Grupo de afecções em que a ativação do VENTRÍCULO CARDÍACO pelo impulso atrial é mais rápida que a condução do impulso normal do NÓ SINOATRIAL. Nestas síndromes de pré-excitação, os impulsos atriais frequentemente se desviam do retardo do NÓ ATRIOVENTRICULAR e percorrem as vias do FEIXE ACESSÓRIO ATRIOVENTRICULAR, conectando o átrio diretamente ao FEIXE DE HIS.
Forma de pré-excitação ventricular caracterizada por um intervalo PR normal e um intervalo QRS longo, com uma deflexão inicial lenta (onda delta). Nesta síndrome, o impulso atrial percorre pelo ventrículo através das fibras de Mahaim (ver FEIXE ACESSÓRIO ATRIOVENTRICULAR) que conectam o NÓ ATRIOVENTRICULAR diretamente à parede do ventrículo direito (via acessória do nó ventricular; ver FEIXE ACESSÓRIO ATRIOVENTRICULAR) ou ao ramo direito do FASCÍCULO ATRIOVENTRICULAR (via acessória do nó fascicular).
Forma de pré-excitação ventricular caracterizada por um intervalo PR curto e um intervalo QRS longo, com uma onda delta. Nesta síndrome, os impulsos atriais são anormalmente conduzidos para os VENTRÍCULOS DO CORAÇÃO por meio de um FEIXE ACESSÓRIO ATRIOVENTRICULAR localizado entre a parede do átrio direito ou esquerdo e os ventrículos, também conhecido como FEIXE DE KENT. A forma hereditária pode ser causada por mutação do gene PRKAG2 que codifica uma subunidade reguladora gama-2 da proteína quinase ativada por AMP.
Arritmia cardíaca potencialmente letal caracterizada por uma taquicardia ventricular hemodinamicamente instável, extrarrápida (150-300 bats/min) com uma aparência de onda sinuosa com grande oscilação. Se não tratado, o flutter ventricular normalmente progride para FIBRILAÇÃO VENTRICULAR.
Batimentos cardíacos anormalmente rápidos com início e cessação súbitos.
Tecido extra condutor de impulso no coração que cria conexões para condução do impulso entre os ÁTRIOS DO CORAÇÃO e os VENTRÍCULOS DO CORAÇÃO.
Pequena massa nodular formada por fibras musculares especializadas que estão localizadas no septo interatrial próximo ao óstio do seio coronário. Dá origem ao feixe atriventricular do sistema de condução do coração.
Batimentos cardíacos anormalmente rápidos, geralmente com FREQUÊNCIA CARDÍACA acima de 100 batimentos por minuto para adultos. A taquicardia acompanhada por distúrbio na despolarização cardíaca (arritmia cardíaca) é chamada taquiarritmia.
Registro do momento-a-momento das forças eletromotrizes do CORAÇÃO enquanto projetadas a vários locais da superfície corporal delineadas como uma função escalar do tempo. O registro é monitorado por um traçado sobre papel carta em movimento lento ou por observação em um cardioscópio que é um MONITOR DE TUBO DE RAIOS CATÓDICOS.
Sistema que conduz impulso composto por músculo cardíaco modificado apresentando poder de ritmicidade espontânea e uma condução mais altamente desenvolvida que o resto do coração.
Registro momento-a-momento das forças eletromotrizes do coração em um plano da superfície corporal traçado como uma função vetorial de tempo.
Expressão genérica para qualquer taquicardia que se origina acima do nó de His.
Pequeno feixe de fibras especializadas do MÚSCULO CARDÍACO que se origina no NÓ ATRIOVENTRICULAR e penetra na parte membranosa do septo interventricular. O fascículo atrioventricular consiste nos ramos dos feixes esquerdo e direito e transmite os impulsos elétricos aos VENTRÍCULOS CARDÍACOS gerando a CONTRAÇÃO MIOCÁRDICA.
Métodos para induzir e medir atividades elétricas em sítios específicos no coração a fim de diagnosticar e tratar problemas relacionados com o sistema elétrico do coração.
Antiarrítmico de classe Ia que é relacionado estruturalmente à PROCAÍNA.
Batimentos cardíacos anormalmente rápidos causados por reentrada do impulso atrial nas duas (rápido e lento) vias do NÓ ATRIOVENTRICULAR. O tipo comum envolve um bloqueio do impulso atrial na via lenta que reentra a via rápida em direção retrógrada e simultaneamente transmite aos átrios e ventrículos elevando rapidamente a FREQUÊNCIA CARDÍACA a 150-250 batidas por minuto.
Condução prejudicada de impulso cardíaco que pode acontecer em qualquer lugar ao longo da via de condução, como entre NÓ SINOATRIAL e átrio direito (bloqueio SA) ou entre átrios e ventrículos (bloqueio AV). Os bloqueios cardíacos podem ser classificados pela duração, frequência, ou integralidade no bloqueio da condução. A reversibilidade depende do grau dos defeitos estruturais ou funcionais.
Afecção em que os VENTRÍCULOS DO CORAÇÃO apresentam função prejudicada.
Remoção de tecido com corrente elétrica alimentada via eletrodos posicionados na terminação distal do cateter. As fontes de energia são geralmente corrente contínua (choque DC) ou corrente alternada a radiofrequências (geralmente 750 kHz). A técnica é utilizada mais frequentemente para remover a junção atrioventricular e/ou as vias acessórias para interromper a condução atrioventricular e produzir um bloqueio atrioventricular no tratamento de várias taquiarritmias.
Regulação da frequência de contração dos músculos cardíacos por um marca-passo artificial.
Quaisquer distúrbios da pulsação rítmica normal do coração ou CONTRAÇÃO MIOCÁRDICA. As arritmias cardíacas podem ser classificadas pelas anormalidades da FREQUÊNCIA CARDÍACA, transtornos de geração de impulsos elétricos, ou condução de impulso.
Estudo do comportamento e da geração de cargas elétricas nos organismos vivos, particularmente no sistema nervoso, e dos efeitos da eletricidade nos organismos vivos.

