Wikipedia
DeCS 2012 - Termos alterados
Fatores de risco de trombose venosa profunda - Doenças cardiovasculares - Manuais MSD edição para profissionais
Histologia Animal | PDF | Epitélio | Sangue
CLORIDRATO DE AMIODARONA (INJET VEL 50 MG/ML) | BulasMed
HiTrap Benzamidine FF (High Sub), 5 x 1ml
SECTIL | BulasMed
DeCS
Portal de Programas de Pós-Graduação (UFRN)
Fases clínicas do trabalho de parto: conheça as etapas | Medway
DeCS 2012 - Termos alterados
DeCS 2012 - Termos alterados
DeCS 2012 - Termos alterados
DeCS 2012 - Termos alterados
DeCS 2012 - Termos alterados
DeCS 2012 - Termos alterados
DeCS 2012 - Termos alterados
DeCS 2012 - Termos alterados
DeCS 2012 - Termos alterados
Hemorragia p s-parto - Sa de da Mulher | AbcMed
A s ndrome da fadiga cr nica pode ser causada por microco gulos sangu neos - Medical Journal | news.med.br
Exame de pcr covid onde fazer
Enfarte agudo do miocárdio - Wikipédia, a enciclopédia livre
Porcentagem de prescrições de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância que são duplamente checadas e...
Cetoprofeno (Pó 100 mg) para que serve Bula !
Bula do Cetoprofeno Legrand | Blog dr.consulta
DOC) Revista Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular - DOCUMENT.ONL
BVS Brasil
Fibrina8
- Portanto, a trombina além de transformar o fibrinogênio em fibrina, ele também retarda o processo de coagulação (provavelmente, de modo que este não ocorra descontroladamente). (wikipedia.org)
- A literatura relata que a esponja de fibrina é obtido a partir da fração I de Cohn, auxiliando o processo de coagulação do fibriogênio com a adição de trombina. (bvs.br)
- a intrínseca é composta pelas proenzimas que são ativadas pelo Fator de Hageman (XII), o que tem como consequência a ativação de trombina, com posterior clivagem do fibrinogênio em fibrina. (ufc.br)
- A trombina transforma o fibrinogênio em fibrina, e esta precipita-se, formando uma rede de filamentos. (ingoh.com.br)
- A trombina é a principal enzima da hemostasia, catalisa a conversão do fibrinogênio em fibrina, ativa fatores pró-coagulantes (V, VIII, XI e XIII), ativa plaquetas, regula a função das células endoteliais e possui uma série de ações diretas em outras células. (ingoh.com.br)
- Sem esse fator, não se tem a produção da protrombina conseqüentemente não tem a produção da trombina que iria converter o fibrinogênio em fibrina dando fim a coagulação plaquetaria. (passeidireto.com)
- Ela é uma protease serina que é liberada como plasminogênio na circulação e ativada pelo ativador de plasminogênio tecidual (AP-t), ativador de plasminogênio uroquinase (uPA), trombina , fibrina e fator XII . (wikipedia.org)
- Uso de colas biológicas como selante de fibrina ou matriz de trombina tem diversos usos da na doença pilonidal, como técnica minimamente invasiva é utilizada após curetagem do cisto afim de ocluir os orificios e causar migração de células que ajudam a curar o local. (pilonidalcenter.net)
Fator8
- Trombina (fator II ativado) ou fibrinofermento é uma proteína do tipo das serinas protease¹ (EC 3.4.21.5)² e portanto age clivando proteínas em determinados sítios. (wikipedia.org)
- ¹A Trombina é o fator de coagulação II ativado. (wikipedia.org)
- A forma ativa do fator II, trombina, tem um número de efeitos em outras proteínas coagulantes. (wikipedia.org)
- A trombina, também inicia a fibrinólise (junto com o fator XII). (wikipedia.org)
- É possível retirar tags por meio de clivagem enzimática de sítios de clivagem por endopeptidases, como a enterokinase, trombina, fator Xa e TEV protease. (synbiobr.org)
- Especificamente este é um fator que acelera a conversão de protrombina para trombina. (laboratorioapucarana.com.br)
- A inibição deste fator de coagulação é chave no processo de anticoagulação, visto que a geração da proteína trombina é regulada por ele. (sintpq.org.br)
- 1,0 ponto) Sem o fator VIII não se tem a produção do fator IX da coagulação e sem este não se tem a produção do fator X. o fator X com a ajuda do cálcio é muito importante para a coagulação já que este ativa a protrombina que ira sintetizar a trombina. (passeidireto.com)