As síndromes de pré-excitação são condições cardíacas em que existe uma via accessória anormal (além do sistema de condução normal do coração) que permite a propagação rápida e antecipada dos impulsos elétricos do átrio ao ventrículo, resultando em um padrão característico no eletrocardiograma (ECG). A via accessória pode ser responsável por arritmias cardíacas potencialmente graves, como a fibrilação atrial ou a taquicardia ventricular. O tipo mais comum de síndrome de pré-excitação é o síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW). A WPW é caracterizada por um intervalo PR curto e uma onda delta no ECG, que representa a propagação prematura do impulso elétrico através da via accessória. Outras síndromes de pré-excitação incluem o síndrome de Lown-Ganong-Levine (LGL) e as síndromes numéricamente superiores, como a síndrome de Mahaim. O tratamento pode envolver medicação, ablação por cateter ou cirurgia para destruir a via accessória anormal e prevenir complicações arritmogênicas.

A pré-excitação tipo Mahaim é um tipo específico de pré-excitamento cardíaco, que é uma condição na qual ocorre uma condução elétrica anormal entre as câmaras superiores e inferiores do coração (os átrios e os ventrículos). Neste tipo particular, a via anormal de condução envolve o ramo accessório de Mahaim, que é um feixe de tecido especializado no músculo cardíaco.

Normalmente, a atividade elétrica inicia-se nos átrios e se propaga através do nódulo auriculoventricular (AV) antes de ser transmitida aos ventrículos via feixe de His. No entanto, em indivíduos com pré-excitamento tipo Mahaim, o ramo accessório de Mahaim permite que a atividade elétrica se propague diretamente dos átrios aos ventrículos, contornando parcialmente o nódulo AV. Isto pode resultar em um padrão característico no eletrocardiograma (ECG), com uma onda delta anormal que precede a onda QRS.

A pré-excitação tipo Mahaim é frequentemente associada à síndrome de Wolff-Parkinson-White, embora possa também ser observada em outras condições, como a miopatia do estreito de Leopold. É importante diagnosticar e monitorizar esta condição, pois os indivíduos com pré-excitamento tipo Mahaim podem estar sujeitos a arritmias ventriculares potencialmente perigosas.

A Síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) é um distúrbio cardiovascular caracterizado por uma via accessória elétrica anormal no coração (chamada de feixe accessório), que permite que os sinais elétricos circulem além do nó AV normalmente presente no coração. Isto pode resultar em ritmos cardíacos anormais, incluindo a taquicardia supraventricular (TSV) e a fibrilação atrial (FA).

A via accessória atua como um "curto-circuito" no coração, permitindo que os sinais elétricos saltem o nó AV e cheguem diretamente às câmaras inferiores do coração (ventrículos), resultando em um padrão de ECG característico conhecido como "onda delta". Essa onda delta é responsável pela ampliação do intervalo QRS no ECG, que é uma das principais características da síndrome.

A WPW pode ser assintomática ou causar sintomas como palpitações cardíacas, tontura, falta de ar e desmaios. Em alguns casos, a síndrome pode aumentar o risco de desenvolver fibrilação atrial e outros ritmos cardíacos anormais, especialmente durante exercícios físicos intensos ou emocionalmente estressantes.

O diagnóstico da WPW geralmente é feito com base no ECG, que mostra o padrão característico de onda delta e ampliação do intervalo QRS. O tratamento pode incluir medicações para controlar os ritmos cardíacos anormais ou procedimentos cirúrgicos como a ablação por cateter, que destrói a via accessória elétrica anormal e restaura o padrão normal de condução no coração.

Flutter ventricular é um tipo de arritmia cardíaca, o que significa que há uma alteração no ritmo normal do batimento do coração. No flutter ventricular, as câmaras inferiores do coração (ventrículos) batem de forma desorganizada e muito rápida, geralmente entre 150 e 300 batimentos por minuto. Isso ocorre devido a uma anomalia no sinoatrial (o "pacemaker" natural do coração) ou no nó atrioventricular, que normalmente regulam o ritmo cardíaco.

O flutter ventricular pode ser perigoso, pois as câmaras inferiores do coração podem não ter tempo suficiente para preencher-se completamente de sangue entre os batimentos rápidos e desorganizados. Isto pode levar a uma diminuição no fluxo sanguíneo para o restante do corpo, especialmente para órgãos vitais como o cérebro e os pulmões. Em casos graves, o flutter ventricular pode desencadear uma fibrilação ventricular, um tipo de arritmia que é potencialmente fatal, pois as câmaras inferiores do coração podem parar completamente de se contrair.

Os sintomas do flutter ventricular podem incluir palpitações, tontura, falta de ar, sudorese, fraqueza e desmaios ou inconsciência em casos graves. O tratamento geralmente inclui medicação para controlar o ritmo cardíaco, como antiarrítmicos, e procedimentos como a cardioversão elétrica, que restaura o ritmo normal do coração por meio de choques elétricos. Em alguns casos, pode ser necessária a instalação de um marcapasso ou desfibrilador cardioversor implantável para prevenir recorrências.

Taquicardia Paroxística é um tipo de arritmia cardíaca (perturbação do ritmo cardíaco) que se caracteriza por episódios súbitos e geralmente de curta duração de batimentos cardíacos acelerados, com frequências superiores a 100 batimentos por minuto. Esses episódios podem começar e terminar abruptamente e podem ser desencadeados por estresse emocional, exercício físico ou outros fatores desencadeantes. A taquicardia paroxística pode originar-se em diferentes partes do coração, levando a diferentes tipos de arritmias, como a Taquicardia Paroxística Supraventricular (TPS) e a Taquicardia Ventricular Paroxística (TVP). A TPS é uma arritmia que começa no átrio ou no nó AV do coração, enquanto a TVP se origina nos ventrículos. Embora muitas vezes benigna, a taquicardia paroxística pode causar sintomas desagradáveis, como palpitações cardíacas, tontura, falta de ar e desmaios, e em alguns casos pode ser um sinal de problemas cardiovasculares subjacentes mais graves. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir medicação, procedimentos ablativos ou o uso de um marcapasso.

Em termos médicos, um feixe acessório atrioventricular (FAAV) refere-se a uma conexão elétrica adicional entre as câmaras superiores e inferiores do coração (os átrios e os ventrículos, respectivamente). Normalmente, o sinal elétrico que causa a contração cardíaca viaja de forma organizada a partir dos átrios através do feixe de His e das fibras de Purkinje até os ventrículos. No entanto, em algumas pessoas, existem conexões adicionais chamadas feixes acessórios que podem conduzir o sinal elétrico do átrio ao ventrículo de forma desorganizada e muito rápida.

Essas conexões acessórias podem resultar em um tipo de arritmia cardíaca chamada síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW), que é caracterizada por um padrão elétrico anormal no ECG (eletricardiógrafo). Algumas pessoas com FAAV podem não apresentar sintomas e nem desenvolver arritmias, enquanto outras podem experimentar palpitações, tontura, falta de ar ou desmaios. Em casos graves, as arritmias associadas a FAAV podem ser perigosas para a vida, especialmente se forem rápidas e prolongadas. O tratamento pode incluir medicamentos para controlar a arritmia ou procedimentos como ablação por cateter, que destrói o feixe acessório elétrico anormal.