Protrombina4
- A trombina é produzida da protrombina, que é essencialmente o estado inativo desta proteína. (wikipedia.org)
- Fatores ativados de coagulação Xa e Va formam um complexo que é responsável pela conversão da protrombina em trombina. (wikipedia.org)
- Potencial de geração de trombina e sua relação com o tempo de protrombina em pacientes. (usp.br)
- As participantes do estudo fora, avaliadas previamente ao início da TH e submetidas às dosagens de tempo de protrombina medido pelo INR e atividade, tempo de trombina (TT) e tempo de tromboplastina parcialmente ativado (TTPA), bem como a dosagem de fibrinogênio e realização da tromboelastografia em dois tipos de amostra: sangue total e plasma em plaquetas (PPP). (ginecousp.com.br)
Fatores1
- As plaquetas do PRP são ativadas pela adição da trombina e logo começam a liberar os fatores de crescimento que servem para acelerar a cicatrização de feridas 14 . (bvsalud.org)
Tempo5
Sendo1
- TROMBINA, COLÁGENO) sendo parte do mecanismo que leva à formação de um TROMBO. (bvsalud.org)
Plaquetas1
- A trombina promove o agregamento das plaquetas. (wikipedia.org)
Liga1
- Não se liga às proteínas plasmáticas, à excepção da trombina. (sxgenistein.com)
Inibe1
- Interessantemente, a trombina ativa a proteína C, que inibe a coagulação. (wikipedia.org)
Diretos da trombina4
- Inibidores orais do fator Xa e inibidores diretos da trombina são às vezes chamados de anticoagulantes orais diretos (ACORs). (msdmanuals.com)
- Inibidores diretos da trombina (ex. (fiocruz.br)
- Inibidores diretos da trombina ou do fator Xa para pacientes com fibrilação atrial e prótese valvar. (medscape.com)
- eles também não devem receber inibidores diretos da trombina ou do fator Xa, como rivaroxabana ( Xarelto , Bayer/Janssen Pharmaceuticals) ou edoxaban ( Savaysa , Daiichi Sankyo). (medscape.com)
Inibidores1
- Portanto, esse projeto visa desenhar, sintetizar inibidores peptídicos para as enzimas trombina-símiles, que não são neutralizadas pelo antiveneno produzido pelo Instituto Butantan, e que são corresponsáveis pelas desordens da coagulação. (fapesp.br)
Protrombina em trombina2
- Fatores ativados de coagulação Xa e Va formam um complexo que é responsável pela conversão da protrombina em trombina. (wikipedia.org)
- Num processo de coagulação eficaz, O Factor X, proteína sanguínea, converte a protrombina em trombina que, por sua vez, continua uma complexa reacção em cadeia de coagulação. (aphemofilia.pt)
Inibidor1
- O estudo RE-DUAL PCI , por sua vez, comparou a terapia tripla (varfarina + clopidogrel ou tricagrelor + AAS) à dupla com dabigatrana - inibidor direto da trombina - e clopidogrel ou tricagrelor. (medscape.com)
Enzimas2
Portanto1
- Portanto, a trombina além de transformar o fibrinogênio em fibrina, ele também retarda o processo de coagulação (provavelmente, de modo que este não ocorra descontroladamente). (wikipedia.org)
Tratamento1
- Este artigo, revendo os vários tipos de tratamento, avalia suas indicações, contraindicações e complicações, dando ênfase ao tratamento percutâneo com injeção de trombina. (bvsalud.org)
Anticoagulante1
- Ademais, o ATryn é um agente anticoagulante purificado do leite de cabras biorreatoras, cuja finalidade é ajudar pessoas com deficiência anti-trombina hereditária. (r7.com)
Ativa1
- Heparina - atua em combinação com a AT III, tornando esta molécula muito mais ativa em relação à inibição da trombina. (docplayer.com.br)
Heparina3
- 13 Mecanismo de ação da heparina A ação enzimática da trombina é impedida por uma glicoproteína do plasma a Antitrombina III. (docplayer.com.br)
- o cofator II da heparina, que age apenas inibindo a trombina. (docplayer.com.br)
- Um tempo de trombina e uma dosagem de fibrinogênio podem ser feitos para excluir contaminação com heparina, deficiência de fibrinogênio ou disfibrinogenemia. (labtestsonline.org.br)
Plasma1
- Uma diferença semelhante foi encontrada quando as amostras de plasma 6 foram tratadas com trombina 10 . (med.br)