O nó atrioventricular (NAV) é a estrutura responsável pela condução elétrica do sinal cardíaco, localizado no septo interatrial entre as aurículas direita e esquerda, próximo à junção com o ventrículo direito. Ele funciona como um pacemaker secundário, ou seja, quando o nó sinusal falha em sua função de geração do impulso elétrico, o NAV assume essa função.

O NAV recebe os impulsos elétricos das aurículas através dos feixes internodais e, após um breve atraso para permitir que as aurículas se contraiam completamente, transmite o impulso aos ventrículos através do feixe de His e do sistema de Purkinje. Isso permite que os ventrículos se contraiam em coordenação, produzindo uma batida cardíaca eficiente.

A disfunção do nó atrioventricular pode resultar em vários distúrbios da condução cardíaca, como o bloqueio AV, que pode variar de leve a grave e requer tratamento médico adequado.

Taquicardia é um termo médico que se refere a uma frequência cardíaca anormalmente rápida, geralmente acima de 100 batimentos por minuto em repouso. Pode ocorrer em pessoas saudáveis em situações de excitação ou exercício físico intenso, mas também pode ser um sintoma de diversas condições médicas, como doenças cardiovasculares, problemas na tireoide, anemia, desidratação, uso de drogas estimulantes ou outras drogas, entre outros.

Existem diferentes tipos de taquicardia, dependendo da causa e do local no coração onde se origina o batimento cardíaco rápido. Alguns dos tipos mais comuns incluem:

* Taquicardia sinusal: é a forma mais comum de taquicardia e geralmente não é motivo de preocupação. Ocorre quando o nódulo sinoatrial, a região do coração que normalmente inicia os batimentos cardíacos, dispara sinais elétricos demasiadamente rápidos.
* Taquicardia supraventricular: é uma forma de taquicardia que se origina em cima das cavidades superiores do coração (átrios). Pode ser causada por problemas no tecido de condução elétrica do coração ou por outras condições médicas.
* Taquicardia ventricular: é uma forma grave de taquicardia que se origina nas cavidades inferiores do coração (ventrículos). Pode ser desencadeada por doenças cardiovasculares graves e pode ser potencialmente fatal se não for tratada imediatamente.

Os sintomas da taquicardia podem incluir palpitações, falta de ar, tontura, vertigem, suor excessivo, cansaço, dor no peito ou desmaios. Se você experimentar esses sintomas, é importante procurar atendimento médico imediatamente.

Eletrocardiografia (ECG) é um método não invasivo e indolor de registro da atividade elétrica do coração ao longo do tempo. É amplamente utilizado na avaliação cardiovascular, auxiliando no diagnóstico de diversas condições, como arritmias (anormalidades de ritmo cardíaco), isquemia miocárdica (falta de fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco), infarto do miocárdio (dano ao músculo cardíaco devido a obstrução dos vasos sanguíneos), entre outras patologias.

Durante um exame de eletrocardiografia, eletrôdos são colocados em diferentes locais do corpo, geralmente nos pulsos, punhos, coxas e peito. Esses eletrôdos detectam a atividade elétrica do coração e enviam sinais para um ecgografador, que registra as variações de voltagem ao longo do tempo em forma de traços gráficos. O resultado final é um gráfico com ondas e intervalos que representam diferentes partes do ciclo cardíaco, fornecendo informações sobre a velocidade, ritmo e sincronia dos batimentos cardíacos.

Em resumo, a eletrocardiografia é uma ferramenta essencial para o diagnóstico e monitoramento de diversas condições cardiovasculares, fornecendo informações valiosas sobre a atividade elétrica do coração.

O Sistema de Condução Cardíaco é um conjunto complexo e altamente organizado de tecidos especializados no coração que gerencia a coordenação dos batimentos cardíacos. Ele é responsável por iniciar, conduzir e coordenar os impulsos elétricos necessários para a contração sincronizada das câmaras do coração (câmara superior direita - átrio direito, câmara superior esquerda - átrio esquerdo, câmara inferior direita - ventrículo direito e câmara inferior esquerda - ventrículo esquerdo).

O sistema de condução cardíaca é composto por:

1. Nó Sinoatrial (NSA ou nódulo sinusal): localizado no átrio direito, próximo à junção com a veia cava superior, é o principal pacemaker do coração, gerando impulsos elétricos espontaneamente e regularmente.

2. Nó Atrioventricular (NAV ou nódulo auriculoventricular): localizado na parede interatrial, entre os átrios direito e esquerdo, próximo à junção com os ventrículos, é o relé dos impulsos elétricos que chegam do NSA. Ele possui uma taxa de despolarização mais lenta em comparação ao NSA, o que permite que os átrios se contraiam antes dos ventrículos.

3. Fascículo His: é um feixe de células especializadas que transmitem os impulsos elétricos do NAV aos ventrículos. Ele divide-se em dois ramos principais, o direito e esquerdo, que se subdividem em fibras de Purkinje.

4. Fibras de Purkinje: extensas redes de células alongadas e especializadas que conduzem rapidamente os impulsos elétricos a todas as partes dos ventrículos, permitindo sua contração simultânea e eficiente.

A coordenação entre o NSA e o NAV garante que haja um intervalo de tempo entre a despolarização atrial (contracção dos átrios) e a despolarização ventricular (contracção dos ventrículos). Isso permite que os átrios se contraiam e empurrem o sangue para os ventrículos, que, por sua vez, se contraem e impulsionam o sangue para o sistema circulatório. A disfunção do sistema de condução cardíaco pode resultar em arritmias e outras condições cardiovasculares graves.

A vectorcardiografia (VCG) é um método gráfico de representar e analisar os componentes elétricos do coração, geralmente capturados por um ecg. Em vez de apresentar as ondas elétricas em linhas individuais, a VCG as combina em um único gráfico tridimensional, o que permite uma análise mais detalhada da atividade elétrica cardíaca e da sua orientação no espaço.

A vectorcardiografia é obtida através de algoritmos matemáticos aplicados aos sinais ecg, que convertem as ondas elétricas em vetores, ou seja, quantidades com magnitude e direção. Estes vetores são então representados gráficamente num plano polar, o que permite visualizar a sua orientação no espaço.

A vectorcardiografia é frequentemente utilizada em cardiologia clínica para diagnosticar e monitorizar doenças do sistema de condução elétrico do coração, como bloqueios cardíacos ou arritmias complexas. No entanto, o seu uso tem vindo a decrescer com o advento de técnicas mais modernas e menos invasivas, como a ecocardiografia e a ressonância magnética nuclear.

Taquicardia supraventricular (TSV) é um tipo de arritmia cardíaca, ou seja, um ritmo cardíaco anormalmente acelerado. A palavra "taqui" significa rápido e "cardia" refere-se ao coração. Portanto, taquicardia significa batimentos cardíacos rápidos. Já "supraventricular" se refere à localização acima do ventrículo, a câmara inferior do coração.

A TSV é caracterizada por um ritmo cardíaco acelerado que origina-se em uma região acima dos ventrículos, geralmente na aurícula (câmara superior do coração). Isto pode ocorrer devido a diversas condições, como doenças cardiovasculares subjacentes, uso de estimulantes, consumo excessivo de cafeína ou stress emocional. Algumas pessoas com TSV podem não apresentar sintomas, enquanto outras podem experimentar palpitações, falta de ar, tontura, desmaios ou dor no peito.

Existem diferentes tipos de taquicardia supraventricular, incluindo a fibrilação auricular (FA), flutter auricular e taquicardia paroxística supraventricular (TPSV). O tratamento da TSV depende do tipo e da gravidade dos sintomas, podendo incluir medicações, procedimentos como ablação por cateter ou, em casos graves, cirurgia. É importante procurar atendimento médico se experimentar sintomas de taquicardia supraventricular para obter um diagnóstico e tratamento adequados.

O Fascículo Atrioventricular (FAV) é um feixe de fibras musculares cardíacas que conduz os impulsos elétricos do nódulo auriculoventricular (localizado na parede das cavidades superiores do coração, as aurículas) para as cavidades inferiores do coração, os ventrículos. Essa é uma estrutura crucial no processo de condução elétrica cardíaca e permite a coordenação dos batimentos cardíacos entre as aurículas e os ventrículos. A disfunção ou danos nessa região podem levar a arritmias cardíacas graves, como a doença do node do feixe (doença de Lenegre ou doença de Lev) ou bloqueio cardíaco.

As técnicas eletrofisiológicas cardíacas são métodos invasivos utilizados para estudar e mapear a atividade elétrica do coração. Esses procedimentos são geralmente realizados por um especialista em eletrofisiologia cardíaca, que introduz cateteres com eletrôdos nas cavidades cardíacas através de veias ou artérias periféricas.

Ao registrar e analisar os padrões de atividade elétrica nos diferentes locais do coração, essas técnicas ajudam a diagnosticar e avaliar a gravidade de diversos problemas cardíacos, como arritmias (batimentos cardíacos irregulares ou anormais). Além disso, as informações obtidas por meio dessas técnicas podem guiar o tratamento, incluindo a ablação por cateter, que consiste em cauterizar ou congelar tecido cardíaco específico para interromper circuitos elétricos anormais e restaurar um ritmo cardíaco normal.

Em resumo, as técnicas eletrofisiológicas cardíacas são procedimentos invasivos que permitem o registro e a análise da atividade elétrica do coração, auxiliando no diagnóstico, avaliação e tratamento de diversas condições cardiovasculares.

Procainamida é um fármaco antiarrítmico da classe Ia, geralmente usado no tratamento de arritmias ventriculares graves e taquicardia supraventricular. Funciona inibindo os canais de sódio cardíacos, o que resulta em uma redução da velocidade de condução e excitabilidade do músculo cardíaco.

A procainamida pode ser administrada por via oral ou intravenosa, dependendo da situação clínica. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão náuseas, vômitos, diarreia, erupções cutâneas e alterações na contagem de glóbulos brancos. Em casos raros, a procainamida pode causar reações imunológicas graves, como lúpus eritematoso sistêmico induzido por drogas.

Como qualquer medicamento, a procainamida deve ser usada com cuidado e sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado, especialmente devido ao seu potencial para causar arritmias cardíacas mais graves se não for administrada corretamente.

Taquicardia por Reentrada no Nó Atrioventricular (TRNA) é um tipo específico de arritmia cardíaca, ou seja, uma condição em que ocorre uma batida cardíaca rápida e anormal. A TRNA ocorre quando há uma via elétrica adicional no nó atrioventricular (NVA), que é a estrutura do coração responsável por regular a condução dos sinais elétricos entre as câmaras superiores (átrios) e inferiores (ventrículos) do coração.

Em condições normais, os sinais elétricos seguem um caminho único através do NVA, o que garante uma condução controlada e eficiente dos impulsos elétricos. No entanto, em algumas pessoas, pode haver uma via elétrica adicional no NVA, criando a possibilidade de um circuito de reentrada. Isso significa que os sinais elétricos podem circular repetidamente entre as duas vias, resultando em uma frequência cardíaca rápida e anormal.

A TRNA geralmente se manifesta como episódios de palpitações, tonturas, falta de ar ou desmaios leves. Em alguns casos, pode ser associada a sintomas mais graves, como dor no peito ou perda de consciência. O diagnóstico geralmente é feito por meio de um exame chamado holter, que registra a atividade elétrica do coração ao longo de 24 horas ou mais. O tratamento pode incluir medicamentos, ablação por cateter e, em casos graves, implantação de um marcapasso ou desfibrilador cardioversor implantável (DCI).

Um bloqueio cardíaco ocorre quando a condução elétrica do coração é interrompida ou atrasada, resultando em uma frequência cardíaca anormalmente lenta ou ausente. Existem dois tipos principais de bloqueio cardíaco: o bloqueio auriculoventricular (BAV) e o bloqueio de ramo.

No BAV, a comunicação elétrica entre as câmaras superior (átrios) e inferior (ventrículos) do coração é interrompida ou atrasada. Isso pode resultar em uma frequência cardíaca lenta (bradicardia) ou ausente (asistolia). O BAV pode ser classificado como de primeiro, segundo ou terceiro grau, dependendo da gravidade do bloqueio.

No bloqueio de ramo, a condução elétrica é interrompida em um dos dois ramos que conduzem os sinais elétricos dos nódulos auriculoventriculares aos ventrículos. Isso pode resultar em uma frequência cardíaca ligeiramente desacelerada ou anormal, mas geralmente não é tão grave quanto o BAV de segundo ou terceiro grau.

Os sinais e sintomas de um bloqueio cardíaco podem incluir tontura, falta de ar, fadiga, desmaios ou batimentos cardíacos irregulares. Em casos graves, o bloqueio cardíaco pode ser uma emergência médica que requer tratamento imediato, como a colocação de um marcapasso temporário ou permanente para regularizar a frequência cardíaca.

La disfunción ventricular se refiere a una condición médica en la cual el ventrículo, una cámara inferior del corazón, no puede bombear sangre de manera eficiente. Existen dos ventrículos en el corazón: el ventrículo izquierdo y el ventrículo derecho. Cada uno tiene una función específica en el proceso de bombeo de sangre a través del cuerpo.

El ventrículo izquierdo recibe la sangre oxigenada del lado izquierdo del corazón y la bombeara hacia todo el cuerpo a través de la arteria aorta. La disfunción ventricular izquierda puede causar síntomas como falta de aliento, fatiga, hinchazón en los pies y las piernas, y ritmos cardíacos irregulares.

Por otro lado, el ventrículo derecho recibe la sangre desoxigenada del cuerpo y la envía hacia los pulmones para oxigenarla. La disfunción ventricular derecha puede causar hinchazón en el abdomen, el hígado agrandado y dificultad para respirar, especialmente cuando se está acostado.

La disfunción ventricular puede ser causada por diversas afecciones, como enfermedades cardiovasculares, hipertensión arterial, diabetes, enfermedades valvulares cardíacas, infecciones cardíacas y trastornos genéticos. El tratamiento de la disfunción ventricular depende de la causa subyacente y puede incluir medicamentos, dispositivos médicos, cirugía o trasplante de corazón.

A ablação por cateter é um procedimento em que se utiliza um cateter com uma extremidade especialmente projetada para destruir tecido cardíaco anormal causador de arritmias, através do aquecimento ou congelamento. Esse tipo de procedimento geralmente é realizado em pessoas com problemas cardiovasculares, como fibrilação atrial, flutter atrial ou outras arritmias supraventriculares.

Durante o procedimento, o cateter é inserido no corpo através de uma veia, geralmente na virilha ou no pescoço, e é guiado até o coração usando imagens de fluoroscopia em tempo real. A extremidade do cateter então é posicionada no tecido cardíaco anormal e a energia térmica ou congelamento é aplicada para destruir as células desse tecido, interrompendo assim o circuito elétrico anormal que causa as arritmias.

A ablação por cateter pode ser uma opção de tratamento eficaz para pessoas com arritmias cardíacas que não respondem a outros tratamentos, como medicamentos ou estimulação elétrica do coração. No entanto, como qualquer procedimento médico, a ablação por cateter também apresenta riscos e complicações potenciais, como dano ao tecido cardíaco normal, coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral ou danos aos vasos sanguíneos. Portanto, é importante que o procedimento seja realizado por um especialista qualificado e experiente em centros médicos equipados com as tecnologias adequadas.

Estimulação cardíaca artificial (ECA) é um procedimento terapêutico que utiliza um dispositivo médico eletrônico, chamado marcapasso, para gerar impulsos eléctricos e regular a função de contração do músculo cardíaco. O marcapasso consiste em um gerador de impulsos e leads elétricos que são implantados no corpo do paciente, geralmente sob a clavícula, com o objetivo de estimular eletricamente o miocárdio.

Existem basicamente dois tipos de ECA: a estimulação cardíaca definitiva e a temporária. A estimulação cardíaca definitiva é indicada para pacientes que apresentam bradicardia sintomática (ritmo cardíaco lento), bloqueio cardíaco avançado ou disfunção sinusal, condições em que o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente devido a uma falha no sistema de condução elétrica do miocárdio. Já a estimulação cardíaca temporária é utilizada em situações de emergência, como parada sinusal ou bloqueio auriculoventricular completo, para manter a função cardiovascular enquanto são realizadas outras intervenções terapêuticas.

O marcapasso pode ser programado para atuar apenas quando necessário, através de um modo de estimulação dito "a demanda", no qual o dispositivo monitora continuamente a atividade elétrica do coração e dispara somente se detectar uma frequência cardíaca inferior ao limite pré-definido. Além disso, os marcapassos podem ser configurados para desencadear a estimulação em diferentes segmentos do ciclo cardíaco, dependendo da necessidade clínica do paciente.

Em resumo, a estimulação cardíaca artificial é um tratamento médico que utiliza um dispositivo eletrônico implantável para regular e normalizar a atividade elétrica do coração, melhorando assim a função cardiovascular e a qualidade de vida dos pacientes.

ARRITMIAS CARDÍACAS:

As arritmias cardíacas são perturbações no ritmo normal dos batimentos do coração. Normalmente, o coração se contrai e relaxa seguindo um padrão regular de estimulação elétrica que origina na parte superior direita do coração, no nódulo sinoatrial (NA). Esse sinal elétrico viaja através do sistema de condução elétrica do coração, passando pelo nódulo atrioventricular (AV) e pelos feixes de His, antes de alcançar as fibrilhas musculares das câmaras inferiores, ou ventrículos. Quando esse processo é interrompido ou desregulado, resultam em arritmias cardíacas.

Existem vários tipos de arritmias cardíacas, incluindo:

1. Bradicardia: ritmo cardíaco lento, geralmente abaixo de 60 batimentos por minuto em adultos saudáveis.
2. Taquicardia: ritmo cardíaco acelerado, acima de 100 batimentos por minuto. Pode ser supraventricular (origina nas câmaras superiores, ou aurículas) ou ventricular (origina nos ventrículos).
3. Fibrilação atrial: ritmo cardíaco irregular e rápido das aurículas, resultando em batimentos descoordenados e ineficazes dos ventrículos. Pode aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos e acidente vascular cerebral.
4. Fibrilação ventricular: ritmo cardíaco rápido, irregular e descoordenado nos ventrículos, geralmente associado a baixa taxa de sobrevida se não for tratada imediatamente.
5. Flutter atrial: ritmo cardíaco rápido e regular das aurículas, com aproximadamente 240-360 batimentos por minuto. Pode desencadear fibrilação atrial ou converter-se em ritmo sinusal normal com tratamento.

As causas mais comuns de arritmias incluem doenças cardiovasculares, como doença coronariana, hipertensão arterial, doença valvar e cardiomiopatia; uso de drogas estimulantes, tabagismo, consumo excessivo de álcool, estresse emocional e falta de sono. Além disso, certos distúrbios genéticos e doenças sistêmicas podem também predispor a arritmias. O diagnóstico geralmente é feito por meio de história clínica detalhada, exame físico, eletrocardiograma (ECG) e, em alguns casos, monitoramento Holter ou testes de exercício. O tratamento depende do tipo e gravidade da arritmia e pode incluir medidas não farmacológicas, como modificação do estilo de vida, e medicamentos, dispositivos implantáveis (como marcapasso e desfibrilador cardioversor implantável) ou procedimentos invasivos, como ablação por cateter.

Eletrofisiologia é uma subspecialidade da cardiologia que se concentra no estudo das propriedades elétricas do coração e do sistema de condução cardíaca. Ele envolve o registro, análise e interpretação dos sinais elétricos do coração usando técnicas invasivas e não invasivas. A eletrofisiologia clínica geralmente se concentra no diagnóstico e tratamento de arritmias cardíacas, que são perturbações do ritmo cardíaco. Isso pode incluir a ablação por cateter, um procedimento em que se usa calor ou frio para destruir tecido cardíaco anormal que está causando uma arritmia, e o implante de dispositivos como marcapassos e desfibriladores cardioversores implantáveis. A eletrofisiologia também pode envolver pesquisa básica em fisiologia elétrica cardíaca e desenvolvimento de novas terapias para doenças cardiovasculares.

ECG pós ablação sem presença de pré-excitação (Figura 5). CONCLUSÃO: A VCSE pode ser usada como vantagem para mapeamento e ... A distrofia muscular tipo cintura do quadril cursa com lesão progressiva e irreversível. Devido a fraqueza dos músculos ... Já o ritmo idioventricular acelerado (RIVA) com origem no VD usualmente envolve as fibras de Mahaim sendo o automatismo seu ... RELATO DE CASO: Menina de 14 anos, sem cardiopatia estrutural, com queixa de palpitações e pré-excitação ventricular foi ...
Pré-Excitação Tipo Mahaim - Conceito preferido Identificador do conceito. M0017445. Nota de escopo. Forma de pré-excitação ... Pré-Excitação Tipo Mahaim Descritor em inglês: Pre-Excitation, Mahaim-Type Descritor em espanhol: Preexcitación Tipo Mahaim ... preexcitación tipo Mahaim. Nota de escopo:. Forma de preexcitación ventricular caracterizada por un intervalo PR normal y un ... Forma de pré-excitação ventricular caracterizada por um intervalo PR normal e um intervalo QRS longo, com uma deflexão inicial ...

No FAQ disponível com os "pré excitação tipo mahaim"

No imagens disponível com os "pré excitação tipo mahaim"